Textos na Categoria 'Minha Similaridade ao Criador'

Retorno Com Temor

laitman_961.2Arrependimento (Tshuvah) significa que sou capaz de sentir o Criador até certo ponto e vincular minha existência a Ele. Ele cria todos os meus estados e me leva de um estado ao outro, eu e toda a humanidade. Eu quero estar constantemente ligado a Ele como ao meu Criador, que cria todos os momentos da vida. O Criador é aquele que cria todos os momentos da realidade.

O retorno acontece depois da minha separação da força superior que criou toda a realidade: eu e o mundo inteiro. Eu não tinha consciência do governo superior. Se não sentimos nada além de nossa vida animal, existimos como num sonho, num mundo ilusório. De repente, surge uma força que me tira desse sonho para outra compreensão, percepção e sentimento da verdade, que é a causa raiz chamada Criador, que controla tudo: eu e o mundo. Tal consciência é chamada de arrependimento (Tshuvah).

Compreensivelmente, essa percepção também é causada pelo Criador. Ele brinca comigo, me coloca em diferentes estados, me força a sair da sensação do Criador e do Seu verdadeiro mundo, e retorna a ela novamente. Devido a tais entradas e saídas, ciclos de parada e saída, Ele desenvolve minha sensibilidade para com Ele.

Alguns retornos acontecem com medo de perder a sensação do Criador e esquecer que Ele governa o mundo inteiro, que tudo tem uma razão e que tudo tem uma resposta. Eu não dependo do meu vizinho, da minha esposa, da polícia ou do meu chefe, mas apenas do Criador, que controla toda a realidade.

É um sentimento tão maravilhoso conectar tudo o que acontece ao Criador que eu não quero deixá-la. Talvez isso me dê conforto na vida corpórea. Se todos os problemas vêm do Criador, não há necessidade de se preocupar, pois Seu objetivo e intenções são bons e Ele sabe o que está fazendo. Isso torna a vida muito mais fácil para uma pessoa e é chamada de “retorno com temor (admiração)”.1

Se eu entendo que estou indo contra os desejos do Criador e ainda realizo este ato, ao fazer isso eu escondo o Criador de mim mesmo. Afinal, parece que quero que o Criador desapareça do meu horizonte e não interfira comigo. O Criador diz: “Isso não deve ser feito! Eu não quero que você faça isso”, e eu O o afasto, não querendo notar, e faço o que quiser. Portanto, um crime intencional nega o Criador.

Antes, eu sabia que o Criador estava escondido de mim, mas entendi que Ele existe. Quando eu cometo um crime intencionalmente contra os desejos Deles, aproveitando o fato de que não O sinto totalmente, eu forço o Criador a desaparecer. Então me torno “livre”, não acreditando em recompensa ou castigo, me considerando livre para fazer qualquer coisa.2

Se uma pessoa quer satisfazer o desejo do Criador, isso é considerada um mandamento, enquanto o oposto, ir contra a Sua vontade, é um crime. O Criador deseja que corrijemos a alma comum quebrada, isto é, restaurar a unidade entre nós que se estenderia a todos os níveis inferiores da criação. Este é o nosso principal mandamento.3

Nós temos que entender que existimos em um sistema de forças. Se sou influenciado pela força que me sustenta em certo nível, me comporto como uma pessoa justa. Assim que essa força desaparece, inevitavelmente me torno pecador, de acordo com o equilíbrio de poderes. Portanto, eu preciso que o Criador se torne o fiador para eu não cair mais em pecado. Estou em constante dependência do equilíbrio das forças internas e externas que me mantêm em uma determinada condição: o ambiente, o Criador e eu.4

Eu me submeto a uma série de estados, através de ocultação e revelação, fazendo esforços, e parece-me que tudo depende de mim. Contudo, quando o Criador é revelado, eu entendo que Ele brincou comigo para que eu exercesse a medida necessária de esforço para obter uma maior compreensão e sensação Dele. O Criador não requer pagamento de mim nem me culpa por nada. No entanto, sem aplicar esforço, é impossível adquirir a impressão correta do que a luz e as trevas são, os prós e contras do Criador, dar e receber, ou a minha própria força e a força do Criador.

