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Um Mundo Com A Dimensão Da Doação

Dr. Michael LaitmanBaal Ha Sulam, Introdução ao Livro do Zohar, item 40: E eu sei que isso é completamente inaceitável aos olhos de alguns filósofos. Eles não podem concordar que o homem, a quem eles pensam como baixo e sem valor, seja o centro da magnífica criação. Mas eles são como um verme que nasce dentro de um rabanete e acha que o mundo do Criador é tão amargo e escuro como o rabanete em que nasceram.

Mas assim que a casca do rabanete [de seu egoísmo] se quebra e ele se espreita para fora [sai do egoísmo, da intenção “para seu próprio benefício”, e entra na doação e amor pelos outros], ele se pergunta [no temor do mundo superior que ele revelou] e diz: “Eu pensei que o mundo inteiro era do tamanho do meu rabanete, mas agora vejo diante de mim um mundo grande, belo e maravilhoso.

Isso é o que nós sentimos quando descobrimos um tesouro escondido que estava sempre em nossa posse sem o nosso conhecimento. Agora nós podemos abrir o portão e ver o que está acontecendo para além dos limites deste mundo, no qual atingimos um beco sem saída. Quando a saída é descoberta, nós vemos diante de nós um “mundo grande, belo e maravilhoso“.

Pergunta: O que o verme viu quando saiu do rabanete?

Resposta: Ele viu o sol, as flores, o céu azul. Imagine que diferença era essa comparada com o rabanete escuro e amargo! Nós somos como este verme quando é revelado que o mundo é infinito, que a morte não existe, que a vida aqui é pior que a morte, e que estamos nele. O mundo é revelado diante de nós com dimensões totalmente diferentes. Nós começamos a ver o mundo numa dimensão de doação e amor, e, assim, seus limites são alterados.

Agora, nós percebemos o nosso mundo de uma forma bastante limitada e as nossas possibilidades dentro dele são limitadas, nossas vidas são tão curtas. De repente, todas essas limitações desaparecem e os limites são expandidos. Antes disso, nós existíamos dentro do nosso ego, e era possível receber apenas o quanto era exitoso para nós. Mas, para a característica de doação que adquirimos no lugar do ego, não há limites e fronteiras. Por isso nós sentimos a vida como eterna e não limitada por nada.

Para isso, só precisamos sair do rabanete e ver o mundo verdadeiro.

Do Programa na Radio Israelense 103FM, 15/02/15

A Verdadeira Religião E A Religião Do Exílio

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como eu o compreendo, a sabedoria da Cabalá veio do judaísmo e todos os Cabalistas do passado eram muito religiosos. Qual é a verdadeira conexão entre a sabedoria da Cabalá e a religião?

Resposta: A sabedoria da Cabalá é o fundamento da verdadeira “religião”. Baal HaSulam escreve sobre isso no artigo, “A Essência da Religião e Seu Propósito”.

As três principais religiões – Judaísmo, Cristianismo e Islamismo – são baseadas nos ensinamentos de nosso pai Abraão. Mas Abraão, especificamente, descobriu a sabedoria da Cabalá, que é a base de todas as religiões, e ele descreveu sua descoberta no livro Cabalístico, Sefer Yetzirah (Livro da Criação).

O princípio fundamental da religião que foi descoberto por Abraão é “E você deve amar o seu amigo como a si mesmo”. Assim também está escrito: “E amarás o teu amigo como a ti mesmo é a grande regra geral da Torá”. Em princípio, este é entendido em todos os sentidos. Ou minimamente: “O que é odioso para você, não faça ao seu amigo”.

Toda a Torá fala sobre as boas relações entre as pessoas. Relações deste tipo existiam entre o povo de Israel antes da destruição do Segundo Beit HaMikdash (Templo) 2000 anos atrás, que foi destruído por causa da súbita erupção do ódio infundado.

Tudo gira em torno de apenas um ponto: boas ou más atitudes entre os judeus determinam o que vai acontecer com eles e todo o mundo em geral. Esta é precisamente a razão para o antissemitismo; é porque o povo judeu não pode chegar a um acordo entre si, e por isso o mundo inteiro sofre.

A sabedoria da Cabalá está envolvida apenas com a forma de atingir a conexão correta entre nós, e este é o fundamento de toda a religião. E o que tem sido considerado religião nos últimos 2000 anos é a manutenção de todos os tipos de tradições que parecem ser suficiente para as pessoas.

