Justificando O Princípio Da Abordagem Científica

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como a exigência de justificar tudo o que acontece tem relação com a abordagem científica usual da Cabalá?

Resposta: Trata-se de como devemos ver corretamente a realidade. Isto é o que nós aprendemos. Um cientista pode tentar mudar as ferramentas que tem: produtos químicos, se for uma experiência química, ou os microscópios e telescópios, mas aqui ele é informado de que se ele quer alcançar a causa inicial dos fenômenos, ele pode fazê-lo apenas por uma equivalência de forma.

Essa é a única maneira de começar a trabalhar com as duas forças da natureza: a força de recepção e a força de doação, o positivo e o negativo universal. Estas duas forças são a base de toda a criação. É possível encontrá-las apenas através da equivalência e o equilíbrio entre as duas, o que é conseguido através da equivalência gradual entre elas.

Nós descobriremos que essas duas forças se encontram e se contradizem entre si dentro de nós. Tudo o que sentimos agora, a nossa existência e a existência de todo esse mundo, é o resultado dessas duas forças que se juntam e não podem chegar a um estado de equilíbrio entre si. Mas esse desequilíbrio é revelado num intervalo que possamos descobrir. Se conseguirmos equilibrar essas duas forças, agora, nós nos tornamos a linha do meio que vai entre elas e inclui ambas dentro de nós. Então, nós vamos ver o estado real.

Pela conexão certa e a integração das duas, levando-as à equivalência de forma, servindo como um adaptador no meio, nós estabelecemos o ponto de nossa existência em que a realidade se abre diante de nós neste ponto, neste nível, nesta escada, na linha do meio. Assim, nós descobrimos a imagem da verdadeira realidade. Isso é chamado de sabedoria da Cabalá: o equilíbrio na linha média em cada ponto da nossa existência.

Esse cientista é chamado de Cabalista. Aquele que atinge o equilíbrio de forças e quem as controla, verificando e estudando-as, e trabalhando com elas através de suas pesquisas, seu esforço, seu trabalho com as ferramentas mais íntimas, com os desejos, e não com o equipamento externo, mas com os seus vasos internos.

Acontece que ele não precisa de física, química, ou todas as outras ciências externas, uma vez que ele muda a natureza desde a sua base. Ele não precisa de todos os métodos superficiais para gerir a sua vida e controlar alguns fenômenos naturais. Isso é tão estranho e inútil comparado com o estado que ele se encontra.

Justificar cada estado significa alcançar a raiz da criação em cada estado, em cada nível. Quando essas duas forças estão equilibradas, eu vejo como a força de doação está vestida na força de recepção de acordo com a lei de equivalência de forma entre elas. Então eu vejo o que acontece na força de doação, no ser criado, na medida em que ele se identifica com e está aderido à força superior de doação, ao Criador. Então eu justifico a criação na medida em que o ser criado atinge o nível do Criador, ou seja, o estado absoluto do bom e benevolente.

Nesse meio tempo, enquanto eu não tiver alcançado uma correção na qual sinto e descubro o Criador como o bom e benevolente, meus estados são chamados de estados de trabalho. Eu tenho que justificá-los também, o que significa tentar e alcançar a justificação. Eu não posso dizer que o Criador é bom e benevolente e, ao mesmo tempo gritar de dor. É apenas “de Suas ações O conheceremos”. Eu não sei o que é o bom e o benevolente se não o tiver atingido. O bom e o benevolente é diferente em cada estado.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 19/12/13, Shamati # 15 “O Que Significa ‘Outros Deuses na Obra””