É impossível falar com o Criador da maneira como falamos com as pessoas com quem temos um sentimento comum e a capacidade de ouvir as vozes uns dos outros. Com o Criador, precisamos encontrar um canal de comunicação: “Eu para Ele, e Ele para mim” para que possamos “ouvir”, entender e sentir o Criador.

Uma pessoa recebe a habilidade de ouvir o Criador no grau de Bina porque Bina está ouvindo. Então ouvirei o que o Criador está me dizendo. Em relação ao Criador, tenho que estar no grau de Malchut , que ascende á Bina. Então posso falar com Ele e Ele me ouvirá. Ou seja, devo estar no grau de doação: “Eu para Ele, e Ele para mim”.

“Eu para Ele” é o meu trabalho, o desejo de subir ao grau de doação. “O Criador para mim” significa que eu deveria ser capaz de ouvir como o Criador se dirige a mim. Afinal, não é fácil.

O Criador é a fonte da vida, a luz superior da qual tudo que existe emana e recebe realização e vida. Quando nos conectamos com o Criador, passamos para uma forma de existência diferente da que tínhamos antes e começamos a viver no grau de doação.

No grau de doação, não há limites para se aproximar um do outro, devoção e recepção; tudo acontece em uma dimensão diferente. É assim que entramos em uma nova conexão.

Como você pode aprender a falar com o Criador? Eu procuro nadar na mesma corrente com tudo o que acontece na vida porque certamente vem do Criador. Eu quero estar conectado com Ele a cada momento da minha vida, e sentir dentro dessa conexão como o Criador está constantemente me virando em uma direção e depois em outra. Eu quero aderir a Ele e não deixá-lo ir.

Estar aderido ao Criador significa segui-Lo a cada momento para que Ele caminhe na minha frente e eu não corra na frente Dele e arrisque sair do Seu jardim.

O principal é a conexão com o Criador, e não o que recebo através dela. Mesmo que eu receba aparentemente os eventos mais desagradáveis, mas eles vêm do Criador, tudo ficará bem comigo. O principal é manter a conexão com Ele. Ou seja, eu elevo minha conexão com o Criador acima de qualquer realização possível para que essa conexão com o próprio Criador se torne minha realização.

Se o Criador é o bem absoluto, e eu recebo Dele apenas coisas boas e corretas, posso recorrer a Ele com apenas um pedido: pela minha correção, para não pensar nada de mau sobre Ele, mas apenas de bom.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 06/09/22, “Falar com o Criador”

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Pergunta: Você disse uma vez que a Klipa funciona de forma inversa. Se ela não existisse, não seríamos capazes de suportar a unidade no grupo, a qualidade de doação?

Resposta: Sim. Como egoísta, não posso suportar o estado em que tenho que trabalhar sem nenhum benefício para mim. Portanto, existe uma espécie de casca que basicamente me diz: “Você ainda vai conseguir algo com isso”. Assim, ela me dá a oportunidade de fazer certas ações.

Portanto, é impossível adquirir a qualidade de doação e amor diretamente.

De KabTV, “Estados Espirituais”, 21/08/22

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A menos que o Senhor construa uma casa, seus construtores trabalham em vão.

O Criador deve construir a estrutura de nossa alma, não nós por nós mesmos. Então, como podemos entrar nesta casa construída pelo Criador? Sobre que fundamento se apoia?

Toda a fundação desta casa é a minha dezena. É como se eu estivesse cavando buracos no chão e despejando pilares neles que usarei para sustentar a casa que construirei. Esta fundação está dentro do meu desejo egoísta; eu cavo buracos nele e coloco pilares de fundação neles. Ou a casa não resistirá.

Eu tenho que fortalecer essa fundação, ir fundo no chão e lançar a sola da fundação sobre a qual instalarei pilares de concreto. Quando eu erguer quantos pilares forem necessários de acordo com o cálculo, já poderei construir paredes entre eles, revestimentos de piso e assim por diante. Este é o nosso trabalho tanto na construção espiritual quanto corporal. Os mesmos princípios se aplicam em todos os mundos.

Cada pilar em que o edifício está é nossa conexão. Devemos nos conectar através de todos os tipos de conexões possíveis: a primeira vez de acordo com as qualidades de um amigo, a segunda vez de acordo com as qualidades de outro, a terceira vez de acordo com as qualidades de um terceiro. É assim que construímos um edifício que tem dez Sefirot principais.

