Michael Laitman, no The Times of Israel: “Por Que Não Podemos Ver Além Do Universo”

Nosso universo, dizem os cosmólogos, começou com um big bang e nunca mais parou de se expandir. Eles explicam que não podemos ver ou pesquisar além do universo que habita o planeta Terra. Não é por ótica inadequada que não podemos estudar fora do nosso universo, mas porque as leis da física tornam impossível descobrir o que existe além do nosso universo, se é que existe alguma coisa. A razão pela qual os cientistas mantêm isso não é porque esta é a verdade absoluta, mas porque eles não têm as ferramentas adequadas para explorar além do nosso universo. No entanto, essas ferramentas existem e, se as obtiverem, saberão o que está lá fora e verão com a mesma clareza que vemos uns aos outros.

Quando os fabricantes de telefones celulares desejam melhorar suas câmeras, existem basicamente duas maneiras de fazê-lo. A primeira, e óbvia, é melhorar o hardware da câmera – as lentes, o obturador, etc. A outra maneira é melhorar a “mente” que decifra o que as lentes capturam. Isso é feito empregando software mais sofisticado, melhores algoritmos e melhores unidades de processamento para executar as habilidades computacionais aprimoradas que “entendem” o que as lentes veem com mais precisão e, assim, produzem uma imagem mais detalhada usando a mesma ótica.

Ao estudar o universo, precisamos fazer o mesmo. Não importa o quão boa nossa ótica se torne, há um limite que ela nunca cruzará. Para ir além dessa fronteira, devemos aprimorar a “mente” que entende as imagens, que neste caso somos nós.

Nós percebemos todo o nosso mundo através de uma mente muito orientada para um objetivo, e o objetivo é servir aos seus próprios interesses. Se algo não serve a esse interesse próprio, a mente não o percebe. Portanto, para compreender o que está além do nosso interesse imediato, devemos abraçar outros “interesses” e torná-los nossos. Em palavras simples, devemos aprender a nos importar com os outros tanto quanto nos preocupamos com nós mesmos.

Pense na nossa visão. Cada um de nossos olhos vê o mundo em duas dimensões. No entanto, quando a imagem que ambos os olhos veem chega ao cérebro, ele as processa e constrói uma imagem tridimensional. Se estivéssemos “presos” apenas com a imagem de um olho, não seríamos capazes de ver a profundidade e nunca perceberíamos o mundo como tridimensional.

O mesmo se aplica à nossa percepção do mundo. É como se nossa percepção pessoal fosse um olho e a percepção de outra pessoa fosse outro olho. Enquanto estivermos confinados à nossa própria percepção, estaremos limitados pelos limites que a nossa percepção permite, uma espécie de percepção “bidimensional”. No entanto, se “enxergarmos” a visão da outra pessoa e fundirmos as duas, nossa percepção do mundo adquirirá uma dimensão inteiramente nova e nos dará uma compreensão muito mais completa e rica do mundo.

No entanto, para conseguir isso, devemos abandonar nossa atitude egocêntrica. A imagem distorcida que nos apresenta é a causa por trás de cada erro que cometemos neste mundo – como indivíduos, como sociedades e como nações. Porque percebemos os outros como oposição, estamos tentando cancelá-los. Se percebêssemos que outras pessoas não se opõem a nós, mas nos complementam, seríamos capazes de abraçar sua percepção, fundir nossa percepção com a delas e criar uma percepção totalmente nova e precisa (!) do mundo.

Agora, imagine que poderíamos fazer isso não apenas com mais uma pessoa (um segundo olho, por assim dizer), mas com todas as pessoas do planeta. As revelações que descobriríamos são ilimitadas. Em tal estado, realmente não haverá fim para o que seremos capazes de perceber por meio de nossa “visão” multidimensional, adquirida pela mudança de nossa atitude em relação aos outros de egocêntrica para inclusiva. Quanto mais pensarmos nisso, mais perceberemos que a solução para nossos problemas não está em um maquinário melhor, mas em nós mesmos.

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Meu novo artigo no Linkedin: “Um Mundial Manchado Pela Morte E Pela Corrupção – Alguém Se Importa?”

