Textos arquivados em ''

Palavras Cruzadas

O Criador cria a ocultação e nos move gradualmente através de Seus sentimentos para que possamos entender o que deve existir em vez da ocultação: que tipo de imagem do Criador deve ser descoberta ali, que tipo de imagem do doador? Este é um tipo de jogo onde cabe a nós preencher as peças que faltam e achar o que deveria estar lá para completar o quadro completo.

Eu aparentemente preencho as palavras cruzadas e coloco as letras que faltam para que a palavra apareça. No entanto, não é uma palavra aqui, mas uma imagem em particular, um pedaço da realidade da doação. Nós temos que completar esta imagem de nós mesmos.

Assim, as fases da ocultação vêm até nós. E se em vez de sentimentos ruins e discordância sobre a ocultação nós nos relacionamos com ela da forma correta, então nós percebemos a ocultação como o nosso local de trabalho. Minha tarefa é definir a forma de doação, o mundo correto, e as relações corretas que devem existir naquele lugar onde, no momento, não vejo nada, não tenho sentidos ou entendimento, sem qualquer sentimento ou gosto.

Como eu completaria esse quadro, se em vez do Criador eu fosse o doador e tivesse Suas propriedades? Se uma pessoa se relaciona de forma criativa com estados de ocultação como este, em seguida, através disso ela desenvolve MAN em si mesma, um pedido para que o Criador seja revelado especificamente nessa forma. Isso significa, “Torne o seu desejo como o desejo Dele” (Pirkei Avot 2:4). Desta forma, nós nos desenvolvemos e construímos em nós a imagem do Criador (Bore), o “Venha e veja” (Bo-Re) que é revelado em nossos desejos.

Assim está escrito: “Meus filhos Me venceram” (Baba Metzia 59b); nós nos tornamos parceiros do Criador. Apenas meio-shekel é exigido de nós, que é a oração, MAN, a forma de doação, a forma de relacionamentos entre nós e o Criador que queremos descobrir em vez da ocultação. Se nós nos aproximarmos mais ou menos da forma correta, ela será revelada.

E se não nos aproximamos dela, correções agem sobre nós de Cima que são projetadas para nos ajudar a descobrir a forma que se destina a ser revelada dentro da ocultação. O Criador realiza todos os tipos de pequenos exercícios em nós, nos dá pistas, usa muitos meios que Ele tem na loja, e, finalmente, nos leva à descoberta dentro da ocultação da forma apropriada de revelação, e nós pedimos por ela.

Nós entendemos que a forma de revelação é dirigida à conexão, boas atitudes, e nós procuramos agora que tal fragmento seja revelado em vez da ocultação. Será precisamente a mesma peça de desejo que falta para se parecer ao Criador que agora vai começar a ser revelada e nos doar cada vez mais. Esta é a nossa forma de trabalhar.

Isso é chamado de: “Rogo-Te que me mostres a Tua glória” (Êxodo 33:18), que possibilitará ver apenas através de um desejo preparado que eu dirijo precisamente a esta frequência, as mesmas cores, a mesma forma, em todos os sentidos, onde é possível descobri-Lo, em dez características, as dez Sefirot.

Se nosso desejo está pronto e dirigido as dez Sefirot do Criador, então Ele nos é revelado. A Luz Superior aparece dentro de nossas características internas, porque nós Lhe rogamos para corrigi-las. Segue-se que nós mesmos criamos o Criador.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 02/05/14, Escritos do Rabash

Liberdade Completa!

Dr. Michael LaitmanO Livro do Zohar, “Bahar” (no Monte Sinai), artigo 85: …”E Ele me disse, ‘Tu és Meu servo, Israel, por quem hei de ser glorificado’”. “E Ele me disse, ‘Tu és Meu servo’ é o grau de escravo, a linha esquerda, Malchut. “Israel” é o grau do filho, a linha direita, ZA. Quando eles são incluídos como um, porque está escrito: “Em quem hei de ser glorificado””.

As duas linhas: a esquerda, o nível do escravo (Malchut), e a direita, o nível do filho (Israel), devem ser unidas e glorificadas, o que significa ser reveladas.

Por um lado, nós temos que nos submeter totalmente e nos escravizar ao governo superior. Nós podemos dizer, é claro, que agora Ele nos governa e que estamos totalmente escravizados a Ele e que não podemos fazer nada sem Ele, mas este é o atributo de um mau escravo.