Devido ao Criador brincar comigo, guiando-me através de ocultações e revelações, eu entendo meus desejos. É assim que ensinamos nossos filhos. Não queremos que eles chorem e faremos tudo de bom grado por eles; mas sem esforços, os filhos nunca crescem ou se tornam mais sábios. Eles não ganhariam paciência ou compreensão. Portanto, você não pode evitar que o filho faça exercícios, aplique esforços, trabalhe e sue para crescer e subir ao nosso nível.

É o mesmo aqui. Quando retornamos ao Criador e revelamos Seu governo, entendemos que a vida era um jogo para nos fazer crescer. Nós reclamamos que toda a nossa vida é um sofrimento contínuo. Mas uma criança pequena também chora e grita quando algo não está dando certo, é uma grande tragédia para ele.

A vida acaba, não deixando nada para trás de nossas alegrias e tristezas. A única coisa que dura para sempre é o nosso esforço no caminho espiritual, como uma criança que ganha conhecimento. Tais esforços não se perdem porque os usamos para fazer correções no sistema da alma comum, Adam HaRishon.

De fato, todos os nossos esforços na vida corpórea também não desaparecem. Seu impacto está em um nível tão baixo, em uma escala tão escassa, que é uma pena desperdiçar energia neles. É dito que mesmo um pequeno piolho, fazendo esforços para sobreviver e comer, também contribui para a soma comum. Contudo, é impossível comparar o significado dos esforços corporais e o desejo de conformar-se à vontade do Criador, de estabelecer relações mútuas com Ele. Este é um nível completamente diferente.

Eu dedico minha vida a me assemelhar ao Criador, olhando para Ele e perguntando se estou fazendo a coisa certa, querendo que minhas ações se assemelhem exatamente aos desejos Dele. Se eu realmente quero isso, o Criador começa a Se revelar para que eu possa imitá-Lo e agir de acordo com Seus pensamentos, como uma criança que aprende com seu pai. Isso é chamado de se tornar um servo do Criador, aprendendo com Ele.5

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá, 04/03/19, Escritos do Baal HaSulam, Introdução ao Estudo das Dez Sefirot, item 57
1 Minuto 6:00
2 Minuto 19:36
3 Minuto 22:30
4 Minuto 23:38
5 Minuto 26:17

A Mente Superior Que Está Oculta Na Natureza

Dr. Michael LaitmanComentário: Você diz que a nação de Israel foi escolhida pelo Criador para ajudar toda a humanidade a se aproximar Dele. Mas nós não vivemos mais em épocas antigas ou na Idade Média e não vemos que o mundo moderno necessita do Criador. Só as pessoas religiosas falam sobre o Criador, e não as pessoas no mundo comum, e ninguém sente a necessidade Dele.

Resposta: O Criador é equivalente à natureza. Todo o enorme sistema da natureza, o imenso poder que inclui e sustenta toda a criação é chamado de Criador. Esta definição é totalmente diferente da definição religiosa comum.

O problema é que, como a nossa mente e nossos sentimentos são tão limitados, não podemos reconhecer o fato de que a força superior também tem sentimentos, compreensão, um plano, e organiza o processo que leva a um determinado objetivo.

Nós imaginamos essa força como uma força inanimada, como a força da gravidade que simplesmente puxa e pronto. Nós pensamos que apenas nós, os seres humanos, têm mente e pensamentos, e a natureza não.

Mas hoje existem muitas publicações científicas que falam sobre a força superior que desenvolve toda a matéria. Essa força tem um plano e um objetivo que são pré-determinados, e ela nos avança de acordo com esse plano. Nossa situação não é uma coincidência e nada no mundo acontece por acaso.