É difícil saber quantos trabalhadores migrantes morreram construindo os estádios de futebol para os jogos da Copa do Mundo de 2022 no Catar, mas os dois números populares são 6.500 e 15.000. De qualquer maneira, ninguém se importa.

Além do número impressionante de mortes por duas semanas de entretenimento (se você gosta de assistir futebol), há rumores persistentes de que o Catar comprou seu caminho para ganhar a decisão de torná-lo o anfitrião do Mundial deste ano. Bem, nada de novo a esse respeito também. Não mudamos desde os tempos antigos, quando as pessoas eram servidas como alimento para os leões diante de multidões animadas, ou quando as pessoas lutavam contra as feras para deleite do público. Na verdade, nós nos tornamos piores. Então, por que alguém deveria se importar se milhares morreram construindo salas de entretenimento modernas?

Confesso que não sou fã de futebol. Meu professor, RABASH, também não ligava para isso, mas respeitava o fato do futebol dar alegria às pessoas. Eu posso entender e respeitar isso. Também acredito que, se eu fosse assistir a um jogo e me sentasse entre os torcedores, poderia acabar gritando a plenos pulmões e torcendo por qualquer time que as pessoas ao meu redor torcessem.

Ainda assim, não sinto desejo de fazer isso. Mais do que lamento a perda de vidas, lamento a total apatia com que a humanidade aceita isso. Essa apatia causa muito mais do que a morte de milhares de trabalhadores da construção civil; causa guerras, brutalidade, poluição, exploração e todo mal que os humanos infligem a outros humanos e a todo o planeta.

Espero que, enquanto as pessoas comemoram o futebol, pelo menos pensem menos em matar umas às outras, mas não tenho certeza se isso é verdade.

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A medida do preenchimento é tanto quanto se pode ir além da razão, e isso é chamado de Romemut.

Só há vazio em um lugar onde não há existência, como está escrito, “a terra paira sobre o nada”. Você descobre que qual é a medida do preenchimento, do lugar vazio? A resposta é, de acordo com a elevação de si mesmo acima da razão.

Isso significa que o vazio deve ser preenchido com elevação, ou seja, acima da razão, e pedir ao Criador que dê à pessoa essa força. Significará que todo o vazio foi criado, ou seja, chega a uma pessoa sentir-se assim, que está vazio, apenas para preenchê-lo com a Romemut [grandeza] do Criador. Em outras palavras, ela deve levar tudo acima da razão (Shamati #13, “A Romã”).

Não sabemos o que é a fé acima da razão. É uma separação total de todos os nossos cálculos. Lembro-me de como, três ou quatro meses depois de começar a estudar com o Rabash, perguntei a ele: “O que é a fé acima da razão, já que está escrito que uma pessoa deve estar sempre nela?” Naquela época, até escrevi na mão que não se pode esquecer de pensar na fé acima da razão, embora eu não soubesse o que era. Enquanto estava sentado no carro ao volante ao lado do Rabash, olhei para o que estava escrito na minha mão e perguntei-lhe: Qual é o significado deste conceito?

Em resposta, ele me deu um exemplo que é, obviamente, limitado pelos limites deste mundo: suponha que um amigo lhe emprestou $ 1.000 e depois devolveu um envelope para você como se tivesse toda a quantia dentro. Mas você encontra apenas um dólar dentro. Seu amigo diz que há $ 1.000 dentro, mas de acordo com seus cálculos, há apenas um. Onde estão os outros $ 999?

É quando você pode avançar pela fé acima da razão. Ou seja, você obtém tal correção (em vez de apenas perdoar a dívida do seu amigo!) que percebe esse dólar como se tivesse recebido $ 1.000 em vez de um, como se o amigo lhe devolvesse tudo.

Mas como você percebe os $ 999 que estão faltando? Isso é chamado de força da fé acima da razão. É impossível entender o que isso significa antes do tempo. Somente quando essa força se revela dentro de nós como resultado de nossos esforços internos, dentro de nossos desejos, quando mudamos, vemos que realmente podemos compensar o conhecimento com fé, e essa fé é doação em vez de recepção.

