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Aquele Que Nos Conduz Para Cima Até O Criador

Laitman_165A vida do grupo é antes de tudo o estudo. Mas por que temos que estudar tanto? Por que estudamos por tantos anos? A questão é que não é um estudo comum, a fim de adquirir conhecimento. As pessoas não vêm para a lição para saber mais, mas para receber uma parcela da Luz, a influência da Luz Superior que vem através do professor.

Uma escada feita de 125 níveis desce em nosso mundo desde o mundo do Infinito. Nós estamos neste mundo e o professor está acima ,pois, caso contrário, não seria um professor. Um professor é um líder espiritual que nos leva para cima, para o Criador. Ele não tem que estar no mundo do Infinito, mas deve ter o entendimento e a compreensão espiritual, ter atingido pelo menos os primeiros estágios do caminho e estar em alguma altura espiritual.

The One Who Leads Us Upwards To The Creator

Então, ele nos mostra como ascender. Em nosso mundo eu posso encontrar meu caminho sozinho. Mas, no mundo espiritual, não há caminho diante de mim, eu não sei o que fazer, onde colocar meu pé e que caminho seguir.

Além disso, no mundo espiritual, eu não só não sei como dar um passo à frente, mas também não tenho o poder de fazê-lo. Afinal de contas, esse avanço é em doação, em dar, e como eu posso avançar em doação, se não tenho esse atributo e só tenho a força de recepção?

Primeiro eu tenho que receber a força de doação de cima, a fim de doar e avançar. Eu só posso receber essa força de cima através do professor, que é o canal através do qual a Luz de cima, do mundo do Infinito, flui a este mundo para mim se eu estiver conectado ao professor. Nesse caso, eu recebo o poder, o conhecimento, a direção certa, e com seu apoio posso avançar.

Eu tenho que avançar com os amigos ao me envolver no estudo e na disseminação, mas isso não pode funcionar sem um professor. Portanto, a lição diária onde todos se sentam juntos e estudam não é para estudar outra parte do TES, ou a “Introdução à Sabedoria da Cabala”, O Livro do Zohar, ou artigos e cartas do Baal HaSulam, mas para se conectar e receber uma força através do professor, que gradualmente se torna a força de avanço para os estudantes.

Se você não participar da lição diariamente por pelo menos uma hora por dia, não vai avançar. Você pode fazer isso num tempo diferente de acordo com o fuso horário do país em que vive, mas deve ser durante o dia específico em que a lição ocorreu. Se você não tem tempo suficiente para ver toda a lição, deve fazê-lo por pelo menos uma hora. Sem isso, você pode esquecer avançar na espiritualidade.

Se você não pode dedicar uma hora por dia para a sabedoria da Cabalá, então não há nenhum ponto em se envolver nela, já que você só vai ter falsas esperanças de que está avançando gradualmente, mas, na verdade, não avança. Você deve ouvir a lição diária pelo menos uma hora por dia, não importa o quanto você entende.

Não pode ser que um dia se passa e você perdeu uma lição. É como se você não comesse durante um dia inteiro. É evidente que isso é muito difícil e a pessoa não vai se manter por muito tempo assim.

Da Convenção na França “Um por Todos e Todos por Um”, 09/05/14, Lição 1

Líderes Das Proximas Revoluções

laitman_214Cada vez que a sociedade, a espécie humana, quer ascender a um novo nível e melhorar a sua situação, mudanças significativas são realmente feitas através de revoluções: na visão de mundo, na estrutura social, na estrutura política.

Toda revolução nos avança ao próximo estado; quando esse estado também é descoberto como insuficiente, uma nova revolução ajuda a dar mais um passo à frente.

É assim que o nosso desenvolvimento acontece: através de revoluções, de níveis de renovação.

Hoje nós estamos enfrentando a próxima revolução necessária e inevitável que acontecerá na área mais interna das nossas vidas: nas relações entre nós.

