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Huffington Post: A Solução Simples (E Indesejável) Para O Antissemitismo

O Huffington Post publicou meu artigo: “A Solução Simples (e Indesejável) Para O Antissemitismo” (em inglês).

Huffington Post

O Próximo Nível De Evolução: Espiritual

laitman_229O próximo nível do nosso desenvolvimento é chamado de mundo superior.

Pergunta: Mas a evolução natural não acontece fora do nosso desejo sem estar subordinada a liberdade de escolha?

Resposta: A liberdade de escolha é dada apenas na escolha do caminho em que nós vamos em direção à meta. Mas a alma deve ser desenvolvida em cada pessoa.

É como numa escola em que há crianças que aprendem bem e aproveitam a vida. E há aquelas que não querem aprender que são punidas e sofrem. Mas, no final, elas também terminam a escola: quer devido à sua boa vontade ou por meio de punições e sofrimento. Por isso, nós também podemos ir e desenvolver a nossa alma em todos os tipos de formas, mas o resultado já está determinado desde o início.

Pergunta: Será que isso significa que eu tenho que desenvolver minha alma durante esta vida neste mundo? Este não é algum tipo de conceito abstrato existente em algum lugar no outro mundo?

Resposta: Nós desenvolvemos a alma neste mundo porque a alma é o poder de doação e amor, conexão com os outros. Por isso, é possível desenvolvê-la apenas no momento em que sou um egoísta, e cabe a mim a superar o meu ego e me aproximar de outras pessoas. Somente por meio dessa atividade, através deste anseio, eu desenvolvo dentro de mim um novo poder de unificação e conexão com os outros, um poder que é chamado de “alma”.

Pergunta: Será que isso significa que o desenvolvimento da alma é simplesmente o desenvolvimento de novas características?

Resposta: A alma simboliza o desenvolvimento de novas características altruístas. A alma é o poder de doação numa pessoa que não existe nela agora, quando ela é egoísta. No presente momento, há apenas um pequeno núcleo em nós, uma força potencial que pode evoluir para uma alma. Eu posso desenvolver esse potencial de mod que ele evolua para uma força ativa. Na medida em que esse potencial é ativamente realizado, eu começo a descobrir um mundo novo diante de mim.

Com esta nova característica eu vou ver um novo mundo. Ainda hoje eu vejo este mundo através das minhas características, dentro do meu ego, enquanto o mundo espiritual mais elevado pode ser visto com a característica de doação. Assim como hoje nós vemos apenas este mundo como real e vivemos nele com nossos corpos, nós começamos a viver no mundo espiritual com nossas almas.

Do Programa da Rádio Israelense 103FM, 01/02/15

A Grande Luz De Purim

Dr. Michael LaitmanO Livro de Ester (Meguilat Ester) 1:1: E sucedeu nos dias de Assuero, o Assuero que reinou desde a India até a Etiópia, sobre cento e vinte e sete províncias. Assim começa Megillat Ester, o Livro de Ester. A palavra hebraica “Megillah é derivada da palavra “Gilui” (divulgação) e “Ester” significa escondido. Ester é o nome da rainha, a esposa de Assuero (Xerses). Megillat Ester simboliza a revelação do oculto, o que implica que, embora algo seja revelado a você, você deve se lembrar que tudo se mantém em ocultação.

O Livro de Ester (Meguilat Ester) 2:5-7 – 2:20: Mardoqueu tinha uma prima chamada Hadassa, que havia sido criada por ele, por não ter pai nem mãe. Essa moça, também conhecida como Ester, era atraente e muito bonita, e Mardoqueu a havia tomado como filha quando o pai e a mãe dela morreram. Quando a ordem e o decreto do rei foram proclamados, muitas moças foram trazi­das à cidadela de Susã e colocadas sob os cuida­dos de Hegai. Ester também foi trazida ao palácio do rei e confiada a Hegai, encarregado do harém.

A moça o agradou e ele a favoreceu. Ele logo lhe providenciou tratamento de beleza e comida especial. Ester não tinha revelado a que povo pertencia nem a origem da sua família, pois Mardoqueu a havia proibido de fazê-lo.

