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Presentes Invisíveis

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que nós precisamos ter esperança de redenção, a qual é impossível sem a nossa esperança?

Resposta: Basta sentir o quanto precisamos dela. Enquanto não temos uma deficiência por alguma coisa, não há Kli; nós não estamos prontos para receber a satisfação desejada.

O Criador está pronto para nos dar presentes, tanto quanto quisermos. Ele exige apenas uma coisa: que tenhamos um desejo por eles, caso contrário, nós não sentimos os presentes. Se você levar um presente para uma pessoa que não precisa, ela não vai sentir qualquer valor nele.

Portanto, nós temos que atingir uma deficiência e, assim, descobrirmos que o presente já se encontra perto de nós, no ar. Todo o espaço que nos rodeia está cheio de presentes; você simplesmente não vê e não imagina o que está acontecendo aqui. Tudo já existe; você só precisa de uma deficiência.

É como se eu tirasse os óculos e não visse nada na minha frente. Como é possível dar algum tipo de presente para uma pessoa em condições como estas? A Luz Superior está em repouso absoluto, mas o presente é revelado num desejo que é apropriado para a Luz. Prepare o seu desejo e o presente será revelado.

Não há necessidade de pedir ao Criador: “Dê-me, dê-me!” No momento, eu começo a preparar a minha deficiência, eu descubro que não estou pronto para fazer isso, e depois vou pedir ao Criador: “Ajude-me a moldar meu desejo para o presente que você preparou para mim”. E o Criador vai ajudar.

Porém, enquanto eu não formar o desejo, não vou sentir o presente. O desejo tem que corresponder precisamente ao presente, à Luz. A redenção não virá; enquanto eu não tiver um desejo completo, uma necessidade pelo Criador, pelo rei do mundo, não haverá sentimento de exílio. A separação do Criador é a morte para mim! Ele deve ser descoberto no meu mundo; caso contrário, eu não vou ser capaz de conseguir o que tanto preciso.

Se eu não tenho esse sentimento de exílio, como a redenção pode vir? Como o presente pode ser revelado, se eu não tenho uma necessidade por ele? Eu devo sentir que estou ansiando por doar e não estou pronto para chegar a isso, então eu sou obrigado a pedir que o Criador me salve, revele a Sua grandeza.

Eu não preciso de Sua revelação, caso contrário eu iria começar a desfrutá-la egoisticamente; sim, eu preciso do sentimento de Sua grandeza. Isso é tudo que eu peço! Assim como é importante que eu saia de férias e relaxe na praia agora, eu devo pensar constantemente em doação e entenda que, para atingir esse objetivo, eu preciso da grandeza do Criador.

Meu desejo precisa receber uma forma acomodada com a revelação do Criador. Eu quero doar ao Criador, sentir dentro do meu desejo como eu doo a Ele, e que Ele tem prazer de mim e doa a mim através desta forma. Desta forma, nós estamos juntos com Ele nesta intenção, na adesão com o outro, na doação mútua.

Não faz nenhuma diferença quem doa e quem recebe. O Criador dá e eu dou; Ele doa e eu doo; ambos são iguais. Não importa quem é o primeiro e quem é o último se há amor entre nós, nossas ações são completamente iguais. Que Ele é o Criador e eu sou a criatura perde todo o significado. O filho é menos importante para sua mãe que ela é importante para si mesma?

Pergunta: Segue-se que o Criador também recebe?

Resposta: O Criador recebe prazer de mim. Mas onde é que Ele desfruta  se Ele não tem nenhum desejo de receber? Ele desfruta meus desejos! É como uma mãe que desfruta de seu bebê porque as coisas estão indo bem para ele. Seu prazer se encontra no bebê.

Agora nós podemos entender como é grande o nosso desejo por prazer. Dentro dele já existe o desejo de doar do Superior, e assim tudo começa e termina com o nosso desejo.

Da 5ª parte da Lição Diária de Cabalá 29/04/14, Escritos do Baal HaSulam

Quando Você Desaparece, Você É Encontrado

Dr. Michael LaitmanPergunta: Onde eu me encontro na conexão entre nós em um ponto de garantia mútua? Eu não me encontro lá! Onde estão as minhas características e gostos? Será que eles desaparecem dentro desta conexão?

Resposta: Especificamente quando você desaparece, você é encontrado. Você só existe nessa forma quando se dissolve na conexão. Será que uma mãe tem alguma coisa sua que não seja o que ela fornece aos seus filhos?

