Mundos Se Separando

264.01O desejo de desfrutar determina tudo para o homem: o que ele vai sentir, até onde vai sentir o espaço ao seu redor e como nomear tudo o que sente. Ou seja, o desejo do homem determina seu mundo porque ele não consegue sentir que está além do desejo e, portanto, parece não existir para ele.

Portanto, se o desejo de uma pessoa não é desenvolvido, está no grau inanimado, seu mundo é limitado pela estrutura do grau inanimado. É como um bebê cujo mundo é minúsculo e não vai além do berçário, mas é o suficiente para ele, e ele fica satisfeito.

Assim, vivemos em um mundo cujos limites são determinados pelas limitações de nossas qualidades, e estamos convencidos de que não há nada além disso. Antigamente as pessoas pensavam que a Terra era um disco plano e o universo uma esfera rígida com a borda deste mundo cobrindo-a como uma tampa acima da qual não havia nada.

Até agora, nosso conhecimento do mundo foi limitado por nossa realização. Esperemos que em breve possamos abrir suas fronteiras e entendermos em que tipo de mundo realmente estamos.

Nosso desejo de desfrutar está em constante evolução, empurrando a cada vez os limites da realidade que sentimos para novos limites. Chamamos esses limites de mundos. E como nosso desejo se desenvolve em quatro graus: 1-2-3-4, percebemos o mundo que parece existir ao nosso redor em quatro níveis: 1-2-3-4.

Antigamente, toda a humanidade existia como um todo, um corpo, mas então fomos divididos em muitos corpos pequenos. É por isso que cada um de nós sente e percebe uma realidade diferente.

O objetivo é voltar a ser um só corpo, colado como pedaços de plasticina. Nesta forma, começamos a sentir uma nova realidade unificada que parece real. Ela é dominada por uma força superior que controla essa realidade e a apoia. Não há grande multidão de forças como cada fragmento sente. Chegar a esta conexão é o objetivo do nosso trabalho e desenvolvimento.

Nós existíamos como um corpo comum que se quebrou em muitos fragmentos como resultado do Big Bang. E se nos esforçarmos para retornar a esse estado de unidade, começaremos a sentir uma força única e cada vez mais unificada, bem como a obter compreensão, realização. Toda a história da humanidade e a realidade moderna com seus problemas e guerras destinam-se apenas a nos levar à compreensão da necessidade de união. A natureza nos empurra para isso.

Quanto mais nos aproximamos uns dos outros e sentimos cada vez mais claramente nosso dever de nos conectar, começamos a entender a força interior que nos controla, nos aproxima, nos preenche e, finalmente, nos leva à realização da verdadeira realidade.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 11/01/23, Zohar para Todos, “Introdução ao Livro do Zohar”, “O Condutor de Burro”