Michael Laitman, no The Times of Israel: “Quando O Poder É A Ideologia”

Os protestos no Irã não diminuíram há várias semanas, apesar dos relatos de centenas de vítimas. A determinação do povo iraniano é admirável, assim como sua disposição de superar o medo. Já disse várias vezes que o povo iraniano é uma nação única. A área onde hoje se encontra o Irã foi o berço da civilização; os iranianos são altamente desenvolvidos no sentido espiritual, mas não é o mesmo que no sentido religioso.

O fanatismo religioso que tomou conta do país nos últimos cinquenta anos é lamentável, mas não tira o meu respeito pelo povo. Eu acredito que se eles direcionarem seu atual despertar na direção certa, serão uma nação próspera e próspera.

Israel costumava ter relações muito boas com o Irã porque não há conflito fundamental entre as duas nações. O regime atual é fanático e não permite que tais relações continuem, mas, em princípio, não vejo divergências fundamentais entre nós.

A razão pela qual estou apontando isso é que mesmo entre os inimigos, pode haver respeito. Na verdade, o respeito pode ser o primeiro passo para construir a proximidade.

Se aspiramos a nos aproximar, mas vemos que as diferenças entre nós são atualmente muito profundas para serem superadas, podemos começar respeitando os espaços uns dos outros e tentando não menosprezar um ao outro. Se pudermos nos conter para não desabafar o ódio, poderemos pensar em atos de reaproximação mais explícitos.

Relacionamentos que são construídos por meio do respeito mútuo podem finalmente se tornar ainda mais próximos do que relacionamentos que não tiveram que passar por uma fase preliminar de construção de respeito mútuo.

Hoje, quando o poder é a ideologia, é muito difícil imaginar qualquer reconciliação entre Israel e Irã. Quando a política é determinada apenas por armas e armamentos, é impossível chegar a qualquer acordo, muito menos desenvolver o respeito mútuo.

Se antes o Papa, ou o rei, conquistou o respeito de outras nações ou credos, hoje não há valores. Se eu tenho uma bomba, não tenho respeito por ninguém. O poder substituiu todos os outros valores.

Mas o poder não é uma ideologia. Não traz nada além de destruição e sua glória é de curta duração. O fato de que o poder é rei hoje significa que logo entenderemos que ter poder na verdade significa que não temos nada. Isso nos forçará a retomar nossa busca por valores.

Como exaurimos valores como ascendência clerical, paradigmas sociais da direita e da esquerda, riqueza e poder também estão perdendo seu fascínio, acredito que estamos nos preparando para o único valor que vale a pena perseguir: o amor aos outros.

Por “amor aos outros”, não quero dizer atração biológica, mas amor como valor, quando as pessoas colocam as necessidades do outro antes das suas porque o cuidado as eleva a um nível mais alto de existência.

Uma pessoa que vive para os outros cria constantemente. Uma pessoa que vive para os outros constantemente se engaja em dar e obtém uma força infinita apenas disso.

A energia aparentemente infinita das mães para dar a seus filhos pequenos não é nada comparada à capacidade de dar que uma pessoa que ama os outros possui. Quando o sol se puser na ideologia do poder, o amor entre as pessoas começará a brilhar.

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O feriado de Sucot é sobre a construção de uma tela (Shach) para cobrir a sucá e criar um lugar para a alma. Nós restringimos e corrigimos nosso desejo de desfrutar e construímos uma tela sobre ele. Com esta tela que nos separa do Criador, criamos uma barreira que não nos permitirá receber a luz superior Dele diretamente, mas apenas através da tela (Shach).

O teto e as paredes da sucá e suas dimensões simbolizam os detalhes de nossa alma, as regras de sua construção.

O teto da sucá nos esconde da luz do sol, que simboliza a luz direta. O sol brilha para todos igualmente sem obstáculos. Na sucá há quatro colunas e paredes, mas o principal é o teto (Shach), que não deixa a luz do sol passar diretamente para uma pessoa sentada na sucá. Esse é o significado do feriado de Sucot: construir um Kli comum.

O telhado é construído a partir dos resíduos do celeiro e da adega. Você pode usar galhos cortados das árvores do jardim. Eles cobrem o teto para que os raios do Sol não possam brilhar diretamente através dele na sucá. Na verdade, nos recusamos a receber luz direta para nosso próprio bem.

Portanto, construímos a sucá junto com o grupo e nos sentamos nela juntos e desfrutamos de nossa unidade e do fato de podermos nos conectar e nos esconder dos raios do Sol, da luz direta, porque construímos uma tela.

Cada um apoia o outro para protegê-los de receber prazer, que pode vir diretamente para o desejo egoísta. Portanto, nos escondemos sob a tela e nos unimos para ajudar uns aos outros a enfrentar todos os prazeres e tentações que nos confundem a qualquer momento, e assim somos salvos da recepção egoísta.

Todos devem ter um lugar sob o teto da sucá onde possam comer durante os sete dias do feriado de Sucot. Mas o principal é construir uma sucá interior em nossos desejos, ou seja, construir um Kli espiritual comum e estar sob uma tela comum.

