Livros Que Atraem A Luz Superior

209Pergunta: Como nós, que somos tão pequenos, de repente movemos os mundos? Você disse que quando uma criança começa a chorar, sua mãe imediatamente corre até ela e faz o que ela quer.

Resposta: Sim, o menor é o mais forte.

Pergunta: Mesmo aqueles que estão apenas começando seu avanço?

Resposta: Mas eles estão fazendo isso! Eles querem entrar em contato com o Criador. Sim, são os mais fortes.

Mesmo que eles não entendam nada, como um bebê que está deitado no berço e gritando. O bebê nem percebe que está chorando – ele está apenas com dor, e este é um grito natural. Ele não percebe que assim se pode chamar uma mãe que virá e lhe dará algo. Ele não tem compreensão da cadeia de ações que invoca. Ele está gritando porque é uma reação natural ao que está acontecendo com ele.

Pergunta: Podemos dizer que alguém que está tentando ler, por exemplo, a Torá ou as fontes Cabalísticas, começa a dar esse grito?

Resposta: Sim, claro. Mas não apenas ler, especialmente a Torá. A Torá não ajudará aqui. A pessoa precisa do Livro do Zohar ou de algum outro livro Cabalístico.

Comentário: Mas não quero dizer o princípio externo da leitura, mas o interno: a busca de si mesmo, a busca do que está dentro de mim.

Minha Resposta: Não, além disso, é necessário um livro que possa evocar a luz superior com mais intensidade. O Livro do Zohar é o mais eficaz.

Pergunta: Ou seja, seu conselho é ler sem entender?

Resposta: Esse é o meu conselho porque passei por isso com o Rabash. Esse é o meu conselho porque é assim que funciona. Costumávamos ler O Livro do Zohar por apenas meia hora à noite, antes de ir para a cama. E era só ler sem nenhum comentário.

Havia 20 pessoas sentadas ao redor da mesa com o Rabash à frente, e por meia hora nos revezamos na leitura: a primeira, depois a segunda, a terceira e assim por diante. Então, líamos uma ou duas páginas e íamos para casa. Assim terminava o dia.

Mas quando o Rabash e eu estudávamos sozinhos em viagens, em conversas pessoais ou aulas, a atitude era diferente. Chegávamos no parque, passeávamos e depois nos sentávamos em um banco. Eue pegava um livro e discutíamos o livro ou apenas conversávamos por cerca de duas horas. Depois disso, voltávamos a caminhar e íamos para casa. E assim foi por 12 anos.

De KabTV, “Segredos do Livro Eterno“, 12/02/10