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Desenvolvimento Com Ou Sem A Participação Pessoal

laitman_760_5Pergunta: Qual é a diferença entre o desenvolvimento com a participação pessoal e o desenvolvimento sem a participação pessoal?

Resposta: No curso do desenvolvimento, houve mudanças pequenas e insignificantes em diferentes tipos de plantas e animais, mas nós entendemos que um cavalo e uma vaca não poderiam mudar voluntariamente exceto como resultado do ambiente ou de certas alterações genéticas. Por outro lado, pensamos que podemos nos desenvolver de acordo com a nossa iniciativa desenvolvida de geração em geração por mudanças na estrutura social, ciência e sabedoria. Graças à correta nutrição, o homem tornou-se mais alto, a sua qualidade de vida melhorou. Mesmo os resultados de nossos testes médicos mudaram. E nós assumimos que é graças aos nossos esforços.

Mas estudamos que toda a matéria é o desejo de receber. Ele faz os máximos esforços para aproximar-se da realização, e em cada situação se distancia do sofrimento em todos os lugares de forma ideal, de acordo com a perspectiva que ele vê no futuro.

Educação e ciência o influenciam, mas, na verdade, o homem escolhe por si mesmo o bem e faz esforços para escapar do mal. Portanto, nós somos totalmente gerenciados de cima pelo prazer ou sofrimento; nós estamos entre duas rédeas sem qualquer liberdade de escolha, como se a pessoa não existisse.

Nós temos progredido dessa maneira até hoje, embora sejamos orgulhosos de nossas altas conquistas, criatividade, cultura, ciência e construção. Mas tudo isso é ainda sem o envolvimento do próprio homem. O homem sempre procurou o máximo benefício nas condições interiores e exteriores que o Criador moldou para ele.

Portanto, homem costuma mudar e fazer coisas como uma criança pequena que joga com um jogo que recebeu. No entanto, além disso, o homem também desenvolveu o reconhecimento do mal. Nos níveis inanimado, vegetal e animal da natureza, ele desenvolveu uma forma instintiva, semelhante ao nível animal, e no nível do homem ele procurou o que era melhor ou pior para si.

Um animal não pensa, ele sempre sabe o que fazer. Ele recebe o reconhecimento da situação e o comando ao mesmo tempo. Não é o caso do homem. Portanto, ele deve desenvolver a ciência a fim de saber como se comportar de forma ideal em cada momento. O processo no qual nós nos desenvolvemos chama-se “em seu tempo” (Beito). E nós éramos capazes de continuar a nos desenvolver, mas nos encontramos diante de grandes problemas. Não há mais instruções de cima quanto ao que fazer, nem mais dicas para soluções instintivas. Agora, por nós mesmos, precisamos enfrentar corretamente as situações próximas, “elevando MAN (oração) e boas ações”. É por isso que precisamos de uma nova ciência que se opõe à nossa natureza, porque agora precisamos tomar isto sobre nós mesmos, além da “obra de Deus”.

Para isso precisamos receber “a parte Divina de cima”. Se o Criador não a está dando para nós, devemos exigir-Lhe que traga para baixo o software superior, e de acordo com o software nós seremos capazes de progredir. Isso significa que precisamos da alma, a parte que nos permite compreender como continuar a nossa existência em novos termos.

Seja “em seu tempo” ou “apressado” (Achishena), nós seremos obrigados a adquirir o novo software, a nova operação, a consciência, a solução e os sentimentos. Nós seremos obrigados a ser equipados com todas as forças para continuar de agora em diante numa forma independente e não de uma forma instintiva. Portanto, esta é a razão para a sabedoria da Cabalá ser revelada e nos guiar. Nós temos que entender que estamos numa nova era.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 25/04/14, Escritos do Baal HaSulam

Como Um Feixe De Juncos —Pluralmente Falando, Parte 1

Like a Bundle of ReedsComo um Feixe de Juncos, Por que Unidade e Garantia Mútua são Urgentes Hoje, Michael Laitman, Ph.D.

Capítulo 9: Pluralmente Falando

Afetando a Coesão Social Através do Ambiente Social

Perseguição e antissemitismo, ou no seu termo mais contemporâneo, Judeufobia, tem sido o destino do nosso povo (pelo menos) nos últimos dois milênios. Além disso, como temos visto ao longo do livro, o ódio aos Judeus não brota do nada. Isso está enraizado na demanda fundamental, embora geralmente inconsciente, de cada ser humano, sendo que os Judeus devem e vão conduzi-los à realização do propósito da vida: receber deleite sem limite e prazer.

