Pergunta: Como ler O Livro do Zohar corretamente?

Resposta: Para começar, basta ler em um idioma que você entenda. Talvez a princípio este livro seja percebido por você como uma espécie de lenda ou algo parecido, mas, ainda assim, irá influenciá-lo e você mudará. Então aconselho a todos que leiam.

Pergunta: Preciso de alguma preparação preliminar antes de ler? É melhor ler sozinho ou em grupo?

Resposta: Não, é muito difícil ler em grupo. Basta ler sozinho por enquanto. Todos podem começar a ler O Livro do Zohar e mergulhar nele. Não leia todos os tipos de introduções, mas o próprio Livro do Zohar, os artigos “As Cartas do Rav Hamnuna Saba”, “A Visão do Rabino Hiya” e outros.

Da 3^a parte da Lição Diária de Cabalá 12/11/23, Escritos do Baal HaSulam, “O Shofar do Messias”

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No versículo, “No princípio Deus criou”, Deus, também, extraiu treze palavras para cercar a Assembleia de Israel e para mantê-la: O, CÉU, E-A, TERRA, E-A TERRA, ESTAVA, VAZIA, E-CAÓTICA, E-DA ESCURIDÃO, ACIMA, A FACE, DO ABISMO, E-O ESPÍRITO” (Introdução do Livro do Zohar, “A Rosa”).

Comentário: À primeira vista, essas frases parecem completamente desconexas.

Minha Resposta: O fato é que quando você lê a Torá, você começa a entender que todas as relações entre nós e o Criador são resumidas e criptografadas nela de uma forma curta. Basicamente, a Torá só fala sobre isso.

Pergunta: O que significa “O Criador criou o céu e a terra”?

Resposta: O céu é a atitude superior, a qualidade de Rachamim, ou seja, a qualidade da misericórdia de uns para com os outros. A terra, ao contrário, é uma qualidade da dureza. Assim, estando entre duas forças, positiva e negativa, que operam dentro de nós, podemos usá-las para avançar rumo à adesão com o Criador.

De KabTV, “Introdução do Livro do Zohar”, 04/06/23

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Assim como uma rosa entre os espinhos é tingida de vermelho e branco, a Assembleia de Israel contém Din [julgamento] e Rachamim [misericórdia]” (Introdução do Livro do Zohar, “A Rosa”).

O julgamento, a qualidade da rigidez em nosso relacionamento, é vermelho. Mas quando removemos o julgamento em nosso relacionamento e nos tratamos apenas por meio de amizade, amor e bondade, isso é branco.

Ou seja, um Cabalista sente doação e amor na forma de luz branca, e o relacionamento rígido entre nós na forma de vermelho.

Julgamento e misericórdia são duas qualidades de uma pessoa, segundo as quais atraímos sobre nós as mesmas duas qualidades do Criador. Assim como tratamos uns aos outros, o Criador também nos trata.

De KabTV, “Introdução do Livro do Zohar”, 04/06/23

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Pergunta: O que os alunos do Rashbi, que escreveram O Livro do Zohar, queriam nos transmitir?

Resposta: Os autores do Livro do Zohar nos contam como nosso mundo funciona, como ele recebe governança e satisfação do mundo superior e se conduz à equivalência, a uma boa conexão com ele.

Pergunta: Quando alguém escreve um livro, ele tenta deixar claro para todos, de forma que algum tipo de conexão na história seja observada via causa e efeito. E no artigo “A Rosa” da Introdução do Livro do Zohar, no início está escrito sobre algum tipo de “rosa”, depois sobre o fato de que o Todo-Poderoso voou, depois sobre algumas letras. Por que todos os três pontos aparentemente não estão conectados? São como três histórias diferentes.

Resposta: Tudo depende do estado em que o leitor se encontra. Não podemos imaginar o que sente uma pessoa que está no sentido de conexão dos mundos superior e inferior e recebe esta informação.

Pergunta: Os alunos de Rashbi escreveram especificamente para que ninguém entendesse nada?

Resposta: Não, eles apenas viam dessa forma. Além disso, O Livro do Zohar não foi escrito para iniciantes. Imagine um cientista moderno que deseja descrever algum fenômeno natural. Ele usa fórmulas, nomes e definições que são compreensíveis apenas para pessoas como ele. Afinal, a teoria da relatividade de Einstein também não é clara para ninguém.

De KabTV, “Introdução do Livro do Zohar“, 04/06/23

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Como a forma da aliança foi semeada em quarenta e dois Zivugim da semente, o Nome explícito e gravado foi semeado nas quarenta e duas letras do ato da criação (Introdução do Livro do Zohar, “A Rosa”).

Comentário: Não está claro como conectar essas palavras.

Minha Resposta: Quando uma pessoa lê O Livro do Zohar, talvez até mais de uma vez, e passa-o por si mesma, ela gradualmente começa a entender algum tipo de conexão entre as sentenças e o que elas levam.

O artigo “A Rosa” é sobre a aliança entre o mundo superior e o mundo inferior. Diz-se que “a forma da aliança foi semeada em quarenta e dois Zivugim (conexões) da semente”, ou seja, da luz superior, que carregava em si a qualidade da conexão global.

Quarenta e duas qualidades devem se unir para criar o contato correto, a conexão correta, entre o mundo superior (Atzilut) e o mundo inferior.

Pergunta: De que 42 letras estamos falando se há apenas 22 letras em hebraico?

Resposta: 22 letras não são letras, mas qualidades. Mais 10 qualidades de luz direta e 10 de luz refletida.

A tradução correta da palavra “letra” é “sinal”. Ou seja, 22 sinais da conexão do mundo espiritual com o nosso mundo e cinco letras sofit (finais) adicionais: mem, nun, tzadi, peh e kaf, que são escritas apenas no final de palavras.

