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Uma Ponte Entre Dois Infinitos

laitman_936Rabbi Kalonymus Kalman Halevi Epstein, Maor va Shemesh (Luz do Sol): A escrita implica que o objetivo da criação foi a de que nenhuma doação deve descer a não ser por intervenção de baixo e elevação de MAN, que a assembléia de Israel desperta, e, ao elevar MAN, todos os mundos ascendem e adicionam ao desejo de aderir a sua raiz.

Este é o principal deleite para o Criador, que Israel se purifique das profundezas da corporalidade e anseie se aderir ao seu Criador.

Há a Luz de Ein Sof (Infinito) e o vaso de Ein Sof. O vaso de Ein Sof é toda a humanidade, e há um tubo entre eles com uma válvula ou uma torneira, que somos nos. Quanto mais fortemente nos unimos, quanto mais abrimos a torneira, maior o fluxo da abundância superior que atinge o vaso de Ein Sof, toda a humanidade, através de nós.

Portanto, tudo depende da assembleia de Israel, da conexão das pessoas em quem as Reshimot (reminiscências) despertaram que as obrigam a ansiar pelo Criador, o que significa procurar uma conexão especial com Ele. Por outro lado, elas podem estar conectadas com o grande vaso de toda a humanidade.

Nós devemos determinar uma conexão mútua tanto com o nível superior como com o nível inferior, a fim de conectá-los através de nós. Na medida em que nos unirmos neste trabalho, vamos alcançar a doação .

No início, este trabalho é representado para nós como se houvesse a Luz Superior acima e um grande vaso abaixo, e nós estamos no meio como um tubo que transporta a Luz. Quando nos conectamos, abrimos o tubo, e a Luz e a abundância fluem através dele ao inferiores, corrige, conecta, e preenche-os.

Mas só agora é que nós acreditamos nesta forma esquemática. Mais tarde, veremos que é um pouco diferente, que o Criador já está no grande vaso da humanidade, e, portanto, nós entramos naquele vaso para encontrar o Criador.

É por nossa conexão que permitimos que Ele se manifeste nos seres criados, mas Ele já está neles. Todo este trabalho assume uma forma diferente. Nós começamos a sentir que o Criador e os seres criados estão aderidos como um, e só nós estamos fora desta conexão e unidade. Esta é a segunda fase do trabalho, e, depois, existe também uma terceira fase.

Nesse meio tempo, nós temos que imaginar este trabalho desta forma, como se fôssemos um tubo com uma torneira e que, de acordo com a nossa conexão, somos recompensados em transmitir a Luz Circundante ao circundado, ou seja, de Ein Sof da Luz ao Ein Sof do vaso.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 25/05/14, Conversa sobre a Importância da Unidade

Não Apenas Uma Torneira

laitman_276_01Pergunta: Como uma pessoa precisa reviver-se nos estados de descida?

Resposta: Acima há um tanque com a Luz, a partir do qual dois tubos com torneiras se estendem e se conectam à alma. O Criador transforma a torneira num tubo e começa a transmitir Luz na alma. A partir daí, a pessoa começa a viver, adquire o sentido da vida, trabalha e tudo está completamente bem.

Not Just A Faucet

De repente, o Criador transforma a torneira e a pessoa se sente impotente, sem vitalidade. Tudo é incolor, insípido, é cinza. Onde estão as cores da vida? Onde estão os gostos? O mundo se desvaneceu e adormeceu.

O Criador faz isso para que a própria pessoa ligue a torneira e comece a se encher. Isso porque, desta forma, a pessoa se tornará semelhante ao Criador. Ela vai ter a mente e o coração, a compreensão do governo e da providência superior. Esta não é apenas uma torneira. Pelo contrário, é um sistema de governo de todo o mundo, de toda a realidade.

Através da equivalência de forma, ela alcança a correção e se transforma num homem (Adão). Portanto, às vezes o Criador fecha a torneira e, às vezes a abre, cada vez de forma diferente, e, portanto, a pessoa deve abrir ou fechar a torneira até atingir a equivalência com o Criador em todas as suas características.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 21/05/14, Escritos do Baal HaSulam

Uma Casa Limpa E Um Coração Limpo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que é habitual limpar completamente a casa antes do feriado de Pessach (Páscoa Judaica)?

Resposta: Os pensamentos e o coração de uma pessoa são chamados de sua casa. A casa (o coração da pessoa) precisa ser limpada de todos os maus pensamentos sobre outras pessoas. Isso é chamado de limpeza de Pessach.

Tente pensar nisso, imaginando o que temos que fazer com todos os nossos desejos em relação às outras pessoas, a sociedade, parentes, vizinhos, o cônjuge e, em geral, no que diz respeito a toda a nossa vida. Como podemos corrigir e melhorá-los, ou pelo menos limpá-los de todo o lixo?

A Páscoa Judaica (Pessach) significa uma passagem (Pasach) ou transição do estado egoísta de amar a si mesmo, para o amor ao próximo, onde você considera os outros, mesmo que só um pouco.

