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O Segredo Da Passagem Para A Vida Eterna

laitman_744A coisa mais importante para nós é realizar a nós mesmos na forma correta neste mundo. E realizar o nosso destino significa sacrificar este mundo inteiro, isto é, o nosso egoísmo, tudo que desejamos em nosso mundo, e fazê-lo de modo que o sentimento do mundo superior seja a coisa mais importante para nós, e ser capaz de trocar este mundo pelo mundo superior.

Embora este mundo não desapareça, nós não perseguimos mais todas as tentações e realizações que ele oferece. Elas deixam de ser o objetivo da nossa existência. Nós queremos trocar as percepções do mundo e alcançar a realidade superior.

Quando tenho a intenção de fazer alguma coisa, no que estou prestando atenção em primeiro lugar? Nas coisas mais importantes para mim, e eu não me relaciono com o que não é importante para mim. Eu nem sinto. Como se diz, um gato vê apenas o rato e não presta atenção no belo mundo que o rodeia.

Por isso, cada pessoa vê algo diferente, ou seja, cada um os vê o mundo de forma diferente; a ordem de prioridades que podem satisfazer a nos e nossas sensações, é diferente para cada um.

Portanto, eu devo chegar a um nível tal que vou parar de prestar atenção neste mundo, embora todos os meus vasos de absorção permaneçam: visão, audição, olfato, tato e paladar. Em vez de tudo isso eu vou ver só a qualidade de doação, amor e conexão entre todos os detalhes. Então eu vou revelar o Criador, porque Ele é a força única de conexão da natureza.

No entanto, enquanto isso, eu não estou prestando atenção à conexão entre todos os detalhes da natureza. Eu estou interessado numa ação completamente oposta, tomar para mim o máximo possível. Essa inclinação egoísta é oposta à qualidade de doação, conexão, mutualidade, amor, as qualidades do Criador. Por causa disso, eu não sou capaz de revelar essa força.

Portanto, eu devo fazer todos os tipos de ações que irão me dirigir a olhar para essa força de conexão, similar aos cientistas que querem revelá-la. Eu faço a mesma coisa; eu sou um pesquisador. E não é religião; é a sabedoria da Cabalá. Por isso, eu olho para esta única força que conecta, preenche, e move tudo para um objetivo, desde o início até o final, de acordo com um determinado plano.

Eu quero saber qual é o segredo da morte. Será que ela existe ou não? Se eu olhar para este tema do ponto de vista da sabedoria da Cabalá, eu não entendo nada do que é a morte. É uma mudança de um desejo em outro desejo: o desejo de receber para o desejo de doar?

A questão da vida e da morte é uma questão crítica e que inconscientemente preocupa muitas pessoas. É possível explicá-la apenas parcialmente, mantê-la em segredo, a fim de atraí-las para frente e insinuar com isso, que aqui está a solução para vencer a morte e passar para a eternidade. Isto vai dar à pessoa a possibilidade de compreender a grandeza de sua existência.

Será que eu percebo o mundo através do meu corpo bestial, através de meus cinco sentidos que existem em mim? No entanto, a verdade é que o corpo não existe. Existem apenas os cinco sentidos que me dão a sensação do mundo e do eu, sentindo-o. Com essa abordagem, é muito fácil ignorar este mundo. Não seria terrível se eu não estivesse nele, e este próprio mundo não existisse; ele desaparece, e pronto.

Nós temos uma oportunidade de sair à existência eterna. Não há morte; existe apenas a transição, a troca de dez Sefirot. Agora, eu existo no sentimento de existência que é chamado de minhas mínimas dez Sefirot, e dentro delas eu sinto este mundo, eu, e tudo o que me rodeia.

Vamos supor que uma pessoa morre. O que é a sua morte? Sua morte significa que todas as suas dez Sefirot são esvaziadas, e em vez de Keter, Hochma, Bina, Zeir Anpin, e Malchut, ou visão, audição, tato, olfato e paladar, nada é deixado. O que resta é a informação chamada Reshimo.