Na nova era elas mudarão drasticamente, e em vez de sermos estranhos e estarmos afastadaos um do outro, vamos sentir proximidade e conexão mútua, e vamos começar a viver de acordo com o princípio de reciprocidade e apoio, como irmãos numa família unida. Esta revolução nos relacionamentos influenciará bastante a situação atual.

Venham, vamos nos concentrar na característica única que caracteriza todas as revoluções, tanto as que já ocorreram e as que ocorrerão no futuro: sempre no início do processo, há pessoas únicas que a motivam e atraem outras depois delas.

Líderes Revolucionários, Antes e Depois

Não há revolução sem um revolucionário que se atreva a dizer coisas em voz alta que os outros só pensaram, mas não tinham coragem o suficiente para dizer. Uma pessoa assim faz uma diferença real.

Se considerarmos os revolucionários do século XX, como Lenin, Che Guevara, Martin Luther King ou Nelson Mandela, podemos discernir as características que caracterizaram todos eles. Eles começaram a sua atividade na sua mocidade; eles eram pessoas educadas que sentiam os processos latentes que estavam ocorrendo na sociedade; eles sentiram o povo e sua dor. Eles sofreram injustiças juntamente com eles; eles foram “cozidos” neste fogo; eles amadureceram, e gradualmente moldaram a nova agenda, a ideologia revolucionária.

Como resultado disso, como aprendemos com a história, eles realmente conseguiram realizar grandes mudanças na sociedade e no mundo.

Pergunta: Vamos comparar os líderes revolucionários do século XX e os líderes da revolução que se aproxima. Existe uma diferença entre eles, ou será que estamos esperando que surja o mesmo tipo de líder que levante a bandeira e atraia a humanidade depois dele?

Resposta: Primeiro de tudo, a palavra “revolução” pode ser entendida de forma diferente e nem sempre com precisão.

Em geral, sabemos que a pessoa é um desejo de prazer, vivendo para satisfazer o seu desejo. Com esse objetivo, ela muda a forma das relações sociais e passa de um modelo para outro: da família à aldeia, da aldeia à cidade, da cidade à nação, às relações internacionais. Tudo isso satisfaz a necessidade humana, o desejo de desfrutar e se sentir bem.

É assim que o ego saudável administra o mundo, é assim que nos desenvolvemos de geração em geração, e por isso temos que mudar alguma coisa de vez em quando. E as mudanças que são causadas pelo desenvolvimento do nosso ego não podem ocorrer de forma contínua, em todos os momentos, especialmente à luz do fato de que sequer estamos conscientes da velocidade desses processos. Somente na atual geração o ritmo das mudanças essenciais claramente se aceleraram, enquanto que anteriormente elas ocorriam uma vez em alguns séculos. Assim, mesmo as revoluções derivadas da necessidade de adaptar as relações sociais ao nosso desenvolvimento interior, por vezes, acontecem apenas raramente.

Além disso, é necessário compreender que as revoluções do passado não eram tão poderosas e extremaa. No final, o próximo estado nascia do estado anterior, mesmo que isso acontecesse com lutas, conflitos, discussões tempestuosas que, necessariamente, tipificam a transição da escravidão para a liberdade relativa, do feudalismo ao capitalismo.

Isso causou grandes mudanças, não só no relacionamento entre as pessoas, mas também na relação com o poder superior (religião), e também na indústria e economia. De fato, a Revolução Industrial alterou as relações entre nós, e isso requer, inevitavelmente, mais inovações sociais.

Compreensivelmente, sempre houve pessoas que expressaram a aspiração comum. Além disso, vários setores da sociedade sempre se relacionaram de forma diferente às mudanças. Muitas circunstâncias e fatores contribuíram para esse processo. No entanto, em geral, o desenvolvimento é condicionado à sociedade alcançar um acordo com as condições globais, com a natureza.

No passado, nós avançávamos devido ao fato de que a natureza causava certo progresso em nós. Eles moldavam e causavam reações e modificações internas. Seguindo essa reação nós tínhamos que mudar alguma coisa.