Mesmo a evolução comum, que nos parece tão arbitrária, é de fato pré-determinada. Cada vez, diferentes desejos se conectam e há uma luta entre eles, eles estão levando a cabo o plano preciso que é predeterminado. A única coisa é que nós não sabemos, mas hoje os cientistas já estão começando a falar sobre isso.

De KabTV “Uma Nova Vida” 28/12/14

Estrangeiros São Parte Da Minha Alma

Dr. Michael LaitmanA Torá, “Levítico” 19, 33:34: Quando um estrangeiro viver na terra de vocês, não o maltratem. O estrangeiro residente que viver com vocês será tratado como o natural da terra. Amem-no como a si mesmos, pois vocês foram estrangeiros no Egito. Eu sou o SENHOR, o Deus de vocês.

Um estrangeiro se refere a qualquer novo desejo que a princípio é naturalmente egoísta, mas está pronto para se juntar a vários desejos corrigidos e obedecê-los.

Trata-se do fato de que nós devemos estar felizes por receber novos desejos que surgem em nós e expandem a alma, permitindo-lhe descobrir o Criador em maior medida.

Portanto, nós devemos ansiar por isso e amar os novos desejos que são revelados em nós, embora, às vezes, eles tragam dissabores e grandes problemas. No entanto, é graças a eles que formatamos a nós mesmos e nos elevamos.

A Torá só fala sobre o desejo. Não existem pessoas e nem o que vemos ao nosso redor na forma de figuras imaginárias que são representadas pelos nossos sentidos não corrigidos. Nós todos somos uma coleção de desejos.

Pergunta: É dito: “Ama teu amigo como a ti mesmo”. Isso torna o estrangeiro o outro?

Resposta: Sim, você tem que amá-lo de tal forma que ele se torne o outro, já que graças a ele, você sobe mais em direção ao Criador. O Criador envia esses estrangeiros a você de propósito, já que nada é mera coincidência.

Estas são todas as partes de sua alma, assim como a criação é parte de sua alma. Você simplesmente não vê o que é externo a você, já que não pode percebe isso corretamente dentro de você. Mas, na mesma medida em que você desenvolve o senso de amor e doação, e sai de si mesmo na fé acima da razão, o que significa na doação acima da doação, você descobre toda a criação como sua alma.

Não há estrangeiros aqui. Em vez disso, todos se tornam parte integrante da sua alma.

Comentário: Em nosso mundo há o conceito de converter-se ao judaísmo, o qual significa tornar-se judeu.

Resposta: Mesmo que os estrangeiros queiram viver em nosso país sem ser formalmente convertidos, temos que dar-lhes um abrigo, porque há diferentes atributos de proximidade e distanciamento dentro deles.

Havia lugares especiais no templo para os convertidos, tanto para homens como para mulheres. Cada pessoa que vivia fora da fronteira do país podia entrar no templo e viver nele se executasse determinada obra.

Assim como os estrangeiros crescem dentro de você no trabalho interno, os novos desejos que você tem que trabalhar, corrigindo-os e adicionando-os aos desejos corrigidos, do mesmo modo os estrangeiros humanos têm seu trabalho especial.

O Templo é o reflexo preciso da alma. Houve, portanto, a destruição do Primeiro Templo, ou seja, que a alma não suportou a tensão interna a fim de amar e doar e, assim, desceu para o segundo nível, que também foi destruído mais tarde.

O terceiro templo é o fim completo da correção de todos os desejos em nosso mundo e sua conexão num todo único em condições totalmente iguais.

Pergunta: Por que se diz que não vai haver a destruição do terceiro Templo?