Pergunta: E porque há um costume de limpar tudo com água sanitária?

Resposta: Infelizmente, não há nenhum outro agente de limpeza que possa limpá-la desde dentro que não seja “a Luz que Reforma”. Se ouvirmos, aprendermos e falarmos sobre as correções que temos que realizar dentro de nós, sobre os desejos que precisamos nos livrar, isso gradualmente nos purifica.

A força da Luz é o único meio capaz de nos purificar. No entanto, ela só funciona na medida em que desejamos nos corrigir. A fim de desejar isso, nós precisamos ler sobre o que nos espera depois de nos unirmos com todos.

Assim nós nos livramos de todos os infortúnios e problemas, e subimos a um nível de desenvolvimento onde não há nenhuma mal ou dano, mas apenas bondade sem limites.

É assim que uma pessoa se sente depois de sair do Egito. Esta é a razão pela qual este feriado é chamado de Pessach (Peisach – transição), quando cruzamos o Mar Vermelho, passando de uma natureza para outra: da natureza de recepção à natureza de doação.

É como substituir completamente o programa dentro de um computador. Da mesma forma, nós temos que substituir o nosso programa interno, que vai mudar a nossa visão sobre o mundo, todo o nosso paradigma da vida. Nós começamos a olhar o mundo através de óculos completamente diferentes.

Isso nos permite ver como a conexão correta com outras pessoas nos leva à bondade, e que a revelação nos muda. Este é o sentido da saída do Egito.

Pergunta: E onde estamos, quando nós saímos do Egito?

Resposta: Nós saímos em novos relacionamentos, unidade, doação. Ao unir e estar juntos, somos salvos dos nossos inimigos e saimos do exílio à liberdade.

Pergunta: Então, agora meu coração está sujo, amando apenas a si mesmo e cuidando só de si. Mas se eu limpá-lo e começar a cuidar dos outros, vou ver um mundo diferente a minha volta?

Resposta: Sim, este será um mundo para além das fronteiras do Egito. Vai ser o mundo que vemos através da nossa conexão com o outro, da qualidade de doação, ou através de óculos integrais. Através desses óculos, nós começamos a ver a rede, conectando-nos juntos.

Esse mundo é chamado de mundo superior porque nós revelamos a força que influencia a todos, a rede que controla todos nós. Nós começamos a entender o nosso passado, presente e futuro, e, na verdade, nos elevamos acima do tempo. Nós também sabemos qual será o resultado de todas as nossas ações.

Pergunta: Como isso afeta nossas vidas diárias, regulares?

Resposta: A pessoa sabe o que está acontecendo com ela e o que vai acontecer se ela agir de determinada maneira. Ela começa a ver todas as causas e consequências, o que é chamado de abrir os olhos. Ela já não está num estado de escuridão e incerteza.

Pergunta: E como isso afeta nossas relações mútuas?

Resposta: Nós descobrimos sobre nossas próprias intenções e as intenções dos outros, de modo que os nossos relacionamentos se tornam totalmente transparentes, sem quaisquer ressentimentos ou mal-entendidos.

Do Programa na Rádio Israelense 103FM, 15/03/15

Como Um Feixe De Juncos —Pluralmente Falando, Parte 3

Like a Bundle of ReedsComo um Feixe de Juncos, Por que Unidade e Garantia Mútua são Urgentes Hoje, Michael Laitman, Ph.D.

Capítulo 9: Pluralmente Falando

Afetando a Coesão Social Através do Ambiente Social

De Eu, a Nós, a Um

Com nosso conhecimento atual da natureza humana, não podemos evitar esta atitude competitiva e alienante porque ela vem de dentro de nós, uma ditadura do quarto nível falante do desejo, e não conseguimos parar a evolução dos desejos, assim como não conseguimos parar a evolução do todo da Natureza. Além do mais, se vamos alcançar o propósito da criação de nos tornarmos semelhantes ao Criador, precisamos de um desejo robusto como combustível que nos empurra para frente, o que significa que não devemos diminuir ou oprimir nossos desejos, ou não alcançaremos a meta da nossa vida.

Todavia, não ser capaz de parar a elevação de nossos desejos egocêntricos não significa que devemos render a uma tendência de piorar as relações humanas em todos os níveis. Nossa sociedade não tem que declinar até a um ponto em que tudo o que conseguimos fazer é acumular mantimentos, procurar abrigo e nos deitar esperando que certo milagre nos salve de nossos semelhantes.

Na realidade, mesmo se escolhermos tentar nos proteger, a fúnebre história de nossa nação indica, e a lei da Natureza dita que as nações não nos permitirão permanecer passivos. Quando problemas se acumulam, está garantido que os Judeus serão culpados por isso uma vez mais e consequentemente atormentados, talvez pior que nunca. Contudo, contrários às provações passadas, há muito que podemos fazer para prevenir que isso se revele.