Até agora nós discutimos o objetivo e o papel da nação Judaica e a razão da nossa angústia ao longo dos tempos. De agora em diante vamos discutir os princípios que precisamos seguir para alcançar nosso objetivo, que coincide com o objetivo da humanidade.

Aprender A Língua Do Criador

laitman_527Se a pessoa não sente que tudo o que acontece dentro dela e em toda a realidade vem do Criador, que é a única fonte de vida, isso se chama punição. E o sentimento de desprendimento próprio também vem do Criador e não é a vontade da pessoa. Não há nenhum castigo maior do que estar desconectado do Criador, ou seja, se esquecer que tudo vem de cima, Dele.

A pessoa deve continuamente renovar seu contato com o Criador, considerar Seus pensamentos e decidir como responder a cada apelo que vem Dele. O que acontece comigo não faz diferença. O importante é que tudo vem Dele: ambos os pensamentos negativos e positivos. Uma vez eu O abençoo e outra vez eu O amaldiçoo; uma vez eu quero me lembrar que Ele está em toda parte e outra vez não quero me lembrar que Ele existe e anseio por prazeres físicos corporais.

Mas tudo isso é enviado por Ele, e nós devemos examinar todas essas situações que são na sua maioria desagradáveis. É porque o Criador me mostra a que ponto estou imerso no meu ego superficial, baixo, enquanto eu tenho que encontrar a resposta certa e entender porque o Criador me envia tais desejos e pensamentos e porque eu quero responder do jeito que respondo e não do jeito que deveria.

Se eu trabalho assim, começo a sentir que preciso de apoio e que é impossível conseguir isso sozinho. Eu posso escapar do grupo  e conseguir por mim mesmo em minha vida corpórea, escondendo-me do Criador e sem sentimento de culpa de qualquer maneira, mas se realmente quero avançar, eu imediatamente sinto que devo esclarecer as minhas relações com Ele.

Não há ninguém no mundo com quem eu acerte minhas contas, pois Ele é a única fonte. Portanto, eu sinto que tenho que estar em um grupo, conectado ao professor, e que eu preciso de apoio.

Neste caso já estreito a conexão com os amigos e com o professor e começo a ouvir. É porque eu preciso de conselhos sobre o que fazer para estar conectado constantemente ao Criador e não esquecê-Lo, para ver corretamente que cada momento da minha vida vem Dele. Eu tenho que me lembrar que mesmo meus pensamentos triviais e meus desejos corpóreos vêm Dele. Tudo vem Dele para me empurrar para uma adesão ainda maior com Ele, à proximidade.

Esta é que deve ser a minha resposta. Isso significa que falamos a mesma língua. Ele me envia sinais diferentes e eu respondo a eles: “Eu entendo e me sintonizo cada vez mais a Você”.

Assim, eu chego mais perto do Criador e O percebo numa resolução maior e mais precisa. Eu vou começar a aprender a Sua língua. Existem muitas línguas no mundo que não nos permitem entender um ao outro. Aqui eu aprendo a língua do Criador: como Ele se vira para mim e como eu deveria responder-Lhe.

Se uma pessoa e o grupo focam-se assim, eles têm êxito muito rapidamente e atingem o contato com o Criador, porque Ele começa a nos ensinar a cada momento da nossa vida.

Toda a criação é influenciada desta forma pelo Criador e, assim, avança e fica mais perto no seu caminho de volta ao Criador. Primeiro, houve a difusão dos mundos de cima para baixo e a quebra, depois a história humana evoluiu, e agora vamos começar a subir para voltar ao mundo do Infinito.

Da Convenção na França “Um Por Todos e Todos Por Um”, 10/05/14, Lição 4

Palavras Cruzadas

O Criador cria a ocultação e nos move gradualmente através de Seus sentimentos para que possamos entender o que deve existir em vez da ocultação: que tipo de imagem do Criador deve ser descoberta ali, que tipo de imagem do doador? Este é um tipo de jogo onde cabe a nós preencher as peças que faltam e achar o que deveria estar lá para completar o quadro completo.