Da Lição Diária de Cabalá 08/10/22

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Pergunta: O Criador é o bom que faz o bem, e Sua atitude em relação a mim como criatura não muda. Mas eu tenho que acreditar, eu não sinto assim. O que esse princípio me dá?

Resposta: Este princípio lhe dá a oportunidade de avaliar a atitude do Criador em relação a si mesmo.

Pergunta: Eu tenho que acreditar ou posso sentir que é?

Resposta: Agora você não pode sentir isso. Apenas acredite como se fosse infundado. Mas se você se esforçar pelas mesmas ações em relação ao Criador, você começará a senti-Lo.

Pergunta: Então a Cabalá diz que é possível sentir que o Criador realmente quer apenas o bem para nós?

Resposta: Sim. Isso é chamado de lei da equivalência de propriedades. Ao adquirir Suas propriedades, você pode sentir Sua atitude em relação a você.

Comentário: Muitas pessoas acreditam que o Criador está fazendo o bem. E muitas vezes essa crença satisfaz completamente uma pessoa.

Minha Resposta: É bem possível que seja assim por um lado. Mas, por outro lado, queremos não apenas ver, mas sentir, explorar e conhecer.

De KabTV, “O Estudo das Dez Sefirot (TES)“, 22/10/22

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Existem três condições na oração:

1. Acreditar que Ele pode salvá-lo. Embora tenha as piores condições de todos os seus contemporâneos, ainda assim, “A mão do Senhor será curta demais para salvá-lo?” Se não for assim, então “o Senhorio não pode salvar Seus vasos” (Baal HaSulam, Shamati, “ Três Condições em Oração”).

Pergunta: O que significa “acreditar”?

Resposta: Uma pessoa consiste em todos os tipos de qualidades e desejos. Portanto, nossos estudos nos sintonizam para selecionar de todos os nossos desejos, qualidades e intenções aqueles que direcionarão toda a humanidade para o bem.

Acreditar significa ter certeza de que, se eu fizer isso, finalmente atraio a influência correta da força superior e gradualmente me corrijo. Assim, a primeira condição é que eu tenha certeza de que o Criador pode me ajudar.

2. Ele não tem mais escolha, pois já fez tudo o que podia, mas não viu cura para sua situação.

Significa que ele não fez tudo. Não há outra solução a não ser pedir. Constantemente dirija seu pedido ao Criador. Essa é a única força interna da natureza, que é capaz de corrigir a todos nós. Portanto, não há praticamente nada, exceto uma oração ou pedido de correção.

3. Se Ele não o ajudar, ele estará melhor morto do que vivo.

Precisamos chegar ao próximo estado em que quero me corrigir e ser semelhante ao Criador tanto que, se eu não conseguir isso, não vale a pena viver por causa de outra coisa.

De KabTV, “Estados Espirituais”, 25/09/22

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Comentário: É muito difícil imaginar que uma pessoa ande por aí e pense de manhã à noite: “Como posso amar todos os meus próximos?! Se não posso amá-los, é melhor não viver. Eu não quero viver assim!”

Minha Resposta: Se começarmos a pensar sobre isso e entendermos que o sentido da nossa vida é nos corrigirmos do egoísmo ao altruísmo, então, em geral, é isso que fazemos.

Comentário: Imagine se oito bilhões de pessoas se sentassem e pensassem: “Como podemos amar uns aos outros”? Isso seria utopia.

Minha Resposta: Se elas se imaginassem assim por um segundo, seria uma oração de oito bilhões! Seria cumprido imediatamente.

Pergunta: Você acredita que algum dia isso vai acontecer?

Resposta: Sim. Gradualmente, todos os tipos de emoções negativas, rejeições e decepções estão se acumulando na humanidade. No final, todos chegarão a isso.

De KabTV, “Estados Espirituais”, 25/09/22

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Pergunta: Nos últimos 50 anos, as lojas estão cheias de livros que dizem que uma pessoa, com a ajuda de suas próprias mudanças internas, pode mudar a imagem do mundo, do mundo ao seu redor. Isso é indicado por vários métodos e professores. O fluxo de informações é preenchido com citações da série “Mude a si mesmo, mude o mundo”.

Por outro lado, para uma pessoa comum, essa ainda é uma sensação bastante embaçada. Ela parece entender mentalmente e tenta mudar a si mesma, mas não vê nenhuma mudança no mundo. Ela simplesmente não tem forças para isso. Apenas algumas pessoas de toda a humanidade podem se gabar disso.

O que é isso, um grande engano?

Resposta: Não. É apenas que uma pessoa percebe todo o universo, o mundo inteiro, ela mesma e os outros dentro de si mesma.

Portanto, ao mudar um pouco suas qualidades, ela sente o mundo de maneira diferente e vê tudo de maneira diferente. Não mais do que isso.

Pergunta: Ela pode iniciar suas mudanças sozinha?

Resposta: Sim. Ela recebe as condições iniciais nas quais pode mudar a si mesma. Essa é uma correlação diretamente proporcional: mudei algo em mim e o mundo mudou de acordo com alguma fórmula.