Em qualquer caso, isso permanecerá obscuro até que a pessoa realmente adquira essa qualidade.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabala 26/04/11, Shamati

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Comentário: Sua aluna escreve: “Boa tarde, querido professor! A ti apelo com um pedido: ensina-me a falar com o Criador. Eu tenho estudado Cabalá por mais de 12 anos. Meu marido morreu há dois meses. Moramos juntos por 28 anos. Ele não estava envolvido em nosso estudo, mas era um anjo atrás de mim. Ele me ajudou a estudar, trabalhar e disseminar. Ele faleceu e é muito difícil para mim. Meu coração está dilacerado! Seus artigos e vídeos ajudam. Eu falo com meu marido com muita frequência em meu coração. Peço sua ajuda nos negócios e conselhos. Mas isso não é normal; ele não existe. Só existe o Criador. Como posso aprender a passar da imagem de uma pessoa diretamente para o Criador? Por favor me ajude! Muito obrigado pela sua resposta, embora saiba que não tem tempo para mensagens privadas. Atenciosamente, Elena.

Minha Resposta: Em primeiro lugar, minhas condolências, é claro. Em segundo lugar, o fato de seu marido ter morrido fisicamente e não estar ao seu lado não significa nada! Absolutamente nada! Pelo contrário, a ligação dele com você é ainda mais forte, só que você não sente na medida em que existe.

Portanto, por favor, não o imagine como sumido, perdido ou desaparecido, mas como se ele estivesse com você interna, mental e espiritualmente. É assim que você deve tratá-lo. Fale com ele e fale com o Criador. Conversa! Não faça mais nada! Precisamente da maneira que você quer falar, é assim que você deve falar. Tanto ele quanto o Criador entenderão você. E o melhor é que você fala na sua linguagem mais simples.

Pergunta: E o fato de Elena ter dúvidas? “Estou falando com ele, com meu marido, mas deveria estar falando com o Criador”, diz ela.

Resposta: Não importa. Você está simplesmente conversando com uma força superior sobre seus problemas. Seu marido, o Criador, e todos nós estamos incluídos nesta força superior.

Pergunta: É correto concluir que, quando falo com alguém de coração, sempre falo com o Criador?

Resposta: Com o Criador. “Não há outro além Dele”. Esse é o problema mais terrível! Quando você olha para outras pessoas, tanto boas quanto más, é apenas uma representação do Criador para você.

Pergunta: Então, se fizermos um esforço e conseguirmos chegar à conclusão de que é a lei que “eu falo com o Criador o tempo todo”, o mundo mudará?

Resposta: Sim, mas as pessoas não querem entender isso. É difícil imaginar; você tem que se forçar.

Pergunta: Então Elena está fazendo tudo certo? Ela fala assim com o marido, que ela não vê, mas sente claramente. Este é o caminho certo? É assim que se chama oração?

Resposta: Sim, claro. O que é oração? O fato de que os membros da grande assembleia (Knesset HaGdola) compuseram orações é porque as pessoas se afastaram um pouco do Criador e não puderam dirigir-se a Ele simplesmente de maneira humana.

Então, eles compuseram todos os tipos de orações para elas e substituíram este simples apelo sincero ao Criador por palavras. As palavras estão muito corretas. As pessoas que compuseram essas orações estavam em realização do Criador. Mas isso não é algo que uma pessoa possa dizer de coração.

Pergunta: Mas é praticamente uma revolução para uma pessoa não poder ler orações escritas. Existem muitas orações escritas, mas como alguém leria com o coração e falaria? E você diz que será quase o mesmo com o mesmo efeito?

Resposta: Terá um efeito ainda maior. Se uma pessoa fala com o coração, o efeito é maior.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 25/08/22

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Comentário: Você disse que não faz sentido suprimir fatores externos, por exemplo, inimigos, mas é importante mudá-los dentro de você.

Minha Resposta: Temos muitos eixos de percepção errônea da realidade. Primeiro, tudo o que existe, existe em nós. Tudo o que é percebido por nós é percebido em nosso desejo. É egoísta ou altruísta.

