Saiba que toda a questão da inovação que o Criador inovou com esta criação… aplica-se apenas à forma do desejo de desfrutar impresso em cada ser criado. Nada mais foi inovado na criação… (Baal HaSulam, O Estudo das Dez Sefirot, Parte 1, “Observação Interna”, Capítulo 4, Item 18).

Pergunta: O que significa essa inovação que se aplica à forma do desejo de desfrutar?

Resposta: A inovação é o desejo de desfrutar, que aparece, desenvolve e determina todos os seres criados em todas as suas formas.

Pergunta: O que significa a partir da ausência? Significa que o Criador não tem esse desejo?

Resposta: A partir da ausência significa que não havia tal desejo antes. O ato do aparecimento do desejo a partir da ausência é o ato do Criador. Além disso, não há nada de novo em todo o universo.

Pergunta: Isso significa que Ele criou um desejo de desfrutar que não existia antes?

Resposta: Sim, esta é a ação do Criador. Tudo o mais segue o mesmo princípio.

De KabTV, “O Estudo das Dez Sefirot (TES)“, 04/12/22

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Pergunta: Digamos que uma pessoa esteja constantemente em dúvida, tentando usar a intuição sem entender completamente do que se trata. Como você a aconselharia a tomar decisões de um estado harmonioso, não de desequilíbrio quando ela não tem certeza do que é certo ou errado, mas de um ponto de equilíbrio?

Como podemos tomar decisões de um estado simples para fazer etapas adicionais?

Resposta: Se uma pessoa busca a harmonia a partir de um estado simples, geralmente consegue isso rebaixando suas ações: movendo-se menos, pensando menos, preocupando-se menos, ouvindo menos, vendo menos, e assim por diante. O melhor é tomar um comprimido para dormir e adormecer.

Ou seja, não temos harmonia, mas procuramos alcançá-la equilibrando corretamente as forças que atuam sobre nós. Chamamos isso de harmonia, embora não seja harmonia, mas neutralização mútua de estímulos.

Pergunta: Então, equilíbrio e harmonia não são a mesma coisa?

Resposta: Não. O fato é que devemos entender como nos restringir para não perder a harmonia alcançada e não cair no desequilíbrio.

Comentário: Quando penso nisso, sempre me lembro do exemplo de um equilibrista. Parece que ele está caminhando na corda e cada passo deve ser equilibrado ou ele cairá. Ao mesmo tempo, não é um estado harmonioso, mas um esforço constante e um controle constante a cada momento.

Minha Resposta: Bem, podemos dizer que este é o equilíbrio certo, a harmonia certa. Ainda assim, a pessoa deve considerar constantemente possíveis resultados futuros em seu inconsciente e provar a si mesma que eles sempre podem ser equilibrados.

Pergunta: O que falta ao equilíbrio para se tornar harmonia? Algo precisa ser adicionado?

Resposta: Conhecimento do futuro, das forças que a afetam, de suas capacidades e do mundo ao seu redor. Tudo isso pode levar muito longe.

Comentário: Acontece que há muitos outros elementos a serem adicionados.

Resposta: Claro.

De KabTV, “Expresso de Cabalá”, 18/11/22

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Um coração não está conectado a outro apenas pela harmonia. Em vez disso, eles estão profundamente ligados por meio de suas feridas. Dor ligada à dor, fragilidade à fragilidade. Não há silêncio sem um grito de dor, não há perdão sem derramamento de sangue, não há aceitação sem uma passagem por uma perda aguda. Isso é o que está na raiz da verdadeira harmonia (Haruki Murakami).

Pergunta: O que você acha disso? Tudo isso é realmente necessário?

Resposta: Você vê que esta é a mentalidade japonesa até certo ponto. Naturalmente este é um tipo de materialismo convexo onde uma coisa não pode existir sem a outra e é o resultado da luta dos opostos.

Tal ditado é adequado para o nosso mundo. É um dos muitos que fala de um mundo desequilibrado no qual não há perfeição, mas por algum motivo o mundo luta por isso.

Pergunta: Como essas coisas mundanas sobre as quais Murakami escreve aparentemente se transferem para outras coisas nas pessoas em certos pontos de desenvolvimento superior?