Eu aparentemente preencho as palavras cruzadas e coloco as letras que faltam para que a palavra apareça. No entanto, não é uma palavra aqui, mas uma imagem em particular, um pedaço da realidade da doação. Nós temos que completar esta imagem de nós mesmos.

Assim, as fases da ocultação vêm até nós. E se em vez de sentimentos ruins e discordância sobre a ocultação nós nos relacionamos com ela da forma correta, então nós percebemos a ocultação como o nosso local de trabalho. Minha tarefa é definir a forma de doação, o mundo correto, e as relações corretas que devem existir naquele lugar onde, no momento, não vejo nada, não tenho sentidos ou entendimento, sem qualquer sentimento ou gosto.

Como eu completaria esse quadro, se em vez do Criador eu fosse o doador e tivesse Suas propriedades? Se uma pessoa se relaciona de forma criativa com estados de ocultação como este, em seguida, através disso ela desenvolve MAN em si mesma, um pedido para que o Criador seja revelado especificamente nessa forma. Isso significa, “Torne o seu desejo como o desejo Dele” (Pirkei Avot 2:4). Desta forma, nós nos desenvolvemos e construímos em nós a imagem do Criador (Bore), o “Venha e veja” (Bo-Re) que é revelado em nossos desejos.

Assim está escrito: “Meus filhos Me venceram” (Baba Metzia 59b); nós nos tornamos parceiros do Criador. Apenas meio-shekel é exigido de nós, que é a oração, MAN, a forma de doação, a forma de relacionamentos entre nós e o Criador que queremos descobrir em vez da ocultação. Se nós nos aproximarmos mais ou menos da forma correta, ela será revelada.

E se não nos aproximamos dela, correções agem sobre nós de Cima que são projetadas para nos ajudar a descobrir a forma que se destina a ser revelada dentro da ocultação. O Criador realiza todos os tipos de pequenos exercícios em nós, nos dá pistas, usa muitos meios que Ele tem na loja, e, finalmente, nos leva à descoberta dentro da ocultação da forma apropriada de revelação, e nós pedimos por ela.

Nós entendemos que a forma de revelação é dirigida à conexão, boas atitudes, e nós procuramos agora que tal fragmento seja revelado em vez da ocultação. Será precisamente a mesma peça de desejo que falta para se parecer ao Criador que agora vai começar a ser revelada e nos doar cada vez mais. Esta é a nossa forma de trabalhar.

Isso é chamado de: “Rogo-Te que me mostres a Tua glória” (Êxodo 33:18), que possibilitará ver apenas através de um desejo preparado que eu dirijo precisamente a esta frequência, as mesmas cores, a mesma forma, em todos os sentidos, onde é possível descobri-Lo, em dez características, as dez Sefirot.

Se nosso desejo está pronto e dirigido as dez Sefirot do Criador, então Ele nos é revelado. A Luz Superior aparece dentro de nossas características internas, porque nós Lhe rogamos para corrigi-las. Segue-se que nós mesmos criamos o Criador.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 02/05/14, Escritos do Rabash

Liberdade Completa!

Dr. Michael LaitmanO Livro do Zohar, “Bahar” (no Monte Sinai), artigo 85: …”E Ele me disse, ‘Tu és Meu servo, Israel, por quem hei de ser glorificado’”. “E Ele me disse, ‘Tu és Meu servo’ é o grau de escravo, a linha esquerda, Malchut. “Israel” é o grau do filho, a linha direita, ZA. Quando eles são incluídos como um, porque está escrito: “Em quem hei de ser glorificado””.

As duas linhas: a esquerda, o nível do escravo (Malchut), e a direita, o nível do filho (Israel), devem ser unidas e glorificadas, o que significa ser reveladas.

Por um lado, nós temos que nos submeter totalmente e nos escravizar ao governo superior. Nós podemos dizer, é claro, que agora Ele nos governa e que estamos totalmente escravizados a Ele e que não podemos fazer nada sem Ele, mas este é o atributo de um mau escravo.

A linha esquerda tem que ser leal ao seu mestre, afirmando: “Eu quero ser seu escravo. Eu quero que Ele me governe internamente através dos desejos sobre os quais não tenho controle”. Esta é a minha liberdade. A minha liberdade é escolher permanecer sob o domínio do Mestre ou deixá-Lo. Eu escolho o Seu domínio porque não posso me sentir mais livre do que quando estou sob Seu governo.

