Pergunta: Seu professor Rabash escreveu que a pessoa deve orar ao Criador para ajudá-lo a ir além da razão. E este trabalho deve ser em alegria, como se ela já tivesse recebido o conhecimento espiritual.

Como você pode pedir uma coisa dessas? O que devemos fazer com os pedidos regulares que surgem automaticamente dentro de nós?

Resposta: Se uma pessoa visa se conectar com os outros, amar os outros, se ela se volta ao Criador para se elevar acima de sua natureza egoísta, ela gradualmente consegue.

Comentário: Mas é contra a nossa natureza.

Minha Resposta: Sim. É por isso que eu disse que gradualmente consegue.

Pergunta: Seu professor também escreveu que o pecado do homem não é pedir ajuda ao Criador. Se ele tivesse pedido, certamente teria recebido.

Acontece que o único pecado não é fazer algumas ações indignas, mas não pedir ajuda ao Criador.

Resposta: Sim. Por que você não pediu?

Pergunta: Não é considerado pecado se você fez algo contra a humanidade?

Resposta: Você deveria ter pedido para não fazer tais ações ou ter tais pensamentos ou motivos.

Pergunta: Então, se algo já foi feito, não é pecado?

Resposta: Há uma oportunidade de corrigir tudo.

De KabTV, “Estados Espirituais”, 25/09/22

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Pergunta: Um grande número de pessoas escolheu resistir a mudanças em si mesmas durante séculos. Isso é feito principalmente por restrições e isolamento como em alguns tipos de ioga, autoisolamento de países, etc.

O que acontece com uma pessoa ou pessoas que se limitam ou se isolam? Isso também é uma mudança?

Resposta: É um certo tipo de mudança na visão de mundo. Mas, ao mesmo tempo, uma pessoa deve entender em que estado ela está. Se ela fixou várias de suas coordenadas, então o mundo inteiro será fixado nela dessa maneira e ela não se sentirá mais em movimento, em um mundo em mudança.

Pergunta: Isso é bom ou ruim?

Resposta: Essa é uma questão de relatividade. Quero viver em um mundo que se move de acordo com algumas leis minhas ou quero fazer mudanças nessas leis? Desejo, se puder, parar o movimento do mundo, parar a mim mesmo em relação ao mundo? Ou seja, há muitas variantes aqui; no entanto, todos eles ainda não se elevam acima do nível da filosofia.

De KabTV, “Expresso de Cabalá”, 23/09/22

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Pergunta: Por um lado, há um grande número de orações diferentes: para certos dias do ano, certas estações e feriados. Por outro lado, a Cabalá diz que você deve pedir apenas uma coisa, que o Criador lhe dê Sua própria propriedade, a propriedade de doação. Por que se escreve tanto sobre isso?

Resposta: Em princípio, não precisamos de mais nada, apenas dominar as propriedades que o Criador possui.

Comentário: Então, haveria uma linha: “Peço que você me dê a propriedade de doação e amor”, e pronto.

Minha Resposta: De fato. Mas para que uma pessoa entenda o que ela realmente está pedindo, que ela está nesta oração, ela precisa de muitas palavras.

Portanto, todos os livros grossos com orações são projetados para preparar adequadamente uma pessoa para um pedido.

De KabTV, “Estados Espirituais”, 25/09/22

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Comentário: Sabemos que a empatia é a capacidade de sentir o mundo do outro como nosso. Somos literalmente capazes de sentir a dor de outra pessoa. Os psicólogos afirmam que, se sentirmos dor empática por muito tempo, muitas vezes ficamos emocionalmente exaustos.

Isso acontece com os bombeiros, com quem trabalham nos serviços de emergência, etc. Dizem que pela empatia passamos a sentir a dor do outro. No entanto, também sentimos a dor de outra pessoa por meio da compaixão, mas, nesse caso, podemos lidar com isso. Isso porque a compaixão vem com o amor. Essa é toda a diferença entre os dois.

Minha Resposta: Correto.

Comentário: A definição oficial de empatia é a capacidade de se identificar com as emoções do outro, mas a compaixão é definida como simpatia pelo sofrimento do outro.

Minha Resposta: É como entrar no mundo de outra pessoa e sentir sua experiência.

Pergunta: Como podemos facilitar isso dentro de nós mesmos? Pelo que entendi, se esse sentimento fosse fomentado, viveríamos como se estivéssemos em um mundo diferente.

Resposta: Sim, nós o alimentaríamos. Eu acho que é possível. Nós simplesmente não estamos envolvidos neste processo. Geralmente, as pessoas com idades entre 13 e 14 anos podem ressoar plenamente com o sofrimento de outra pessoa. Então elas precisariam ser mais educadas sobre isso.

Comentário: Isso, é claro, mudaria drasticamente o mundo.

Minha Resposta: Claro, sem dúvida.

Pergunta: Então, é possível nutrir a compaixão em uma pessoa?

Resposta: A compreensão da compaixão pelos outros pode ser ensinada para que a pessoa entenda como lidar com isso. Tanto que, por meio dessa compaixão pelo outro, ela pode compartilhar o sofrimento do outro, tomando-o parcialmente para si e, assim, neutralizar o sofrimento dele.

O fato de você neutralizá-lo envolvendo-se com ele, simpatizando e sendo compassivo, você gradualmente quebra seu sofrimento em várias partes menores e, ao fazer isso, traz alívio. Da mesma forma, você pode trazer o mundo inteiro ao equilíbrio e a um estado de ser interior que você pode chamar de bem-aventurança.