Resposta: Devemos chegar a um estado em que nos convençamos de que a luta é necessária, os opostos devem se abrir e devemos chegar ao ponto de partida em que nascemos.

Neste ponto, a pessoa deve alcançá-los, chegar a um acordo com eles, conectar-se com eles e alcançar a verdadeira harmonia. Ou seja, a harmonia começa quando alcançamos a unidade dos opostos.

A pessoa deve concordar que o que lhe é oferecido na forma de um mundo de luta de opostos é de fato nosso mundo ilusório. E se avançarmos corretamente, em vez dessas duas forças opostas – por exemplo, yin – yang – revelaremos uma única força que está dentro desses dois opostos e os dá à luz apenas para que eles revelem essa própria força.

De KabTV, “Expresso de Cabalá”, 18/11/22

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Pergunta: Nosso país [Israel] deve ser forte?

Resposta: Ele deve cuidar dos cidadãos que, de acordo com os regulamentos do Estado, devem viver, existir e ser protegidos aqui.

Não temos outra terra! Não temos outro lugar. Não temos outro país! Devemos ter nosso próprio exército forte e nosso lugar neste planeta. Embora todos o invadam, devemos dizer a verdade na cara de todos: “Isso é nosso! Foi, é e será”.

Pergunta: Até quando haverá uma posição como você disse?

Resposta: Até a completa correção do egoísmo humano em todo o planeta.

Comentário: Mas você está sempre falando sobre conexão, sobre união de pessoas.

Minha Resposta: Isso é o que faremos ao longo do caminho.

Pergunta: Então é assim que, permanecendo um acampamento tão forte, uma fortaleza, nos moveremos em direção à unidade de toda a humanidade?

Resposta: Só assim! Somente nessa condição! Dê o exemplo e mostre o caminho.

Comentário: Você não está perplexo com a unificação de dois desses polos? Um polo é um estado forte e poderoso, pronto para lutar contra todos, e assim por diante, e por outro lado, a unidade e a conexão são um estado tão caloroso.

Minha Resposta: Isso é muito correto. E justamente por ser um país forte.

Pergunta: E temos que irradiar esse calor de uma forma ou de outra?

Resposta: Sim. Não concorde com nenhuma concessão!

Pergunta: E se dissermos que queremos confiar apenas em nós mesmos?

Resposta: Sim. Não é assim que acontece?

Comentário: Mas nós temos ajuda.

Minha Resposta: Sim, mas ainda dependemos de nós mesmos.

Pergunta: Isso está certo?

Resposta: Recebemos ajuda para tudo isso, mas ainda esperamos contar com as forças que temos. Não assinamos contrato com alguém e depois disso descansamos tranquilos.

Comentário: Você acha que, se surgirem algumas condições, seremos ajudados se, por exemplo, criarmos dois países aqui…

Minha Resposta: Não! Está fora de questão. Quaisquer compromissos, acordos desse tipo estão fora de questão. Não devemos nada a ninguém, não precisamos e não daremos a ninguém.

Pergunta: Como resultado, como você já disse, esse estado deve irradiar calor, conexão e amor pelo próximo?

Resposta: Sim — para ser uma luz para todas as nações do mundo.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 03/11/22

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Pergunta: Você tem alunos que estiveram em contato com você apenas brevemente e você investiu algo neles que deve ser revelado no futuro?

Resposta: Não, é impossível fazer isso a partir de um breve contato. Não tem jeito. Um aluno tem que estar anulado até certo ponto perante o professor. Ele deve desejar anular-se e tentar fazê-lo. Você não pode pegar uma pessoa na rua e direcionar certa energia para ela através de olhos amarelos brilhantes em um olhar e ela se torna um lobisomem como em um filme. Não existe tal coisa.

Pergunta: Mas, ao mesmo tempo, você mesmo não entendia o que o Rabash estava fazendo com você. Você não sabia o que era uma anulação adequada e todas essas coisas de que está falando, não é?

Resposta: Eu não sabia, mas, por outro lado, esperava que tal trabalho estivesse acontecendo. E, infelizmente, não pude apreciá-lo. No final, aconteceu o que aconteceu.