O rei gostou mais de Ester do que de qualquer outra mulher; ela foi favorecida por ele e ganhou sua aprovação mais do que qualquer das outras virgens;

Ester pertencia ao povo judeu que tinha uma conexão com a força superior, e se ela tivesse dito a verdade sobre sua origem, isso poderia ter prejudicado o seu relacionamento com o rei.

Ela alcançou graça e favor aos seus olhos, porque ela revelou certa parte de seu potencial espiritual em seu relacionamento com o rei.

Então, o rei deu um grande banquete, o banquete de Ester, para todos os seus minsitros e oficiais. Proclamou feriado em todas as provín­cias e distribuiu presentes por sua generosidade real. Quando as virgens foram reunidas pela segunda vez, Mardoqueu estava sentado junto à porta do palácio real.

Ester havia mantido segredo sobre seu povo e sobre a origem de sua família, conforme a ordem de Mardoqueu, pois continuava a seguir as instruções dele, como fazia quando ainda estava sob sua tutela.

…Mardoqueu estava sentado junto à porta do palácio real.

Mardoqueu (Mor Dror) é a força superior, uma força muito séria que está totalmente oculta. Ester continuou totalmente sua linha.

Isto significa a porta do rei superior, a força superior da natureza. Sentar representa o estado de humildade, de pequenez. Portanto, Mardoqueu esperou pacientemente pela oportunidade de passar o atributo da força superior a todas as pessoas na Terra. A população da Babilônia naqueles dias era, na verdade, toda a humanidade.

O Livro de Ester (Megillat Esther) 3-1, 3: 5-9: Depois desses acontecimentos, o rei Assuero honrou Hamã, filho de Hamedata, descendente de Agague, promovendo-o e dando-lhe uma posição mais elevada do que a de todos os demais nobres.

Deve haver um grande desejo, a fim de revelar a força superior, a grandeza do Criador. Em primeiro lugar, ele decorre do ego, depois ele é corrigido e a revelação do Criador é recebida no desejo corrigido. Mardoqueu não tem esse desejo. Ele estava num estado de pequenez, sentado à porta do rei, por isso foi necessário incluir o ego nele, a fim de elevá-lo ao próximo nível. O ego que é adicionado ao Mardoqueu é chamado de Hamã.

Quando Hamã viu que Mardoqueu não se curvava nem se prostrava, ficou muito irado. Contudo, sabendo quem era o povo de Mardo­queu, achou que não bastava matá-lo. Em vez disso, Hamã procurou uma forma de exterminar todos os judeus, o povo de Mardoqueu, em todo o império de Xerxes. No primeiro mês do décimo segundo ano do reinado do rei Xerxes, no mês de nisã, lançaram o pur, isto é, a sorte, na presença de Hamã a fim de escolher um dia e um mês para executar o plano. E foi sorteado o décimo segun­do mês, o mês de Adar.

Hamã representa o ego universal. Ele teve que matar o desejo chamado Mardoqueu, que constantemente ameaçava o ego. Ele planejou aniquilar e destruir todos os judeus, visto que o povo judeu é, na verdade, um canal para a Luz e o atributo de doação. Se eles começassem a doar a todas as outras nações certamente seriam capazes de corrigi-las e transformá-las em altruístas, transformá-las numa nação superior assim como eles; uma nação que não serviria mais a Hamã. Hamã sabia que não poderia corrigir-se e por isso não tinha outra escolha e foi obrigado a agir contra Mardoqueu.

Então Hamã disse ao rei Assuero: “Exis­te certa nação dispersa e espalhada entre as nações de todas as províncias do teu império, cujos costumes são diferentes dos de todas as outras nações e que não obedecem às leis do rei; não convém ao rei tolerá-los. Se for do agrado do rei, que se decrete a destruição deles…”.

Cada uma das nações que viviam nas 127 províncias do império babilônico tinha um território próprio, mas os judeus estavam dispersos entre todas as nações e não tinham a sua própria terra. No entanto, eles ainda atribuíam para si uma tribo em particular chamada nação de Israel.

