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Uma Ferramenta Para Detectar O Criador

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como podemos estabelecer a mesma atitude para O Livro do Zohar como a atitude que estamos a tentar estabelecer nos nossos workshops? A questão é que na educação integral subitamente sentimos que carecemos de uma fonte e que se acrescentássemos O Livro do Zohar ao workshop isso nos elevaria a um novo nível …

Resposta: Isso vai acontecer. Devemos ver O Livro do Zohar como o adaptador entre o Criador e nós. O Criador insere este livro em nós, o livro abre e edifica-nos, e com sua ajuda ele é revelado.

O Livro do Zohar é uma ferramenta. Ele não é um livro no sentido vulgar, mas uma reunião de meios para descobrir o Criador no ser criado.

Mas o livro pode ser revelado somente num grupo que está pronto. O Zohar constrói-nos, mas deve haver a preparação certa para O Livro do Zohar começar a operar.

Pergunta: Há uma certa ilusão quando se senta à frente do livro e não num círculo de amigos que o estudo de O Zohar é um estudo individual. Como podemos superar isto em prol de sentir que estamos num círculo ao redor de O Livro do Zohar com o inteiro vaso global?

Resposta: Deves falar sobre isso antes da aula. Isto é chamado uma intenção antes do estudo e também durante o estudo. Isso tem de vir de dentro. Tanto as Luzes como os vasos são clarificados do interior. Nenhum conselho externo ajudará aqui. Isto está claro.

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Da 2ª parte da Aula Diária de Cabala 01/06/14O Livro do Zohar — Excertos Selectos, Parashá, “VaYikahel

 

A Zona Neutra

Pergunta: Conexão é alcançada pela anulação total de cada indivíduo a completo zero. Mas qual é a diferença entre isto e a psicologia vulgar?

Resposta: A diferença é muito simples: perante quem nos anulamos a nós mesmos? Eu anulo-me a mim mesmo perante os outros e eles se anulam a si mesmos perante mim, mas e depois? Esta é a condição para revelar a força da Luz.

A auto-anulação de todos perante todos os outros cria um ponto neutro no centro do círculo no qual não há forças egoistas que operem. Este é o ponto do nosso desejo mútuo geral, uma vez que nos conectamos e neutralizamos o nosso ego. Estabelecemos a nova realidade neste ponto, um novo espaço no qual descobrimos a força superior.

 

Todos os nossos desejos estão concentrados no centro do círculo no qual há a força do desejo, conexão, auto-anulação, união e garantia mútua. Por outro lado, diz-se que não há um lugar vazio e que há sempre uma certa qualidade, uma certa força. Mas aqui no centro, não há nada.

Um lugar chamado desejo. Aqui o nosso desejo colectivo está concentrado, mas é como se estivesse anulado, dado que nenhum de nós quer usar o seu próprio desejo, e só quer doar sobre os outros. Assim criamos um novo lugar especial numa dimensão diferente, numa altura diferente.

Começamos de Malchut, e então Zeir Anpin, Biná, Chochmá, até que alcançamos Keter, a ponta daYod. Isto significa que a partir de dez esforços que fizemos (Yod significa o numero 10 em hebraico), alcançamos a ponta da Yod, na qual o Criador é revelado. Esta é a essência do centro do grupo, no qual construímos um novo espaço, uma nova dimensão com atributos especiais pelos nossos esforços e nossa anulação. É aqui que a força superior pode ser revelada.

Então somente após a quebra e a correcção recebemos um meio, um vaso, no qual o Criador é revelado. Caso contrário é impossível o revelar dado que não temos um sensor para o detectar, nenhum sentido natural para o sentir. Ele parece somente quando o estabilizamos desta maneira: Todos somos egoístas, mas queremos nos elevar acima do nosso ego e nos anular a nós mesmos perante todos os outros. Queremos tudo isso em prol de nos assemelharmos ao Criador, queremos adquirir a Sua forma e Seus atributos de modo a nos assemelharmos a Ele.

