Trabalho Em Círculos Concêntricos

Dr. Michael LaitmanAté o fim da correção (Gmar Tikkun), todo o nosso trabalho espiritual é realizado através do ambiente, até que esse ambiente e eu nos tornemos um todo. Todos esses níveis são como círculos concêntricos ao redor de um ponto central.

Desde o círculo mais externo, de mim mesmo, o egoísta completo, primeiro eu entro no primeiro círculo, no grupo, e começo a me mover em 125 círculos cada vez mais fundo internamente.

Quando mais eu estou incluído no grupo, mais eu me aproximo do Criador, que se encontra em seu centro. O ponto central é o ponto deste mundo, o ponto central do mundo do Infinito. Tudo volta a um ponto, o “ponto negro” de Malchut.

Todos os estados que estamos estudando falam do quanto temos nos conectado, circulando dentro da conexão, cada vez mais fortemente nos tornando um, qualitativa e quantitativamente. Deste modo são medidos os níveis espirituais. É possível dizer que eu começo do círculo maior e depois avanço em círculos cada vez mais contraídos, centrando-os cada vez mais do ponto de vista do esclarecimento, conexão e unidade, ou seja, qualitativamente.

Mas é possível dizer que com isso eu posso expandir para mais pessoas externas a educação integral, porque o Criador me deu o AHP para trabalhar, o qual é necessário para eu avançar. Então eu faço o oposto; eu vou do ponto central para círculos cada vez mais amplos. É possível dizer isso também: nesse sentido, eu saio para círculos cada vez mais amplos, para as massas, em outras palavras, transformando num “aumento quantitativo”; simultaneamente com o trabalho com esta quantidade maior, eu me contraio com meu conhecimento e emoção mais e mais em direção ao centro, ou seja, mais qualitativamente, cada vez mais perto de um único todo.

Da mesma forma, é possível dizer que, neste mesmo lugar que eu desenvolvi, nisso eu me torno cada vez mais como o Criador. Lá, no ponto central, eu encontro o Criador e passo a ser como Ele, começando com um ponto e crescendo mais e mais.

É possível expressar este processo em diferentes formas, mas, essencialmente, não existe nenhum outro trabalho, não existem outras realizações e meios além do ambiente. O ambiente é o grupo, o Rav, os livros e o Criador, que está escondido dentro deles e se torna o nosso objetivo final. Caso contrário, não podemos nos dirigir a Ele.

Nós nunca podemos nos voltar ao Criador se não O estabelecemos no centro da conexão do grupo. Tudo o resto será simplesmente falso. Além disso, trabalhar com o público externo mais amplo é imperativo.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 23/12/13, O Zohar