Michael Laitman, no The Times of Israel: “Estrada Violenta? Envergonhe-os”

Nos últimos dois anos, houve um aumento de 20% nos incidentes violentos nas estradas de Israel. Há alguns dias, um casal que atravessava a rua na faixa de pedestres quase foi atropelado por uma motoneta. Quando eles confrontaram o motorista, ele esfaqueou o homem que o confrontou e saiu dirigindo casualmente, deixando o homem esfaqueado para morrer.

Alguns dias antes, um motociclista não gostou do comentário de um motorista de carro e o deixou inconsciente com o capacete. Em outro incidente recente, um motorista ameaçou outro motorista com uma faca, mas resolveu cortar “apenas” os pneus do outro carro.

A onda de incidentes violentos não é algo que um pequeno país como Israel está acostumado a ver. Na minha opinião, a melhor solução para este problema é a exposição pública e a vergonha.

Nada é mais eficaz do que ferir o orgulho de alguém. O motorista da scooter que matou o homem não mostrou nenhum sinal de remorso quando foi preso. Mas se ele soubesse que a sociedade iria excomungá-lo se ele fizesse isso, que ele não conseguiria encontrar um emprego, criar uma família ou ter amigos porque as pessoas não o queriam por perto, ele teria pensado dez vezes antes de reagir tão brutalmente.

A luz solar é o melhor desinfetante para a contaminação. Da mesma forma, a exposição é o melhor limpador para os erros das pessoas. A identidade de tais criminosos deve ser conhecida por todos, incluindo os detalhes de seus crimes, e eles devem ser severamente punidos e desonrados.

Além da humilhação, o governo e todas as autoridades devem ter tolerância zero com agressores assassinos. É preciso haver um esforço consolidado e intransigente para coibir esse comportamento, e a opinião pública deve apoiar essa política.

A raiva na estrada pode afetar qualquer pessoa. Especialmente hoje, quando as pessoas estão ficando cada vez mais narcisistas e se sentem cada vez mais autorizadas, é mais provável que se tornem violentas sem motivo aparente. Por isso, acredito que somente uma motivação poderosa que toque os interesses mais egoístas das pessoas pode impedi-las de colocar em risco outros usuários da via.

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A garantia mútua é a interligação de todos em todos a ponto de ser impossível fazer o menor movimento independentemente dos outros. Qualquer movimento é transmitido a todos, depende de todos e é executado por todos juntos.

Assim, devido a ações separadas e discretas, chegamos a um movimento integral e indissolúvel de todo o sistema. Isso é garantia mútua.

A garantia mútua é nosso objetivo querido, um farol orientador, para o qual estamos constantemente nos movendo com a ajuda de ações para nos unir na dezena e ações para nos anularmos diante de nossos amigos. O objetivo de todas essas ações é nos levar finalmente a uma unidade na qual todos não existam separadamente. Nós nos dissolvemos uns nos outros a tal ponto que nos transformamos em um líquido homogêneo no qual nem uma única gota difere da outra, mas todas se fundem em uma grande gota.

A garantia mútua significa que chegamos a tal poder de conexão que não me separo mais dos outros porque estamos nos tornando uma pessoa novamente. Além disso, uma pessoa após essa correção não é mais o Adão que era antes da quebra.

Esse Adão original consistia em diferentes partes: cabeça, corpo, pernas (Rosh – Toch – Sof), partes masculinas e femininas. Após a correção, é Adão, como (Domeh) o Criador, porque não há divisão em Rosh – Toch – Sof, nenhuma divisão em nenhuma parte, mas ele é como um todo.

Quando queremos alcançar tal conexão entre amigos, descobrimos que é impossível realizar uma garantia mútua entre nós sem o Criador. Então nos voltamos a Ele e O obrigamos a se tornar o fiador de nossa garantia mútua.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabala 11/11/22, “Arvut no Caminho para Lishma”

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Do ponto de vista da apresentação analógico-digital da informação e suas sensações, quatro linguagens são utilizadas na Cabalá.

A linguagem na qual a Torá é descrita é cotidiana, narrativa e literária. A linguagem do Zohar é descritiva com dicas, todos os tipos de lendas e exemplos que às vezes estão distantes da vida. A linguagem do Talmude é uma linguagem legal. A linguagem da Cabalá é uma linguagem matemática; eu diria que é física e matemática.

Essas quatro linguagens nos dão, em geral, quatro estilos de descrever os mesmos eventos na alma de uma pessoa. Todas elas se complementam. Para nossa geração, a melhor é a última linguagem, a Cabalística.

Todas as linguagens descrevem a mesma coisa: graus dos estados que você deve reproduzir em si mesmo e sentir sensorialmente de forma analógica, e assim avançar passo a passo.

Ainda assim, a percepção científica, ou seja, O Estudo das Dez Sefirot, é a que está mais próxima de nós. Foi desenvolvida principalmente no século XVI pelo Ari. Depois Baal HaSulam a complementou e adaptou para nossa geração. Portanto, para nós é o sistema de apresentação e aplicação mais confiável.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. As Línguas do Zohar, Talmude e Torá”, 16/10/13

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Comentário: Você disse que as artes marciais compensam a falta de egoísmo.