Mais tarde, esse Reshimo é transferido para outro corpo biológico e começa a realizar-se nele. O próximo ponto se junta, um novo nível de desejo (Aviut, aspereza), e o que é chamado de Adam (Homem) cresce com esse desejo e o realiza.

O Reshimo se desenvolve sob a influência da Luz no mesmo nível, no mesmo patamar. Ele pode continuar até que o próprio homem queira subir ao próximo nível, ou sob a influência de golpes, porque a Luz o ressuscita o tempo todo (nós vemos o que acontece nas gerações) ou sob a auto-aspiração da pessoa a subir ao próximo nível.

A subida para o próximo nível significa que, em vez de receber uma pequena quantidade de Luz que é chamada de “a nossa vida”, o homem começa a receber uma Luz especial que o formata de forma diferente e o eleva de uma percepção interna em suas mínimas dez Sefirot à percepção exterior.

Obviamente, o problema da auto-existência desaparece. Se você troca os meios de auto-percepção para fora de si mesmo, então fora de você está o volume que existe constantemente como se você se espalhasse dentro dele, e sua existência se torna eterna e infinita. Com isso desaparece o sentimento de inferioridade, o sentido de que lhe falta algo como nos atuais cinco sentidos. A Luz Superior vai passar pelos outros.

Se o problema da existência no mundo é constantemente atrair, absorver, para dentro, a energia e o conhecimento através deste mundo, o problema da existência no próximo nível, o mais elevado, é transferir a energia, a força da vitalidade, através de você para o mundo inteiro e sentir que o mundo precisa de você constantemente.

É isso aí. Aqui, não há problemas com a vida e a morte. As pessoas precisam entender que, em princípio, não há outro caminho, e deste caminho, deste propósito, a pessoa não pode escapar. Ao contrário, na nossa frente está a maravilhosa oportunidade da vida eterna.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 20/11/13

Cada Um De Nós É Um Representante De Toda A Humanidade

laitman_929Pergunta: Como é possível chegar à correção se deixamos a influência do grupo e imediatamente caímos na existência corpórea bestial?

Resposta: O grupo deve ajudar a pessoa. É possível que eu esteja em tal declínio que não sou capaz de me conectar com o grupo por mim mesmo, que sinta ódio e rejeição do grupo e negligencie os amigos.

No entanto, se eu tenho um grupo no qual já investi, se tentei instalá-lo na ordem correta, de modo que todos se ajudam e elevam imediatamente os que caíram, então eles também vão se preocupar comigo quando eu cair.

Pergunta: Como você fortalece o grupo para que ele nunca abandone uma pessoa?

Resposta: É impossível que uma pessoa nunca se desconecte do trabalho, não se esqueça dos amigos, e não amaldiçoe a todos, incluindo o Criador. É impossível que ela não pense que é insignificante e que todos os outros também não são nada. Você deve passar por todos os estados. Você não vai ter sucesso passando por este caminho de uma forma suave, evitando sentir tudo isso.

Você tem que mergulhar em seu ego, senti-lo, e passar por todos os discernimentos, e depois, mais tarde, você vai começar a se integrar com os outros, e o exílio deve durar 400 anos, quatro níveis que a pessoa deve passar dentro do desejo de receber. Caso contrário, você não teria nada a corrigir, e como a pessoa chegaria ao ápice?

Você está diante do Monte Sinai, e deve se elevar acima de todo esse ódio (Sina), a fim de alcançar o Criador. Não tenha medo. Se você tem um professor, grupo, estudos, uma conexão geral e disseminação, então não precisa ter medo. No entanto, se estiver faltando algum elemento, já é um problema, e isso é porque no final de cada processo é necessário que haja o objetivo de agradar o Criador. É impossível se você não conectar todos os componentes juntos e fazer deles a base para a sua doação ao Criador

Pergunta: Os desejos crescem constantemente. Será que eles vão ser corrigidos de uma só vez ou será que a correção ocorre gradualmente, parte por parte?