Esta é a forma que a religião adquiriu no exílio quando estávamos separados do princípio “E amarás o teu amigo como a ti mesmo”, do desejo de se unir. Esta é a forma em que o povo judeu teve que amadurecer por 2000 anos, para sair às nações do mundo e ser misturado com elas, e depois disso voltar à sua terra.

Mas depois que voltamos fisicamente para a terra de Israel, precisamos reviver a sabedoria da Cabalá, para que ela viva entre nós e nos ajude a construir um povo e uma nação da mesma forma como era antes: com amor e unidade entre nós.

Não há restrições nisso. Se uma pessoa estuda o método de conexão, não faz diferença se ela é religiosa ou secular, de que país ou comunidade ela veio, ou se é um homem ou uma mulher. Todos devem estudar este método e o mais rapidamente possível, porque o nosso bom futuro depende disso.

A sabedoria da Cabalá nos ensina a perceber essa unidade, e de uma maneira prática possibilita sentir isso durante os workshops e na conexão nos círculos de discussão que levamos a toda a parte. Milhares de pessoas já participaram de nossas mesas redondas, e elas sentem que dentro de meia hora de discussão de acordo com o método da sabedoria da Cabalá, de repente experimentaram um sentimento estranho, uma iluminação, um despertar de inspiração e calor. E esse sentimento se espalha a todos os participantes.

Comentário: Eu fui capaz de participar dessas mesas-redondas que foram transmitidas de acordo com a antiga sabedoria da Cabalá. E eu me lembro que no início as pessoas que se reuniam eram muito céticas e até mesmo cínicas, lamentavam o tempo que estavam perdendo. Mas, ao final da noite, as pessoas simplesmente flutua´ram de excitação e emoção, foram às lágrimas e se abraçaram. Este foi um surto de força vital e calor que derreteu todo o gelo e a indiferença que separa nossos corações.

Do Programa na Radio Israelense 103FM, 15/02/15

Um Shabat De Descanso Solene No Sétimo Ano

Dr. Michael LaitmanPergunta: A que se refere o seguinte versículo: “Levítico 25: 3-4: Durante seis anos semeiem as suas lavouras, aparem as suas vinhas e façam a colheita de suas plantações. Mas no sétimo ano a terra terá um sábado de descanso, um Shabat dedicado ao Senhor. Não semeiem as suas lavouras, nem aparem as suas vinhas”?

Resposta: Todos os seis anos de trabalho na terra são seis anos de correção do nosso desejo quando constantemente trabalhamos nele. E no sétimo ano o desejo corrigido será preenchido com a Luz do Criador.

Então não precisamos fazer nada, já que a Luz preenche o desejo geral e conecta, enfraquece e domina-o de tal maneira que a principal coisa para nós é não interferir.

O que significa que todas as ações que competem a nós devem ser dirigidas de tal forma que não perturbemos o Criador de mergulhar em nós, preencher, conectar e nos colocar juntos como um único pacote, onde todas as características do Criador nos níveis inanimado, vegetal, animal e falante são conectadas pela primeira e única Luz num único conjunto.

E isso é chamado de sétimo ano, que é o ano do descanso solene. Portanto, isso é chamado de Shabat (sábado), a liberdade e a cessação do trabalho. Mas, na verdade, há um trabalho interior muito forte, só que é dirigido no sentido oposto, na medida em que eu me anulo e não faço nada, possibilitando que o Criador atue.

Ao mesmo tempo, eu estou junto com Ele em pleno acordo e união. Eu trabalho, mas o meu trabalho se resume numa ação sincronizada com o Criador, e isto é muito complicado e difícil.

Então eu tenho que me preparar para o descanso de modo que toda a densidade do ego, todos os seis anos durante os quais eu o corrijo, me levarão ao sétimo ano, o ano do descanso solene, o ano da Shmittah (desapego) .

Depois disso virá o oitavo, nono, décimo anos (milenares), o que corresponde à conquista do nível de GAR, os níveis de Bina, Hochma e Keter. Neles eu atinjo a mente do Criador, Seus planos, e Ele, Ele mesmo. Este é o nível mais alto, chamado os segredos da Torá.