Será que ela precisa de algo seu? Não, é por isso que ela é chamada de mãe, pensando apenas no bem-estar de seus filhos. Bina não tem nada seu. Sua metade superior pertence às Sefirot Keter e Hochma, e sua metade inferior pertence a ZON, e o que é deixado para ela mesma? Ela só tem o ponto de Chazeh, onde Bina calcula o quanto subir ainda mais e o quanto descer ainda mais.

Quanto mais uma pessoa subir a escada de níveis, mais ela vai se parecer com Bina e estender-se ainda mais ao longo de toda a realidade. Toda a sua parte superior chega ao mundo do Infinito, e toda a sua parte inferior abrange todos os níveis inferiores, até a parte mais baixa. Dessa forma, ela cobre toda a criação.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 18/04/14, O Zohar

As Condições Para Romper A Machsom Potencial

Dr. Michael LaitmanPergunta: Será o Tzimtzum a nossa primeira atividade, sem a qual é impossível ir para o mundo espiritual?

Resposta: O Tzimtzum (restrição) é a primeira condição que diferencia este mundo do mundo superior e diferencia uma intenção a fim de receber de uma intenção a fim de doar.

Desta forma, eu saio de uma percepção da realidade física que estou agora, como toda a humanidade, e rompo o Machsom (barreira) que é colocado diante de mim, a fim de começar a sentir e viver em seu outro lado.

O Tzimtzum determina em que lado da fronteira do mundo espiritual eu me encontro. O Machsom é um obstáculo potencial, um nível potencial, acima do qual é necessário dar um salto, a fim de entrar na nova dimensão, no novo mundo. É possível fazer isso através de um Tzimtzum dos desejos. O Tzimtzum exige uma preparação gradual e um grande esforço, com uma grande necessidade de avançar para a percepção de uma nova vida, onde eu só quero ser dirigido de mim mesmo para fora, além da minha natureza.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 29/04/14, Shamati # 141

Quando Você Se Aproxima Do Criador, Você Eleva O Faraó

Dr. Michael LaitmanAo longo da nossa história temos avançado graças ao desenvolvimento do ego. Isto é o que nos torna diferentes dos animais, plantas e matéria inanimada onde o desejo de desfrutar dificilmente se desenvolve.

A pessoa deve ter a liberdade de escolher, ou pelo menos de ser ensinada, de que essa liberdade existe de modo que o ego vai crescer e ela vai se aproximar dele. Quanto maiores os esforços que ela faz em preparar e corrigi-lo, maior o mal que ela descobre.

Portanto, quando a pessoa estuda e faz esforços no grupo, participando do seu trabalho, tentando baixar a cabeça como é exigido dela, ela estabelece diferentes tipos de apoio. Isto é chamado de sete anos de saciedade.

Depois os sete anos de fome são revelados, uma vez que ela preparou seus vasos e agora pode lidar com as revelações desagradáveis ​​em seu desejo de desfrutar. Isso acontece para que ela seja capaz de trabalhar com o seu desejo e descobrir que sua natureza egoísta é sua inimiga. Portanto, Moisés reclama com o Criador que, quando ele começa a falar com Ele e atinge o desejo de desfrutar com sua mente e seu coração espiritual, com a sabedoria da Cabalá, este desejo torna-se ainda pior.

Antes que ele pensava em sua correção, não havia tantas subidas e descidas. Havia apenas pequenos movimentos, como resultado de estar incorporado no grupo, mas depois ele começou a entender que era possível se aproximar do Criador, ao conectar e estabelecer uma nação. Quanto mais a pessoa se aproxima da linha direita, do Criador, do valor da doação, da consciência de que a força superior é o atributo mais sublime e nada além disso, mais forte a linha de esquerda e o Faraó despertam nela.

Isso acontece para que a pessoa permaneça equilibrada, seja capaz de estabilizar o seu estado no meio entre estas duas linhas, e descubra quem e o que ela é. Portanto, Moisés reclama, com razão, que as pessoas se sentem pior desde que chegou ao Criador. A razão é que no momento que Moisés se aproxima do Criador, o Faraó cresce a fim de manter o equilíbrio entre o Criador e o Faraó. Não podemos esquecer isso.

Moisés vem ao Faraó para falar em nome do Criador, o que significa que ele entende que o seu objetivo é se aproximar do Criador. Como resultado, tudo se torna pior, e só o equilíbrio entre essas duas forças pode ajudar aqui. Isto significa que os dois polos tem que estar conectados e nós devemos perceber que ambos vêm do Criador, que não há outro além Dele, e que nós temos que seguir os dois, o que significa a linha do meio.