O que significa que eu percebo algo fora de mim? É assim que me mostram que sou feito desses elementos, desses desejos. Os desejos são projetados para fora na forma de natureza inanimada, vegetativa, animada, do homem e depois do Criador. Tudo isso existe em mim e se manifesta na medida em que posso responder a isso da maneira certa e corrigi-lo.

Se, por exemplo, fenômenos nocivos aparecem fora de mim e eu os vejo, isso significa que eles existem em mim e não posso corrigi-los externamente. Claro, posso destruí-los, atingi-los, aliená-los e assim por diante, mas isso não é correção. Em princípio, é um sinal da minha fraqueza ou falta de compreensão do que está acontecendo.

Se eu tiver uma atitude correta em relação ao universo e ao que acontece nele, devo agir de maneira diferente. Devo entender que todos esses fenômenos existem em mim e os vejo diante de mim. Portanto, preciso corrigi-los em mim, e então eles desaparecerão de uma forma tão desagradável.

Portanto, se todos os tipos de inimigos se levantarem contra mim, devo procurar essas qualidades em mim mesmo, corrigi-las e, então, elas serão corrigidas externamente. Está escrito: “Quem é um herói? Aquele que vence sua inclinação”. E quem é o herói dos heróis? “Aquele que transforma seu inimigo em amigo.”

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Transforme um inimigo em um amigo”, 18/11/2013

Categoria: Percepção, Perguntas e Respostas, Trabalho Espiritual por souzapin - Comentários desativados em Como Podemos Perceber A Realidade Corretamente?

Pergunta: Frequentemente explicamos o aparecimento de uma pessoa em um ambiente Cabalístico e sua saída por meio de alguns eventos, por exemplo, seu cansaço. Mas com certeza ela tem funções quando era pra aparecer, cumprir o seu propósito, e depois se afastar, ou seja, se realizar justamente dessa forma, né?

Resposta: Não. Só que uma pessoa não consegue lidar com o que lhe foi dado. Ela teve a oportunidade de seguir em frente e não lidou com isso.

Pergunta: Isso significa que se ela entrar neste sistema, deve realizar-se plenamente?

Resposta: Sim. Se lhe for dada esta oportunidade, ela pode realizar-se plenamente. É assim que ela deve aceitar. E não sabemos que condições especiais podem existir em relação a ela.

Somente quando o sistema de conexão entre nós estiver sendo revelado, talvez algumas condições sejam reveladas sobre o motivo pelo qual ela não pôde seguir em frente. Eu não faria nenhum cálculo. Não é para nós.

Precisamos avançar. Temos um sistema aberto de conexões diante de nós. Você pode alcançar o mundo do infinito, isto é, a plena conexão com todos, até a completa revelação do Criador: a qualidade de doação e amor entre todos.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Todo mundo tem seu próprio propósito”, 15/11/13

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Pergunta: É possível chamar a aceitação da opinião de um amigo, mesmo que seja oposta à sua, de “fé acima da razão”? Se sim, como faço isso sem desconsiderar minha própria opinião?

Resposta: Fé acima da razão significa contrário à minha opinião, eu aceito a opinião de um amigo e a sigo 100%. Estou tentando fazer com que a opinião dele, mesmo que seja oposta à minha, se torne minha. Você precisa experimentar por si mesmo e, gradualmente, será capaz de entender o que é.

A fé acima da razão é um sistema de percepção espiritual onde você começa a ver o mundo espiritual acima do nosso mundo ou através dele. Não é fácil. Você precisa gastar muito tempo e esforço até começar a perceber tudo dessa maneira.

Esse é um sistema completamente diferente do universo, como se você tivesse uma mente, sentimentos e pensamentos completamente diferentes.

De KabTV, “Fundamentos da Cabala”, 16/06/20

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As temperaturas estão subindo e uma colônia de formigas logo terá que tomar uma decisão coletiva. Cada formiga sente o calor crescente sob seus pés, mas continua como de costume até que, de repente, as formigas invertem o curso. Todo o grupo sai correndo como um só – foi tomada a decisão de evacuar. É quase como se a colônia de formigas tivesse uma mente coletiva maior.