Assim, criamos um novo estado no centro do grupo chamado um ventre, Shechiná. Somente pela nossa anulação mútua podemos criar  o novo espaço com os novos atributos numa nova dimensão que não existia anteriormente em Malchut de Ein Sof (Infinito). Este espaço para a revelação do Criador aparece somente agora graças aos nossos esforços.

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Da 1ª parte da Aula Diária de Cabala 01/02/14, Lição sobre o Tópico: “9 Degraus”

Graus De Garantia Mútua

Dr. Michael LaitmanTudo o que precisamos é seguir a condição da garantia mútua entre nós. A partir do momento que começamos a observá-la e à extensão da nossa complacência a ela, começamos a aproximar-nos da meta. Todos os 125 degraus da escada espiritual, do mundo de Assiya ao mundo do Infinito, são os níveis da nossa garantia mútua, da nossa crescente conexão mais forte uns com os outros.

Nossa entrada no primeiro degrau, o primeiro nível espiritual, depende inteiramente de nós alcançarmos a garantia mútua como no Monte Sinai. A Doação da Torá vem do Alto, e a garantia mútua tem de vir de baixo, de nós. Então, o “despertar do Alto” e o “despertar de baixo” ocorrem juntos, e o Criador e a criatura começam a aproximar-se. O Criador aproxima-se das Suas criações e a criação avança para o Criador até que se fundem num que é chamado o estado da Correcção Final (Gmar Tikkun).

Desta forma, nossa tarefa é alcançar garantia mútua. Se queremos a Luz que Reforma, ou seja, a Torá nos influencie, temos de saber que ela se manifesta a si mesma somente ao grau de garantia mútua entre nós.

Até que comecemos a criar pressão interna para nos tornarmos parte uns dos outros, nos conectarmos e alcançarmos a garantia mútua, a Luz não começará a nos influenciar e corrigir. A Luz modifica somente o nosso desejo de conectar e alcançar o estado de garantia mútua à extensão que a procuramos.

Tudo o que precisamos e tentar e esforçar. Isto é chamado uma “oração,” um desejo, uma exigência, um pedido para alcançar uma conexão especial que é chamada “garantia mútua.” Quanto mais queremos nos aproximar uns dos outros, mais fortemente sentiremos que somos incapazes de alcançar união.

A Luz influencia-nos com o seu lado oposto: ela dá-nos um desejo inicial, uma chance que é chamada “colocar nossa mão no bom destino e nos direccionar a o tomar.” Ela dá-nos as ferramentas: um professor, livros e puxa-nos para nos conectarmos.

Ao mesmo tempo, a Luz repulsa-nos uns dos outros ao criar uma tensão entre nós. Por um lado, é nos dito que nos temos de conectar, mesmo que não nos seja atractivo, temos de brincar como se nos tentássemos unir. Somente se um grupo compreende este princípio e entende que este passo é essencial, ele pode avançar.

Isso leva tempo. Por vezes leva-nos anos a considerar esta condição como um pré-requisito sério. Ela é a condição mais dura uma vez que é oposta à nossa natureza. Se nos reunirmos ao redor da noção de “garantia mútua,” isso significa que finalmente apanhámos a extremidade da corda, o ponto final de um feixe que está espalhado do mundo do Infinito a este mundo.

Estamos a começar a perceber que somente através da nossa conexão e ao grau de alcançarmos garantia mútua podemos prolongar a um vaso espiritual no qual eventualmente revelaremos o mundo superior, eternidade, e o Criador. Todas estas coisas se revelam aqui e agora, nesta vida.
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Da 1ª parte da Aula Diária de Cabala 12/31/13, Preparação para a Convenção

 

O Poder Do Livro Do Zohar

Dr. Michael LaitmanPergunta: Porque lemos O Livro do Zohar?

Resposta: Nós usamos-o como um meio de avanço espiritual no grupo.