A linha esquerda tem que ser leal ao seu mestre, afirmando: “Eu quero ser seu escravo. Eu quero que Ele me governe internamente através dos desejos sobre os quais não tenho controle”. Esta é a minha liberdade. A minha liberdade é escolher permanecer sob o domínio do Mestre ou deixá-Lo. Eu escolho o Seu domínio porque não posso me sentir mais livre do que quando estou sob Seu governo.

Mais tarde, quando eu subo ainda mais, o nível do escravo entra para o nível do filho. A diferença entre o nível do escravo e o nível do filho é que eu faço tudo o que meu Pai deseja e não o meu Mestre. Agora eu quero realizar todas as suas ações de forma consciente, mesmo que Ele não me obrigue a fazê-lo. E mesmo que Ele não sabia sobre isso, aqui eu trabalho sem conexão com Ele, e sou como Ele.

Esses dois estados devem ser claramente sentidos por uma pessoa e, assim, o terceiro estado aparece entre eles, a linha do meio, quando eu não sou nem escravo nem filho. A linha do meio não existe na natureza. Ela é criada e aparece na conexão entre as linhas direita e esquerda, dando a pessoa uma sensação de liberdade completa. É como estar num vácuo, onde a primeira condição do escravo não funciona ou não tem qualquer impacto sobre mim, e o mesmo ocorre com a segunda condição do filho.

Eu posso me desconectar totalmente de qualquer conexão com o Criador e ser independente em todas as minhas ações, desejos e pensamentos. Liberdade total!

É disso que trata o pensamento da criação, que está levando a pessoa à sensação de liberdade que leva à sua escolha do estado para estar onde o Criador existe e ansiar por Ele. Se eu anseio por que isso em 10%, 15%, ou 20%, eu gradualmente me transformo nessa imagem exata, a mesma réplica, e, nessa medida, eu sou chamado de Adam, um ser humano.

Eu me desconecto do Criador na linha do meio, porque caso contrário não tenho livre-arbítrio. Esta não é uma ilusão de liberdade. Eu preciso sentir que estou totalmente livre. Além disso, esse sentimento vem de encontro a uma cacofonia de todos os tipos de desejos, anseios e tentações egoístas. O orgulho, a inveja, o desejo de fazer o que quiser, e de ser o mestre do universo crescem numa pessoa.

Imagine que você está imerso em água e na superfície, em vez de água transparente, o fundo turvo de repente sobe, e é todo seu, as ondas de seus pensamentos e desejos egoístas. Na verdade, é sobre este pano de fundo que você começa a fazer um ser humano de si mesmo.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 18/06/14

O Computador Aprendeu A Entender As Pessoas

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (do The Telegraph): “Os computadores podem determinar a sua personalidade melhor do que seus amigos, apenas através da análise das mensagens que você tenha ‘gostado’ (‘likes’) no Facebook, mostrou um estudo da Universidade Cambridge”.

“Agora, através da análise de escores de personalidades auto-relatadas, pelo que são conhecidos como os ‘cinco grandes’ traços psicológicos – abertura, conscienciosidade, extroversão, afabilidade, e neuroticismo -, os pequisadores criaram um algoritmo que pode prever com precisão as personalidades simplesmente com base em interações no Facebook”.

“E, surpreendentemente, ele sabe o seu caráter melhor do que seus amigos mais próximos”.

“A equipe descobriu que o seu software foi capaz de prever a personalidade de um participante do estudo com mais precisão do que um colega de trabalho, analisando apenas 10 ‘likes’”.

“Dados suficientes ‘likes’, o software combinou os traços de personalidade auto-relatada das pessoas mais perto do que os membros da família”. …

“Mas os pesquisadores compartilham as preocupações daqueles que temem um futuro distópico no qual os nossos traços e hábitos tornam-se um ‘livro aberto’ para que os computadores leiam”.

Meu Comentário: Tudo é simples no ser humano, porque ele é feito de apenas um desejo a ser realizado (satisfazer a si mesmo, desfrutar). É possível criar a imagem desse desejo por vários (testes) “likes”. Assim, todas as outras ações da pessoa poderiam ser previstas com precisão.