Resposta: Porque é o estado do fim completo da correção. Não haverá mais nada para interrompê-lo ou trazer à sua destruição. Todo o ego universal será completamente corrigido.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 16/04/14

A Guerra Para Atingir A Luz

Dr. Michael LaitmanDe Rabash, Volume 1, “O Milagre de Chanucá”: A dominação grega é oposta à maneira judaica. A questão dos gregos significa que eles só trabalham dentro da razão, o que significa no coração e na mente. Claramente no momento em que a nação de Israel queria trabalhar acima da razão e desconsiderar o que a mente externa nos obriga a fazer, eles não conseguiram fazê-lo.

Isso é chamado de guerra dos gregos, que é quando começa o verdadeiro trabalho, o que significa que a nação de Israel quer prosseguir no caminho que leva à adesão com o Criador. Este caminho é chamado de fé acima da razão. Os gregos, no entanto, querem controlar o corpo, de modo que ele não desista de nada se a mente não concordar com ele.

Na verdade, há muitas matérias na sabedoria da Cabalá que são consistentes com a razão, a lógica, e a abordagem racional. Pegue os artigos do Baal HaSulam sobre a natureza, por exemplo, sobre a Providência superior e o sistema dos mundos superiores.

Quando nós explicamos isso aos cientistas e amantes inteligentes da ciência, eles ficam entusiasmados e declaram imediatamente que não se trata de religião, mas de ciência de primeira classe. A ciência é baseada na compreensão inteligente, na análise racional e nos fatos. A ciência oferece a oportunidade de debates, pesquisas e análise de dados. Como isso acompanha a féacima da razão?

De acordo com a nossa lógica atual, a abordagem científica é correta e justificada. Mas quando nós queremos transcender os limites da mente e dos sentimentos humanos, expandi-los para dimensões superiores acima do tempo, espaço e movimento, e acima das ciências do mundo, que são baseadas em pensamentos e sentimentos corporais, não há ninguém com quem possamos argumentar em nossa busca racional pela verdade.

A fim de ascender, nós primeiro precisamos conectar novos vasos de percepção aos nossos vasos naturais. Expandir a mente exige ações especiais de nossa parte, e aqui nós devemos ouvir os conselhos dos Cabalistas que alcançaram isso e nos dizem como devemos agir.

Se eu quiser entrar numa nova dimensão, acima da minha mente e sentimentos humanos, e aquirir novos vasos de percepção, eu tenho que trabalhar contra a minha natureza. Afinal de contas, eu aspiro pelo “espaço” do desejo de doar, e tenho que desenvolver vasos de doação, que eu não tenho.

Toda a Torá, que significa o método Cabalístico, serve para isso. É apenas nesses novos vasos que eu serei capaz de perceber a realidade superior, de entender e atingir as forças, planos, programas e as razões para tudo o que também acontece no meu mundo.

Eu descubro esses novos atributos e tudo o que acontece neles de acordo com o meu avanço em formatar os vasos que agem em prol de dar e não de receber. Assim eu aprendo as ações da força superior, que chamamos de Criador, uma vez que esta força criou o meu mundo corpóreo.

Eu vivo no mundo corpóreo e, ao mesmo tempo, desenvolvo vasos adicionais de doação que agem de forma oposta. Desta forma, eu descubro o mundo superior e avanço no sentido de uma realidade eterna e perfeita. Eu luto para não ficar no nível corporal, mas para subir ao nível humano, para me assemelhar ao Criador.

Eu tenho que adquirir vasos no caminho, atributos e discernimentos que são totalmente em doação, o que significa que eles se assemelham ao Criador. Todas as guerras realizadas para ascender e nos formatar no novo nível que se assemelha ao Criador são chamadas de guerras de Deus e nós as conduzimos para nos aproximarmos do Criador e aderirmos a Ele.

Algumas dessas guerras são guerras dos Macabeus, quando a pessoa concentra suas forças e tenta aderir à Luz Superior, ao se conectar a outras pessoas que querem alcançar o mesmo objetivo, apesar de seu ego. Esta conexão é tão forte que o atributo de doação é revelado dentro dela. A conexão entre eles é acesa por si só e queima como a sarça ardente que queimava diante dos olhos de Moisés.

