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Convenção = Aceleração

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como podemos nos unir na próxima convenção em Nova Jersey, de modo a acelerar o tempo?

Resposta: A convenção é a máxima aceleração possível em nosso mundo. Não há nenhuma ação mais poderosa. É assim que eu a experimento por mim mesmo.

Eu vi a mesma coisa com o Rabash, durante as ações mais simples feitas pelo grupo para se unir. Mesmo que não viajássemos para algum lugar e não conseguíssemos conectar as outras pessoas de todo o mundo a nós, isso ainda era muito importante para ele.

Depois de cada convenção eu sinto como subimos a um nível mais alto e eu ganho a capacidade de explicar o material em novas formas. Eu acho que todos  sentem isso.

Da 4ª parte da LiçãoDiária de Cabalá 9/03/11 sobre o Tempo

2011 É A Época Da Ascensão

Dr. Michael LaitmanNo processo de descida gradual do mundo Infinito, os vasos (Kelim) recebem as Luzes. No caminho para baixo, lá ficam os mundos Adam Kadmon, Atzilut, Beria, Yetzira, e Assiya.

 O seu degrau é uma recepção gradualmente decrescente da Luz pelo bem do Criador. No mundo de Adam Kadmon, existe uma grande Luz de Yechida; no mundo de Atzilut a Luz de Haya; no mundo de Beria a Luz de Neshama; no mundo de Yetzira a Luz de Ruach; e no mundo de Assiya a Luz de Nefesh.

No final, todas as Luzes em todos os vasos expiram, e encontramo-nos no fundo, no estado de “este mundo”. Não existem nem Luzes nem vasos nele, mas unicamente uma força vital, um desejo material. Ao longo de toda a descida, a tela continuou reduzindo-se de 100% até zero. Como resultado, não temos a força de resistência ou um pensamento de doação, nada. Residimos no mundo material, isto é, no desejo egoísta.

2011 Is The Time Of Ascent -1

Neste ponto, devemos evoluir para uma condição quando desejemos voltar ao mundo do Infinito: começando do zero, de baixo para cima, escalando os cinco mundos pelos quais descendemos. Ao fazer isso percebemos em essência o propósito da criação.

Assim, tendo caído para este mundo, temos existido nele ao longo da história até termos alcançado o ano 2011, o início da subida. Daqui para a frente, todas as almas começam a subir. O caminho de Cima para baixo e de baixo para cima estende-se por 125 degraus, uma vez que cada um dos cinco mundos consiste em cinco Partzufim, que contém cinco Sefirot cada um.

Basicamente, tudo está presente e pré-medido no universo; tudo tem propósito. Nós só precisamos descobrir o nosso próximo estado de existência, dia após dia, e caminhar nele cuidadosamente: toda a gente da sua própria maneira. Tudo está pré-arranjado, e no mundo do Infinito (Ein Sof), chegamos ao nosso estado final e perfeito de ser.

Antes de descender de lá, existíamos no estado 1, e então, através do quebrado e confuso estado 2, voltamos ao Infinito, estado 3. O que é que “ganhámos” até lá? Ganhámos autonomia. Afinal de contas, somos nós que percorremos este caminho até o Infinito, nós que agimos, e nós que apreendemos a criação e as acções do Criador. Ganhando percepção de quem Ele é, tornamo-nos como Ele e percebemos como agir sem Ele. Aprendemos, tal como uma criança faz, até alcançarmos um degrau no qual somos capazes de trabalhar em vez do Criador em toda a realidade, em toda a criação.

O Criador é apenas uma força, mas somos nós que o accionamos. E é por isto que no terceiro estado, existe apenas o Criador e o ser criado, iguais e semelhantes em tudo. É isso o que ganhamos. É este o objectivo que o Criador colocou perante nós de forma que nós, os seres criados, possamos tornar-nos iguais a Ele.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabala 4/3/11, “Explicações sobre o Artigo, Prefácio à Sabedoria da Cabalá”

Esta Insuportável Vida Conjunta

Dr. Michael LaitmanPergunta: Você diz que um casal tem de “brincar” de ser uma família corrigida. Mas o que devem eles fazer se o mal é revelado entre os cônjuges continuamente, se eles brigam regularmente, não se respeitam um ao outro, e não se entendem?

Resposta: Infelizmente, nenhum de nós recebeu a educação necessária e não estamos preparados para uma vida familiar. Temos de educar um homem e uma mulher de forma que lhes ensine a estabelecer a interligação correcta entre eles e com os seus filhos.

É este o problema do desenvolvimento egoísta: cada pessoa pensa que sabe o que faz. Ninguém prepara a pessoa para a vida. Em vez de educar uma pessoa, nós vagamente lhe ensinamos algum tipo de profissão. É por isso que a crise moderna é tão profunda.

