Baal HaSulam, “Introdução ao Livro do Zohar“: E ainda, nós entendemos que de acordo com o Pensamento da Criação, não havia necessidade de criar algo mais do que o desejo de receber. Isto porque a nova criação é suficiente para Ele satisfazer todo o Pensamento da Criação, que Ele tinha pensado em doar-nos. Mas todo o preenchimento no Pensamento da Criação, todos os benefícios que Ele tinha planejado para nos render, derivam diretamente de sua essência (Atzmuto), e ele não tem motivos para recriá-los, uma vez que já são extraídos, existência a partir da existência, ao grande desejo de receber nas almas. Assim, evidentemente, nós vemos que toda a substância na criação gerada, do começo ao fim, é apenas o “desejo de receber”.

Baal HaSulam enfatiza que há Atzmuto, a raiz original, a partir da qual a ação se origina. A ação do Criador é o ser criado. Mas os seres criados não se originam do próprio Criador; Ele os cria a partir do nada. O que vem de Deus é a decisão, mas o “material” a partir do qual eles são criados, é produzido a partir do nada. Este é o ato de criação. O Criador fez só isso.

Nós somos incapazes de compreender e fazer isso. Nós revelamos cada pensamento, cada decisão, tudo onde a atitude de Atzmuto em relação à criação se expressa. Isto é o que não sabemos nada. No entanto, nós descobrimos a Sua atitude em relação a nós. Isso é chamado de “pensamento da criação”.

Pergunta: Será que nós criamos algo novo que não estava na criação? Caso contrário, como é que nos tornamos semelhantes ao Criador?

Resposta: Não. Nós nos tornamos semelhantes a Ele pelas propriedades, mas não pela criação. Sendo Seus seres criados, não podemos criar nada de novo. Nós acumulamos, unimos forças, para que a equivalência do Criador seja formada em nós. No entanto, isso não pode ser chamado de uma “nova criação”, porque nós usamos as forças e os “materiais” que foram criados. Nós não criamos.

Pergunta: Mas a revelação do Criador, não é criação?

Resposta: Não. O conceito de “criação” (Beria –בריאה ) significa algo externo, estendendo-se para além dos limites do existente (Bar –בר ), “existência a partir da ausência”. Nós já usamos os meios existentes e realizamos a correção, imitando a criação. Nós revelamos o que já existe e, assim, voltamos ao mundo do Infinito.

Da 4^a parte da Lição Diária de Cabalá 30/12/13, Escritos do Baal HaSulam

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Quando nós avançamos em nosso trabalho, primeiro temos que aceitar que não há mal sem bem e que não há nenhuma bondade sem mal. Nós temos que atingir o estado final onde todo o mal é revelado e oposto a ele todo o bem, “a vantagem de um sustenta o outro como Luz na escuridão”. Quanto maior a escuridão, melhor a chance que temos de descobrir uma Luz maior, em contraste com ela.

Isto é como a criação é organizada, porque nós sempre encontramos nela duas forças, duas partes, dois atributos, que são, basicamente, o Criador e o ser criado.

Portanto, se quisermos avançar, temos que saber de antemão que podemos fazê-lo apenas aumentando a força negativa e a força positiva em contraste a ela. Mas a força negativa cresce primeiro, como se diz: “E foi a tarde e a manhã, o primeiro dia”. Portanto, elas continuam aparecendo alternadamente, a força negativa e a força positiva, negativa e positiva.

O nosso papel é encontrar o lugar para a linha do meio, onde podemos existir e determinar nossos estados equilibrados. Este equilíbrio só é possível se nos unirmos e nos conectarmos. Em seguida, cada um acrescenta o seu próprio estado a todos os outros, e, assim, levar todos a um estado de equilíbrio.

Se examinarmos o ponto de equilíbrio, nós descobriremos HaVaYaH nele que é direto e oposto, as dez Sefirot da Luz Direta e as dez Sefirot da Luz de Retorno, que é uma estrutura espiritual completa chamada de Partzuf. Esta é a estrutura que atinge o estado de equilíbrio.

É um princípio fundamental: duas forças opostas que atingem um estado de equilíbrio e, assim, estabelecem toda a realidade.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 27/12/13

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Há apenas uma força que me atrai para a realidade, juntamente com todas as pessoas e este mundo. Eu preciso chegar ao estado em que vou ver, na realidade, a única força que o opera. Embora este mundo permanecerá na minha percepção, eu vou, no entanto, ver apenas uma força que se veste nele e o opera.