De KabTV, “Introdução do Livro do Zohar”, 04/06/23

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O que é uma rosa? É a Assembleia de Israel, ou seja, Malchut (Introdução do Livro do Zohar , “A Rosa”).

Uma rosa é uma equivalência externa à assembleia de almas, e uma qualidade mais interna é a conexão de todos os que desejam se unir e se dirigir ao Criador. É por isso que elas são chamadas de Israel, Isra-El – ou seja, diretamente ao Criador. Assim, elas se aproximam umas das outras para se aproximarem do Criador com suas propriedades de bondade e conexão.

Knesset (assembleia) vem da palavra “ Kinus”, “conjunto”. Israel é Yashar Kel, ou seja, aqueles que são direcionados ao Criador. Malchut é a mais baixa, mas, ao mesmo tempo, a parte mais definidora da sociedade.

A conexão entre as almas no nível mais baixo, que pode ascender ao nível mais alto, é chamada de Malchut. Ou seja, é a nossa conexão baseada nos desejos mais básicos e egoístas.

De KabTV, “Introdução do Livro do Zohar”, 04/06/23

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Assim como uma rosa tem treze pétalas, a Assembleia de Israel consiste em treze qualidades de Rachamim, cercando-a por todos os lados (Introdução do Livro do Zohar, “A Rosa”).

Uma assembleia de pessoas que desejam se elevar ao Criador em conexão umas com as outras revela tais possibilidades de conexão entre elas que as elevam ao Criador. Existem apenas 13 dessas oportunidades.

Este é um número especial que indica que as pessoas usam todas as suas oportunidades para se tornarem semelhantes ao Criador em uma boa conexão umas com as outras.

Aliás, no judaísmo, o número 13 é considerado da sorte. Este é o maior número de propriedades egoístas de uma pessoa que ela pode mudar de um uso negativo para um positivo.

De KabTV, “Introdução do Livro do Zohar”, 23/06/23

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E a terra estava vazia e caótica e a escuridão sobre a face do abismo, e o espírito de Elokim pairava sobre a face das águas (Introdução do Livro do Zohar, “A Rosa”).

A terra estava vazia e caótica significa que ainda não começou a absorver em si a qualidade do Superior, o Criador. E o espírito de Elokim pairava sobre ela; isto é, estava se aproximando da terra e começando a influenciá-la de longe.

A terra (Eretz) vem da palavra “Ratzon”, desejo. Este é o desejo geral de uma pessoa.

A terra estava vazia significa que o desejo não foi preenchido com os prazeres de doar ao Criador.

E o espírito de Elokim pairava sobre a água; isto é, ainda não começou a agir nas profundezas das almas humanas.

De KabTV, “Introdução do Livro do Zohar”, 04/06/23

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Mas no ensaio, Beresheet, foi dito que aquele oculto, sagrado gravou uma escultura em seus intestinos, em Bina (Introdução ao Livro do Zohar, Artigo “Fechadura e Chave”).

O Criador é o grau mais elevado, Keter, que está oculto dos inferiores porque eles não podem alcançá-Lo. Keter é seu último estado mais corrigido.

O Criador está oculto atrás de vários graus para que, ascendendo a eles, vestindo-se neles, os inferiores, ou seja, as pessoas em nosso mundo, possamos gradualmente revelá-Lo, compreendê-Lo e se aproximar Dele.

Assim, as três primeiras Sefirot: Keter, Hochma e Bina são o pensamento do Criador. Elas são como a cabeça (Rosh) do Partzuf. Nós não alcançamos este pensamento.

Atingimos apenas as ações do Criador através das seis Sefirot de Zeir Anpin (Hessed, Gevurah, Tiferet, Netzach, Hod e Yesod), que influenciam Malchut.

De KabTV, “Introdução do Livro do Zohar”, 21/05/23

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Rabi Hiya e Rabi Yosi (dois sábios) caminhavam pelo caminho. Quando chegaram a um determinado campo, o rabino Hiya disse ao rabino Yosi: “Seu ditado Barah Sheet, que está implícito em Beresheet, é verdade, uma vez que os seis dias superiores, que são apenas VAK de Bina, são transmitidos na Torá, ZA, e não mais. Os outros, GAR de Bina, estão escondidos (Rabi Shimon bar Yochai (Rashbi), Zohar para Todos, “Fechadura e Chave”).

Pergunta: O que está escrito aqui não é sobre história, mas sobre o desenvolvimento interior de uma pessoa. Qual é o significado de “o caminho”? Por que a ênfase é colocada especificamente no fato de que os sábios abordavam um campo e não, por exemplo, uma floresta? Qual é o mistério de todos esses termos?

Resposta: O que é descrito no Livro do Zohar realmente se assemelha à nossa vida. Devemos cruzar o campo e encontrar nosso caminho nele. É bom quando há mais alguém caminhando conosco na estrada, um companheiro de viagem com quem podemos discutir nosso caminho, nos unir e tentar esclarecer nosso objetivo se estamos indo na direção certa e assim por diante.

Por isso, o artigo “Fechadura e Chave” descreve um fenômeno bem comum em nossa vida, quando queremos fazer algo e temos um companheiro de viagem com o qual conversando chegamos a uma certa conclusão do que devemos fazer para não errar no caminho da vida.

A estrada simboliza o caminho que percorremos na vida. E o campo é um local de trabalho onde uma pessoa se esforça para escolher sua direção e encontrar o caminho certo que a levará ao propósito da vida.

De KabTV, “Introdução do Livro do Zohar”, 21/05/23

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