O que se quer dizer com os segredos da Torá? Depois que eu alcanço o sétimo milênio, todas as minhas imagens, todo o aparato da minha compreensão e consciência está tão transformado que só então eu serei capaz de entender o que os três níveis superiores simbolizam: o oitavo, nono e décimo milênios.

Pergunta: É possível dizer que os seis anos de trabalho da terra são arar, elevar e transformar o ego?

Resposta: Sim, eu transformo o ego do mesmo modo que nós transformamos o solo quando o aramos antes da semeadura. As sementes espirituais da pessoa não podem crescer se ela não transformar seus desejos (a terra). Isto é realizado durante os seis anos, e no sétimo ano a realização acontece através da Luz do que foi plantado.

Pergunta: É só então que os brotos aparecem?

Resposta: Não, eles saem a cada ano. É que durante os seis anos (Hesed, Gevurah, Tiferet, Netzah, Hod e Yesod) eu trabalho no solo de tal forma que, no sétimo ano, tudo o que eu obtive na obra, que eu cavei em meu ego, está pronto para ser preenchido pela Luz.

Então a Luz percebe isso sem minhas ações. Agora eu termino meu trabalho através de ações opostas, visto que eu devo ajudar a Luz a fazer isso a partir do seu lado e não do lado do solo.

Pergunta: O que significa “o preenchimento pela Luz”?

Resposta: Quando os desejos da pessoa se transformam completamente para serem semelhantes à Luz em quantidade e qualidade, então ela sente que a Luz é encontrada dentro dela.

Na verdade, a Luz estava sempre nela, só que agora a pessoa começa a sentir isso porque preparou seus sentidos, sua compreensão, para isso. Ela vê que, mesmo antes disso, ela estava no mundo do Criador, e que tudo estava cheio de Luz, “não há outro além Dele”, mas agora ela sente e descobre isso. Este é o sétimo milênio.

Portanto, o Shabat é chamado de um dia santo, porque é a soma de todo o imenso trabalho que uma pessoa passa para alcançar o Criador, para descobri-Lo dentro de si.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 13/08/14

O Erro Dos Que Não Se Importam

Dr. Michael LaitmanA humanidade chegou a um beco sem saída que já se faz sentir. Nós vivemos numa aldeia global moderna e relutantemente descobrimos que temos que nos conectar, começar a pensar e falar sobre isso. É hora de tomar o nosso lugar no nível humano dentro do sistema geral.

Um Perigo para o Sistema

Toda natureza (os níveis do inanimado, vegetal e animal) é global, integral e mutuamente conectada em todas as suas partes. Todos os seres criados, desde os juncos até os maiores predadores, são soldados num único sistema, e, juntos, mantêm a ordem geral. Por outro lado, nós não fazemos parte desse quadro. O homem é a única parte verdadeira e prejudicial na natureza. É porque não temos limites na satisfação das nossas necessidades. Isso é típico de toda a raça humana em todos os aspectos da vida, incluindo a família, o trabalho, as relações sociais, etc.

A taxa de divórcio, por exemplo, está crescendo e também o abismo entre pais e filhos. Os jovens acham cada vez mais difícil encontrar um companheiro e começar uma família forte. Essas mudanças extremas tiveram lugar nos últimos 50 anos ou menos. Elas têm inclusive um impacto sobre o povo judeu que sempre se preocupou em ajudar os jovens a se casar e ajudou com o começo de sua casa.

Indivíduos Inseparáveis

A razão para tudo isso é o nosso ego, que chegou a sua última fase.

O egoísmo se refere ao fato de que eu não posso me identificar com os outros. Eu sinto os outros apenas na medida em que posso me beneficiar deles. Idealmente, eu quero espremer tudo o que puder dos outros. Isto não é uma acusação, é claro, mas um fato psicológico sobre a natureza humana. Esta é a nossa natureza.

No entanto, por outro lado, nós temos encerrado o mundo inteiro em laços mútuos de uma única rede que não pode ser quebrada, no desenvolvimento global, econômico, financeiro, social, familiar e político. O problema é que esta rede está cheia de ódio, conflitos, confrontos, egoísmo e orgulho.

Consequentemente, o mundo treme como resultado dos contínuos obstáculos, preocupações e ameaças. A falta de unidade entre nós invoca inadaptablidade à natureza em geral e, portanto, o mundo sofre terrivelmente.

Não É Problema Meu!