Mais tarde, quando eu subo ainda mais, o nível do escravo entra para o nível do filho. A diferença entre o nível do escravo e o nível do filho é que eu faço tudo o que meu Pai deseja e não o meu Mestre. Agora eu quero realizar todas as suas ações de forma consciente, mesmo que Ele não me obrigue a fazê-lo. E mesmo que Ele não sabia sobre isso, aqui eu trabalho sem conexão com Ele, e sou como Ele.

Esses dois estados devem ser claramente sentidos por uma pessoa e, assim, o terceiro estado aparece entre eles, a linha do meio, quando eu não sou nem escravo nem filho. A linha do meio não existe na natureza. Ela é criada e aparece na conexão entre as linhas direita e esquerda, dando a pessoa uma sensação de liberdade completa. É como estar num vácuo, onde a primeira condição do escravo não funciona ou não tem qualquer impacto sobre mim, e o mesmo ocorre com a segunda condição do filho.

Eu posso me desconectar totalmente de qualquer conexão com o Criador e ser independente em todas as minhas ações, desejos e pensamentos. Liberdade total!

É disso que trata o pensamento da criação, que está levando a pessoa à sensação de liberdade que leva à sua escolha do estado para estar onde o Criador existe e ansiar por Ele. Se eu anseio por que isso em 10%, 15%, ou 20%, eu gradualmente me transformo nessa imagem exata, a mesma réplica, e, nessa medida, eu sou chamado de Adam, um ser humano.

Eu me desconecto do Criador na linha do meio, porque caso contrário não tenho livre-arbítrio. Esta não é uma ilusão de liberdade. Eu preciso sentir que estou totalmente livre. Além disso, esse sentimento vem de encontro a uma cacofonia de todos os tipos de desejos, anseios e tentações egoístas. O orgulho, a inveja, o desejo de fazer o que quiser, e de ser o mestre do universo crescem numa pessoa.

Imagine que você está imerso em água e na superfície, em vez de água transparente, o fundo turvo de repente sobe, e é todo seu, as ondas de seus pensamentos e desejos egoístas. Na verdade, é sobre este pano de fundo que você começa a fazer um ser humano de si mesmo.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 18/06/14

O Computador Aprendeu A Entender As Pessoas

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (do The Telegraph): “Os computadores podem determinar a sua personalidade melhor do que seus amigos, apenas através da análise das mensagens que você tenha ‘gostado’ (‘likes’) no Facebook, mostrou um estudo da Universidade Cambridge”.

“Agora, através da análise de escores de personalidades auto-relatadas, pelo que são conhecidos como os ‘cinco grandes’ traços psicológicos – abertura, conscienciosidade, extroversão, afabilidade, e neuroticismo -, os pequisadores criaram um algoritmo que pode prever com precisão as personalidades simplesmente com base em interações no Facebook”.

“E, surpreendentemente, ele sabe o seu caráter melhor do que seus amigos mais próximos”.

“A equipe descobriu que o seu software foi capaz de prever a personalidade de um participante do estudo com mais precisão do que um colega de trabalho, analisando apenas 10 ‘likes’”.

“Dados suficientes ‘likes’, o software combinou os traços de personalidade auto-relatada das pessoas mais perto do que os membros da família”. …

“Mas os pesquisadores compartilham as preocupações daqueles que temem um futuro distópico no qual os nossos traços e hábitos tornam-se um ‘livro aberto’ para que os computadores leiam”.

Meu Comentário: Tudo é simples no ser humano, porque ele é feito de apenas um desejo a ser realizado (satisfazer a si mesmo, desfrutar). É possível criar a imagem desse desejo por vários (testes) “likes”. Assim, todas as outras ações da pessoa poderiam ser previstas com precisão.

Tendo criado tal imagem, nós já sabemos quais serão as respostas da pessoa quando você se dirigir a ela. Agora, você só precisa escrever um programa para controlar a pessoa, porque um robô totalmente controlado está diante de você!

De Um Jubileu Para Outro

Dr. Michael LaitmanUm novo ciclo de venda da terra começa depois do jubileu. Eu posso vendê-la para alguém por 10 anos, a outra pessoa por 20 anos, e assim por diante, até o ano do jubileu, quando a terra mais uma vez torna-se minha.

Eu não posso vendê-la novamente, visto que esta terra não pode ser propriedade de outra pessoa até o ano do jubileu. O indivíduo sente que é um estranho, um estrangeiro na terra e que a terra não é sua, mas pertence ao Criador que estava apenas alugando-a a ele. A razão é que a terra simboliza nosso desejo.