Tendo criado tal imagem, nós já sabemos quais serão as respostas da pessoa quando você se dirigir a ela. Agora, você só precisa escrever um programa para controlar a pessoa, porque um robô totalmente controlado está diante de você!

De Um Jubileu Para Outro

Dr. Michael LaitmanUm novo ciclo de venda da terra começa depois do jubileu. Eu posso vendê-la para alguém por 10 anos, a outra pessoa por 20 anos, e assim por diante, até o ano do jubileu, quando a terra mais uma vez torna-se minha.

Eu não posso vendê-la novamente, visto que esta terra não pode ser propriedade de outra pessoa até o ano do jubileu. O indivíduo sente que é um estranho, um estrangeiro na terra e que a terra não é sua, mas pertence ao Criador que estava apenas alugando-a a ele. A razão é que a terra simboliza nosso desejo.

Pergunta: O que significa isso num nível mais interno de entendimento? Como eu posso vender o meu desejo?

Resposta: Você pode fazer o que quiser com ele, a fim de obter a colheita correta dele, mas você deve saber que, no final, você tem que devolver o desejo corrigido ao Criador sob a forma de doação. O jubileu simboliza a compatibilidade completa com o Criador. O jubileu é comum e compartilhado por toda a nação. Todo mundo sabe sobre ele; você não pode enganar ninguém, e não há necessidade de apresentar quaisquer documentos. É assim que a contagem da terra sempre foi feita: de um jubileu para outro e no momento em que tudo volta ao início.

Comentário: Isto é sentido como um ponto muito profundo, e tudo é muito complicado. Nós, que existimos nessa dimensão, achamos difícil de entender.

Resposta: Se você está conectado ao Criador, à força geral da natureza, e sabe que está subordinado a ele, nada é complicado ou difícil.

Hoje nós começamos a sentir de forma bem acentuada que somos governados pela natureza e que não temos escolha. Nós não controlamos as coisas e todas as nossas noções ingênuas de que somos os mestres da natureza e que podemos ter tudo o que queremos dela à força estão desaparecendo gradualmente.

Nós somos como crianças pequenas que, sem a mãe e o pai, começam a perceber que foram deixadas sozinhas numa caixa de areia gigante sem saber o que fazer a seguir e que a corrompemos a tal ponto que brincar nela é impossível. Todos os jogos de crianças acabaram; é hora de crescer.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 13/08/14

À Terra Ou Ao Céu…

Laitman_712_03A Torá, “Levítico”, 25:14 – 25:15: Se vocês venderem alguma propriedade ao seu próximo ou se comprarem alguma propriedade dele, não engane o seu irmão.

O que comprarem do seu próximo será avaliado com base no número de anos desde o Jubileu. E fará a venda com base no número de anos que restam de colheitas.

Pergunta: É dito “não engane a seu irmão…”. Qual é o significado de enganar?

Resposta: Primeiro a pessoa engana a si mesma. Se pudéssemos sentir em cada ação que fazemos que tudo é temporário e não víssemos nossas ações e relações como um componente eterno, percebendo em que medida elas são condicionais e frágeis, tudo seria muito mais fácil e simples.

Mas cada vez nós nos agarramos ao nosso desejo, a nossa opinião, ao nosso menor estado de espírito temporário, e acreditamos que essa é a coisa principal, uma vez que opera em mim num determinado momento e me preenche, e este é o meu pequeno mundo.

Mas se ao mesmo tempo eu pudesse incluir todo o mundo dentro de mim, a esfera maior, e agir em conformidade, apesar do fato de que estou sob o domínio do meu pequeno desejo, eu teria certa conta com o nível superior e certamente poderia sentir e me sintonizar de uma maneira totalmente diferente.

Uma pessoa não tem nada seu. Meu melhor estado é quando eu não sinto que meu corpo é meu, sem falar de coisas mais externas.

Eu só tenho um ponto interno e o adoro. Isso significa que eu quero anexá-lo ao Criador a partir do meu próprio lugar pessoal, aderir a minha terra, ao meu pequeno quadrado que é a combinação de todos os meus atributos internos, a combinação das linhas direita e esquerda.

É parte minha, uma pequena célula do corpo geral, e ao se conectar a ela eu volto à minha origem, ao meu lugar. Este é o estado mais perfeito, o fim de todas as correções.