Em geral, é interessante que quanto mais perto de nossa época na escala das gerações, as mudanças que ocorreram tornaram-se mais nítidas e têm exigido mais entendimento, acordo, e participação das pessoas.

Por exemplo, no passado, na transição da era pré-histórica para a era da escravidão não houve guerras ou revoluções, porque as inovações foram relativamente favoráveis tanto para os senhores como para os seus escravos. Então essa transformação se tornou um processo social e levou à criação do novo regime no poder com leis e sistemas de aplicação específicos.

Mas isso não era resultado de uma análise consciente e conclusões posteriores; era simplesmente a própria vida exigindo uma subida ao próximo nível. Sob a influência da natureza nós entendemos que a escravidão já não compensava e não podia continuar. Condições que foram criados no comércio e na indústria exigiam que os escravos estivessem interessados em seu trabalho e eles foram libertados do estado de absoluta falta de direitos, porque isso permitia obter maior lucro deles.

Assim, no decorrer do tempo, o escravo se tornou um trabalhador subordinado ao seu patrão, e depois disso se tornou completamente livre. De uma forma ou de outra, neste processo tudo dependia do desejo de prazer, o grau de benefício que eu posso obter de alguém e ele de mim.

E assim a natureza desperta mudanças em nós durante nosso desenvolvimento interior, e constantemente nos obriga a digerir, entender e sentir essas mudanças, a concordar com o processo geral, com as alterações nela, com a sua adaptação e absorção na sociedade humana.

A nossa contribuição, nossa participação, encontra-se especificamente nisso. Nós temos que nos manter no meio: mesmo que a natureza nos obrigue a mudar, apesar disso, todos nós temos que fazer as mudanças.

É assim que a evolução e revolução são integradas. A humanidade passa por um processo interno de desenvolvimento e junto com isso o processo social é o início de inovações nas relações sociais. E apesar de tudo isso ser causado pela natureza, é preciso compreensão, consciência e realização de nossa parte.

Pergunta: Qual é o lugar aqui para um líder, um revolucionário, que vai sair à frente e atrair os outros depois dele?

Resposta: Este é sempre o caso: o líder reúne um grupo de amigos e outras pessoas de círculos mais externos ao seu redor, até atingir as massas, muito passivas, mas envolvidas no processo de mudanças.

Pergunta: De que forma o revolucionário se destaca no ambiente passivo geral?

Resposta: Ele tem a capacidade de inflamar os outros. Afinal de contas, a necessidade, o desejo, por uma mudança para melhor existe também entre eles, e ele deve, portanto, “compra-los” através de promessas. Junto com isso, o revolucionário é, geralmente, mais desenvolvido, entende e sente mais, de modo que vê o mundo de uma forma um pouco diferente. Além disso, ele sabe como transformar as pessoas e de que forma proporcionar-lhes a necessidade da revolução, ou seja, o imperativo para as alterações na estrutura social. Se a pessoa for bem-sucedida, se age no momento certo e nas circunstâncias certas, ela realiza seu objetivo.

Os revolucionários sempre foram pessoas educadas; eles entendiam o que estava acontecendo, sabiam ler a grande imagem, e também possuíam carisma especial. Além disso, eles tinham ajudantes ao seu lados que estavam prontos para despertar as massas. Dessa forma, eles lideravam o desenvolvimento.

Por outro lado, a palavra “revolução” nem sempre é apropriada. Claramente estamos falando de mudança; no entanto, mudanças como estas já se encontram cozinhando na sociedade; só é necessário trazê-las para fora, desenvolvê-las e passá-las do potencial para a ação.

A história nos dá exemplos de várias gerações: os líderes eram sempre pessoas inteligentes e educadas, de classe média ou alta, e não “pessoas comuns”, e, ao mesmo tempo, eles eram capazes de se conectar às massas e levá-las à transformação. Esse fenômeno nunca era confinado à elite, mas de lá se espalhava ao público em geral.

A revolução que hoje nós enfretamos é excepcional. Ela será única.