Pergunta: Então, a compaixão compartilhada entre todas as pessoas na Terra levará a um estado de bem-aventurança no mundo?

Resposta: Sim. Isso é exatamente o que temos que alcançar em nossa conexão. Caso contrário, temos alguns problemas muito sérios pela frente. Isso ocorre porque o ego continua a crescer e a luz superior é revelada ainda mais em relação ao ego. Ou seja, vamos sentir uma pressão maior em relação ao nosso ego, de tal forma que, se não encontrarmos uma maneira de unir e compartilhar tudo isso entre nós, não conseguiremos tolerar.

Pergunta: A compaixão é essencialmente a base do que você menciona o tempo todo: unidade, conexão, pensamentos positivos e boas conexões?

Resposta: Sim. Praticamente falando, não é nem mesmo compaixão. É a divisão de todo o enorme sofrimento, os opostos de um enorme desejo e uma enorme luz que deve preencher esse desejo, e a ausência de uma intenção “não para você” que permite preencher o desejo de luz.

Pergunta: Então ele só pode ser preenchido se minha intenção for para o bem dos outros?

Resposta: Sim. É por isso que precisamos desse equilíbrio aqui. Tudo isso só pode ser realizado se aprendermos a ser compassivos, a dividir a diferença entre realização absoluta e vazio absoluto entre todas as pessoas.

Obviamente, ninguém será pior neste caso. Mas se quisermos dividir dessa forma, a própria diferença desaparecerá. Esse é o ponto principal dessa notável qualidade de unificação.

Pergunta: E neste ponto, é correto dizer que o estado de bem-aventurança virá?

Resposta: Sim. Então esse sentimento de contradição, de impossibilidade e de grito interior transforma-se em saciar, em algo além do corpóreo, em prazer. Nesse ponto, não há diferença entre grande dor e grande prazer. Lá eles se conectam.

Pergunta: E o que a dor se torna neste caso?

Resposta: Prazer, porque você os equilibrou.

Pergunta: Isso é muito elevado.

Resposta: É assim que funciona em um nível superior.

Pergunta: A dor nos é dada para transformá-la em prazer?

Resposta: Sim, claro.

Pergunta: E a maior dor, como resultado, acaba sendo o maior prazer?

Resposta: Sim. Se você souber equilibrar esses opostos, terá prazer.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 06/06/22

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Pergunta: Uma pessoa existe em uma espécie de estado suspenso porque não há pontos de apoio definidos para ela?

Resposta: Depende de qual ponto de apoio ela está procurando. O ponto de apoio só pode ser o centro do universo ou, pelo menos, o centro da galáxia. Precisamos encontrar um ponto de apoio, como disse Arquimedes.

Pergunta: Podemos chamá-lo de ponto do centro da realidade ou ponto da verdade? Estou apenas tentando encontrar algo para uma pessoa se apoiar.

Resposta: Este é o ponto de equilíbrio quando tudo está calmo, em ordem e equilibrado.

De KabTV, “Expresso de Cabalá”, 23/09/22

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Michael Laitman, no Quora: “Deve-Se Tentar Fortalecer Ou Eliminar O Ego?”

Primeiro precisamos entender o que é o nosso ego, que é o nosso desejo inato de desfrutar às custas dos outros e da natureza. Uma vez que nos é dado pela natureza, não devemos eliminá-lo, mas sim invertê-lo para que, em vez de destruir nossas relações com cada um de nós tentando pisar um no outro, aprendamos a desfrutar servindo um ao outro.

Nosso ego naturalmente nos faz desejar suprimir os outros, posicioná-los de maneira a obtermos benefícios próprios deles e controlá-los. Podemos, portanto, também fazer o oposto: usar essa alavanca para servi-los e preenchê-los.

A natureza nos dá um exemplo chave de como podemos desfrutar servindo aos outros: uma mãe para com seus filhos. Uma mãe está disposta a trabalhar dia e noite para servir seus filhos para vê-los crescer felizes. No entanto, se não compartilhamos relações familiares, não temos essas relações uns com os outros. Não estamos conectados com os outros dessa maneira, então outras pessoas se desvinculam do nosso cálculo de custo-benefício.

Precisamos, portanto, nos levar a um estado em que sintamos que a humanidade é nossa família. Temos então que nos relacionar com todos da mesma forma que nos relacionamos com nossas famílias. Desta forma, aos poucos poderemos nos aproximar de entender por que a natureza criou um ego em nós e como devemos trabalhar em nós mesmos para invertê-lo de uma forma negativa para uma forma positiva.

Pode parecer absurdo porque a maioria das pessoas não consegue nem lidar com o peso de seus próprios problemas em suas vidas pessoais e familiares, então como devemos lidar com os problemas do mundo inteiro? No entanto, no momento em que começamos a nos relacionar com a humanidade como uma família, de repente sentiremos que ganhamos uma nova força, que nos encherá de compreensão e da sensação de como nos conduzir de maneira a nos darmos bem uns com os outros. É como se nosso intelecto e emoção de repente trabalhassem de maneira livre de erros.

Tal inversão na consciência ocorre porque invertemos a força que divide o “meu” dos “outros”, e então tudo e todos aparecem como pertencentes a si mesmo, como um único sistema. Além disso, ganhamos uma clara percepção e sensação da força superior da natureza que impulsiona o sistema, uma forma de amor, doação e conexão, e nos equilibramos com a trajetória dessa mesma força.

Baseado no vídeo “Deve-se Tentar Fortalecer ou Eliminar o Ego?” com o Cabalista Dr. Michael Laitman. Escrito/editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman.

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