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A Confiável Arma Da Bondade

laitman_938_03Pergunta: Como nós podemos explicar ao público que podemos sentir a força que nos dá a sensação do sentido da vida na conexão entre nós?

Resposta: Nós sentimos o sentido da vida na conexão entre nós, onde a força superior da natureza é revelada. Toda a natureza é doação e, portanto, esta força de doação criou toda a criação.

Somente a força única da doação opera no universo, desde o Big Bang até o dia de hoje, e nós somos o seu resultado. Se aprendermos a conviver com essa força, viveremos uma vida boa.

É porque nós vemos que a vida é dedicada a reviver a matéria. Se soubéssemos como aderir a essa força, realmente nos tornaríamos eternos. Nós não simplesmente prolongaríamos a nossa vida como a medicina nos permite fazer nesses dias para viver até a idade de 200 anos, uma vez que isso não tem sentido.

Nós podemos alcançar a eterna existência com a condição de que nos aproximemos desta força de doação. Isso só é possível de acordo com as leis da física, com a condição de que nos equivalemos a ela e nos tornemos iguais a ela.

Só há um meio que podemos usar, a fim de nos assemelhar a ela, o qual está em contraste com a nossa natureza: começar a unir e conectar. Esta é a razão para a atual crise que nos obriga a unir. Mas podemos evitar o golpe, avançando e alcançando a unidade sem esperar que a força do mal se aproxime de nós.

O mesmo calor maravilhoso e agradável que sentimos quando nos conectamos durante o workshop não é apenas agradável, mas, na verdade, tem um grande poder que pode curar muitos problemas em nossa vida. Nós podemos sentir esse calor em toda parte: nas nossas relações com os outros, nas lojas, no trabalho, na família, na comunicação com as crianças.

Nós podemos trazer esse calor para as salas de aula nas escolas onde nossos filhos estudam, podemos trazê-lo para o trabalho, para a rua, para o governo e para o mundo inteiro, a fim de direcioná-lo para nós de uma forma amigável. Nós podemos trabalhar com essa força, usando-a como uma boa arma, como um remédio geral, que cura todas as doenças do mundo.

Nós podemos prometer às pessoas que vamos demonstrar como a força da conexão cura as nossas relações com as crianças na próxima vez que nos encontrarmos. Qualquer pessoa que tenha relações ruins com seus filhos vai querer melhorá-las. Quando os deixamos, nós lhes damos Reshimo de Hitlabshut (reminiscências), uma sensação de calor, por um lado, e por outro lado, Reshimo de Aviut (espessura), um pouco de fome e apetite para o nosso próximo encontro.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 20/05/14, Escritos do Rabash

O Gene Do Sacerdote

Laitman_167A Torá, “Levítico”, 22:12: “E se a filha do Cohen se casar com um não-Cohen, ela [não] comerá da oferta das coisas sagradas”.

Filhos e filhas do Cohen (sacerdote) é o nível que o segue e deve se conectar com os outros níveis de uma forma muito clara em função da hierarquia.

No conjunto, a filha do Cohen (sacerdote) é casada com o filho de um Cohen (sacerdote) e, assim, este equilíbrio é mantido. Mas se ele é interrompido, ela se afasta e é separada da casa de seus pais, já que agora está totalmente sob o domínio de seu marido. Mesmo que ela estivesse conectada a seu pai antes, agora ela rompe com seu pai e está conectada através de uma outra parte masculina.

Pergunta: Será que a geração de sacerdotes (Cohen) também continua desta forma no mundo corporal?

Resposta: Os geneticistas que estudam essa questão chegaram a resultados surpreendentes: a partir de Aarão, o que significa da época do Egito em diante, eles observaram uma cadeia genética muito interessante. Eles observaram a mesma sequência genética num círculo fechado de pessoas por 3.000 anos. Acontece que você pode estudar uma pessoa que tem 3.000 anos de idade e ela está bem diante de você como uma pessoa viva. Isso não existe em nenhuma nação do mundo.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 28/04/14

O Mais Importante É Não Perder O Fim Da Linha

Laitman_524_01Pergunta: Nós podemos nos agarrar ao grupo e o Criador até certo nível de dor, mas o que devemos fazer quando a dor se torna tão forte que você simplesmente se sente como um pequeno animal castigado?

Resposta: A questão é se este pequeno animal tem o fim da linha que conduz ao seu dono, ou seja, se entende de onde vem a dor, se esse animal é parte do seu rebanho, em um grupo, se os amigos o lembram do dono, ou se é apenas uma pessoa comum que sofre.