Minha Resposta: Não, eu estava falando de outra coisa, da generosidade da força. Uma pessoa forte que não precisa se defender o tempo todo pode ser generosa.

Ao lado de uma pessoa muito forte, posso até estar fazendo bullying com ela, sei que ela não vai me quebrar. Afinal, nós dois entendemos como sou fraco em relação a ela e, portanto, posso estar em pé de igualdade com ela, ou até mesmo intimidá-la um pouco, como uma criança com um adulto.

Se realmente existe uma clara diferença entre nós, é compreensível que ambos reconheçamos o quanto ela é mais forte do que eu. Portanto, a força, não necessariamente física, mas a força de qualquer tipo, a superioridade de uma sobre a outra, permite que uma pessoa seja magnânima.

É verdade que hoje não é mais assim. Mas, em princípio, pessoas fortes, saudáveis e poderosas por natureza, em geral, são generosas. É natural. No entanto, se elas apenas bombeassem seus músculos, sua essência maligna permaneceria nelas.

Essa é uma grande diferença entre uma pessoa naturalmente forte como Ivan Poddubny (um famoso lutador russo) e um atleta moderno que não tem generosidade interior. É como dar uma arma a um homem mau, dar-lhe poder, inflá-lo e agora ele usa isso.

Em todos os tipos de competições, batalhas ou duelos, sempre houve certos códigos sobre como se comportar com o inimigo. Eles enfatizavam o caráter especial de uma pessoa, ou seja, sua generosidade ao lado da força.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Fortaleza” 09/11/13

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Pergunta: Você tem uma identificação pessoal?

Resposta: Não, estou tentando ser uma máquina, um robô, isto é, direcionar todos os meus desejos, pensamentos e objetivos tanto quanto possível de modo a funcionar em prol dos desejos de correção dos outros.

Comentário: Mas, ao mesmo tempo, por muito tempo você foi um grande egoísta que se desenvolveu ao longo da vida.

Minha Resposta: agora sou um egoísta ainda maior, francamente falando.

Pergunta: Mas mesmo assim, durante toda a sua vida você se identificou de alguma forma como Michael Laitman. Você não poderia se tornar assim imediatamente, poderia?

Resposta: Não, claro que não! Tal coisa acontece depois de vinte anos.

Conheci a Cabalá em 1976 e, desde então, praticamente não me afastei dela. Fiz tudo o que era necessário para me sustentar, mas, em geral, atuei em tudo apenas para encontrar um professor, aprender e me desenvolver ainda mais. Esse é o movimento de dentro.

Pergunta: Em que ponto você começou a se identificar com o mundo inteiro?

Resposta: No início dos anos 80, conversei com o Rabash sobre o fato de que, como escreveu o Baal HaSulam, o mundo de 1995 será completamente diferente. Antes disso, conversei com ele sobre o sonho do Baal HaSulam de criar uma comuna, algo onde as pessoas trabalhariam juntas, se sustentariam e se envolveriam na Cabalá e, mais importante, no trabalho interno entre si. Conversamos um pouco sobre esses temas, mas era tudo fantasia, utópico.

Então o mundo realmente começou a mudar dramaticamente, especialmente depois que o Rabash faleceu. Ele deixou este mundo, e o mundo se tornou completamente diferente. Não para mim; eu ainda tinha o mesmo contato espiritual com ele, ainda mais forte.

Pergunta: Como é possível que um Cabalista morra e o mundo mude dramaticamente?

Resposta: A presença de um Cabalista no nível corpóreo significa muito. Embora a energia espiritual não tenha nada a ver com todos os tipos de objetos em nosso mundo, ela ainda é de grande importância.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Como um Cabalista Morre?”, 16/11/13

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Todos os problemas e angústias neste mundo são o resultado da revelação da falta de garantia mútua (Arvut), que está aumentando. Portanto, precisamos que nosso comportamento seja correto, para retornar até mesmo à nossa conexão material comum e garantia mútua.

Todas as doenças são causadas por violações da lei de garantia mútua no nível biológico, zoológico, botânico ou social.

Existem muitos níveis de cumprimento da lei da garantia mútua, mas o mais alto é o ama ao próximo como a si mesmo. Na forma física e química, as substâncias se unem e, em níveis superiores, os pensamentos e desejos das pessoas se unem. Nesse sistema perfeito, que é o universo, todas as galáxias estão conectadas entre si, ou seja, tudo depende de garantia mútua.

A pirâmide da garantia mútua inclui o nível inanimado em sua base, depois o vegetativo, o animado e, acima de tudo, o humano. Se nós, acima de toda a natureza, no topo da pirâmide, cumprirmos a condição de garantia mútua (Arvut) em nossos desejos e pensamentos, em nossa mente e coração, isso afetará todos os níveis abaixo de nós. Isso acalmará toda a natureza e a trará de volta à sua forma integral.

A natureza começará a se comportar de acordo com a lei da garantia mútua entre todas as suas partes em todas as esferas. Então, é claro, não teremos nenhum problema de saúde na família, na sociedade humana ou mesmo no meio ambiente.