Um novo estudo sugere que, de fato, as formigas como um grupo se comportam de maneira semelhante às redes de neurônios em um cérebro.

Daniel Kronauer, da Rockefeller, e o associado de pós-doutorado Asaf Gal desenvolveram uma nova configuração experimental para analisar meticulosamente a tomada de decisões em colônias de formigas. Conforme relatado no Proceedings of the National Academy of Sciences, eles descobriram que quando uma colônia evacua devido ao aumento das temperaturas, sua decisão é uma função tanto da magnitude do aumento de calor quanto do tamanho do grupo de formigas.

As descobertas sugerem que as formigas combinam informações sensoriais com os parâmetros de seu grupo para chegar a uma resposta de grupo: um processo semelhante a computações neurais que dão origem a decisões.

“Fomos pioneiros em uma abordagem para entender a colônia de formigas como um sistema cognitivo que percebe entradas e depois as traduz em saídas comportamentais”, diz Kronauer, chefe do Laboratório de Evolução Social e Comportamento. “Este é um dos primeiros passos para realmente entender como as sociedades de insetos se envolvem na computação coletiva”. (Universidade Rockfeller)

Pergunta: Como você aplicaria isso a um ser humano? É aplicável a um ser humano? Uma pessoa pode atingir tal estado com outra pessoa?

Resposta: Não. É possível atingir esse estado por meio de um tremendo trabalho interno, mas não simplesmente de forma instintiva, como fazem os pássaros, os peixes ou outros animais.

Pergunta: Para os animais é um instinto, enquanto para nós é um trabalho atingir esse estado?

Resposta: Claro. Você vê como os peixes do mar nadam em um enorme cardume que pode incluir centenas de milhares deles.

Pergunta: E o homem muitas vezes abandona outra pessoa e foge porque está ferido.

Você, como Cabalista, acha que devemos chegar a um estado em que começamos a nos sentir assim, em que existimos em uma respiração?

Resposta: Geralmente, teremos que fazê-lo. Mas isso não acontecerá da mesma forma que acontece com peixes ou pássaros, mas por nós chamando o Criador e pedindo a Ele que nos conecte dentro Dele. Para Ele nos conectar em Sua mente superior, no desejo, e então rolaremos juntos com Ele. É por isso que queremos nos esforçar.

Assim, o Criador será a força que une, governa e guia – tudo!

Pergunta: Então os pensamentos sobre mim, que sinto calor, irão embora?

Resposta: Eu estarei dentro Dele. Que pensamentos existem? Tudo está feito.

Pergunta: Ou seja, estou inteiramente dentro Dele e confio apenas nisso?

Resposta: Sim. Ele já o engoliu. É o mesmo para todos.

Pergunta: Então nos tornamos um só corpo, coração?

Resposta: Sim. Olhe para aqueles peixes – eles estão Nele instintivamente. Mas precisamos que Ele faça isso por nós.

Pergunta: Quando vemos isso – a maneira como os pássaros, as formigas e os peixes se movem – por que estamos vendo isso? Para nós vermos e talvez até invejá-los?

Resposta: É para você ver que existe um estado de adesão, unidade e obediência onde cada um se anula pelo bem de todos. Nosso propósito é – apesar de nosso egoísmo e individualidade – alcançar o mesmo estado.

Pergunta: E se não fôssemos dotados dessa individualidade?

Resposta: Então seremos como peixes ou pássaros. E qual é a justificativa para isso?

Pergunta: Ou seja, não sentiríamos essa felicidade?

Resposta: Só se quisermos fazê-lo apesar de nós mesmos! Então você sente prazer em se submeter ao Criador apesar de si mesmo para estar junto com todos de quem você quer se separar! Você entende que tipos de forças opostas estão operando aqui? E na convergência dessas forças opostas é justamente quando você alcança a adesão com a força superior.

Comentário: Bemção, como dizem.

Minha Resposta: Sim.

Pergunta: A sensação de não querer me conectar com os outros, essa sensação não desaparece em mim?

Resposta: Não. Você se eleva acima dela.

Pergunta: Então, de uma forma ou de outra, fico com esse buraco negro dentro de mim?