Se nós estamos falando de sofrimentos comuns, então toda a humanidade tem sofrido por eras até que os nossos sofrimentos tenham sido gradualmente focados no Criador. Na transição dos níveis inanimado, vegetal e animal da natureza, junto com um caminho de sofrimentos terríveis, nós evoluímos até que emergimos do fundo do oceano e subimos à superfície da terra e passamos pela era dos dinossauros.

O desejo de receber passou por tudo isso até que se desenvolveu até o estado da base de sua conexão com sua fonte. Hoje nós estamos no auge da nossa evolução em relação a todos os níveis anteriores, mas mesmo em nosso pico nós entramos em contato com a força superior apenas por breves momentos e esse contato é constantemente interrompido.

A questão é como eu posso controlar esse contato, a fim de não perder contato com a força superior. Eu quero estar em contato permanente com a fonte, independentemente de me sentir bem ou mal.

Esta é a razão pela qual eu preciso de um grupo, de um ambiente, algum tanque externo que eu possa preencher como um armazém que posso usar mais tarde. Nele eu vou encontrar o Criador, e os amigos vão me ajudar e me guiar à meta, ao Criador.

Sem eles, eu não sei a quem recorrer quando sinto dor. Se eu entro no grupo com a minha dor, os amigos me orientam corretamente ao Criador e eu começo a ficar mais forte rapidamente. Junto com eles, eu estou pronto para executar ações corporais e me concentrar corretamente para que a dor e os problemas desapareçam.

Os meus problemas desaparecem porque eu mesmo opero um pouco da Luz de Hassadim e não porque me compadeci de cima e minha situação foi alterada de acordo com o plano superior da evolução natural. Eu agi sozinho, a fim de avançar, e participei da doação.

Nós devemos aprender com cada estado como é útil se preparar para ele. Nós nunca somos colocados em estados onde estamos fadadas ao fracasso. Um novo, mais forte e mais profundo Reshimo (reminiscência) negativo é revelado cada vez de acordo com a ordem dos níveis e da relação entre a Luz e os vasos sob a influência da Luz com o qual eu tenho que trabalhar.

Eu só posso me culpar por não ter preparado todos os meios corretamente de modo que no momento em que surge um problema eu possa corrigi-lo imediatamente. Em condições ideais, isso é exatamente o que deveria acontecer.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 02/05/14, Escritos do Rabash

Como Um Feixe De Juncos — A Nação Em Missão, Parte 4

Like a Bundle of ReedsComo um Feixe de Juncos, Por que Unidade e Garantia Mútua são Urgentes Hoje, Michael Laitman, Ph.D.

Capítulo 4: Uma Nação Em Missão

O Papel do Povo Judeu

Adão – O Primeiro Homem, A Alma Coletiva

O ARI explica que, na verdade, somos todos partes de uma única alma, conhecida dos Cabalistas como Adam HaRishon (o primeiro homem), e à maioria de todos os outros como Adão. O exílio, diz o ARI, ocorreu como uma continuação do processo de correção. Em Shaar HaPsukim [Portão aos Versículos], ele escreveu, “Adam HaRishon [Adão] incluía todas as almas e incluía todos os mundos. Quando ele pecou, todas essas almas caíram dele nas Klipot [cascas, formas de egoísmo], que se dividem em setenta nações. Israel deve se exilar lá, em toda e cada nação, e reunir os lírios das almas sagradas que haviam se espalhado entre esses espinhos, como nossos sábios escreveram no Midrash Rabá, ‘Porque Israel foi exilado entre as nações? Para acrescentar estranhos a si mesmo'”. [i]

A esse respeito, o NATZIV de Volozin escreveu, “Seu início foi no Monte Ebal… mas eles completaram esta questão exaltada somente através do exílio e dispersão”. [ii]

É por uma boa razão que o exílio é necessário, para completar a correção dos judeus, e daí em diante do mundo inteiro. Anteriormente, nós dissemos que quando Abraão ofereceu o método de correção aos seus conterrâneos babilônios, eles o rejeitaram porque estavam demasiado ocupados sendo egocêntricos e egoístas. Todavia, se todos somos partes de uma alma coletiva, como o ARI apontou, no final todos nós teremos que alcançar a correção, pela qual descobriremos o Criador e nos tornaremos como Ele. Este é o benefício, como descrito no Capítulo 2, que Ele pretendeu dar à humanidade.