Esta é a razão que Hamã disse: Exis­te certa nação dispersa e espalhada entre as nações de todas as províncias do teu império”, o que significa que eles não estavam conectados entre si. O ego os separava e os fazia sentir repulsa mútua. Eles não podiam ser uma nação, uma vez que todas as outras nações eram definidas por sua origem e tinham um completo egoísmo terreno, que os judeus não tinham. Eles diferem de tal forma que falavam aramaico entre si e não hebraico, sua língua materna.

Na época do Primeiro Templo, os judeus estavam num nível espiritual e falavam hebraico, mas quando eles caíram para um nível egoísta que era muito inferior aos das outras nações, eles realmente perderam sua língua, a língua de doação e amor mútuo, e começaram a falar aramaico, a língua que é o inverso do hebraico. Além disso, cada nação sentiu que pertencia a uma classe social e cada nação respeitava o rei e se curvava a seus ídolos, enquanto os judeus não tinham ídolos, não respeitavam o rei, e não há tinham relações sociais mútuas adequadas entre si. Eles eram os maiores egoístas que não se davam bem uns com os outros.

Pergunta: Se a nação judaica foi separada a tal ponto, que perigo ela impôs a Hamã?

Resposta: Hamã sentiu que o tempo do despertar dos judeus para a unidade estava se aproximando. É dito que Hamã era um grande astrólogo. Ele viu de acordo com os sinais, o que significa de acordo com o seu sentimento interior, o que a nação judaica realmente é. Hamã é o lado oposto de um Cabalista, daquele que doa. Ele percebeu que algo estava prestes a acontecer que acabaria com o exílio da nação de Israel fim e que eles voltariam a sua terra, que para ele significava a morte. Eles tiveram que destruí-lo em seu caminho de volta, uma vez que era impossível reconstruir o Segundo Templo sem matar e destruir Hamã. Portanto, ele não tinha escolha, exceto destruí-los, não por maldade, mas de acordo com as leis claras e precisas da natureza.

O Livro de Ester (Megillat Esther) 3:10-11, 03:13: Em vista disso, o rei tirou seu anel-selo do dedo, deu-o a Hamã, o inimigo dos judeus, filho de Hamedata, descendente de Agague, e lhe disse: “Fi­que com a prata e faça com o povo o que você achar melhor”.

Assuero (Xerxes) pensou em como elevar a nação de Israel. Ele percebeu que eles deviam ter medo e, assim forçou-os a se unir e se conectar, uma vez que o seu poder está somente na unidade e na ascensão ao nível superior. Mas isso só foi possível com a ajuda de Hamã. Os judeus tiveram que ser aterrorizados pelo seu ego e destruí-lo para que pudessem transformá-lo em altruísmo, e só então conseguirem se elevar. Eles não poderiam subir sem Hamã.

O Livro de Ester (Megillat Esther) 3:10; 4:1-2: As cartas foram enviadas por mensageiros a todas as províncias do império com a ordem de exter­minar e aniquilar completamente todos os jude­us, jovens e idosos, mulheres e crianças, num único dia, o décimo terceiro dia do décimo segundo mês, o mês de adar, e de saquear os seus bens. Quando Mardoqueu soube de tudo o que tinha acontecido, rasgou as vestes, vestiu-se de pano de saco, cobriu-se de cinza, e saiu pela cidade, chorando amargamente em alta voz. Foi até a porta do palácio real, mas não entrou, porque ninguém vestido de pano de saco tinha permis­são de entrar.

Mardoqueu teve que dizer a todos o que estava prestes a acontecer e despertar as forças do bem e do mal, a fim de revelar corretamente o caminho que a humanidade devia seguir. Por isso, Ele saiu pela cidade, chorando amargamente em alta voz. Ele não era mais o velho despercebido que se sentou calmamente na porta da cidade. Na verdade, ele começou a ser ativo.