Pergunta: A maioria das pessoas vive uma vida normal e, apesar de lucrar em detrimento do outro, elas não estabelecem qualquer armadilha especial e não conspiram contra aqueles que as rodeiam. Portanto, onde elas erram? É difícil se ver como um egoísta absoluto no fluxo contínuo de preocupações diárias, na luta constante para sobreviver.

Resposta: Isso é verdade. Mas se você se justifica dessa forma, você ainda sofre. Portanto, você deve descobrir o porquê. Isso requer uma abordagem científica sólida, mesmo antes de se referir à sabedoria da Cabalá, que resume e inclui todo o mundo.

Uma análise racional indica que sofremos porque não podemos nos dar bem, não podemos nos dar bem um com o outro.

Você pode perguntar o que se pode esperar de um homem pobre que vai trabalhar de manhã e volta à noite. Mas, essas pessoas pobres miseráveis ​​criaram uma rede de sete bilhões de partes que não possuem as conexões certas entre os nós. Esta é a razão pela qual estamos todos em oposição à unidade incorporados na natureza.

O que é exigido de nós hoje é a unidade e a conexão correta. Nós não vamos acabar com essa guerra se não entendermos o problema.

Mas cada um de nós se fecha em seu pequeno canto:

– Eu não sei de nada, o que você quer de mim?

– Você se sente mal. Você não quer corrigir e mudar as coisas?

– Eu quero, mas não é minha culpa; eu simplesmente vivo a minha vida normal.

Não é assim que se lida com os problemas. Nós gradualmente afundamos ainda mais em situações perigosas e o ritmo dos acontecimentos está acelerando de um ano para o outro. Alguns desses eventos já estão atrás de nós e devemos aprender com eles. Nós temos que finalmente perceber o que está acontecendo, em vez de se esconder em nosso covil, fingindo que não nos diz respeito, uma vez que a humanidade é feita de tais pessoas que dizem que não têm nada a ver com essas coisas.

Do Programa na Radio Israelense 103FM, 15/02/15

Recompensa Oculta

laitman_534Pergunta: Que recompensa eu obtenho pelos meus esforços? Afinal de contas, nós não vemos o caminho a frente, e o passado já se foi. Portanto, onde está a recompensa que possibilita que eu continue a avançar?

Resposta: Você recebe uma enorme recompensa, uma recompensa muito respeitável. Se as pessoas vissem o que você ganha, sentiriam muita inveja de você. Isso amargaria suas vidas. No entanto, você deve aprender a apreciar essa recompensa, porque mesmo que ela esteja bem na sua frente, você não a percebe. O mundo superior, o estado espiritual que você recebe, está muito perto, mas você não o sente. Você não tem as ferramentas com as quais pode apreciá-lo.

Se você tivesse que dar a uma criança um chocalho vermelho e algo de valor com uma cor não atraente, ela pegaria o chocalho e jogaria fora o objeto valioso. Nós também não sentimos o que recebemos.

Você se esforçou, veio para a aula de uma cidade distante. Portanto, você precisa ​​sentir que uma grande soma de dinheiro foi colocada em sua conta, pelo menos cem mil dólares. Se você sentisse isso, viria todos os dias, pois teria um incentivo suficiente! No entanto, a fim de não aumentar o seu desejo egoísta e pensar apenas na compensação e contar as notas todos os dias, você não pode ver a recompensa. Mesmo que haja uma recompensa, você não a vê, de modo a não correr atrás dela. Por isso, seu pagamento está sendo derramado constantemente de suas mãos, sendo reunido numa pilha grande. Você não precisa se ​​preocupar; nada será perdido. Você vai ter tudo quando souber como usá-lo corretamente. Então, você poderá tomar todo o pagamento que recebeu durante o período de Lo Lishma e usá-lo a fim de doar. A principal coisa é entender como chegamos à Lishma, em outras palavras, como podemos atrair a Luz que Reforma. Portanto, como está escrito: “Eu criei a inclinação ao mal, eu criei para ela a Torá como tempero, pois a Luz nela a reforma, pois a iluminação nela vai trazê-lo de volta ao bem” (Talmude Babilônico, Kiddushin, 30b, Eicha Rabbah).

O Infinito preenche tudo, mesmo que não sintamos isso. Por enquanto, ainda precisamos usá-lo como a Luz que Reforma, e, depois, ele vai construir um Tzimtzum – Masach, Ohr Hozer, Rosh, um novo Partzuf – em nós e nos ensinará a receber a Luz dentro do Partzuf.