Antes de mais, desejos receptores manifestam-se a si mesmos num certo grupo de pessoas. Desejos descretos, quebrados, consideram-se uns aos outros na sua forma física, isso permite-os estabelecer um primeiro contacto. Eles reunem-se num grupo e estudam O Livro do Zohar.

Um desejo quebrado como que “aspira” a aqueles que estão mais alto. Estudos comuns e exploração conjunta correcta do nível superior sob a orientação de um professor desencadeia maiores mudanças nos amigos. Eles tentam obter vasos de uma linha recta, então, a Luz sai dos círculos e vai para o vazio dos seus desejos de longe na forma da Luz Circundante até que eles se transformem numa linha recta.

Isto, na realidade, é o propósito dos nossos estudos. Quando acontece, estudaremos os mesmos textos e Luzes que transitam de estados externos para internos e tornam os vasos circulares em vasos de linha recta nos nossos vasos modificados e corrigidos.

Assim, O Livro do Zohar é um remédio especial que usamos sem ter uma ideia clara exactamente de como ele nos influencia. Contudo, isto não é importante, uma vez que ele ainda funciona.

Pergunta: Porque é o Zohar mais poderoso neste contexto que a Torá?

Resposta: O Livro do Zohar é mais forte que a Torá porque o seu estilo e forma são devidos ao período que se seguiu à destruição do Templo.

Antes, o povo de Israel estava no nível de Mochin de Chayia, ou seja, no seu fim da correcção pessoal. Então, eles cairam desta altura para ocultação. Como resultado, os Cabalistas estavam no estado quebrado de todos e ao mesmo tempo, eles subiram acima de todos. Eles rendem esta diferença entre as duas “extremidades” da realidade, entre o mundo do Infinito e o nosso mundo. Os filhos de Israel cairam no fundo, no mais duro egoísmo, enquanto os Cabalistas do grupo de Rabbi Shimon estavam topo. Como consequência, a diferença entre eles e o povo de Israel prolongou-se de menos infinito a mais Infinito.

Mais tarde, durante o exílio até à sua conclusão completa, os vasos do povo de Israel tinham de se misturar com outras nações e trazer centelhas espirituais a elas.

A Torá é diferente. Moisés escreveu o Pentateuco do nível do fim da correcção. Ele estava acima de todos os outros, contudo, o resto da nação não estava no mesmo estado que ele nessa altura. O povo tinha acabado de sair do Egipto, o estado chamado “Egipto” ainda não é a quebra. No “Egipto,” um simplesmente revela o seu pequeno estado, não a destruição inteira durante a qual a santidade se mistura com a impureza, a “agita,” assim deixando as pessoas corrigirem os seus defeitos e “inchaços como com levedura.” Devido ao facto de que o povo não alcançou este estado, Moisés não podia revelar e explicar o processo inteiro da correcção no Pentateuco. Ele só revelou o que tinha acontecido até então.

Em geral, cada degrau inclui todos os outros. Uma parte e o todo são iguais. É por isso que a Torá, é claro, contém tudo, mas, ela é apresentada de uma maneira que é impossível usar para na completa medida para a correcção das almas. Um não consegue extrair a Luz que Reforma almas quebradas do Pentateuco, uma vez que o êxodo do Egipto ocorreu antes da quebra. Somente uma pequena parte dela foi revelada na Antiga Babilónia, isso permitiu conectar os “antepassados” (GAR), um fardo dos seus corações, e então dar à luz aos “filhos” (as tribos de Israel) depois do êxodo do Egipto ter tomado lugar. As eras dos dois Templos e o último exílio sucedeu-se a estes eventos.

Assim, O Livro do Zohar está escrito de um estado totalmente diferente sendo a máxima diferença entre a altura de cento e vinte e cinco degraus e a quebra final dos filhos de Israel. Não entremos em detalhes e condições espirituais dessa época. Tudo o que importa agora é que este livro corresponde completamente a o que está embutido na natureza.
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Da 4ª parte da Aula Diária de Cabala 12/19/13Escritos de Baal HaSulam