E o contato de hoje é completamente diferente quando eu, junto com o grupo, meio que venho ao meu professor e peço que ele me ajude a trabalhar com eles – e através deles com o resto do mundo – para continuar nossa missão comum. Eu me volto a ele; por um lado estou conectado com o grupo, por outro lado, o grupo está conectado com o mundo através da nossa disseminação, e assim por diante. Ou seja, tudo segue a mesma cadeia.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. O Conto do Cabalista“, 02/11/09

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Comentário: Você disse uma vez que os alunos devem ouvir o professor, seguir suas recomendações e que, se pudéssemos dar esse passo, o campo espiritual já está pronto e um espaço enorme se abrirá para nós. E você disse que também ouve o conselho do Rabash, como se ele lhe desse algo em tempo real, e você, como se estivesse se superando.

Minha Resposta: Claro, afinal o corpo não tem absolutamente nada a ver com isso.

Estas são as dez Sefirot que existem no nível mais baixo e são atualizadas com seu próprio Reshimo, com um registro de informações. Portanto, parece que o corpo nasce, vive e morre, nasce, vive e morre. Na verdade, as dez Sefirot mudam nesta forma.

Uma pessoa espiritual é apreciada não pelas dez Sefirot inferiores, mas por suas dez Sefirot altruístas. Nelas ela existe eternamente, possui e administra a si mesma.

O que significa que o Rabash ou o Baal HaSulam morreu? Ninguém morre. Em geral, não há morte, apenas Reshimot que se renovam em nós, e é assim que percebemos sua transformação. Portanto, o contato com o Baal HaSulam e o Rabash permanece tão simples quanto antes.

Comentário: Mas você diz que você, como seus alunos, tem que superar o que vem do Rabash. Ou seja, nem sempre você concorda com isso…

Minha Resposta: Sempre discordo! E devo mudar constantemente a mim mesmo. E graças a Deus que eu sinto, entendo, compreendo e mudo.

Meu egoísmo nunca concorda com o espiritual, concorda? Não concorda. A cada minuto é atualizado e “contra”, “contra”. A cada minuto eu corrijo: “para”, “para”.

Pergunta: Então seu trabalho é totalmente idêntico ao nosso, mesmo que você tenha conhecimento do sistema?

Resposta: Claro! É assim até a correção final.

Mas meu trabalho é realizado em um volume maior de informações, no sentir do sistema, no sentir desse fluxo em movimento, interconexões.

É uma sensação magnífica! Você vive dentro de um sistema que respira e controla tudo. Estes são estados e forças completamente diferentes.

Uma fusão de opostos acontece quando eles se conectam e se complementam em vez de uma contradição insuportável. E quando acontece um clique, um aperto correto entre eles, e desse estado surge um sentimento de perfeição, uma complementação de fenômenos, características e qualidades total e inconcebivelmente opostas – isso é o êxtase espiritual.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Orgasmo Universal”, 23/11/213

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Michael Laitman, no Quora: “O Que Você Acha Da Orquestra De Câmara Orpheus, Que Não Tem Maestro?”

É muito original e contra a natureza, porque o maestro é a força e o pensamento superiores, a cabeça da orquestra, aquele que os une e neles manifesta a sua vontade. Não tenho ideia de como eles conseguem funcionar sem condutor.

Não consigo imaginar nenhum grupo composto de egoístas individuais que não tenham um guia superior que os lidere, quer o chamemos de condutor, gerente, líder, figura paterna ou vários outros nomes.

Como eles podem sentir essa força de liderança? Eles devem se sentir cada vez mais, fazendo algumas correções e movimentos internos, o que deve ser muito difícil. Eu adoraria conversar com eles sobre isso.

Eles devem estar unidos pelo fato de que cada um deles deve ser um condutor de alguma forma. Através de seus desejos internos e batimentos cardíacos, uma conexão de corações, eles devem estar dispostos a se unir e se conduzir juntos. Eu não consigo nem descobrir. Cada um deve ver os sentimentos internos dos outros.

Baseado no vídeo “Orquestra De Câmara Orpheus Sem Maestro – A Resposta de um Cabalista” com o Cabalista Dr. Michael Laitman e Semion Vinokur. Escrito/editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman.

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