Em princípio, o processo é o mesmo: a natureza age em nós e nos empurra para a mudança. Mas desta vez as mudanças não são causadas ​​porque o desejo já mudou e somente o ambiente ainda foi organizado de maneira apropriada, como foi o caso em transições de uma formação para outra em épocas anteriores. Não, hoje nós só devemos mudar a nós mesmos. Antes da revolução mudar a face da nossa sociedade, é necessário mudar a pessoa. Portanto, isso exige um trabalho avançado de nós, a base sem a qual nada será bem sucedido.

Portanto, nós temos que sair às pessoas e ensiná-las a construir novas relações, novas leis, de acordo com o que vamos viver. A natureza está nos empurrando especificamente para isso; isto é o que ela insere em nós. Então, primeiro uma revolução “educacional” é necessária: nós devemos fazer de tudo para sair às pessoas e educá-las.

De acordo com os sinais exteriores isso é um pouco parecido com o que os bolcheviques, com Lenin como cabeça, queriam fazer na Rússia. Eles também disseminavam material impresso, comunicando-se com as massas de trabalhadoras nas fábricas, e em cada esquina explicavam sua mensagem. Embora essa não tenha sido uma mudança na pessoa e na sociedade, eles estavam agitando o público e explicando o que precisava ser feito.

Ao longo do caminho eles se adaptaram às pessoas e realmente apelara aos pobres, aos plebeus, que estavam muito longe da revolução industrial que o país precisava desenvolver e não ser um apêndice agrário da Europa.

Pergunta: Assim, a próxima revolução será uma revolução na educação e exigirá uma publicidade avançada em todos os estratos da sociedade. Só depois disso que vai ser preparado o solo para a fase decisiva: a mudança da pessoa. Nesse caso, que características devem caracterizar os líderes da próxima revolução?

Resposta: Em primeiro lugar, eles serão guias, um “exército” de guias. Eles devem se voltar às pessoas, especialmente através de redes virtuais, por meio da Internet, uma vez que isso abrange o mundo inteiro e faz com que seja possível chegar a todos, sem estar envolvido com material impresso.

Em geral, a verdadeira revolução atual não é nas capitais. Há uma situação diferente: a revolução penetra internamente, e na primeira etapa ela ocorre principalmente dentro da pessoa.

Pergunta: O que é essa revolução interna?

Resposta: Como em todas as revoluções, a pessoa deve estar em desespero com a situação atual. Mas, ao mesmo tempo, deve compreender as razões para a situação: isso não depende das elites predatórias que estão apenas preocupadas com elas, e nem do governo que não faz nada prático. Aqui a coisa toda é na natureza humana.

Ninguém é culpado, e não tínhamos a intenção de queimar, destruir ou derrubar ninguém; afinal, o próximo funcionário será o mesmo, se não pior. Não, nós vemos que o nosso inimigo é a nossa natureza. É o predador que fica dentro de nós, o ego que se preocupa apenas com ele. Dentro de mim e em cada um de nós se senta um animal selvagem que só pensa em si mesmo. Ele olha para o mundo desde dentro de uma pessoa e faz um cálculo: “Como posso ter prazer? Como posso usar todos apenas para o meu próprio bem? Como posso humilhar os outros? Afinal de contas, este também é prazer… “.

Portanto, primeiro a pessoa exige uma revolução na compreensão de seu destino: “É lógico que eu sou totalmente dependente do animal selvagem que está se escondendo dentro de mim; eu sou subordinado a ele”.

E assim nós chegamos à conclusão de que é necessário construir um sistema para a nossa correção interna. Ele vai nos mostrar o que é esta “besta”: nossa natureza, a inclinação ao mal, o ego, que destrói toda a iniciativa e não possibilita controlá-la e relaxá-la. Pelo contrário, ela sempre nos domina e até sai do seu caminho; apesar de tudo isso ainda está no comando. Por mais que eu queira sair de sua autoridade, dominá-la, no final eu vou descobrir o mesmo rosto bestial que me governa, embora em outro vestido. Eu simplesmente não tenho outra natureza além desse ego.

