Pessach – O Nível Do Êxodo Do Egito

Dr. Michael LaitmanA Torá, “Levítico”, 23:4-23:8: Estas são as festas fixas do Senhor, as reuniões sagradas que vocês proclamarão no tempo devido: a Pessach (Páscoa) do Senhor começa no entardecer do décimo quarto dia do primeiro mês. No décimo quinto dia daquele mês começa a festa do Senhor, a festa dos pães sem fermento; durante sete dias vocês comerão pães sem fermento. No primeiro dia façam uma reunião sagrada e não realizem trabalho algum. Durante sete dias apresentem ao Senhor ofertas preparadas no fogo. E no sétimo dia façam uma reunião sagrada e não realizem trabalho algum.

Pergunta: Por que é proibido trabalhar no primeiro e no último dia de Pessach (Páscoa)?

Resposta: É porque nós distinguimos dois estados no trabalho espiritual: o despertar de baixo e o despertar do Cima.

Durante o despertar de baixo nós evocamos a cooperação entre a Luz e o vaso pelo nosso anseio. A Luz corrige o vaso e lhe dá a intenção correta. Durante o despertar de Cima, este trabalho é cumprido de Cima, mas só porque nós criamos todas as condições adequadas para isso com antecedência.

Nós nos esforçamos, criando assim as condições adequadas para o primeiro e último dia do feriado, visto que a semana de Pessach deve ser fechada em suas extremidades por estados em que não fazemos nada, pois a Luz superior faz todo o trabalho. O primeiro dia do feriado é o começo do êxodo do Egito. O último dia é o fim do êxodo que o sela.

É importante dizer que as nações do mundo têm diferentes calendários. O calendário cristão é baseado no movimento do sol. O calendário muçulmano é baseado no movimento da lua. Enquanto que o calendário judaico leva em conta o movimento do sol, da lua e da terra, visto que a Terra é o objeto central entre o sol e a lua.

Por um lado, nós levamos em consideração o ano, o que significa a revolução da Terra em torno do sol, e, por outro lado, levamos em consideração o mês, a revolução da Lua ao redor da Terra, e comparamos os dois. Assim, o calendário judaico não muda, e, por exemplo, nós podemos calcular com antecedência que dia da semana será o primeiro dia de Pessach daqui a 35 anos.

Além disso, com base na comparação entre o movimento do sol, da Terra e da lua, nós podemos dizer que Pessach não pode ser em certos dias do mês. Isto significa que tudo está relacionado com a precisão do sistema astrológico geral.

Pergunta: A Torá refere-se várias vezes às assembleias sagradas. Por que nós temos que nos reunir em Pessach?

Resposta: Assembleias sagradas durante Pessach são a coisa mais importante para a nação de Israel, uma vez que é, na verdade, graças ao seu desejo de se unir que eles precisam sair do Egito.

A união de uma pessoa com um grupo de pessoas, com uma sociedade, com uma nação, ou com o mundo inteiro representa, na verdade, diferentes níveis do êxodo do Egito (do ego). Quando nós atingimos a força da unidade, ocorre certa tensão, esse êxodo, o desapego do ego.

Ele está sempre entre nós, separando-nos e fazendo-nos sentir repulsa mútua. Se começarmos a comprimir e condensá-lo, tentarmos unir e conectar um ao outro, então a saída do ego começa no momento em que atingimos a unidade pela primeira vez.

No primeiro dia de Pessach (o êxodo do Egito) nós começamos a estreitar essa conexão. Depois, nós trabalhamos com ela durante a semana e nos unimos totalmente no último dia do êxodo do Egito. A partir desse momento nós somos uma nação unida.

Mas, enquanto isso, as pessoas não entendem o que devem fazer, embora haja uma direção que estimule o desejo de escapar do ego. Mas é apenas um instinto animalesco sem o conhecimento adequado. As pessoas vão adquirir o reconhecimento quando se reunirem na base do Monte Sinai.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 28/05/14