Como Um Cachorro Correndo Atrás Do Rabo
“Uma pessoa não morre com metade do desejo na mão”. “Quem tem cem quer duzentos” (Baal HaSulam, “Plenitude na Vida”).
Pergunta: Como podemos entender isso?
Resposta: “Quem tem cem quer duzentos” significa que nunca podemos nos satisfazer com o que temos; sempre nos faltará algo. Mesmo que tenhamos sorte em preencher nosso egoísmo com o que desejamos, ele imediatamente nos dará uma nova tarefa para que possamos obter o dobro.
Depois de ter recebido o dobro, nosso egoísmo imediatamente coloca o desejo de obter quatro vezes mais diante de nós. E assim por diante. Somos como um cachorro correndo atrás do rabo tentando agarrá-lo o tempo todo, mas em vão.
Comentário: Suponha que eu olhe para uma pessoa rica e me pareça que se eu tivesse pelo menos 10% do que ela tem, ficaria satisfeito.
Minha Resposta: Mas o homem rico não é feliz. E você, depois de conseguir o que ele tem, também ficaria insatisfeito.
A essência disso é que nossos ganhos aumentam nosso desejo egoísta. Assim, quem quer cem e consegue, quer duzentos, e quando consegue duzentos, quer quatrocentos. E assim por diante.
Comentário: Em princípio, isso não é tão ruim; há algo pelo que lutar.
Minha Resposta: Mas ao mesmo tempo você nunca tem paz. A paz é a raiz do Criador. Por um lado, queremos estar em paz, mas nosso desejo de prazer não nos proporciona isso.
Comentário: E ainda não é ruim. Afinal, quando uma pessoa se esforça por algo, ela vive dos prazeres futuros.
Minha Resposta: Se isso está dentro de algum tipo de estrutura restritiva que lhe dá a oportunidade de trabalhar, ganhar dinheiro, viajar, ter um bom tempo de lazer e assim por diante, isso é bom porque se encaixa na vida geral de um homem. Mas ainda assim, ele está em constante ansiedade.
Afinal, se ele nem sempre consegue o que deseja, isso lhe causa sofrimento.
De KabTV, “O Estudo das Dez Sefirot (TES)“, 18/12/22