Avaliadores Dos Desejos

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Introdução ao Livro do Zohar“, Item 28: …que no início o mesmo corpo é revivido, que é o excessivo desejo de receber, sem quaisquer restrições, assim como ele cresceu sob a nutrição dos mundos impuros…

Então nós podemos embarcar em um novo tipo de trabalho —levar todo o excessivo desejo de receber à forma de doação. Então, ele é curado, porque agora obteve a equivalência de forma.

Uma única iluminação vitaliza o desejo de receber em prol da recepção, bem como o “coração de pedra”, e tudo do desejo de receber existe como matéria apenas porque a Luz o detém. Yesh mi Yesh (existência a partir da existência) detém e vitaliza o Yesh mi Ayin (existência a partir da ausência). Nós não conseguimos sem este “dispositivo intravenoso”. Afinal, se eu o tivesse fechado, teria perdido o desejo e não teria sido capaz de corrigi-lo. Isto por sua vez teria me impedido de aderir totalmente ao Criador.

Pergunta: Então, como é que nós corrigimos o desejo?

Resposta: Para isso, não precisamos de nenhuma ação com a matéria em si, e não pode haver nenhuma. Não somos capazes de matá-la ou revivê-la, embora nós utilizamos esses termos para descrever o que está ocorrendo. O desejo, como era e continua a ser, é encontrado nas mãos do Criador que dá vida a tudo: o mal e o bem.

Durante todo o processo, não tomamos qualquer ação real na criação. Pelo contrário, só em relação a mim mesmo, eu classifico as partes que são reveladas diante de mim. Nós não entramos na criação em si. É impossível parar a influência da Luz sobre o desejo, assim como é impossível parar a Terra. Estes dados “descem” até eu de um nível mais elevado, e no meu nível preciso aceitá-los, aprender com eles, classificá-los e examinar minha relação quanto a eles. Especificamente por meio disso, eu construo a mim mesmo. Não precisamos mais do que isso.

Há uma escolha e uma grande variedade de possibilidades à minha frente, todos os tipos de diferentes desejos a fim de receber e a fim de doar, que não são novos. No entanto, eles são descobertos e desenvolvidos mais e mais, e tudo isso é para que eu determine o meu relacionamento quanto a tudo o que é desenvolvido de forma correta. Com isso, eu entendo e sinto mais, e isso é como construir o Adão de mim mesmo.

O Criador não muda a ação original, e nós também não agimos sobre nada. Tudo é revelado apenas no que se refere à pessoa que percebe. A criação é inalterada. Há um Infinito, e o tempo todo um pouco da cortina é aberta e fechada para nós no caminho em direção a ele. No entanto, através disso nós podemos atingir o nível do Criador. Esse “jogo” é suficiente para nós crescermos até à altura do Superior, estarmos conscientes e O entendermos, e realmente ser como Ele.

Surge a pergunta: existe algo mais além do que eu estou vendo e as mudanças internas? Isto é desconhecido para nós.

Sem mudar nada na criação, nós crescemos, melhorando nossas ferramentas de percepção, praticando e corrigindo a mesmos, e só a nós mesmos. Até agora, nós podíamos até pensar que estávamos mudando o mundo. No entanto, esta abordagem não funciona mais. A partir desta fase em diante só uma coisa funciona: nossa equivalência com o que é descoberto. E este é um novo método.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 15/01/14, Escritos do Baal HaSulam