Resposta: A correção ocorre gradualmente em pequenas partes. Nós progredimos gradualmente rumo à correção porque é difícil para nós concordar com essas alterações. Nós não somos capazes de executá-las todas de uma vez, e, além disso, deve haver uma mistura entre os sentimentos e o intelecto, que os corrige e conecta.

Nós temos que passar por tudo isso junto. Para alcançar Malchut, você também deve conectar a história, o seu desenvolvimento interior, e todas as almas que existiam antes de você. Você deve passar por todo o processo e, no final dele, você se transforma num mensageiro que representa o enorme desejo, o enorme balão, com um ponto acima, que é você que está conectando todo o Kli (vaso) com o Criador.

Você se torna o representante de toda a humanidade, e essa é a intenção: que você corrija toda a Malchut de sua parte, no que diz respeito a si mesmo, e, cada um faz o mesmo. Portanto, cada um, por si mesmo, atinge toda a Malchut. Cada alma atinge toda a criação de um lado ao outro.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 06/04/14, Escritos do Rabash

O Eterno Dilema: Ser Rico Ou Feliz

laitman_546_02De Rabash, “Yenika (alimentação) e Ibur (impregnação)”: E a pessoa tem que acreditar que, antes de nascer, ou seja, antes da descida da alma para o corpo, a alma aderiu-se com Ele, abençoado seja Ele, e agora anseia retornar e aderir-se, como era antes de sua descida.

A alma estava em adesão com o Criador porque havia um único Kli completo, cuja totalidade das partes estava conectada e plena. A Luz superior preenchia essas partes igualmente num estado de “Ele é um e Seu nome é um” (Zacarias 14: 9).

Este estado é mais permanente, estável e seguro; é a base de toda a criação. Por conseguinte, após a quebra, o vaso foi quebrado numa multiplicidade de partes e cada uma das partes anseia em voltar a essa conexão. Agora elas se tornaram partes; não podem sentir satisfação e sempre sentem deficiência. Neste mundo não há felicidade, realização e verdadeira plenitude, e a perfeição não pode existir. Isto é porque cada um é apenas uma parte do sistema, e enquanto o sistema não estiver pleno, problemas e deficiências serão sempre descobertos nele. E é assim que vai ser até o fim da correção.

Assim, cada parte, cada pessoa, inconscientemente anseia em se conectar com os outros. Esta tendência e inclinação é descoberta gradualmente de acordo com o desenvolvimento da pessoa. Em última análise, a necessidade de conexão é descoberta porque podemos chegar à plenitude somente desta maneira.

Mas para isso é necessário vencer a luta entre o meu desejo de plenitude e conexão e o meu ego que quer dominar. E a conexão só pode ser entre iguais. Então eu preciso decidir o que escolher: isso ou aquilo. Mas não podemos resolver esse dilema interior.

Até o fim da correção, nós estaremos nessa crise interna. Por um lado, eu quero plenitude, a qual só pode ser sentida através da conexão integral, da igualdade, da inclusão geral de todos. Por outro lado, eu quero dominar! Essa pode ser uma conexão, mas é uma onde eu domino e nem todos são iguais e integralmente conectados.

Portanto, a humanidade constantemente oscila, às vezes, para um lado e, às vezes, para o outro lado. É assim que ela vai sempre continuar até chegarmos ao reconhecimento completo do mal.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 14/02/14, Escritos do Rabash

Como O Poder É Perigoso

Nas Notícias (De Psychologies.ru): “Por que as pessoas no poder mostram claramente tirania, obstinação e instabilidade mental”? A resposta é simples: a ligeira sensação de superioridade sobre os outros pode ter um impacto significativo sobre todos nós.