Portanto, por que tantas pessoas, animais e este imenso universo me cercam? Por que o mundo se divide numa quantidade enorme de partes, em vez de ser um único desejo material? Porém, é especificamente lá onde a singularidade deste mundo reside, isto é, que nos parece estar separado do mundo espiritual. Essa imagem, especificamente porque é imaginária e não existe em conexão com o Criador, pode ser vista em nós, mesmo quando chegamos ao Gmar Tikkun (fim da correção). Esta é uma forma muito especial de realidade.

Assim, nós ascendemos a escada espiritual e vemos como o Criador está vestido em todo o mundo, que está no mesmo nível que nós. O Criador governa todos os atributos dos mundos superiores, mas ainda assim este mundo permanece. Esta forma corpórea permanece, aparentemente fora do espaço espiritual. Eu posso sentir os níveis espirituais que são muito diferentes, que diferem muito um do outro, mas a forma do mundo corporal permanece intacta em meus cinco sentidos.

Esta é a maravilha que nos permite trabalhar com a percepção da força superior.

Da 1^a parte da Lição Diária de Cabalá 19/12/13, Shamati # 15 “O Que Significa Outros Deuses na Obra”

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Pergunta: O que é um esforço correto?

Resposta: O nosso nível de espiritualidade está fora dos limites do reino espiritual. Nosso nível é único por causa das possibilidades que oferece e é muito mais importante do que todos os outros níveis espirituais, uma vez que apenas em nosso nível é que a combinação milagrosa dos desejos de receber e doar existe. Nenhum outro nível tem isso.

Só no nosso nível, jogando como crianças, nós podemos ficar mais inteligentes e maduros. É semelhante a uma criança neste mundo que não desenvolveu sentidos, um intelecto, qualquer entendimento ou conhecimento da forma como os grandes sistemas ao redor dela funcionam, e ainda assim, de repente, a criança se torna inteligente. Em outras palavras, a criança roda esses sistemas inconscientemente, sem qualquer ideia de que eles existam, sem uma pista que determinado estado ela deve alcançar. Ela não sabe nem vê nada; tudo que ela faz é jogar, porque é impulsionada por seus instintos naturais para crescer.

Falta-nos esse tipo de aspiração natural; fora isso, nós somos apenas como crianças. Nós temos todos os meios que nos permitem atingir esse desejo. Se formos permanentemente aquecidos pelos que estão a nossa volta e se acendermos a nossa inveja, luxúria, ambição, e um desejo de ser melhor do que os outros, nós começamos aspirar a algum objetivo que ainda é desconhecido para nós. Nós não temos ideia do que queremos receber; no entanto, parece-nos que os outros têm algo que nós não temos.

Nós já temos todas as qualidades e desejos que foram dados a nós pela natureza. Tudo o que nós precisamos é organizar essas qualidades e desejos corretamente, para construir um sistema de relações entre nós, para que os nossos amigos continuem a nos inspirar com a grandeza do objetivo, e nos preocuparmos que os outros já estão à nossa frente.

Mais tarde, eles me mostram um exemplo de como ajudar uns aos outros, sugerindo que essa atitude é extremamente importante e leva à espiritualidade. A inveja é a principal coisa aqui! Nosso egoísmo é inflamado pela inveja e sofre muito. Se nos conectarmos firmemente com o ambiente e conseguirmos entender que não há para onde fugir, então, mesmo que a inveja seja uma sensação negativa, por natureza ela não nos empurra para trás, mas sim nos puxa em frente e nos leva ao sucesso.

Obter esse desejo já é um sucesso. O desejo não é nosso. Nós o recebemos do grupo como recompensa por não fugir deles, mas sim por curvar a cabeça diante deles e agarrar-se a eles. Todos estes métodos podem ser puramente materiais, na medida em que podemos até mesmo pagar os amigos pelo desejo que recebemos deles em troca, como o rabino Zushi, que contratou músicos de rua para que eles pudessem inspirá-lo. Ou nós podemos cozinhar uma refeição para os nossos amigos, inserindo assim nossos esforços para que eles, no final, nos influenciem de volta.

Nós recebemos uma aspiração espiritual de nossos amigos, mas, na verdade, ainda é um desejo de sucesso material, uma vez que tudo o que nós queremos é nos tornar mais significativos, mais inteligentes, melhores em tudo. Não importa o quanto nós tentamos, nós simplesmente não podemos pensar na espiritualidade, uma vez que ainda estamos no egoísmo, neste lado da Machsom. No entanto, isso já é forte o suficiente para atrair a Luz que Reforma.