Este processo é chamado de “reconhecimento do mal”: eu aprendo a reconhecer a besta em mim e vejo o quão louca ela é, seu total controle sofisticado, e nada é deixado para mim.

Só uma coisa pode me salvar: se eu me conectar com os outros. Então nós encontramos o ponto de conexão entre nós e agimos a partir daí. Então, nós podemos estreitar cada vez mais a conexão entre nós, dominar a besta dentro de nós, a inclinação ao mal, jogá-la fora, e nos distanciar dela. Esta é a única forma.

O trabalho neste sentido, é educação integral, ou a sabedoria da conexão. O nome não é tão importante. O que importa é a forma como percebemos a primeira etapa da revolução.

Assim, segue-se que o próximo revolucionário é um líder, um professor, um guia. Ele não resiste contra qualquer pessoa; ele não incita uma parte do povo contra a outra parte, ou uma nação contra outra nação. Os bolcheviques especificamente precisaram de uma guerra com a ajuda da qual poderiam dominar as elites que estavam enfraquecidas. Não há nada como isso aqui, porque estamos diante do homem. E não faz diferença se ele trabalha a terra ou é um rei; isto não importa. Afinal de contas, todos, desde o menor até o maior, estão doentes com uma doença única, todos nós somos dominados pela inclinação ao mal e todos somos seus servos.

Por isso, todos devem passar por mudanças através do estudo para estar cientes do que está acontecendo, para entender o modo de desenvolvimento da espécie humana, o nível atual e o próximo nível para o qual nós temos que subir. Quem é sábio, vê, já adquiriu inteligência e sensibilidade. Assim, de acordo com as mudanças internas, vamos começar a realizar mudanças na sociedade.

Essa não é uma revolta, não é terror; isso deve vir de dentro, de acordo com o nível de desenvolvimento, de acordo com o entendimento e a consciência, de acordo com a profundidade do desejo humano. Assim, apenas o método de publicidade, explicação e educação, quando o poder de uma sociedade sobre a pessoa a transforma, vai funcionar. Só assim é possível avançar. E a imagem do próximo revolucionário é criada a partir disso.

Pergunta: Isto é, ele é um guia, um professor, e seu papel é o de trazer a pessoa e toda a sociedade, todos, todos os setores, para o reconhecimento da natureza humana que nos traz problemas e destrói nossas vidas. Isso não possibilita que possamos construir um bom relacionamento com os outros. É o inimigo interno que se esconde dentro de nós. Assim, segue-se que uma pessoa ou grupos de pessoas que se levantam no comando da próxima revolução são educadores cujos método é completamente oposto da abordagem agressiva, de conflitos e confrontos?

Resposta: Certo. A violência não tem lugar aqui, porque toda essa revolução é baseada especificamente na igualdade. Nós atraímos a força para mudar a partir da unidade, e a verdadeira unidade só é possível entre iguais.

O guia é grande, alto, compreensível e forte: isso é correto. Mas em relação aos outros ele é especificamente menor do que tudo: ele os apóia, ensina e serve. Não há espaço aqui para uma nova elite.

Depois, seus emissários começam a aparecer, pessoas que estão prontas para trabalhar no campo. E depois disso, enquanto as pessoas estão passando por mudanças, chega a vez dos organizadores, organizando a nova sociedade que está adaptada às mudanças internas que as pessoas estão passando.

Assim, segue-se que a revolução acontece dentro da pessoa – e de acordo com isso define a nova imagem da sociedade.

De KabTV “Uma Nova Vida” 03/04/14

Olá, Você Ouve Bem?

laitman_528_04Pergunta: Como eu preciso me preparar para os workshops e como devo me comportar durante eles?

Resposta: Como nos organizamos para falar com o Criador quando isso só é possível através do centro do grupo? Se eu quero fazer uma conexão com alguém por telefone, eu preciso de uma linha telefônica, um dispositivo, bem como a frequência certa.