Então, dentro dessa moldura, começamos a construir pisos e colocar revestimentos de piso entre os postes. Isso já se dá por uma simples conexão entre nós no mesmo nível quando cada um completa o outro se anulando para se conectar.

Há muitos detalhes nisso, que devido ao reflexo das raízes espirituais também estão presentes em nosso mundo corpóreo. Principalmente, a conexão acontece por meio de diferentes formas de nossa autoanulação mútua.

Construir uma conexão entre nós significa construir o Templo, a construção de nossa alma. Tentamos construir essa conexão e vemos que não somos capazes de fazer isso, começando tudo de novo a cada nova rejeição e desespero. Então percebemos que nos falta a força do Criador para nos segurar para sustentar o edifício.

Nós nos conectamos uns com os outros, mas o Criador deve manter essa conexão. Então adicionamos mais um, depois outro, e o Criador mantém tudo. Precisamos Dele como a força que nos mantém juntos quando tentamos nos aproximar um do outro.

Precisamos do Criador como base de nosso trabalho, precisamos Dele para organizá-lo, para preservar os sucessos que alcançamos e para corrigir nossos erros. Precisamos Dele a cada passo do caminho. Colocamos nosso desejo e o Criador o corrige, une um ao outro e os mantém unidos.

É impossível fazer qualquer coisa sem a ajuda do Criador, e sem a obra do Criador, nada será construído da forma correta.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá de 30/08/22, “Se o Senhor não construir uma casa, seus construtores trabalham em vão”

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Pergunta: O que uma pessoa descobre por si mesma quando entra no Livro do Zohar?

Resposta: A pessoa começa a sentir o imenso mundo sobre o qual este livro fala. O mundo de repente se abre na frente dela de todos os lados, como uma tela esférica.

Além disso, não apenas se afasta como uma tela, é como se gradualmente desaparecesse, como uma esfera cheia de luz escura que evapora lentamente, e há uma sensação como se você estivesse em um cosmos de sensações de interconexão entre você e a força geral, o Criador.

A propósito, muitas das pessoas que estiveram no espaço sideral se sentem assim. Elas estão desconectadas da influência dos habitantes da Terra e, embora estejam sob constante pressão da Terra, ainda sentem que a humanidade tem um propósito diferente, que o universo está cheio de pensamentos e que esta é uma grande visão. Elas falam dessa sensação, não porque ela exista no espaço, mas porque a Terra não as pressiona ali.

Pergunta: Quantas vezes as pessoas tentaram visualizar um estado espiritual e inventar algumas imagens ou gráficos 3D, mas é tudo muito limitado. De acordo com as sensações, uma pessoa percebe apenas a luz? Como é possível, com a ajuda de palavras e imagens, transmitir isso?

Resposta: Nada pode ser transmitido! Sem dicas! Existem artigos e se você sente algo de acordo com o artigo, você sente; se não, então não.

Esses sentimentos não podem ser transmitidos porque não estamos adequadamente sintonizados com eles. Se em seus cinco sentidos há uma sensação de salgado, amargo, doce, ou alguns sons, ou alguns cheiros, ou toques, etc., algo pode ser transmitido a você. Você vai se lembrar ou sintonizar.

E se você não tem esse órgão sensorial e seu arquivo, se um certo conjunto de impressões está ausente, nada pode ser feito.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Entrando no Zohar”, 22/03/13

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Nas Notícias (RT): “Uma mãe que ajudou seu filho a cruzar a linha de chegada em uma corrida de 10 km, quando ele parecia prestes a desmaiar de exaustão, custou ao corredor uma medalha de prata.

“Artem Burtsev liderou o evento na região do Extremo Oriente russo de Yakutia durante a maior parte de sua duração.

“Perto do final, no entanto, ele começou a tropeçar no calor de 34^o C e foi ultrapassado por um adversário.

“Vendo o filho lutando, sua mãe correu para a pista e o ajudou a cruzar a linha de chegada.

“Mas foi decidido que a interferência custaria a Burtsev uma medalha de prata”.

