Pergunta: Seu professor desenvolveu um senso de justiça?

Resposta: Sim, o Rabash tinha impulsos para defender seu ponto de vista – e com bastante força. Principalmente quando via arrogância no caminho, nunca cedia. Com calma, conforme as leis, exigia o que era seu. Tudo deve ser justo. O senso de exigir justiça era muito profundo nele. Ele não cedia.

Pergunta: Isso é uma qualidade humana ou um princípio de um Cabalista?

Resposta: Acho que é um princípio. Às vezes, isso lhe custava muitos nervos e talvez até inconvenientes. Mas ele não pôde deixar de defender a justiça.

Pergunta: E você?

Resposta: Acho que tenho a mesma coisa e ainda mais. Eu ainda intimido – e com frequência – se houver essa oportunidade.

Depende de como você vê a insolência, a impudência, a negligência óbvia, o desprezo, a arrogância e todas as outras travessuras egoístas. Se são resultado do desenvolvimento natural de uma pessoa, como uma criança pequena, você não foca nelas porque ela é assim, ainda tem que se desenvolver e nada pode ser feito. Essa é uma manifestação natural das forças que o Criador nos deu.

E se isso não é um desenvolvimento natural, se uma pessoa quer subjugar os outros dessa forma e usa isso para o mal e prejudica deliberadamente as pessoas, é muito desagradável de ver. Eu ficaria feliz em parar essas pessoas.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Os Poderes Secretos do Cabalista”,  25/10/13

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Pergunta: Você continua dizendo que a unidade do povo de Israel é a única salvação. Por que as pessoas estão tão distantes umas das outras em uma nação que tem esse destino?

Resposta: A unidade é a coisa mais verdadeira e, portanto, o egoísmo da humanidade se levanta contra ela.

Nosso trabalho é atrair todos para a unidade através de um longo processo de reeducação e tornar-se uma fonte através da qual o mundo inteiro entenderá como precisa se reorganizar e alcançar a revelação da força superior para que as forças superiores da natureza, e mais tarde a força superior geral, também sejam reveladas no nível de nosso mundo.

Então toda a humanidade se tornará eterna e perfeita. Mas somente se alcançarmos a unidade entre nós como uma pessoa com um só coração.

Pergunta: Você está falando de Israel?

Resposta: Estou falando do mundo inteiro. Mas antes de tudo, é Israel e aquelas pessoas no mundo que sentem uma atração, uma necessidade, uma necessidade disso.

É Israel, porque em todo judeu existe tal ponto no coração. Outras pessoas no mundo também o têm, mas ele pode se manifestar hoje, ou talvez daqui a alguns anos, à medida que se desenvolvem espiritualmente.

Mas os judeus são obrigados a fazer isso, e principalmente os israelenses. Se avançarmos em nosso desenvolvimento espiritual, ou seja, na união uns com os outros, veremos como tudo de ruim ao nosso redor se dissolve, temos a oportunidade de agir mais e sentir apenas boa influência e ajuda.

Não vejo nenhum problema no fato de que os países que hoje se opõem tão veementemente a nós vão mudar. Depende de nós, não deles. Em seu comportamento, devemos ver a marca das oportunidades perdidas que podemos corrigir e não corrigir.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. O Papel dos Judeus”, 19/10/2013

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Pergunta: Chorar é uma forma de expressar sentimentos. Qual é a diferença entre as lágrimas espirituais e as egoístas?

Resposta: Lágrimas espirituais surgem do fato de que uma pessoa não pode vestir a atitude do Criador para com ela da maneira certa. No nosso caso, uma pessoa chora porque não tem a possibilidade de vestir suas emoções da maneira certa.

Podemos dizer que no mundo espiritual a pessoa chora pelos outros, pelo fato de não poder amar e doar, e em nosso mundo pelo fato de ninguém amá-la, de não se sentir realizada.

De KabTV, “Estados Espirituais”, 06/11/22

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Serviu como um cão de caça, morreu como um cão (Jerzy Stanislaw Jersey Lec).

Pergunta: A que servimos como cães?

Resposta: “Cão”, acho que afinal, especialmente em polonês, é um nome honroso.

Comentário: Mas “servir como um cão de caça” significa claramente “fielmente”. Lambido por todos os lados.

Minha Resposta: Sim. Mas não obsequiosamente, ao contrário, devotadamente. E foi morto como um cão, ou seja, afastado, negligenciado.

Pergunta: E se tocarmos em seu tema constante – egoísmo neste mundo, como você consideraria “serviu como um cão de caça, morrreu como um cão”?

Resposta: Não sei. Afinal, “morreu como um cão” — não sei. Se uma pessoa deseja se dedicar à causa certa ou ao objetivo certo, não acredito que ela tenha sido morta como um cão. Claro que ela percebe tudo o que acontece com ela, mas em uma perspectiva diferente, em um foco diferente.

Pergunta: Se uma pessoa serve a um propósito real, como você terminaria essa frase? O que está acontecendo? Com o que você substituiria a palavra “morreu”?

Resposta: “Fez tudo o que podia e partiu.” Insignificante. Como ele nasceu, assim ele partiu. Ele queria mais, mas não deu certo.

Pergunta: De que adianta alguém partir como nasceu?

Resposta: Essa é a rotina.

Pergunta: É assim que se deve partir?

Resposta: Claro. Entregue tudo! Absolutamente!

Pergunta: Não se apegue a nada?