As crises familiares tornaram-se insuportáveis. O mundo inteiro tem estado imerso num desespero universal e total, a partir das tentativas das famílias viverem juntas. E enquanto isto ocorre nós não admitimos que a unidade familiar é a base de toda a vida. Sem ela, a vida não continuará.

O Homem tem de procurar pela resposta, e a resposta é: “Marido e mulher, e a Shechina entre eles”. Temos de perceber que o desenvolvimento egoísta nos trouxe a uma rua sem saída: nós não nos suportamos mais uns aos outros. Apenas a importância do objectivo pode ajudar-nos, e podemos alcançar esse objectivo apenas se tivermos a família corrigida, que dará aos seus filhos a educação correcta. Apenas nesta condição adquirimos similaridade com a natureza ou o Criador. Então revelamo-Lo, unimo-nos com Ele, e alcançamos a vida eterna no nível espiritual.

Apenas o objectivo espiritual irá obrigar a pessoa a criar a família correcta, a ter filhos e a relação correcta entre os cônjuges.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabala 8/3/11, sobre as Mulheres

O Cálculo Que Faz De Mim Um Homem

Dr. Michael LaitmanA fim de que a propriedade da Luz penetre o desejo, um processo especial de descida se desenvolve. Primeiro de tudo, o desejo é transmitido com uma sensação que é oposta à Luz. Como resultado, ele não pode suportar-se e realiza uma restrição (Tzimtzum).

Posteriormente, o desejo conclui: “Eu preciso de uma tela (Masach)”. Em outras palavras, ele precisa de uma chance de igualar-se à Luz através da realização de um ato autônomo. Isso significa que ele será realmente separado do Criador e estará diante d’Ele como um convidado perante o anfitrião. Mesmo que o convidado não receba nada do anfitrião, ele ainda sente que é oposto e sofre com isso.

Eu não preciso do banquete que o anfitrião preparou para mim; eu o rejeito. Mas o anfitrião ainda fica me pedindo para provar sua mesa e lamenta que seus presentes não são aceitos por mim. Devido as circinstâncias, eu os aceito, tendo pleno conhecimento de que estou fazendo isso apenas para agradá-lo.

Assim, sendo opostas, a Luz e a criatura estão separadas umas das outras. A Luz pretende  preencher a criatura (1), enquanto a criatura a empurra para fora (2). Mas, finalmente, quando a Luz retorna e “implora” (3), a criatura, como se estivesse fazendo um favor, concorda em receber dela (4). Essa recepção é considerada como doação. Desse modo, desenvolvem-se seus relacionamentos.

Esse é o desenvolvimento por meio da tela. A criatura se apresenta como um lugar de desejo, mas esse desejo é coberto pela tela. É como se o desejo instalasse um “divisor” em cima e decidisse: Não importa o quanto de Luz entra (1), a primeira coisa que eu irei fazer é empurrá-la de volta (2). Mas a Luz ainda me pressiona (3); então, nesse caso, eu calculo (?) o quanto dela sou capaz de receber. Eu deixei a quantidade certa entrar e a recebo como um “prazer” (4).

O cálculo se torna um fator adicional: o quanto sou capaz de receber a fim de doar ao anfitrião, tanto quanto ele quer me dar de prazer? E este cálculo faz de mim um homem (Adão), uma vez que, dessa forma, eu declaro a minha autonomia, em separação completa do anfitrião, e atuo como ele. Ele me dá, e Eu dou a ele. Ou, como é descrito no Cântico dos Cânticos. “Eu sou do meu Amado, como o meu Amado é para mim”.

Agindo desta forma, a criatura chega ao estado corrigido, e este tipo de recepção se torna um vaso espiritual. Por que um “vaso”? Porque ele pode receber a Luz. Por que “espiritual”? Porque é igual ao Criador e doa como Ele.

Da 3ª parte da Liçã Diária de cabalá 04/3/11, “Palestra sobre o Artigo, Prefácio à Sabadeoria da Cabalá”

A Luz No Vaso: Não Só Preenchimento, Mas Impregnação

Dr. Michael LaitmanO Criador criou o desejo, que era “redondo” (isto é, que inicialmente não tinha todos os detalhes de percepção), e preencheu-o com a Luz. Com Sua força, a força da Luz, Ele criou a realidade do desejo e preencheu-a com a mesma Luz.

Assim, só há dois elementos no universo: o desejo e a Luz, o vaso (Kli ) e o que o preenche. A Luz é considerada como “o Criador”, enquanto o desejo é considerado como “a criatura.” Só eles existem no mundo do Infinito. Quanto a um “mundo” na espiritualidade, ele é um estado de ser e não uma imagem que estamos acostumados a ver em nosso mundo.

Assim, o estado inicial do desejo e da Luz é chamado de “mundo do Infinito”, já que não há limites ou restrições. O desejo tem tanta Luz quanto deseja. Todos os componentes do desejo são preenchidos.