“Chorando amargamente em voz alta”, refere-se à revelação, à chamada, à conexão, que ele recriou entre Malchut e Keter. Até então, Mardoqueu estava num estado de pequenez (Malchut em Bina), mas agora, quando mudou para um estado de grandeza, um estado de revelação, ele conectou os dois pontos opostos da Criação, Malchut e Keter, através de Bina. É dito: Mardoqueu rasgou as vestes. Vestes é o estado atrás do qual a pessao se esconde. Rasgando suas vestes, Mardoqueu põe fim ao seu estado humilde anterior. Ele quer ser revelado.

O atributo de Mardoqueu é o atributo de Bina, doação completa. Não tem nada a ver com o ego e não pode fazer nada por si só. Existe a necessidade dessa conexão agora. As cinzas são o último nível egoísta. Quando coloca as cinzas na cabeça, Mardoqueu eleva este nível acima de si mesmo, o que significa que se coloca abaixo de todas as criações, abaixo de tudo. Estas não são apenas palavras bonitas, mas uma ação espiritual real; uma ação que ele realizou para que pudesse ser capaz de transmitir a grande força de correção a todos através dele. Assim, ele se prepara para o estado de desconexão do ego e para a subida ao atributo de Bina, quando ele poderia transmitir toda a Luz superior chamada Mardoqueu (Mor Dror), uma grande Luz, por meio dele.

De uma Conversa sobre Purim 19/02/15

O Livro De Ester: A Tela Cai

Dr. Michael LaitmanO rei responde favoravelmente a proposta de Hamã e informa-o de sua decisão de destruir todos os judeus em todo o reino.

Mardoqueu transmite a mensagem para Ester sobre a necessidade de ir ao rei com um pedido de misericórdia. No entanto, Ester estabelece uma condição e através de Mardoqueu ela se vira para o seu povo com uma chamada para se conectar e se unir. Então, ela está pronta para se voltar ao rei com o pedido de misericórdia e perdão pelos condenados à morte. O destino dos judeus dependia unicamente de dua unidade.

É Assim Que Ganhamos

Há muitos “Hamãs” em todo o mundo. Cada nação tem seu Hamã, o principal inimigo dos judeus, e ai dos judeus se eles se esquecerem disso.

A condição que transforma os judeus num povo é a condição para a qual eles estavam no Monte Sinai: a sua prontidão de se unir e responder positivamente ao chamado pela unificação. É assim que isso aconteceu nos dias de Purim, há 2.500 anos. O rei se lembrou que devia a Mardoqueu por ter salvado sua vida. Ester redigiu o pedido de Mardoqueu perante o rei e os judeus foram salvos. Muito mais tarde, o rei Ciro da Pérsia, o filho de Ester, ajudou-os a voltar à terra de Israel e construir o segundo Beit HaMikdash (Templo).

Do Folheto sobre o Feriado de Purim, 03/2015

As Metas Pessoais Permanecerão Na Sociedade Do Futuro?

laitman_244Pergunta: Na sociedade do futuro, construída sobre as leis espirituais e operando como um único corpo, todas as metas pessoais permanecerão com a pessoa ou haverá apenas metas coletivas?

Resposta: Tudo o que é relevante para os nossos corpos físicos será disposto de maneira mais simples, porque todos os desejos e metas ligados à existência corpórea pertencem ao nível animal. Certamente, todos precisam de nutrição, sexo e família, e você dispõe tudo isso, mas não mais do que o necessário.

Afinal, nada vai lhe interessar além de atingir a meta no grupo, em sua sociedade. Lá, no seio da sociedade, você vai sentir que sua vida está em outro nível, no nível espiritual, humano. Portanto, a nossa vida física será muito simples.

Pergunta: No novo mundo haverá cientistas, professores e músicos? Digamos que eu sou um violinista, será que eu terei uma meta pessoal?

Resposta: A sua meta será a de tocar violino da forma mais bela e melhor, a fim de estar integrado na sociedade e causar conexão entre as pessoas. Afinal de contas, se você trouxer benefícios para a conexão geral e fortalecê-la, vai alcançar sua meta pessoal: viver em cada um.

Pergunta: A nossa meta é sentir a nós mesmos conectados como um homem com um coração?

