Pergunta: O pioneiro da pesquisa no campo da neurociência, Benjamin Libet, provou que a decisão de uma pessoa surge antes dela tomar uma decisão, que o cérebro está 100 – 200 ms à frente da consciência. Acontece que o que vem de fora vem junto com a reação a isso.

Parece uma revolução. Não há escolha, não há liberdade. Estou recebendo algum tipo de golpe e minha resposta a esse golpe já está embutida nele. Onde estou aqui?

Resposta: Não existe “eu”. Por que você acha que toda pessoa tem algum tipo de “eu”, que deve imaginar que tem sua própria opinião, sua própria reação, compreensão e resposta ao que está acontecendo?

Comentário: Mas o homem está pensando, raciocinando.

Minha Resposta: Eu entendo você. Mas não tem nada a ver com a verdade.

Tudo o que sentimos está representado em nossa consciência, subconsciência, superconsciência, não importa como você chame, mas tudo isso só aparece para nós.

Pergunta: O que você quer dizer com “aparece”? Meu cérebro funciona, é dado a mim para alguma coisa. Por que a mente nos foi dada? Para perceber, tomar uma decisão. Existem fórmulas que conhecemos desde a infância.

Resposta: É para você anular seu cérebro, sua consciência, e aceitar que você está em uma consciência superior.

Pergunta: Então minha única consciência deveria ser que minha mente foi dada para que eu alcance a consciência superior?

Resposta: Sim.

Comentário: Ainda assim, há livre arbítrio aqui.

Minha Resposta: A liberdade está apenas no fato de você querer pular mais alto do que você mesmo, em querer sentir o mundo superior na qualidade de doação e não na qualidade de recepção, em elevar-se acima de seu egoísmo.

Comentário: Enquanto vivo na qualidade da recepção, vivo dentro da razão, dentro da lógica e assim por diante. E você diz que é tudo para eliminar a razão.

Minha Resposta: Deve ser removida. A razão é dada para anulá-la e, em vez disso, dominar a mente superior.

Pergunta: O que essa mente superior fará se eu a dominar? O que isso fará comigo, com o meu “eu”?

Resposta: Ela vai lhe ensinar a qualidade de doação, a ligar toda a criação dentro de você, para imaginar todo o universo como um único todo. É quando você verá um mundo totalmente novo.

Pergunta: Só chegarei a um estado em que tudo ao meu redor seja um todo único, um organismo único, se eu deixar de receber para mim mesmo e passar a doar aos outros? É por isso que tudo me é dado?

Resposta: Sim.

Pergunta: E o fato de que os cientistas estão abordando isso, isso fornece alguma coisa?

Resposta: Não. Eles sentem que algo está errado; eles vagaram para o lugar errado, mas não podem concordar e entender isso porque internamente não foram construídos para isso. Eles não têm as qualidades de doação, amor e conexão com os outros com base nas quais começariam a ver o universo correto.

Pergunta: Então, todas as nossas descobertas científicas, de uma forma ou de outra, estão apenas no campo da nossa mente?

Resposta: Somente, no nível do nosso mundo.

Pergunta: Por que precisamos de cientistas, então?

Resposta: Para ficar desapontado em todas as ciências.

Pergunta: Então você vê a necessidade de eles chegarem a um beco sem saída e desapontamento?

Resposta: Como resultado, veremos que tudo isso não nos dá nada, nem a Lua, Marte, Vênus, nem todas essas criaturas subterrâneas, acima do solo, naves espaciais, etc.

A ciência é completamente desnecessária. Só podemos entender a verdade quando nos unimos em um todo.

Pergunta: Vamos nos unir em um todo apenas quando a mente superior vier até nós, quando pudermos atraí-la?

Resposta: Quando quisermos que ela venha até nós, lentamente começaremos a ver a luz. Ela lentamente começará a se desenvolver em nós, e então será uma verdadeira ciência.

Pergunta: Então, nossa ação principal é querer?

Resposta: Sim.

Pergunta: Acabamos de dizer que surge um problema e depois vem sua solução. Agora você disse: “Nosso principal problema é querer”. Onde está a solução aqui?

Resposta: Significa que devemos apenas tentar explicar um ao outro e apoiar um ao outro para que possamos chegar a uma conexão, a uma conexão completa entre nós. Então a ajuda virá porque seremos um organismo completamente diferente: um, inteiro.

Pergunta: Apesar de fazermos isso quase automaticamente, falaremos o tempo todo e avançaremos nessa direção?

Resposta: Digamos que apenas falaremos sobre isso, mas não seremos capazes de fazê-lo. Mas de nossas conversas, gradativamente, eceberemos um impacto externo, e isso nos tornará um todo único.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 25/08/22

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