Resposta: Nunca. E isso é bom. Se você acha que é assim que o fim deveria ser, esse é um estado de descanso quando você não está tentando segurar nada, mas apenas deixar ir.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 02/07/22

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Pergunta: Até que ponto você sentiu uma percepção diferente de si mesmo antes e depois de sentir o sistema espiritual em você? Como você percebeu isso?

Resposta: Essa percepção gradualmente se transformou em sensorial, explícito em que você vive, e é extremamente agradável. Ela permite que você veja tudo. Seus olhos se abrem, seus sentimentos se abrem e você começa a entender em que mundo, em que sistema você existe; não há diferença entre os mundos, há apenas um mundo em todos os lugares.

Na verdade, nosso mundo, como parece para todas as pessoas, não existe. Elas parecem estar em um estado de desconexão, em semiconsciência, e mesmo esse estado está praticamente ausente. Elas não sabem onde estão, mas eu sei. Eu meio que acordei, enquanto elas rastejam como gatinhos cegos e não entendem onde estão.

Pergunta: Mas antes disso você leu, por exemplo, O Livro do Zohar, O Estudo das Dez Sefirot. Como você os percebia? Com certeza era diferente.

Resposta: Eu me sentia da mesma forma que você. Escutava sem entender do que falava, e imaginava como se existisse, ninguém sabe onde e como. Não sentia que estava em mim, que eram minhas sensações, minha atitude, seja para uma pessoa ou para o Criador. O Criador é o que aparece entre nós. Agora eu sinto isso claramente.

Pergunta: Quando você dá orientações sobre como mudar, uma pessoa tem chance, sem essa percepção que você tem, de se conectar ao sistema?

Resposta: De onde? Com que tipo de Kelim (vasos) ela pode fazer isso? Que meio de comunicação ela tem? Você não tem modem, como pode fazer isso?!

Pergunta: Esperar é a única coisa que nos resta?

Resposta: Não espere, mas aja! Solde o circuito, meu amigo!

Pergunta: Você também não estava se preparando para isso por um longo período?

Resposta: Claro, por muitos anos. Nada vem imediatamente, apenas gradualmente.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Como Mudar a Mim Mesmo”, 09/11/2013

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Pergunta: Certamente você viu seu professor Rabash em todos os tipos de estados, incluindo descidas. A pessoa que explicou leis e princípios espirituais para você, em estado de descida, pode ser completamente oposta, pode se contradizer. Qual foi sua atitude em relação a isso?

Resposta: Não seja ingênuo. De que estados contraditórios você está falando? Uma descida é um estado em que você desliga para ganhar novo lastro e subir com ele. Claro, esses estados são muito, muito agudos. A pessoa se desconecta do mundo, de sua própria essência, da mente. Ela está mergulhada em graves transtornos internos, mas passa por tudo.

Não posso dizer nada sobre tais condições. É impossível transmiti-las, assim como você não pode transmitir a uma criança seus sentimentos de uma sinfonia, por exemplo. Ela ainda não tem os sentimentos apropriados; ela não passou por todos os tipos de altos, baixos, preocupações, sofrimentos ou sentimentos de alegria. Ela ainda não é flexível por dentro; seus sentimentos ainda não estão expandidos.

É o mesmo com uma pessoa em nosso mundo comparada a um Cabalista. Portanto, precisamos trabalhar em como expandir os sentimentos das pessoas e revelá-los, então elas começarão a perceber a realização que existe em nosso mundo: a força, o campo em que existimos e que contém toda a matéria.

Esse é o resultado da educação Cabalística ou integral.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Confidencialmente”. 12/10/13

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Michael Laitman, no Quora: “Por Que A Torá Tem Tantas Proibições Estranhas, Como Comer Frutos Do Mar Ou Usar Tecidos Misturados?”

Primeiro, é importante entender que a Torá não descreve nosso mundo. A Torá é chamada de “santidade”, que em hebraico significa algo diferente e separado do nosso mundo. Ela explica as leis espirituais do mundo espiritual superior e, portanto, explica o que é permitido e proibido para uma pessoa que está no mundo espiritual, que o alcança e percebe.

Vivemos em uma espécie de bolha, cujas leis não temos uma compreensão real. Aprendemos um pouco sobre as leis das ciências do nosso mundo, como física e química, mas não estamos familiarizados com as leis reais.

A Torá, ou a sabedoria da Cabalá, descreve as leis espirituais que se revelam como as forças da natureza superior. A natureza superior é chamada de “força de doação” ou força altruísta, e a natureza do nosso mundo é a força de recepção, ou força egoísta. Há, portanto, uma lei muito simples da natureza superior: é proibido ser egoísta.

Na natureza espiritual superior, qualquer ação que fazemos para nosso próprio benefício é proibida, enquanto qualquer ação que fazemos para o benefício de outros é chamada de Mitzva (mandamento).

Sobre as proibições da Torá, está escrito que Hillel disse ao prosélito que o procurou: “Não faça aos outros o que você odeia”. Em relação às Mitzvot, as ações de correção que fazemos na espiritualidade, aqueles que estão em realização espiritual, que revelaram o mundo espiritual, têm uma visão clara do que é permitido e proibido. Em nosso mundo, no entanto, não é tão claro. Por exemplo, uma pessoa comum neste mundo não vê que tipo de transgressão ou dano comete quando acende uma vela ou lâmpada no Shabat — nem deveria.

Em suma, na natureza espiritual superior, é proibido usar o ego e é permitido usar a força de doação e amor.

Baseado no vídeo “O que são as proibições na Torá?” com o Cabalista Dr. Michael Laitman. Escrito/editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman. Foto de Taylor

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