Pergunta: Talvez devêssemos fazer o oposto? Talvez devêssemos promover um atleta ajudando um atleta ou uma mãe ajudando seu filho, em vez de quem ganha o primeiro lugar. O que você acha?

Resposta: Claro. Na verdade, os esportes tornaram-se desagradáveis. Não há alegria ou leveza nisso; não há prazer nisso. É como uma guerra.

Pergunta: Essa é a sensação que você tem quando assiste?

Resposta: Eu não assisto.

Pergunta: É por isso que você não assiste?

Resposta: Sim.

Pergunta: Costumava ser bom assistir antes?

Resposta: Antes, é claro.

Pergunta: Em que o esporte se transformou?

Resposta: O esporte se transformou em uma caçada! É como se você estivesse indo para a selva para caçar essa medalha. Você tem que esmagar todo mundo.

Pergunta: Mas como deveria ser?

Resposta: As pessoas devem lutar para alcançar objetivos juntas. Digamos que em algum estádio, em algum esporte, sob condições particulares, elas alcançam o resultado máximo. Este resultado se aplica a todos.

Em geral, sou contra prêmios.

Pergunta: Por que eu luto, então? O que eu ganho com isso?

Resposta: Aí está a sua resposta: “Se não for um prêmio, o que eu ganho com isso?” Segue-se que não são esportes que você ama, mas uma medalha.

Comentário: Certo, uma medalha ou o reconhecimento, os aplausos.

Minha Resposta: Não, uma medalha é algo que você pode usar, algum tipo de insígnia. É para si e para os outros. Mas eu não o distinguiria pelo ranking. O importante é a participação!

Pergunta: Participação apenas? Você acha que isso será suficiente para as pessoas?

Resposta: Se elas amam esportes, então sim.

Pergunta: Então me diga, quando um atleta ajuda um atleta, quando fica difícil, quando uma mãe vem ajudar, em que pedestal você o coloca? Que lugar você dá?

Resposta: Esta é a coisa mais importante! É por isso que você pode conceder uma medalha: por ajudar. A regra fundamental do esporte deve ser a camaradagem e a ajuda mútua! Para mostrar a todos e a nós mesmos o potencial que está dentro de nós. Isso é tudo.

Pergunta: E os jogadores de futebol? Eles jogam em equipes, que tipo de amizade existe? Eu tenho que vencer, para marcar no gol do outro.

Resposta: Eles devem se sentir bem com isso. Depende da educação.

Comentário: Sinto-me bem por marcar um gol e que a nossa equipa está ganhando.

Minha Resposta: Outros também, com base na beleza de suas brincadeiras!

Pergunta: Então, o futebol bonito é exibido para diversão dos espectadores? E todos estão felizes!

Resposta: Claro. Deixe o futebol ser artístico: mantendo a bola no ar, passando-a com habilidade. Não empurrando ou tropeçando um no outro.

Pergunta: Então a principal preocupação dos atletas deve ser dar prazer aos espectadores?

Resposta: Não apenas para os espectadores, mas também para eles mesmos.

Pergunta: Como o público deve perceber isso? Ainda sou fã desse clube. Como devo levar tudo isso?

Resposta: Você vai torcer por esse clube. Você ficará triste ou feliz como resultado. E daí?

Pergunta: E se outros ganharem, o que devo fazer como espectador?

Resposta: Você vai torcer; é um esporte afinal.

Pergunta: E as artes marciais? Quando não é uma luta de equipe, mas lutadores ou boxeadores, como devemos nos sentir sobre isso?

Resposta: Aqui é bem simples. Tudo está em exibição. Você está lutando e você não está cedendo a ele. Você luta, e o oponente luta.

Pergunta: Mas a que devemos ansiar? O que devemos desejar?

Resposta: Para mostrar a beleza disso.

Pergunta: Qual é a beleza que deve ser mostrada?

Resposta: Eles devem encontrar uma maneira de demonstrar a força positiva.

Pergunta: A força positiva ainda é uma força. Como pode ser boa?

Resposta: Sim, existe uma força boa e uma força má.

A força boa é quando demonstramos juntos a nossa boa atitude um para com o outro. Como em “a amizade venceu”.

Sem isso, nada de bom acontecerá. Haverá drogas, bebida, qualquer coisa. O diabo sabe o que acontece nos esportes.

Pergunta: Isto é, se você não colocar a “amizade conquistada” em primeiro plano?