Esta é uma guerra totalmente interna e seu único objetivo é transcender as forças de separação e alcançar a conexão em que vamos descobrir a Luz pela primeira vez. Em outras palavras, usando a terminologia de Chanucá, nós vamos encontrar o jarro de óleo para as velas e ele vai nos trazer a Luz.

Da Lição “A Importância de Chanucá” 18/12/14

Descobrindo Sua Criação

Aprendemos como a criatura se deteriorou a partir de um ponto de unificação para a separação, a fragmentação gradual, à descoberta de mais e maiores forças, para a construção de um sistema de ligação entre as partes. Mesmo antes da quebra, existiam várias características e as forças entre elas.

De tal maneira que aprendemos a respeito de todo o sistema de conexões entre a futura criatura e o Criador, entre a característica de recepção e a característica de doação, e sobre o cooperação entre elas. Este é o sistema de forças superiores, mundos superiores. E para torná-lo possível para existirmos verdadeiramente, apesar e em contradição com o Criador, a quebra aconteceu e nosso estado atual foi criado. A partir disto começamos a avançar no sentido do tremor.

É preciso entender que esse medo, esse temor e preocupação, essa ansiedade são as ferramentas de medição com a ajuda de quem eu sinto o nível, o mundo onde estou, e se eu estou preocupado comigo mesmo no nosso mundo, ou eu estou preocupado com os outros no mundo superior. [Leia mais →]

No Espesso Campo De Força Da Doação

Dr. Michael LaitmanNós deveríamos estar tentando decifrar o jogo do Criador e nos aproximando da imagem real. Então vamos sentir que estamos no campo de força da doação, como numa nuvem. Como se diz: “Sua glória preenche o mundo”.

Nós estamos todos no mesmo campo de força. A Luz Superior preenche toda a realidade e está num estado de repouso absoluto. Nós precisamos desenvolver o nosso vaso de modo a começarmos a sentir a Luz superior.

Para fazer isso, foi-nos dada a nossa natureza quebrada, de modo que, na medida em que nos esforçarmos em nos conectar, vamos começar a nos revelar no campo de força. Este campo é unificado e completo, mas nós o descobrimos na medida em que o atributo de doação se desenvolve em nós. Quanto mais atributos de doação houver dentro de mim, mais forte se torna a sensação do campo de força.

É assim que a lei da equivalência de forma funciona, como em todos os campos de força físicos, seja elétrico, magnético ou radioativo. A única diferença é que nós podemos identificar as forças que operam no nível corpóreo naturalmente ou por instrumentos que construímos.

No entanto, existem forças e atributos que pertencem ao nível falante. Para percebê-los, nós temos que mudar e melhorar. Nenhum instrumento pode nos ajudar aqui. Nós temos que criar nossos próprios instrumentos internos, trabalhando em nossa conexão e estabelecendo o atributo de doação em nós no qual sentimos e descobrimos este campo.

A principal coisa é não deixar nem por um momento o pensamento de que estamos num campo de doação, como num meio denso. Ele envolve todos os nossos movimentos, nosso corpo e nossos sentimentos, e preenche tudo.

Não há nada que uma pessoa não possa sentir, nós só temos que nos esforçar esforços e praticar. Nosso trabalho é desenvolver o sentido, o vaso para sentirmos esse campo de doação, de Luz Superior em que estamos imersos.

O exercício “afastar-se do mal” que nós apenas começamos também se destina a atingir esse objetivo. No conjunto e em cada lição, nós precisamos apenas levar em consideração a Luz, até que ponto podemos de alguma forma evocar desejos dentro de nós que nos ajudarão abordar, sentir e tocar a força superior. Este é o objetivo da lição.

O exercício de afastar-se do mal tem a intenção de desenvolver o senso de percepção da doação em nós, com o qual vamos descobrir que estamos no campo de força do superior.