Não é possível consertar o meio ambiente queimando menos petróleo ou tomando outras medidas de proteção, mas apenas implementando a lei da garantia mútua no topo da pirâmide onde estamos. Ao fazer isso, obrigaremos toda a natureza abaixo de nós a retornar ao equilíbrio, reciprocidade e harmonia.

A ação das forças físicas ou a interação das substâncias químicas de acordo com suas valências, de acordo com o número de elétrons ao redor do átomo, que se unem e constroem novas substâncias – tudo isso são as leis da garantia mútua, que se revelam em diferentes formas. Todas as leis da natureza são manifestações de uma lei global.

Mesmo as leis das relações humanas, da psicologia e da vida social fazem parte de uma explicação detalhada da mesma lei global de garantia mútua, que devemos cumprir em sua totalidade para revelar nossa conexão com o Criador dentro dessa lei. Ao fazer isso, acrescentamos nossa parte ao Criador, e Ele acrescenta a Dele a nós, e alcançamos o estado de “Ele e Seu Nome são um”.

Da Lição Diária de Cabalá 21/08/20, Escritos do Baal HaSulam, “O Arvut (Garantia Mútua)”

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Michael Laitman, no Quora: “Por Que Há Violência Em Israel Agora?”

Um de meus alunos recentemente me perguntou sobre o aumento da violência entre os judeus em Israel após o trágico assassinato de Yoel Lhanghal, de 18 anos, por um grupo de jovens em uma festa de aniversário na cidade de Kiryat Shmona, no norte de Israel.

Na verdade, estamos indo em uma direção negativa, em direção a um estado chamado “o reconhecimento do mal”, ou seja, o reconhecimento de que nosso ego está por trás das várias tragédias e infortúnios que experimentamos.

O ego queima dentro de cada um de nós e está crescendo. Está nos tornando intolerantes com qualquer um que seja um pouco diferente de nós. É assim que deve ser, porque é uma lei da natureza que nos tornemos cada vez mais opostos à qualidade altruísta da natureza até que ganhemos consciência do que realmente somos – egoístas – fiquemos doentes de como hospedamos essa qualidade egoísta negativa dentro de nós (o “reconhecimento do mal”), e desenvolver um desejo sincero de mudar a nós mesmos. No entanto, nesse meio tempo, não estamos fazendo nada para uma transição positiva e, assim, de um dia para o outro, nos tornamos cada vez mais maus.

Em relação ao assassinato de Yoel, seu pai disse: “Como um judeu pode matar outro judeu?” Chegamos a tal estado porque não queremos nos educar sobre nossa natureza egoísta e como transformá-la em seu oposto positivo. Em suma, não queremos nos tornar boas pessoas uns com os outros.

Por quê? Porque rejeitamos qualquer coisa que vá contra a nossa natureza egoísta. Nossa natureza é um grande ego, que deseja desfrutar às custas dos outros, e está escrito sobre nossa natureza que é uma “inclinação do mal”. Foi-nos dada de propósito para que pudéssemos superá-la.

Podemos superar nosso ego trabalhando uns com os outros no desenvolvimento de relações de amor, doação e conexão positiva. Desenvolver relações de amor, doação e conexão positiva significa que primeiro precisamos entender que somos interdependentes e que não podemos existir um sem o outro, embora atualmente nos odiemos. E o ponto de transição é o reconhecimento do mal: que reconhecemos que somos os malfeitores do mundo e que o bem-estar do mundo – a mudança da humanidade para uma direção positiva – depende de nós.

Embora as forças egoístas e altruístas sejam opostas, podemos fazer a mudança do ódio para o amor se desenvolvermos o desejo de que isso aconteça. Como tal, há uma boa razão para o aumento do antissemitismo em todo o mundo. Mais e mais pessoas sentem que os judeus são responsáveis por várias formas de sofrimento que proliferam por toda a humanidade.

O que nos falta é um desejo e um método de como melhorar a situação. Ninguém quer que as coisas fiquem ruins, mas temos que saber que depende de nós. Além disso, devemos conhecer o método para mudar de uma direção cada vez mais negativa para uma positiva.

Por meio da educação sobre a nossa natureza e o que é necessário para mudá-la, precisamos primeiro chegar a um acordo de que o mal reside dentro de nós, na maneira como tratamos uns aos outros, nossos irmãos judeus. Se mudarmos nossa atitude uns para com os outros de negativa para positiva, veremos como a atitude cada vez mais negativa da humanidade em relação a nós também mudará. Em seu lugar, veremos que todos nos tratarão de maneira favorável e respeitosa. Descobriremos também que não precisaremos discutir como fazer as pazes com nossos vizinhos, porque todas as peças se encaixarão: mais e mais pessoas sentirão uma força positiva iluminando o povo de Israel e desejarão apoiar a conexão positiva que desenvolvemos uns com os outros acima do ego crescente.

Baseado no vídeo “Como um judeu pode matar outro judeu?” com o Cabalista Dr. Michael Laitman e Oren Levi. Escrito/editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman.

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