Pergunta: É possível ver isso?

Resposta: Totalmente. Por exemplo, deixe-me agora preenchê-lo com algumas coisas interessantes, digamos, anedotas, não importa o quê. E você vai olhar para o mundo de uma maneira diferente. É bobagem, claro, mas em princípio, é claro que tudo depende do estado da pessoa.

De KabTV, “Estados Espirituais”, 23/09/22

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Pergunta: Se nos concentramos em algo, mergulhamos de cabeça nele e não podemos sair dele. No entanto, você diz que já está em tudo sem se afundar nisso como nós fazemos.

Como você consegue estar em tudo ao mesmo tempo e ao mesmo tempo sua cabeça não está entupida?

Resposta: É apenas a minha vida inteira. Durante a gravação de qualquer programa, no momento em que me fazem uma pergunta, já estou dentro desse tópico. Para fazer isso, não preciso me aprofundar em nada.

Quando eu estava na universidade, tínhamos um professor que respeitávamos muito. Ele vinha para uma palestra, tirava um pequeno pedaço de papel do bolso do peito, olhava o que ele tinha a dizer de acordo com o plano, colocava de volta e falava por 15 a 20 minutos. Ele terminava um tópico, depois novamente puxava um pedaço de papel para descobrir o próximo tópico e novamente começava a falar.

Ou seja, por um lado, ele tinha um plano claro, o que é muito importante para os alunos. Por outro lado, víamos que ele conhecia todo o material e só precisava lembrar a ordem da apresentação. Isso é tudo.

Eu sou igual. Só que não tenho que fazer um plano porque os alunos fazem por mim. Eu chego à aula e eles dizem: “Queremos estudar tal e tal assunto”. E nós os estudamos. Então eles fazem perguntas, e não faz diferença para mim quais. Eles me perguntam sobre o mundo em que vivo. Que problema tenho para falar sobre isso?

Pergunta: Significa que você tem uma abordagem clara das coisas, tudo está estruturado, tudo está claro e você não precisa ofuscar sua mente com algumas tarefas com as quais uma pessoa pode lidar por anos.

Resposta: Isso é chamado de realização. Esse não é o conhecimento do nosso mundo quando você conhece alguns fatos. Não há nada em nosso mundo, incluindo mesmo pão, leite e água com os quais tenhamos uma conexão como acontece no mundo espiritual.

No mundo espiritual, você alcança a essência das coisas e, portanto, é sua. Quando lhe perguntam sobre algo, você sabe por dentro o que é, desde o momento em que se originou, se desenvolveu, atingiu seu estado atual e vai mais adiante no futuro até seu estado final.

Você sabe tudo sobre quaisquer objetos, forças, qualidades e eventos. Portanto, não há problemas. Isso é chamado de realização espiritual porque está acima do tempo, espaço e movimento. É apenas comum porque é integral.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Um Homem no Estado de Realização”, 21/07/13

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Michael Laitman, no Quora: “A Natureza Pode Realmente Nos Curar?”

Existe uma abordagem terapêutica no Japão chamada “banho na floresta”, que envia pessoas com várias condições médicas para uma longa permanência na natureza. Pesquisas mostram que uma longa permanência na natureza pode diminuir a pressão arterial, os hormônios do estresse, tratar a ansiedade, a depressão e, em geral, ajudá-lo a se curar de diferentes condições médicas.

De fato, a natureza tem poderes curativos. Qualquer um pode sentir como um passeio na natureza, estar na natureza e sair para ficar no campo por alguns dias, tem um efeito curativo.

A natureza consiste no inanimado, vegetativo e animado com o qual precisamos nos conectar, em oposição à selva de pedra e tijolos em que vivemos com seu estresse e edifícios altos.

No entanto, o ego humano, que deseja explorar os outros e a natureza em benefício próprio, cada vez mais nos distancia da natureza, fazendo-nos destruir e distanciar-nos dela, e tal processo acabará por nos levar ao menos a ver o quanto estamos errados ao fazer isso.

No futuro, no entanto, acho que tudo vai dar certo. Chegaremos a um entendimento de que nosso ego está nos matando de um momento para o outro, e que precisamos rever a forma como conduzimos nossas vidas, junto com a compreensão do que acontecerá se continuarmos na mesma trajetória. Então, deixaremos de permitir que o ego nos leve a nos prejudicar.

No entanto, não precisamos ir morar na floresta. A solução está entre nós, que comecemos a viver em unidade, com amor e apoio mútuo. Tal abordagem nos curaria de todas as diferentes doenças que temos. Poderíamos fazer uma lista de mil páginas de doenças, e se desenvolvermos conexões de unidade e amor, nos curaríamos de todas elas. Alcançar relações de amor e apoio mútuo entre as pessoas nos equilibraria com a natureza no nível humano, o nível mais alto da natureza.

Baseado no vídeo “A Natureza Pode Realmente nos Curar?” com o Cabalista Dr. Michael Laitman e Oren Levi. Escrito/editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman.

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