Resposta: Claro. “O amor cobre todas as transgressões.” Isto é, o egoísmo deve estar sempre abaixo, e acima dele há conexão e amor. Caso contrário, o amor desaparecerá.

As transgressões devem estar lá.

Comentário: Somos muito diferentes das formigas.

Minha Resposta: Elas não têm, apenas trabalham com calma.

Pergunta: E daí, elas não têm esse sentimento de felicidade? Felicidade, revelação?

Resposta: Não, elas têm a sensação de realizar seu instinto. Ou seja, elas se sentem executoras e autossuficientes – mas sem prazer.

Nos foi dada a oportunidade de receber prazer e ser feliz.

Comentário: Justamente quando nos superamos.

Minha Resposta: Só então.

Pergunta: Caso contrário, uma pessoa não pode alcançar a felicidade?

Resposta: Não.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 04/08/22

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Restrição significa qu eMalchut de Ein Sof diminuiu o desejo de receber nela. Então a luz desapareceu porque não há luz sem um vaso (Baal HaSulam, O Estudo das Dez Sefirot, Parte 1, “Restrição e Linha”, “Observação Interna”, Capítulo 2).

Pergunta: O que significa o princípio de que não há luz sem um vaso, e como ele se manifesta em nosso mundo?

Resposta: É muito simples. Digamos que quando uma pessoa está com fome, ela pode desfrutar de comida. Mas na medida em que seu apetite diminui, seu prazer com a comida também diminui.

O quanto uma pessoa vai sentir e, eu diria mesmo, o quanto uma pessoa vai buscar prazer nas coisas que recebe depende do desejo.

Pergunta: Baal HaSulam, que comentou o ensaio de Ari, estudou as necessidades internas de uma pessoa? É esta a base dos nossos desejos e da nossa vida?

Resposta: Naturalmente, tanto o Ari quanto o Baal HaSulam entenderam e, absolutamente, diferenciaram claramente como o prazer se manifesta de acordo com o tamanho do desejo.

Esse princípio diz que há um grande número de prazeres em nosso mundo, mas não podemos compreendê-los se não tivermos um desejo por eles. Se não há desejo, não há prazer.

Pergunta: Onde uma pessoa pode obter desejos se não tiver nenhum?

Resposta: Isso é um problema. Vemos como são infelizes as pessoas que perderam o desejo por algum motivo. Elas estão deprimidas e prontas para fazer qualquer coisa para ter um desejo novamente.

Pergunta: É possível aumentar o desejo por algo, digamos, duas vezes?

Resposta: Basicamente, médicos e cientistas estão tentando fazer isso.

De KabTV, “O Estudo das Dez Sefirot (TES)”, 20/11/22

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É como escrevem nossos sábios: “Todos os portões foram trancados, exceto os portões das lágrimas”. O mundo pergunta sobre isso: Se os portões das lágrimas não estão trancados, qual é a necessidade dos portões? (Baal HaSulam, Shamati 18, “Minha Alma Chorará em Segredo”)

O portão das lágrimas se abre apenas quando a pessoa está convencida de que todos os outros portões estão trancados e não há nada diante dela. Então ela começa a chorar e implorar, e vê que o portão das lágrimas está se abrindo diante dela.

Pergunta: Acontece que existem muitos obstáculos diante de uma pessoa. No entanto, está escrito: “Todos os portões estavam trancados, exceto o portão das lágrimas”. Então, se eles estão abertos, por que não entrar imediatamente?

Resposta: Não, uma pessoa não sente que está aberta. Somente se ela se certificar de que todos os portões estão trancados e gritar de seu próprio desamparo: “O que fazer!”, ela verá que o portão das lágrimas está aberto diante dela.

Pergunta: O que em nossa vida pode ser o portão que está trancado?

Resposta: Portões trancados e abertos são o acoplamento de uma pessoa com o Criador. Ou ela vê que eles estão fechados ou vê que eles estão abertos. Isto é, este é o acoplamento por golpe (Zivug de Hakaa), a equivalência de qualidades.

Se nossas qualidades correspondem às qualidades do Criador, então, em algum momento, os portões se abrem.

De KabTV, “Estados Espirituais”, 06/11/22

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