Eu preciso falar com a pessoa na outra linha num idioma, se comunicar com ela exatamente num tempo pré-determinado, e ela deve ser especificamente a pessoa que eu preciso. Isto significa que tudo deve ser ajustado.

Portanto, como vamos organizar a linha de comunicação que se estende desde o centro do grupo até o Criador para ter certeza de que esta linha está mais ou menos funcionando?

Hello Do You Hear Well

Primeiro de tudo, a fim de criar uma conexão como esssa nós precisamos nos unir. Isto significa que cada um dos nós começa a trabalhar na direção do centro do grupo. É assim que criamos algo compartilhado no centro que é chamado de “nós”, e cada um se esforça para isso.

É assim que vamos construir um aparelho de telefone para a conexão com o Criador. Todo mundo sabe que este dispositivo é complexo mesmo em nosso mundo, e mais ainda no mundo espiritual, onde a conexão é realizada numa frequência completamente diferente.

Esta onda não tem permissão para sair de mim, porque afinal de contas, eu sou o oposto do Criador. Eu sou inteiramente um grande (sinal de) menos, um egoísta. E o Criador é inteiramente um grande (sinal de) mais. Não estamos preparados para entender um ao outro! Então, como eu vou ser capaz de construir um dispositivo que funciona em Sua frequência e me conecta a Ele?

Cada um de nós deve fazer um Tzimtzum (restrição) sobre o ego, ou seja, deve se congelar internamente e não pensar em si mesmo. Isso é chamado de “Tzimtzum Aleph“. Desta maneira eu paro de me preocupar com o meu” eu “. Afinal, no mundo espiritual, no lugar com o qual eu quero fazer uma conexão, eu não existo.

Portanto, eu sou obrigado a realizar um Tzimtzum no meu desejo, um Masach (tela). Além disso, eu preciso trazer algo para fora de mim, de modo que de dentro de mim eu pense no grupo. Através disso eu crio um único componente que está pronto para se conectar com os outros.

É desejável que dez pessoas criem componentes como estes de si mesmas. Então todos nós juntos nos conectamos no centro do grupo, e nosso componente comum (nós) é chamado de sentido da doação, que se assemelha ao Criador. Entre si, uma conexão pode ser criada.

Como na comunicação telefônica, onde a largura da banda pode ser diferente, o mesmo ocorre aqui. Isso depende da grandeza do desejo que a pessoa supera, grande ou pequeno, o quanto ela está incluída com os outros, o quanto eles se entendem, até que ponto o objetivo é claro para cada um e todos juntos, e assim por diante. Estas condições determinam a força da conexão.

Mas, sem a construção de um dispositivo como este não podemos criar uma conexão com o Criador. Portanto, cabe a nós criar uma força como esta, a nossa conexão comum com o Criador, que é a nossa voz, nossas bocas. E pode haver muitas vozes e bocas como essas: é possível dividir os sete bilhões de pessoas em grupos de dez. Menos de dez não é energia suficiente. É possível experimentar cinco ou três pessoas, mas não menos. Dez é o número ideal.

E mais do que dez não estamos prontos para agarrar, pois somos construídos com uma percepção da realidade como esta, de forma que não estamos prontos para ver mais que nossos dez dedos.

Da Convenção Na França “Um por Todos e Todos por Um, 10/05/14, Lição 2

As Implicações De Longo Alcance Da Briga Doméstica

Dr. Michael LaitmanNossa boa fortuna (sorte) depende do estabelecimento de boas relações entre nós. Eu tento fazer isso em todos os sentidos, mas, de repente, há uma explosão e alguém me desequilibra e me afasta da direção certa. A fim de manter esta intenção, nós devemos ter um acordo geral, um sistema de educação projetado especialmente para esse fim.

Isto é o que deve ser ensinado às crianças na escola, de modo que elas não se comportarão da maneira como fazem hoje. Este é um problema nacional que deve ser resolvido numa escala nacional, e não depende apenas do desejo ou da falta de desejo de alguém.