Em um dos meus primeiros livros, eu descrevo a sensação deste campo com o exemplo de uma pessoa que, de repente, sentiu isso de forma espontânea, como resultado de grandes sofrimentos que ela tinha experimentado numa prisão siberiana. Mais tarde, ela leu meu livro e veio ao meu encontro. Foi muito interessante encontrá-la, mas eu não sentia que ela ainda tinha a vida espiritual. Isso ocorre porque a revelação não foi consequência de seu trabalho proposital.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 06/07/14

Não Caiam, Mas Ascendam Pela Linha Do Meio!

Pergunta: Porque, no final das férias de Páscoa uma pessoa sente uma sensação de peso no coração, e como é que é possível ajudar seus amigos que sentem isto de forma mais árdua que você?

Resposta: Eu não achei que você já poderia alcançar o pesar no coração. Eu pensei o contrário, que durante as nossas férias sentimos a necessidade de avançar em duas linhas: direita e esquerda, para conectá-las a qualquer momento com a linha média, ao Criador, para “Não há ninguém mais além Dele” Quem nos dirige. Somos incorporados dentro dele e aderir a Ele nisto nos leva a nos conectamos como um homem com um coração e fundimo-nos com Ele em um todo.

E dessa forma permanecemos aderidos e felizes na mais difícil opressão do coração, uma vez que somos capazes de conectá-lo para o mesmo estado de unidade, subir ainda mais, e ser ainda mais dependente do Criador. E esta é uma ação maravilhosa que nos é dada, e é preciso dar o esforço, a fim de executá-la.

[104117]

Da 1ª.parte da Lição Diária da Cabala 2/4/13, Escritos do Rabash

Material Relacionado:
A Conta De Poupança Para Um Dia Espiritual Chuvoso
A Linha Do Meio É O Caminho Direto Para O Criador
O Que Vem Pela Frente?

Alavanca Espiritual

Dr. Michael LaitmanQuestão: Quanto mais uma pessoa está em adesão com o Rav, o grupo, e estudo, então mais o seu desejo de receber cresce?

Resposta: É claro, caso contrário, como é que você cresceria? É por isso que é dito: ” Aquele que é maior do que seu amigo, sua inclinação é maior do que a sua”

Pergunta: Então, como vamos restringir o nosso desejo?

Resposta: Eu não restrinjo o desejo em si, mas sim o uso deste desejo. Eu não quero que o meu desejo se torne menor ou desapareça completamente. Não, eu lido com ele com todo o respeito que ele merece, com amor, não ódio, porque ele é a ajuda contra o ódio. Eu deliberadamente trabalho em mim com esta forma de reconhecimento e tentando tomar atenção aos limites do meu desejo em todos os meus discernimentos. Eles se tornam um verdadeiro tesouro para mim, e eu dar-lhes-ei alta consideração.

Então toda a minha vida se torna algo muito importante, preciosa. Na minha frente, como se fosse um jogo, partes deste mecanismo muito complexo estão passando e eu não os neutralizo, não os restrinjo, eu quero subir acima deles. Esta é a ascensão, a elevação na escada espiritual. A restrição em si é feita pela Luz e eu não faço o trabalho da Luz. Isso seria como ascetismo e não há nada de bom nisso. Precisamos receber as coisas como elas são, elevarmo-nos acima delas, e assim usá-las de forma correta.

Pergunta: Como isso acontece? É muito fácil nos afogarmos dentro de um desejo.
Resposta: Eu peço o tempo todo para ter fé, estar acima da razão, na linha do meio. Meu desejo, em relação ao qual eu devo subir é a linha de esquerda; a doação que eu consigo é a linha direita. E a ordem das relações mútuas entre doar e receber é chamada de linha do meio. Este mecanismo sobe mais e mais alto, como se por uma alavanca.
[102765]

Da 4 ª parte da Lição Diária da Cabala 3/10/13, “Introdução ao Livro do Zohar”