“Nós todos notamos como, quase instantaneamente, as pessoas nomeadas para um alto cargo, transformam-se. Elas são impacientes e exigentes. Qualquer, mesmo o menor progresso na carreira, pode mudar radicalmente os seus comportamentos. O tom de suas vozes elevam-se, e tornam-se duras e arrogantes. Como todos nós, elas não têm nenhuma dúvida sobre estarem certas.

“Ao receber poder sobre os outros, sentimos nossa superioridade. Nossos desejos tornam-se mais altos do que as regras da decência e do comportamento, menos ética. Um senso de autoridade nos permite comportar ruidosamente e deixar uma bagunça.

“A partir deste momento paramos de compreender os sentimentos dos outros e ignorar os seus esforços. Todas as decisões são tomadas de forma independente e autoconfiante, especialmente nos casos em que o destino de centenas ou milhares de pessoas dependem disto”.

Meu comentário: Portanto, a cabalá incentiva permitir apenas pessoas corrigidas a “conduzir”, aqueles que estão livres dos propósitos pessoais egoístas. Foi assim no antigo reino de Israel durante o Primeiro e Segundo Templos, quando toda a população e, especialmente, os sábios que conduziam estavam no estado de revelação do Criador, que mantinha todos acima do seu egoísmo.

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Nós Dependemos Uns Dos Outros

Pergunta: Existe uma razão para todos os nossos problemas?

Resposta: Se houver um conflito com nosso cônjuge, nossos filhos, nossos vizinhos, no trabalho, e até mesmo dentro de nós mesmos, isso significa que o nosso ego, chamado Faraó, nos domina.

Pergunta: Mas a escravidão no Egito, de que a Torá nos fala, só foi em tempos antigos e terminou há muito tempo.

Resposta: O Faraó nos domina o tempo todo, até mesmo agora. Os eventos descritos na Torá não estão relacionados a um determinado período de tempo e não são uma estória histórica. Nós ainda estamos escravizados ao mesmo ego, à nossa natureza egoísta, que não nos permite viver uma vida normal.

Nós vivemos em um mundo especial hoje, em um momento especial. Estamos todos conectados em uma rede, num mundo integral, uma economia integral, e dependentes uns dos outros. Se a comunidade internacional impõe certas sanções contra qualquer país, ela corta as suas ligações com aquele país, como o Irã, por exemplo, este estado cai, já que todo mundo depende de todo mundo. [Leia mais →]

Como Um Feixe De Juncos —Pluralmente Falando, Parte 4

Como um Feixe de Juncos, Por que Unidade e Garantia Mútua são Urgentes Hoje, Michael Laitman, Ph.D.

Capítulo 9: Pluralmente Falando

Afetando a Coesão Social Através do Ambiente Social

Lembre o Primeiro “Guerreiro do Ego”

Quando o nível falante dos desejos irrompeu primeiramente como egoísmo, a Babilônia estava no seu auge, e Abraão foi aquele que estava diante da tentativa de resolver o mistério do declínio da evolução social de seu povo. O povo de sua nação estava tão imerso na construção de sua torre que ele abandonou completamente sua camaradagem. Eles não eram mais “de uma mesma língua e de uma mesma fala” (Gênesis 11:1); tudo o que importava era a torre”.

O livro, “Pirkey de-Rabbi Eliezer” (Capítulos do rabino Eliezer),retrata o desespero de Abraão com a nova paixão de seu povo: Rabi Pinhas diz que não havia pedras lá [na Babilônia] para construir a cidade e a torre.

O que eles fizeram? Eles conseguiram produzir tijolos e os queimaram como artesãos até que eles construíram-na [a torre] sete milhas de altura. Aqueles que deveriam levantar os tijolos, subiram a partir do leste, e aqueles que deveriam descer, desceriam no oeste.

E se um homem caísse e morresse eles deveriam ignorá-lo. Mas se um tijolo casse, eles iriam sentar e lamentar dizendo: ‘Quando chegará o outro em seu lugar? Quando Abraão, filho de Tera, passou, e viu-os a construir a cidade e a torre, amaldiçoou-os em nome de Deus.”[I] [Leia mais →]