Pergunta: O que significa isso num nível mais interno de entendimento? Como eu posso vender o meu desejo?

Resposta: Você pode fazer o que quiser com ele, a fim de obter a colheita correta dele, mas você deve saber que, no final, você tem que devolver o desejo corrigido ao Criador sob a forma de doação. O jubileu simboliza a compatibilidade completa com o Criador. O jubileu é comum e compartilhado por toda a nação. Todo mundo sabe sobre ele; você não pode enganar ninguém, e não há necessidade de apresentar quaisquer documentos. É assim que a contagem da terra sempre foi feita: de um jubileu para outro e no momento em que tudo volta ao início.

Comentário: Isto é sentido como um ponto muito profundo, e tudo é muito complicado. Nós, que existimos nessa dimensão, achamos difícil de entender.

Resposta: Se você está conectado ao Criador, à força geral da natureza, e sabe que está subordinado a ele, nada é complicado ou difícil.

Hoje nós começamos a sentir de forma bem acentuada que somos governados pela natureza e que não temos escolha. Nós não controlamos as coisas e todas as nossas noções ingênuas de que somos os mestres da natureza e que podemos ter tudo o que queremos dela à força estão desaparecendo gradualmente.

Nós somos como crianças pequenas que, sem a mãe e o pai, começam a perceber que foram deixadas sozinhas numa caixa de areia gigante sem saber o que fazer a seguir e que a corrompemos a tal ponto que brincar nela é impossível. Todos os jogos de crianças acabaram; é hora de crescer.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 13/08/14

À Terra Ou Ao Céu…

Laitman_712_03A Torá, “Levítico”, 25:14 – 25:15: Se vocês venderem alguma propriedade ao seu próximo ou se comprarem alguma propriedade dele, não engane o seu irmão.

O que comprarem do seu próximo será avaliado com base no número de anos desde o Jubileu. E fará a venda com base no número de anos que restam de colheitas.

Pergunta: É dito “não engane a seu irmão…”. Qual é o significado de enganar?

Resposta: Primeiro a pessoa engana a si mesma. Se pudéssemos sentir em cada ação que fazemos que tudo é temporário e não víssemos nossas ações e relações como um componente eterno, percebendo em que medida elas são condicionais e frágeis, tudo seria muito mais fácil e simples.

Mas cada vez nós nos agarramos ao nosso desejo, a nossa opinião, ao nosso menor estado de espírito temporário, e acreditamos que essa é a coisa principal, uma vez que opera em mim num determinado momento e me preenche, e este é o meu pequeno mundo.

Mas se ao mesmo tempo eu pudesse incluir todo o mundo dentro de mim, a esfera maior, e agir em conformidade, apesar do fato de que estou sob o domínio do meu pequeno desejo, eu teria certa conta com o nível superior e certamente poderia sentir e me sintonizar de uma maneira totalmente diferente.

Uma pessoa não tem nada seu. Meu melhor estado é quando eu não sinto que meu corpo é meu, sem falar de coisas mais externas.

Eu só tenho um ponto interno e o adoro. Isso significa que eu quero anexá-lo ao Criador a partir do meu próprio lugar pessoal, aderir a minha terra, ao meu pequeno quadrado que é a combinação de todos os meus atributos internos, a combinação das linhas direita e esquerda.

É parte minha, uma pequena célula do corpo geral, e ao se conectar a ela eu volto à minha origem, ao meu lugar. Este é o estado mais perfeito, o fim de todas as correções.

No entanto, para fazer isso, eu tenho que sentir todo o corpo geral. Só então é que posso encontrar meu lugar no que diz respeito a todos os outros pontos, todos os outros pequenos quadrados como o meu, de onde a imagem do Criador é feita. Ela na verdade não existe, mas nós reunimos essa imagem ao reunir nossos desejos corrigidos numa imagem, numa forma que tem volume, e adaptando-nos um ao outro.

Se nós pudéssemos entender que este é o papel e a meta da existência de uma pessoa em nosso mundo, nós realizaríamos todas as nossas ações com uma intenção diferente. Portanto, por um lado, todas as nossas ações teriam um peso totalmente diferente, mas, por outro lado, nós os concentraríamos em alcançar o estado espiritual e eles perderiam seu significado momentâneo e adquiriam um significado eterno.