No entanto, para fazer isso, eu tenho que sentir todo o corpo geral. Só então é que posso encontrar meu lugar no que diz respeito a todos os outros pontos, todos os outros pequenos quadrados como o meu, de onde a imagem do Criador é feita. Ela na verdade não existe, mas nós reunimos essa imagem ao reunir nossos desejos corrigidos numa imagem, numa forma que tem volume, e adaptando-nos um ao outro.

Se nós pudéssemos entender que este é o papel e a meta da existência de uma pessoa em nosso mundo, nós realizaríamos todas as nossas ações com uma intenção diferente. Portanto, por um lado, todas as nossas ações teriam um peso totalmente diferente, mas, por outro lado, nós os concentraríamos em alcançar o estado espiritual e eles perderiam seu significado momentâneo e adquiriam um significado eterno.

Nós renunciaríamos ao benefício momentâneo menor em prol de uma causa maior, eterna, e nos comportaríamos de uma maneira totalmente diferente, usando cada momento não para agarrar rapidamente alguma coisa, mas para dar mais um passo em direção ao nosso ponto eterno de conexão com o Criador.

Pergunta: Ao mesmo tempo, conceitos como a minha casa, o meu trabalho, o meu território, e “é necessário passar aos filhos”, desaparecem…

Resposta: Existem leis para tudo isso, as leis da Torá, que explicam cada ação que eu faço: como eu devo lavar, vestir, andar e me comunicar com as pessoas e com os animais, com tudo e todos.

É porque eu tenho que ser compatível não com o que eu quero ou o que eu imagino no momento, mas com o estado eterno perfeito que eu deveria alcançar. Embora eu realmente não saiba disso agora e não veja ou entenda, esta é a razão com pela qual me foram dadas as instruções da Torá, para que eu pudesse avançar no caminho certo que foi pré-determinado, mesmo que eu não entenda as coisas.

É como voar num avião de acordo com o que os instrumentos mostram e não ver nada além disso. Eu me concentro no objetivo de acordo com os instrumentos, em contraste com o que sinto no estado atual, o que significa que nós recebemos dois estados que orientam uma pessoa: um estado temporário e um estado eterno, e eles são considerados como o cumprimento das leis da Torá.

O problema é que eu me torno totalmente dedicado ao estado temporário e acredito que é a parte principal. Eu mergulho nele de cabeça e me perco nele. Ele simplesmente me suga.

A fim de sair, eu preciso de poderes especiais que vêm de cima, que gradualmente me tiram um pouco e me permitem decidir. Eu estou no meio, no ponto de decisão: Será que volto para a terra ou avanço para o céu?

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 13/08/14

Como Um Feixe De Juncos – Juntos Para Sempre, Parte 4

Like a Bundle of ReedsComo um Feixe de Juncos, Por que Unidade e Garantia Mútua são Urgentes Hoje, Michael Laitman, Ph.D.

Capítulo 8: Juntos Para Sempre
Unidade, Unidade e Unidade Novamente

Unidade Significa Redenção

Elias vem somente para corrigir a carência que estava presente no tempo de sua chegada. É por isso que Elias vem principalmente para resolver a disputa, pois isso certamente une e ata Israel como um, até que eles sejam dignos de redenção do exílio. É assim porque Israel não é redimido do exílio até que seja completamente como um, como se diz no Midrash, que Israel não é redimido até que seja como um.

Judah Loewe ben Bezalel (o Maharal de Praga), Inovações de Lendas, Parte 4, Masechet Matrimônio, pg. 63

É uma coisa maravilhosa que dois profetas profetizaram uma profecia muito significativa a respeito do tempo da redenção: “E Eu lhes darei um coração” (Jeremias, 32:39, Ezequiel, 11:19). Certamente, eles sabiam o que estavam profetizando; o diabo da separação do coração tem espreitado a nossa nação desde tempos imemoriais.

Avraham Kariv, Atará LeYoshná [Restaurando a Glória Antiga], “O Estado e o Espírito”, pg. 251

É também claro que o imenso esforço necessário de nós na estrada acidentada à frente exige união tão forte e sólida como o aço, de todas as facções da nação sem quaisquer exceções. Se não sairmos com fileiras unidas para as poderosas forças que se encontram no nosso caminho então estamos condenados antes de sequer termos começado.

Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam), Os Escritos do Baal HaSulam, “A Nação”, pg. 487