Resposta: Esta não é uma meta, mas um meio. A meta é sentir a fonte da vida e sentir que eu sou útil a todos quando eu amo os outros como a mim mesmo.

Pergunta: A meta de um violinista é tornar-se o melhor intérprete. Qual será o seu objetivo no mundo corrigido?

Resposta: Será também tornar-se o melhor violinista! No entanto, hoje para você o significado de “ser o melhor” é ganhar muito dinheiro e respeito. Assim, o ego empurra-o para ser o melhor com uma meta pessoal pragmática.

No entanto, no mundo do amanhã, você terá um desejo de se tornar o melhor violinista não para o ego, mas a aprtir do amor pelos outros. O que motiva você não é o amor próprio em detrimento de outros, mas o desejo de servir as pessoas. Tudo é completamente diferente: desde o início do trabalho até o seu fim.

Esta abordagem possibilita que você sinta toda a criação através do coração e da mente da sociedade. Então você vai ver o mundo superior. Você não vai sentir o mundo animal, como faz hoje; um mundo que é percebido através dos cinco sentidos, visto que nossos corpos pertencem ao nível animal. O novo mundo será sentido através dos cinco sentidos coletivos que são construídos depois de reunir todos os desejos e as paixões dos amigos.

Portanto, você vai sentir o mundo num nível superior. Em vez dos habituais sentidos (visão, audição, olfato, paladar e tato), os sentidos chamados de Keter, Hochma, Bina, Zeir Anpin, e Malchut serão criados com você.

De KabTV “Uma Nova Vida” 29/04 /14

Como Um Feixe De Juncos – Párias, Parte 4

Like a Bundle of ReedsComo um Feixe de Juncos, Por que Unidade e Garantia Mútua são Urgentes Hoje, Michael Laitman, Ph.D.

Capítulo 5: Párias As Raízes do Antissemitismo

Os Médicos do Mundo

Imagine que você descobriu uma série de exercícios que podem curar o câncer e prevenir seu retorno. Imagine que você contou isso ao mundo, como Abraão fez na Babilônia, mas foi rejeitado porque os exercícios eram monótonos e cansativos e ninguém realmente se sentia indisposto.

Agora imagine que anos mais tarde, bilhões de pessoas pelo mundo têm câncer. Elas vagamente se recordam que você disse que tinha uma cura, e que no seu desespero elas se voltam a você, rogando que lhes salve as vidas. Mas você se esqueceu completamente disso. Você sabe que a cura existe, sabe que muitas pessoas disseram que era um remédio (Segulá) poderoso, mas uma vez que você se sente forte e saudável, não vê razão para reaprender esses exercícios, muito menos ensiná-los a bilhões de pessoas. Você consegue imaginar como o mundo se sentiria sobre você, o que as pessoas pensariam, e o que fariam?

É precisamente aqui que os Judeus se encontram em relação ao mundo. O mundo está começando a se sentir indisposto e as pessoas estão começando a procurar uma saída da sua miséria. Elas sabem que somos o povo escolhido, e que somos aqueles que devem trazer a redenção. As pessoas podem não saber que a redenção envolve mudar sua natureza para a doação, mas elas sabem que a redenção é desejável.

Tais versículos do Novo Testamento como “Vós adorais o que não conheceis, nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação é a partir dos judeus” [i], e “Que vantagem tem o judeu? …Grande de todas as maneiras. Primeiro de tudo, eles foram confiados com os oráculos de Deus” [ii] , são somente duas das incontáveis menções da posição e papel únicos dos judeus, como descrito pelos escritos Cristãos. Quando não levamos a cabo nossa missão, inadvertidamente atraímos o perigo e o ódio, que se traduzem no que agora conhecemos como antissemitismo.