A Luz faz tudo, e eu só a atraio. Só depende de mim saber que ação deve ser feita, e a Luz Superior vai me trazer inclusive a inteligência. Cabe a mim estar em constante contato com a Luz e exigi-la, passo a passo, ação após a ação.

Desta forma, eu me apego ao que é superior, a construção da minha alma, meu Kli de doação, de dentro do meu desejo de receber.

Da 1ª  parte da Lição Diária de Cabalá 23/05/14, Shamati # 8

O Dia Da Revelação Do Criador

laitman_933Pergunta: A leitura semanal da Torá, Shemini (oito), fala sobre isso, que após sete anos de dedicação, no dia do início do serviço no Tabernáculo, Moisés chama a Aarão e seus filhos para fazer sacrifícios especiais. Moisés e Aarão saem para abençoar o povo, e a grandeza do Criador aparece diante de todo o povo de Israel. Qual é o significado do “oitavo dia”?

Resposta: Os primeiros sete dias correspondem às Sefirot: Hesed, Gevura, Tiferet, Netzah, Hod, Yesod e Malchut, enquanto o oitavo dia é a realização, a elevação de Malchut à Bina. Bina é a descoberta do início da divindade entre nós .

No Pirush HaGadol, é dito que o povo estava preocupado se o Criador seria revelado. Dependeria de como eles iriam percorrer os primeiros sete dias, em outras palavras, da absorção das características inferiores que são encontradas numa pessoa (Hesed, Gevura, Tifferet, Netzah, Hod, Yesod), que entram em Malchut, e como Malchut reage e absorve estas características, cujo resultado Bina será revelada nela. Isso é chamado de revelação do Criador, porque o Criador não existe por Si mesmo; Ele não existe.

Nós devemos entender a relatividade dos nossos discernimentos, nossa percepção da realidade. Quando dizemos que o Criador não existe, queremos dizer que não podemos percebê-Lo, que não podemos defini-Lo. Do nosso ponto de vista, Ele não existe, enquanto não nos tornarmos equivalentes a Ele com as características de doação e amor através da conexão entre nós.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 18/12/13

Arrependimento Através Do Grupo

Laitman_524_01Pergunta: O que significa olhar para todos os problemas através do “centro do grupo”?

Resposta: Qualquer um pode dizer que tudo vem do Criador. Isso não é um problema. A questão é como isso me obriga e como eu reajo de minha parte?

Nós não precisamos de um grupo para aceitar humildemente golpes. E não precisamos de um grupo apenas para perguntar sobre o Criador. Mas, para sermos dirigidos a Ele, precisamos de um grupo.

Assim, logo que começamos a nos perguntar sobre o sentido da vida, somos trazidos para o grupo de alguma forma. Todo o nosso trabalho é feito num grupo. E isso não for feito a fim de receber a doação do Criador. Eu também obtenho isso do mundo exterior. Mas o grupo possibilita que eu reaja a essa doação. Pois o problema não é sobre como receber Sua doação; ao contrário, é como responder a ela, como criar contato com o Criador de minha parte.

Eu preciso me corrigir desde dentro, a fim de estar conectado com o Criador. Isso ocorre porque os níveis de ascensão na escada espiritual são as minhas mudanças graduais, os níveis de integração na conquista da uma semelhança e equivalência cada vez maior. Eu preciso falar Sua língua, realizar as mesmas ações, abordar o seu Entendimento, ser cada vez mais congruente com Ele.

Repentance Through The Group

Tudo depende de mim. Ele vai me alcançar de qualquer lugar; não há nenhuma dúvida sobre isso. Além Dele, não há ninguém que opere em mim. Porém, sem um grupo eu não tenho possibilidade de responder. Eu simplesmente não entro na mesma dimensão, no mesmo espaço, na mesma matriz e nas mesmas condições em que Ele se encontra.

Se eu quero ser como o Criador, então eu posso fazer isso me aderindo cada vez mais ao grupo. Eu preciso criar Sua imagem, e para isso eu preciso conectar o grupo comigo até que eu finalmente seja como Ele. É necessário passar por todas as etapas, 125 níveis , a fim de se parecer com o Criador. E tudo isso acontece por meio do grupo.

Da Convenção na França, “Um Por Todos e Todos Por Um” 11/05/14, Lição 5