Acontece que, neste nível, nós temos a oportunidade de trabalhar e influenciar o próximo passo que está acima de nós e atrair a Luz de lá, como um ímã que atrai as coisas que estão no outro quarto através das paredes.

Realmente, como pode a Luz nos influenciar, se não estivermos adaptados a ela? Nós somos opostos à Luz como se estivéssemos em antimundos. No entanto, tudo está configurado de forma que a transição entre as duas fases, entre nós e o nível espiritual mais próximo, de onde recebemos as centelhas de Luz, é apenas um obstáculo. A luz pode nos afetar e mudar de acordo com a sua natureza, com o desejo do Nível Superior. Assim, nós podemos concordar com isso e começar a entrar nesse nível mais alto, como um feto entra no ventre de uma mãe, e então crescemos primeiro para um estado pequeno e, depois, para um “estado grande” (Ibur – Yenika – Mochin), até que completamente nos fundimos com ele.

É por isso que devemos valorizar o estado que estamos neste momento e usar corretamente o nível que é chamado de “este mundo”: toda a humanidade, os nossos entes queridos, nossos vizinhos, nossos estudos, nossos grupos. Não há nada que nós realmente precisamos mais do que isso. Nós já temos todas as coisas essenciais à nossa disposição; nós só temos que organizá-las corretamente.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/11/13, Escritos do Baal HaSulam

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Os esforços que são necessários para o nosso progresso estão além dos poderes humanos, porque o desejo de desfrutar por si só não pode libertar-se do egoísmo. No entanto, nós podemos agir de uma maneira que nos movemos em direção à correção para o melhor da nossa capacidade nas circunstâncias que foram preparadas para nós pela Luz.

Até agora, nossos esforços estão associados com o nosso nível atual, ou seja, estão nos níveis inanimado, vegetal e animal. No entanto, se fizermos todos os esforços necessários no nível animal, a Luz Superior vai começar a nos influenciar e mudar. A quantidade de esforço necessário será ultrapassado e a Luz Superior irá terminar o trabalho, como é dito: “eu me esforcei e encontrei…”.

No entanto, se a Luz governa tudo o que existe e influencia os nossos desejos, como podemos fazer qualquer esforço, até mesmo os menores movimentos? Não há nada, exceto a Luz e o desejo de que se opõe a ela. A terceira força, a força adicional que nos permite agir, é resultado da quebra do desejo.

Isso significa que existem vários estilhaços do desejo em torno de nós que estão separados entre si por causa de sua natureza egoísta. Se agíssemos no nosso “nível” e tentássemos nos aproximar juntamente com outros, nós nos “transformaríamos” sob a influência da Luz. Este mundo é o último e o menor degrau no Universo que nos permite agir contra a nossa própria vontade. É por isso que a pessoa é capaz de se unir com um amigo, como se fossem aproximados pela Luz. Isto não é realmente verdadeiro; os desejos não mudam por causa de nossas ações, e mesmo assim o nosso impacto sobre a Luz muda e é por isso que o sistema funciona.

O milagre acontece no nível deste mundo que é tão baixo e menor que é totalmente oposto à espiritualidade. Por um lado, este mundo está totalmente separado do mundo espiritual; por outro lado, ele nos apresenta uma oportunidade maravilhosa que nos permite, através da convergência física e externa e de ações falsas, influenciar os nossos desejos internos. Nossos desejos internos impactam a Luz que Reforma, que por sua vez começa a nos influenciar secretamente até que realmente muda o nosso desejo.

Isso significa que mesmo que nós vivamos neste mundo e não avancemos muito além dos macacos, ainda temos a possibilidade interna de nos agarrar ao fim de uma linha que se estende do Alto, que vai nos puxar para o mundo da Luz Superior. Se usarmos os recursos que nos são dados e entendermos que eles são concedidos a nós do Alto, isso irá desencadear o despertar vital de baixo (itaruta de-letata) que por sua vez provoca o despertar de Cima (itaruta de-leila).

Para alcançá-lo, tudo que precisamos é de um claro entendimento da sequência do trabalho a ser feito: o que exatamente nós temos que alcançar e o que a Luz realmente é. Este tipo de entendimento vai nos proteger de cometer erros e ter falsas expectativas sobre a salvação que vem sem os nossos esforços preliminares, e de pensar que com o tempo tudo se organizará por si só. A pessoa nunca deve ser enganada a pensar que há pessoas que podem facilmente superar todas as fases, e que não têm que passar pelos “quatrocentos anos de exílio”. Elas simplesmente não existem. Nós devemos ter em mente que temos que fazer tudo por nós mesmos e trabalhar duro para construir um grupo, alcançar a unidade e a garantia mútua, e revelar o poder de conexão entre nós.