Que nós somos diferentes e únicos está documentado na história, nas páginas das nossas escrituras, naquelas do Cristianismo e do Islã, e nos escritos de uma série de acadêmicos e estadistas. Abaixo estão alguns dos inumeráveis excertos de indivíduos bem conhecidos exprimindo suas visões sobre a singularidade dos judeus:

Winston Churchill, Primeiro Ministro do Reino Unido durante a 2ª Guerra Mundial: “Algumas pessoas gostam dos judeus, e outras não. Mas nenhum homem preocupado consegue negar o fato de que eles são, sem sombra de dúvida, a raça mais formidável e marcante que apareceu no mundo”. [iii]

Lyman Abbott, Congressista Americano, teólogo, editor e escritor “Quando por vezes nossos preconceitos não cristãos se inflamam contra o povo judeu, lembremos que tudo que temos e tudo o que somos nós devemos, abaixo de Deus, ao que o judaísmo nos deu”. [iv]

Huston Smith, professor de estudos religiosos nos Estados Unidos, autor de As Religiões do Mundo, que vendeu mais de dois milhões de cópias: “Há um ponto chocante que atravessa a história judaica como um todo. A civilização ocidental nasceu no Oriente Médio, e os judeus estavam na sua encruzilhada. No apogeu de Roma, os judeus estavam próximos do centro do Império. Quando o poder derivou para o leste, o centro judaico estava na Babilônia; quando ele saltou para Espanha, lá novamente estavam os judeus. Na Idade Média, quando o centro da civilização se moveu para a Europa Central, os judeus esperavam por isso na Alemanha e Polônia. O surgimento dos Estados Unidos para conduzir o poder mundial encontrou o judaísmo lá concentrado. E hoje, quando o pêndulo parece balançar de volta ao Mundo Antigo e o Oriente se levanta para uma importância renovada, lá estão novamente os judeus em Israel…”. [v]

Liev Tolstói, romancista Russo, autor de Anna Karenina: “O que é um judeu? Que espécie de criatura única é essa que todos os governantes de todas as nações do mundo desgraçaram, esmagaram, expeliram, destruíram, perseguiram, queimaram e afogaram, e que apesar de sua cólera e fúria, continua a viver e florescer. O que é este judeu que eles nunca tiveram sucesso em atiçar com todos os atiçamentos no mundo, cujos opressores e perseguidores só sugeriram que ele negue (e renegue) sua religião e deixe de lado a lealdade aos seus antepassados?!

“O judeu é o símbolo da eternidade. …Ele é aquele que há muito guardou a mensagem profética e a transmitiu a toda a humanidade. Um povo como este nunca pode desaparecer. O Judeu é eterno. Ele é a incorporação da eternidade”. [vi]

Certamente, nós somos o símbolo da eternidade, como Tolstói disse, porque a qualidade da benevolência do Criador está nos nossos “genes espirituais”. Todavia, não seremos deixados em paz até que, como no exemplo com o câncer e o exercício curativo, nos elevemos conscientemente ao nível espiritual e elevemos toda a humanidade imediatamente depois.

Como foi afirmado e citado acima, agora é a hora da correção geral. Em tal época, os eventos tornam-se inclusivos, globais. Tal como foi o caso com a 1ª Guerra Mundial, e mais ainda com a 2ª Guerra Mundial, cujas atrocidades estão embutidas na nossa memória coletiva para nos recordar quem nós somos, e o que devemos cumprir.

Para evitar tais cataclismos no futuro, nós temos que dar uma olhada de perto em algumas sugestões e afirmações dadas anteriormente e posteriormente ao Holocausto. O próximo capítulo sublinhará essas afirmações e sua pertinência em nossas vidas hoje. Assim que saibamos o que foi dito, seremos capazes de valorizar o que precisamos fazer para nos ajudar e ajudar o mundo.

[i] Novo Testamento, João 4:22

[ii] Novo Testamento, Romanos 3:1-2

[iii] Martin Gilbert, Churchill e os Judeus (Reino Unido, Simon & Schuster, 2007), 38.

[iv] O Livro de Pensamentos Judaicos, ed. JH Hertz (Oxford University Press, 1920), 131.

[v] Professor Huston Smith, As Religiões do Homem (New York: HarperCollins, 1989).

[vi] Leo Tolstoy, “O Que é o Judeu?”, citado em A Resolução Final, p 189, impresso no periódico Jewish World de 1908.