Ninguém quer isso, pois é contrário ao nosso ego e difícil de perceber. Portanto, nós temos que criar um sistema de educação que nos aproxime um do outro.

Toda a nossa salvação está somente nisso. Dois mil anos atrás, o povo de Israel perdeu suas terras exatamente por causa do ódio infundado. Hoje, nós nos encontramos novamente numa situação perigosa, portanto vamos nos aproximar uns dos outros.

Baal HaSulam escreve: Toda a nossa esperança está em recriar uma educação nacional que seja projetada para descobrir o amor natural que está latente em nosso povo, de modo que por todos os meios nós voltemos e revivamos os mesmos músculos nacionais que não temos operado em nós por dois milênios.

Desde os dias de nosso pai Abraão, que deixou Babilônia, até a destruição do Segundo Beit HaMikdash (Templo), ou seja, por cerca de 1500 anos, o povo de Israel viveu em completa unidade.

Pergunta: O que significa viver em unidade? Será que isso significa que não haverá brigas com a esposa em casa?

Resposta: Para isso é necessário ter uma educação que leve à boas atitudes, incluindo mulheres e crianças.

Pergunta: Isso soa como uma espécie de utopia. O que exatamente vai acontecer com as pessoas? Será que elas vão parar de ser egoístas?

Resposta: As pessoas serão capazes de controlar seu ego. Você não vai fazer isso para tornar-se bom e não brigar com sua esposa, mas porque através das brigas, você está destruindo a vida de todas as pessoas no mundo. Isso é especificamente você, e mesmo porque você brigou com sua esposa.

Imagine que o seu relacionamento com sua esposa influencia as relações de um imenso número de homens com suas esposas, porque você é um judeu.

Pergunta: Portanto, se um francês briga com sua esposa, isso não influencia os outros tão fortemente?

Resposta: Não, isso não tem a mesma influência que um homem judeu discutindo com sua esposa. Isso ocorre porque os judeus são os primeiros no sistema geral que devem perceber a lei do Arvut (garantia mútua), a conexão entre todos. Depois disso, o mundo inteiro deve também ser incluído nesta lei do Arvut, na unidade geral. É especificamente na direção da unidade geral que a natureza está nos empurrando, para a unidade geral.

Do Programa da Radio Israelense 103FM , 08/03/15

Como Um Feixe De Juncos —Pluralmente Falando, Parte 2

Like a Bundle of ReedsComo um Feixe de Juncos, Por que Unidade e Garantia Mútua são Urgentes Hoje, Michael Laitman, Ph.D.

Capítulo 9: Pluralmente Falando

Afetando a Coesão Social Através do Ambiente Social

O Impulso Pela Superioridade

No Capitulo 2 nós apresentamos as palavras de nossos sábios a respeito dos desejos fundamentais e a base da Criação, e os quatro níveis que perfazem o desejo de receber. Abreviadamente, dissemos que a realidade consiste de um desejo de doar prazer e um desejo de receber. Aprendemos desses sábios que o desejo de receber prazer está dividido em quatro níveis, conhecidos como “inanimado”, “vegetal”, “animal” e “falante”. Contudo, ele ainda é essencialmente um desejo que veste uma roupa diferente em diferentes níveis de desenvolvimento.

Por exemplo, o desejo mais básico da existência é o de sustentar a si mesmo. No nível humano, esse desejo apareceria como estar contente com um abrigo, seja esse até uma pequena cabana, e o meio para se manter aquecido, vestido e alimentado. Este é o nível inanimado do desejo. Tal como os materiais inanimados que mantêm seus átomos e moléculas juntos, mas fazem muito pouco além disso, tal pessoa só desejará sustentar a si mesma, aparentemente “mantendo seus átomos e moléculas juntas” e muito pouco além disso.

No nível vegetal do desejo, a pessoa desejará sustentar a si mesma no mesmo nível que todos os outros. Como todas as plantas de certo tipo florescem e murcham ao mesmo tempo, tal pessoa desejará fazer o mesmo que todos na sua cidade ou aldeia ou seguir a última tendência vista na TV.