Se percebemos que nos é dado todos os remédios possíveis para conseguir o resultado que desejamos, para implementar o propósito de nossa vida, não vamos nos desesperar, mas sim, vamos continuar o nosso trabalho e alcançar o sucesso. Além disso, depois que todos os cálculos forem feitos, nós teremos de superar os resultados e entender que a mera oportunidade de aplicar esforços é, de fato, a recompensa que buscamos!

Da 1^a parte da Lição Diária de Cabalá 27/11/13, Escritos do Baal HaSulam

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Pergunta: As estruturas integrais que estão sendo criadas durante o período de transição estão no âmbito de uma sociedade egoísta?

Resposta: Sim, mas elas começam a influencia-la e reformatá-la em silêncio.

De que outra forma todos os tipos de pensamentos e rumores se disseminam hoje? Onde quer que alguém esteja pensando em algo, eu também começo a pensar nisso, porque todos nós estamos ligados num enorme sistema de conexões.

Portanto, se criarmos uma sociedade altruísta, ela vai permear inconscientemente todos, porque eles operam numa frequência diferente, duas linhas com uma terceira entre elas, algo que não existe numa sociedade egoísta.

Nós estamos ativando um novo nível que se encontra acima de todos os níveis anteriores da humanidade, onde somente uma força egoísta agia. Nós damos ao mundo as duas forças a fim de criar a terceira. Portanto, ao trabalhar numa frequência diferente, o método integral facilmente penetrará em todos os lugares. Isso é especialmente verdade num mundo que já está preparado para isso.

De KabTV “Um Mundo Integral” 24/10/13

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A Torá, “Êxodo” 30:14-30:15, Todo mundo que passa pela contagem, a partir da idade de vinte anos para cima, dará a oferta ao Senhor. Os ricos devem dar não mais e os pobres devem dar nada menos do que metade de um shekel, com o qual dão uma oferta ao Senhor, para expiar as suas almas.

Cada pessoa dá meio shekel desde que a pessoa, com a qual ela se conecta, acrescenta a outra metade. Todo mundo deve primeiro unir-se em dezenas, depois centenas e milhares.

Acontece que cada um traz apenas uma metade de si próprio e podemos gerir, entre nós, nesta cooperação mútua, correta. O ponto é que a atitude positiva do indivíduo com o mundo, o seu amor por ele, não leva a nada. Este é o princípio da disseminação.

Não pode haver uma pessoa justa, enquanto todos os outros são maus. Tenho que ajudar todos os outros a serem como eu, em cooperação mútua e devo estabelecer um campo de misericórdia, recepção calorosa, doação e amor. É só então que a Luz Superior desce sobre mim. [Leia mais →]

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Comentário: Você diz que no nosso tempo um novo tipo de ego está sendo descoberto. Talvez você possa caracterizá-lo.

Resposta: O novo tipo de ego desperta em nós a pergunta: “Por que o homem existe?” Ele evoca em nós a necessidade de descobrir a segunda força positiva na natureza, para que ele não engula a si mesmo como um tumor canceroso que come todo o espaço circundante e, portanto, morre, uma vez que não tem nada do que ser alimentado.

Comentário: Conclui-se que isso surge da falta de energia e, portanto, precisa da energia da força altruísta.

Resposta: Sim. Mas a ideia é que, no passado, o ego tinha alimento, a partir do qual crescia e se realizava; hoje, no entanto, um estágio foi alcançado no qual o ego precisa se desenvolver em conjunto com sua força oposta, a fim de criar o próximo nível.

Em outras palavras, os estágios de desenvolvimento anteriores foram o inanimado, vegetal, animal e falante da natureza. No entanto, agora é necessário o desenvolvimento de um novo componente espiritual. E quando ele aparecer, com a conexão correta entre o egoísmo e o altruísmo, algum tipo de meio será criado a partir de nós mesmos, que é composto de duas forças. Dentro dessa tensão útil entre positivo e negativo, entre a força positiva e negativa, nós criamos o que será chamado de “homem”. Hoje nós estamos nos tornando os executores mecânicos da nossa força egoísta interior.

De KabTV “Um Mundo Integral” 24/10/13

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