Assim, a correção de Abraão foi somente o princípio do processo, certamente não o seu fim. Num ensaio longo e elaborado intitulado, “E Eles Construíram Cidades-Armazém”, Baal HaSulam escreve, “Nós devemos também compreender o que Abraão o Patriarca perguntou, ‘Como saberei que ei de herdá-la?’’ (Génesis 15:8) O que respondeu o Criador? Está escrito, ‘E Ele disse a Abraão: Sabei com uma certeza que tua semente será estranha numa terra que não lhe pertence’”. [iii] Baal HaSulam explica que com esta resposta, o Criador promete a Abraão que todas as pessoas alcançarão a correção através da mistura da nação corrigida – Israel – com as nações não corrigidas – neste caso representadas pelo Egito.

Surpreendentemente, em resposta a esta questão, o Criador promete a Abraão o exílio. E não somente isso, escreve Baal HaSulam, Abraão “…aceitou isso como uma garantia da herança da terra”. [iv] Certamente, Abraão sabia que a mistura dos desejos – representada pelas diferentes nações do mundo – era necessária para completar a correção da humanidade. Considerando que cada uma das nações representa uma parte da alma de Adão, é necessário que cada parte da alma seja introduzida ao método da correção e que essa parte da alma no final o adote. Foi por isso que Israel teve de que ser exilado e espalhado pelo mundo.

Como parte da expansão do processo de correção na humanidade, Abraão foi para o exílio no Egito, onde sua tribo havia se tornado uma nação. E quando a nação se exilou depois da ruína do Primeiro e Segundo Templos, ela introduziu o método de correção ao mundo inteiro.

Embora o método não tenha sido claramente adotado pelo resto da humanidade, ele plantou os princípios já mencionados, princípios que formam a base comum sobre a qual se inicia o processo de correção assim que as pessoas começam a procura-lo.

Em “O Arvut [Garantia Mútua]”, Baal HaSulam detalha o processo pelo qual a nação Israelita corrige primeiro a si mesma, de modo a transmitir a correção ao resto das nações. Em outras palavras, “Rabi Elazar, filho de Rashbi (Rabi Shimon Bar-Yochai), esclarece este conceito do Arvut ainda mais. Não basta para ele que todos de Israel sejam responsáveis uns pelos outros, mas que o mundo inteiro esteja incluído nesse Arvut. …Cada um admite que para começar, basta começar com uma nação para a observação da Torá [lei da doação] para o início da correção do mundo. Foi impossível começar com todas as nações de uma só vez, como eles dizem que o Criador foi com a Torá a cada nação e língua, e eles não a quiseram receber. Em outras palavras, eles estavam imersos em… amor próprio… até que foi impossível conceber nesses dias sequer questionar se concordavam em se retirar do amor próprio.

“…Mas o fim da correção do mundo será somente ao trazer todas as pessoas do mundo sob Sua obra, como está escrito, ‘E o Senhor será Rei sobre toda a terra; nesse dia será o Senhor Um, e Seu nome um’ (Zacarias, 14:9). …‘E todas as nações fluirão a Ele’ (Isaías, 2:2).

“Mas o papel de Israel para o resto do mundo se assemelha ao papel de nossos Sagrados Patriarcas para a nação Israelita. Tal como a retidão de nossos pais nos ajudou a desenvolver e purificar para nos tornarmos dignos de receber a Torá [lei da doação] … cabe à nação Israelita qualificar a si mesma e a todas as pessoas do mundo através da Torá e Mitzvot [correções do egoísmo], para se desenvolverem até que tomem sobre si esse trabalho sublime do amor ao próximo, que é a escada para o propósito da Criação, estar em Dvekut [similaridade/equivalência de forma] com Ele”. [v]

Da mesma forma, no seu ensaio, “A Serva que Fica Herdeira de Sua Senhora”, Baal HaSulam escreve, “O povo de Israel, que foi escolhido como um operador do propósito e da correção geral… contém a preparação necessária para crescer e se desenvolver até que mova as nações dos mundos, também, para alcançarem a meta comum”. [vi]

Baal HaSulam e seu filho, o Rabash, podem ter sido os últimos Cabalistas a afirmar que o papel de Israel no mundo é trazer o método de correção ao resto das nações, mas certamente não foram os primeiros. Incontáveis rabinos, Cabalistas e acadêmicos, desde praticamente a ruína do Segundo Templo, também afirmaram isso.