Se todos são pobres, essa pessoa não se sentirá pobre enquanto seu padrão de vida estiver em pé de igualdade com aquele do ambiente social. E se a nova tendência em roupa for usar o sapato esquerdo no pé direito, e vice-versa, a pessoa do nível vegetal estará mais confortável ao usar o sapato errado no pé errado, desde que esteja alinhada com a tendência prevalecente na moda.

A pessoa do nível animal difere da do nível vegetal onde ela procura buscar uma expressão própria. Tal pessoa não se interessa mais em ser como todas as outras, mas precisa estabelecer a sua individualidade. Para a maioria, este nível conduz à criatividade aumentada e distinção no assunto da escolha da pessoa.

O nível falante (humano) é o mais complexo e enganador. Aqui não basta se expressar. Neste nível, o desejo é ser superior. Este é o desejo que faz as pessoas desejarem ser reconhecidas como especiais, até únicas. Em outras palavras, nesse nível nós constantemente nos comparamos aos outros.

Além do mais, hoje nós não nos contentamos em ser os melhores em algo, almejamos ser os melhores sempre. Pense nas estatísticas desportivas sobre as quais escutamos constantemente: a ambição de Michael Phelps de quebrar o recorde de Mark Spitz de sete medalhas de ouro em natação nos Jogos Olímpicos de 1972, ou os jogadores de basquetebol se compararem a Michael Jordan, ou o impulso de Roger Federer de continuar vencendo títulos do tênis, embora já tenha ganho mais torneios Grand Slam que qualquer outro antes dele. Todavia, ele ainda fica incomodado com o fato de não ter vencido uma medalha de ouro Olímpica.[i]

Os esportes podem ser um exemplo notável, mas certamente não é a exceção, mas sim a norma. O filme que ganhou mais dinheiro na sua primeira semana, o álbum que vendeu mais cópias, a empresa que vende mais telefones/computadores/automóveis: competição e comparações estão por todos os lados. Pergunte a um estudante do ensino médio, “Você vai bem na escola?” E provavelmente vai obter uma resposta dentro das linhas de, “Eu estou entre os 5% melhores da minha turma” (assumindo que você perguntou a um bom estudante). Assim, ser bom já não é o suficiente; a superioridade se tornou  o lema de nossas vidas. A isso chamamos de “ser alguém”. Ser eu mesmo, não é bom o suficiente, se não sou alguém, sou ninguém.

Há um conto Chassídico sobre o Rabi Meshulam Zusha de Hanipol (Anipoli), irmão do reconhecido Rabi Elimelech de Lizhensk, um dos fundadores da Chassidut. Rabi Zusha costumava dizer, “Quando eu for para os céus, se me perguntarem, ‘Porque não foste tu Elimelech (o irmão estimado de Zusha), eu saberei o que dizer. Mas se me for perguntado ‘Porque não foste tu Zusha’, eu não saberei o que dizer”. [ii] A moral é clara: seja você mesmo e atualize o seu potencial; isto é o que você precisa fazer na vida.

Mas o Rabi Zusha viveu no século XVIII. Hoje, tal moral seria inaceitável porque o que importa é não quem você é, mas quem você é em comparação aos outros, sua posição na percentagem divisória das classes. Quando o principal lema na sociedade é tão alienante e antissocial, não é de se admirar que nossa sociedade esteja se desmoronando.

[I] “Roger Federer: Possibilidade dos Jogos de 2016”, Associated Press, 26 de julho de 2012, url: http://espn.go.com/olympics/summer/2012/tennis/story/_/id/8202865/roger-federer-leaning-competing-rio-2016-body-holds-up.

[Ii] Escola de Educação Cultural, Programa Be’eri, Instituto Hartman Shalom, 26 de junho de 2011. url: http://www.school.kotar.co.il/KotarApp/Viewer.aspx?nBookID=98518913#24.9572. 4.fitwidth. url: http://medaon.org/files/zehutariel.pdf.