Nós renunciaríamos ao benefício momentâneo menor em prol de uma causa maior, eterna, e nos comportaríamos de uma maneira totalmente diferente, usando cada momento não para agarrar rapidamente alguma coisa, mas para dar mais um passo em direção ao nosso ponto eterno de conexão com o Criador.

Pergunta: Ao mesmo tempo, conceitos como a minha casa, o meu trabalho, o meu território, e “é necessário passar aos filhos”, desaparecem…

Resposta: Existem leis para tudo isso, as leis da Torá, que explicam cada ação que eu faço: como eu devo lavar, vestir, andar e me comunicar com as pessoas e com os animais, com tudo e todos.

É porque eu tenho que ser compatível não com o que eu quero ou o que eu imagino no momento, mas com o estado eterno perfeito que eu deveria alcançar. Embora eu realmente não saiba disso agora e não veja ou entenda, esta é a razão com pela qual me foram dadas as instruções da Torá, para que eu pudesse avançar no caminho certo que foi pré-determinado, mesmo que eu não entenda as coisas.

É como voar num avião de acordo com o que os instrumentos mostram e não ver nada além disso. Eu me concentro no objetivo de acordo com os instrumentos, em contraste com o que sinto no estado atual, o que significa que nós recebemos dois estados que orientam uma pessoa: um estado temporário e um estado eterno, e eles são considerados como o cumprimento das leis da Torá.

O problema é que eu me torno totalmente dedicado ao estado temporário e acredito que é a parte principal. Eu mergulho nele de cabeça e me perco nele. Ele simplesmente me suga.

A fim de sair, eu preciso de poderes especiais que vêm de cima, que gradualmente me tiram um pouco e me permitem decidir. Eu estou no meio, no ponto de decisão: Será que volto para a terra ou avanço para o céu?

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 13/08/14

Como Um Feixe De Juncos – Juntos Para Sempre, Parte 4

Like a Bundle of ReedsComo um Feixe de Juncos, Por que Unidade e Garantia Mútua são Urgentes Hoje, Michael Laitman, Ph.D.

Capítulo 8: Juntos Para Sempre
Unidade, Unidade e Unidade Novamente

Unidade Significa Redenção

Elias vem somente para corrigir a carência que estava presente no tempo de sua chegada. É por isso que Elias vem principalmente para resolver a disputa, pois isso certamente une e ata Israel como um, até que eles sejam dignos de redenção do exílio. É assim porque Israel não é redimido do exílio até que seja completamente como um, como se diz no Midrash, que Israel não é redimido até que seja como um.

Judah Loewe ben Bezalel (o Maharal de Praga), Inovações de Lendas, Parte 4, Masechet Matrimônio, pg. 63

É uma coisa maravilhosa que dois profetas profetizaram uma profecia muito significativa a respeito do tempo da redenção: “E Eu lhes darei um coração” (Jeremias, 32:39, Ezequiel, 11:19). Certamente, eles sabiam o que estavam profetizando; o diabo da separação do coração tem espreitado a nossa nação desde tempos imemoriais.

Avraham Kariv, Atará LeYoshná [Restaurando a Glória Antiga], “O Estado e o Espírito”, pg. 251

É também claro que o imenso esforço necessário de nós na estrada acidentada à frente exige união tão forte e sólida como o aço, de todas as facções da nação sem quaisquer exceções. Se não sairmos com fileiras unidas para as poderosas forças que se encontram no nosso caminho então estamos condenados antes de sequer termos começado.

Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam), Os Escritos do Baal HaSulam, “A Nação”, pg. 487

Onde Está Minha Riqueza Espiritual?

laitman_528_04Pergunta: No mundo físico uma pessoa rica tem uma grande fortuna. O que eu recebo da espiritualidade? Eu recebo os amigos?

Resposta: Sua riqueza espiritual é determinada de acordo com o quanto você pode satisfazer os outros. Isto é o que se chama “comprar” dos amigos.

Sua compra permanece fora de você. Mas você também sai de si mesmo. O seu desejo de doar a eles é chamado de seu Kli espiritual. E o que você atrai através deste Kli, ao satisfazer os amigos, é chamado de Luz. Você se move totalmente para fora. E isso é chamado de sua aquisição espiritual. O Kli espiritual não se encontra dentro de você.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 25/03/14, Escritos do Baal HaSulam