Resposta: Isso mesmo.

Pergunta: Lembro-me da minha infância quando me disseram: “A amizade venceu”. Eu tinha cinco ou seis anos e estava sendo consolado, levantaram minha mão e a mão de outra criança. Você acha que deveria ser assim nos esportes da liga principal?

Resposta: Sim. Como esporte de espectador, eu não permitiria que o esporte fosse mostrado a menos que a bondade e a aproximação entre as pessoas se manifestassem nele, de tal forma que a luta que eles travam entre si demonstre sua luta contra o egoísmo: que eles mostrem a luta sobre seu egoísmo.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 07/07/22

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Comentário: Às vezes o que você disse ontem parecia ser o mais importante para nós. Mas aí logo depois você já está dando importância a outro processo, depois ao próximo, e assim sem parar. Então parece: “Para onde vamos”?

Minha Resposta: Isso porque uma pessoa que está no início do caminho fica confusa com isso.

Digamos que estamos andando pela estrada com você e eu lhe dou todo tipo de instruções: “Pense no objetivo, dê um passo mais largo, respire mais fundo, abra mais os braços”. Para você, parece que eles se anukam, mas na minha cabeça não.

Uma pessoa sente e ouve o que é capaz de perceber de todas as informações. É assim que estamos organizados, caso contrário, simplesmente não poderíamos fazer nada. Desta forma, pelo menos fazemos o que ouvimos.

Comentário: Muitos daqueles que vêm para a Cabalá pensam de forma padronizada. Digamos que escolhemos uma direção, como nos negócios e estamos indo em direção ao objetivo, então começamos a enfrentar um processo em que não é o lucro final que é importante, mas o próprio processo. Uma pessoa começa a ficar confusa e pensa que ela mesma não entende o que está fazendo, o que significa que não há uma estrutura corporal clara.

Minha Resposta: Sim. É por isso que uma pessoa escolhe algo estreito para si e se apega a ele, como uma criancinha ao seu brinquedo ou boneca, e assim continua indo. Isso é natural para iniciantes.

Eu vejo e espero que a pessoa se desenvolva. Não há nada que você possa fazer, pois é assim que crescemos.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Contradição”, 20/03/13

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Michael Laitman, noOn Quora: “Qual É Uma Boa Dica De Relacionamento Que Soa Como Uma Dica Ruim?”

Concorde em ter argumentos em um cronograma. Por exemplo, concorde com seu parceiro que todas as sextas-feiras vocês terão uma discussão: para provocar e cutucar um ao outro. Nós fazemos tais ações inconscientemente de qualquer maneira. Elas são naturais. A própria natureza nos impele a desenvolver nossa conexão uns com os outros.

No entanto, para manter o controle e garantir que não exageremos e nos tornemos odiosos, é de extrema importância que mantenhamos a intenção correta: que nosso objetivo ao abordar tal ação seja apenas para fortalecer nossa conexão e nosso abraço mútuo. Ou seja, para nos conectarmos melhor, damos um passo para trás e olhamos a outra pessoa de forma um pouco crítica, como um jogo. É como se déssemos um passo para trás e depois dois para a frente.

Embora possa parecer uma dica de relacionamento apenas para casais, ela se estende a relações em muitas escalas. Além disso, se aprendêssemos a fortalecer continuamente nossos relacionamentos em lugares como salas de aula, escolas e locais de trabalho, estaríamos constantemente atentos aos momentos em que deveríamos estar mais distantes e próximos uns dos outros como forma de aumentar nossa conexão.

Quando aprendemos a simultaneamente criticar os outros e superar essas críticas, ganhamos a ferramenta-chave para gerenciar relacionamentos. A natureza opera de acordo com esse princípio em muitas escalas. Por exemplo, os pulsos do nosso coração, nosso cérebro e nossos vários sistemas funcionam de maneira tão intercambiável, e aprender a gerenciar esses dois níveis pode nos fazer sincronizar com a natureza. É a chave para a capacidade de um amor em constante crescimento: alternar entre o negativo e o positivo, como a noite e o dia.

Baseado no vídeo “Você não acreditaria que isso melhoraria seu relacionamento” com o Cabalista Dr. Michael Laitman e Semion Vinokur. Escrito/editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman.

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