Não devemos esquecer que as duas linhas devem ser incorporadas na linha média, até que um terceiro parceiro venha, as conecte e complete. Isso significa que há uma guerra constante.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/04/14, Escritos do Rabash

Um Ponto Que Revela O Mundo Superior

Pergunta: O que deve ser o trabalho interior de uma pessoa durante as refeições?

Resposta: Cada um de nós deve trabalhar constantemente internamente, e não faz diferença se é durante uma refeição ou não. Eu sempre tenho que trabalhar para estar no centro do grupo internamente e procurar o Criador escondido lá. E diz-se, “um Deus escondido”, “o Superior está se escondendo”.

Eu só preciso trazer-me ao ponto de conexão, de adesão e, em seguida, expandi-lo constantemente, sentindo nisto muitos atributos, sentimentos, sons e luzes, o que significa descobri-lo.

Quanto mais eu esclarecer o ponto de adesão, onde o Criador está, mais profundo eu mergulho nele e mais cedo eu começarei a sentir os seus atributos e a combinação entre eles, e, assim invocarei a influência da Luz superior sobre mim mesmo. Então eu descobrirei uma passagem especial para o mundo superior.

É com isto é que temos de envolver-nos e não só durante a refeição.

Aos poucos, o ponto de adesão começará a se expandir, e a partir deste ponto central da criação, isto vai se tornar o primeiro mundo de Assiya, e então o mundo de Yetzirah, Beria, etc.. Eu começarei a unir as almas individuais dentro de mim em uma só alma geral, sobre os níveis do inanimado, vegetativo, animado e falante. Isto será gradualmente revelado na vida, uma ligação completa entre os sentimentos e entendimentos, e é um trabalho contínuo.

As refeições, reunião dos amigos, e a divulgação apenas adicionam as suas formas extras para a busca interior. Todo o nosso trabalho tem que ser focado neste único ponto.

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Da Lição Diária de Cabalá em 17/4/14, Perguntas e Respostas com Dr. Laitman

Sal Simboliza Uma Aliança Forte

A Torá, “Levítico” 02:13: E toda oferta de cereais feitas a ti temperes com sal; nem deverás sofrer o sal da aliança do teu Deus a faltar desde a tua oferta de cereais; com todas as tuas ofertas tu hás de ofertar o sal.

A Torá atribui grande importância ao sal. Mesmo em nosso mundo, vemos o quanto é importante; é impossível viver sem ele.

O sal é o único conservante natural do mundo que mantém tudo. As pessoas costumavam colocar sal em produtos alimentares, a fim de preservá-los. Hoje açúcar também é adicionado como conservante de alimentos, mas este não é o método natural de preservação em que eles usaram apenas o sal.

Sal preserva tudo, por isso é chamado de um pacto de sal, a união de sal. Porque o sal era dispendioso no passado, seu preço era o seu peso em ouro.

Se eu fizer uma aliança com alguém, como o Criador, por exemplo, trazendo-lhe pão como uma oferenda, o que significa a minha parte corrigida, eu tenho que trazer pão com sal. Isso significa que eu realmente corrigi meu desejo.

Espiritualmente, isso significa que eu alcancei o fim da correção de um certo desejo, o que significa que eu tenho corrigido todo o ego que foi revelado em mim em um certo ponto, como o altruísmo. Ao mesmo tempo, eu também calculo que essa correção não é final, e isso é simbolizado pelo sal.

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Da KabTV, “Segredos do Livro Eterno”, em 27/11/13

O Mar Morto É A Personificação de Malchut

Pergunta: De acordo com a geografia cabalística, o Mar Morto simboliza Malchut?

Resposta: O Mar Morto (em hebraico, o Mar de Sal) é o mais baixo ponto da Terra. Tem que ser salgado, pois o sal é o mais baixo, mais essencial, que não permite a deterioração da substância alimentar.

O que nós consumimos em sua forma natural, da natureza? Água e sal. Água e sal são o material do Mar Morto.

Malchut é a personificação de toda a natureza inanimada, então não há realmente nenhuma vida no Mar Morto com exceção de algumas bactérias. Mas hoje o mundo está em um estado que as bactérias existem em diferentes formas e podemos certamente logo descobrir que elas também tem sido descobertas em Marte.

Mas a vida ordinária não pode existir no sal, pois é um conservante que corrige todos os atributos. Ele não permite que nada se desenvolva. É um atributo puro de Malchut. A água do Mar Morto, o que significa o atributo de Bina, destina-se apenas para o sal crescer e simboliza o uso dos mais leves despertamentos altruístas por causa do ego. Usando o Criador para si mesmo, esta é a adição de água ao sal.

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Da KabTV, “Segredos do Livro Eterno”, em 11/27/13.