Assim, o Midrash Rabá afirma que “Israel traz luz ao mundo”, [vii] e o Talmude Babilônio acrescentou, “O Criador agiu em retidão para Israel, tendo-os dispersado entre as nações”. [viii] Rabi Yehuda Altar, o ADMOR de Gur, escreveu, “Qualquer exílio no qual os filhos de Israel entram é somente para suscitar centelhas sagradas dentro das nações [semelhante às palavras acima citadas de Baal HaSulam]. Os filhos de Israel são os fiadores de que receberam a Torá em prol de corrigir o mundo inteiro, as nações, também”. [ix]

Da mesma forma, Rabi Hillel Tzaitlin escreve, “Se Israel é o verdadeiro redentor do mundo inteiro, ele deve ser digno dessa redenção. Israel deve primeiro redimir sua própria alma, a santidade da sua alma, a santidade da sua Shechiná [Divindade]. …Para esse propósito, eu desejo estabelecer com este livro a ‘união de Israel’ …Se fundada, a unificação dos indivíduos será pelo propósito da ascensão interior e a invocação para correções de todos os males da nação e do mundo”. [x]

Eu gostaria de concluir este capítulo com mais algumas palavras de Baal HaSulam, que em alguns parágrafos detalha o propósito da Criação, o direito da humanidade a ele, e o papel de Israel para alcança-lo. Em suas palavras: “Por que a Torá foi dada à nação Israelita sem a participação de todas as nações do mundo? Na verdade, o propósito da Criação aplica-se à toda a raça humana, sem exceção. Contudo, devido à baixeza da natureza da Criação [sendo egoísta] e seu poder sobre as pessoas, foi impossível que as pessoas compreendessem, determinassem e concordassem em se elevar acima dela. Elas não demonstraram o desejo de abdicar do amor próprio e chegar à equivalência de forma, que é a adesão com Seus atributos, como nossos sábios disseram, ‘Como Ele é misericordioso, seja misericordioso também’.

“Assim, devido ao seu mérito ancestral [os exemplos dados por Abraão, Isaac e Jacob], Israel teve êxito… e se tornou qualificado e sentenciou a si mesmo a uma escala de mérito [se corrigiu para se tornar como o Criador]. Todo e cada membro da nação concordou em amar seu semelhante [que é como eles alcançaram a correção].

“…Contudo, a nação Israelita era para ser uma ‘transição’, ou seja, que na medida em que Israel se purifica ao manter a Torá [leis da doação], eles passam seu poder ao resto das nações. E quando o resto das nações também se sentenciam mesmas a uma escala de mérito [se corrigem ao abdicar do egoísmo], o Messias [correção final] será revelado. É por isso que o papel do Messias não é de qualificar somente Israel à meta derradeira de adesão com Ele, mas ensinar os caminhos de Deus [doação] a todas as nações, como está escrito, ‘E todas as nações fluirão para Ele'”. [xi]

[i] O Santo ARI, Oito Portões, Shaar HaPsukim [Portão aos Versículos], Parashat Shemot [Porção Êxodo].

[ii] Rabbi Naftali Tzvi Yehuda Berlin (The NATZIV de Volozin), Haamek Davar [Mergulhar Profundamente na Matéria] sobre Devarim [Deuteronômio], capítulo 27:5.

[iii] Rav Yehuda Leib HaLevi Ashlag (Baal HaSulam), Os Escritos do Baal HaSulam, “Ensaios do Shamati [Eu Ouvi]”, ensaio no. 86, “E Eles Construíram Cidades-Armazéns” (Instituto de Pesquisa Ashlag, Israel, 2009), 591.

[iv] ibid.

[v] Rav Yehuda Leib HaLevi Ashlag (Baal HaSulam), Os Escritos do Baal HaSulam, “O Arvut [Garantia Mútua]” (Instituto de Pesquisa Ashlag: Israel, 2009), 393.

[vi] Rav Yehuda Leib HaLevi Ashlag (Baal HaSulam), Os Escritos do Baal HaSulam , “A Serva Que Fica Herdeira de Sua Senhora” (Instituto de Pesquisa Ashlag, Israel, 2009), 454.

[vii] Midrash Rabah , “Cântico dos Cânticos”, Parasha no. 4, 2o parágrafo.

[viii] Babylonian Talmud, Masechet Pesachim, p 87b.

[viii] Talmude Babilônico, Masechet Pesachim , 87b p.

[ix] Yehuda Leib Arie Altar (ADMOR de Gur), Sefat Emet [Linguagem da Verdade], Parashat Yitro [Porção Jetro], TARLAZ (1876).

[x] Hillel Tzaitlin, O Livro de Poucos (Jerusalém, 1979), 5.

[xi] Rav Yehuda Leib HaLevi Ashlag (Baal HaSulam), Os Escritos do Baal HaSulam, “O Amor de Deus e o Amor do Homem” (Instituto de Pesquisa Ashlag, Israel, 2009), 486