O que está faltando aqui? O desejo foi criado mas não está consciente disso. Ele existe porque a Luz está a sustentá-lo. Para que o desejo possa evoluir e sentir o que é, o que tem e o porque foi criado, é necessário inserir um determinado componente adicional nele. Isso porque, enquanto ele está encerrado em si só, o desejo não tem auto-consciência e percepção de sua própria existência.

A fim de perceber a si mesmo, o desejo tem de olhar para si de lado, observar-se, e refletir sobre sua existência.  Mamíferos e seres humanos pouco desenvolvidos não possuem essas características. Só depois de ter evoluído é que o homem começou a se perguntar: “Quem e o que sou eu? Para que eu sirvo? Qual é a essência da vida?”. Ele não está interessada em auto-realização, mas no sentido da vida e se esforça para olhar para fora de sua existência.

A fim de dar ao desejo esta oportunidade e capacidade, a Luz deve inseri-lo e compartilhá-lo com suas próprias qualidades. Nesse caso, as qualidades do desejo e da Luz vão co-existir nele, e do contraste entre elas, ele vai começar a perguntar-se: “De onde foi que eu vim? Por que eu existo? Para onde vou?”.

No entanto, se a qualidade adicional não aflorar no desejo, ele não vai começar a refletir sobre nada e só se preocupará com suas necessidades naturais: ficar satisfeito e pleno. Da mesma forma, os representantes dos níveis inanimado, vegetal e animal  esforçam-se para preencher e preservar-se da melhor forma possível.

É por isso que o Criador deve penetrar o desejo e permeia-lo com Ele, para dar-lhe a forma da Luz.

Da 3ª parte da Liçã Diária de cabalá 04/3/11, “Palestra sobre o Artigo, Prefácio à Sabadeoria da Cabalá”

Uma Sociedade Que Ajuda A Iniciar A Vida Espiritual

Dr. Michael LaitmanA sociedade é a base para o avanço espiritual. E, assim como as pessoas que corriam de Jerusalém durante a época do Segundo Templo, quando viram o colapso da espiritualidade e quiseram formar uma pequena sociedade para agarrar-se à conexão espiritual entre elas, a Força Superior, à medida que se escondiam nas proximidades do Mar Morto, nós também queremos formar uma tal sociedade.

Por enquanto, ela não pode ser muito grande: “apenas” algumas centenas de milhares de pessoas, o que não é muito comparado com toda a humanidade que agora tem que acordar e se conectar. Mas nós temos que acreditar nos Cabalistas, que dizem que estamos sempre nos esforçando o suficiente, tanto em quantidade quanto em qualidade, e se nós nos mobilizarmos de acordo com nossas habilidades e condições dadas, seremos capazes de revelar a força superior.

Uma vez que nos conectemos, essa centelha vai incendiar-se entre nós e distribuir a Luz superior em todo o nosso sistema. Esta Luz vai preencher-nos, e nós vamos entrar no mundo espiritual.

Nossa principal tarefa é formar uma sociedade, um lugar para a Luz ser revelada. A própria sociedade é chamada de “Shechiná“, o lugar onde a Luz (Shochen) reina. Há certas leis para a existência desta sociedade. O Criador é o doador (Shochen), nós somos a Sua Shechiná, e nós precisamos preparar o nosso desejo para que Ele seja revelado em nós.

A Luz superior não pode ser revelada em uma só pessoa; tem de haver pelo menos duas.Mas duas também não são suficientes, porque diferentes problemas egoístas imediatamente surgem entre elas. É por isso que quanto maior a sociedade mais fácil é para a pessoa.

Por um lado, se a sociedade é muito forte, será mais fácil para a pessoa, uma vez que ela não vai precisar investir muito nela. Por outro lado, ela receberá a inspiração dos outros que estão preparando um lugar para ela entre eles, onde ela possa entrar. Ela só vai necessitar anular-se perante a sociedade, e isso será suficiente.

Ela vai literalmente crescer como uma criança nos braços da mãe ou de um embrião no útero da mãe. Esta sociedade vai se tornar o seu refúgio, a “Arca de Noé”, o ventre de sua mãe, de onde ela vai tirar todas as forças para começar a sua vida espiritual. Dessa forma, ela vai avançar.

E mesmo que o nosso grupo não seja tão grande em relação à nação de Israel ou de todo o mundo, nossas possibilidades são enormes! Podemos levantar toda a humanidade dentro de nós!

Cada um de nós só pode receber a Luz superior se fizer parte do útero da mãe (“Rechem” ou “útero” vem da palavra” Rachamim” ou “misericórdia”, doação).Caso contrário, ele continuará a ser “selado” pela Luz, e só será capaz de perceber este mundo.

Por não continuar o fluxo da Luz e passá-lo para os outros, eu bloqueio o meu caminho e evito que a Luz passe por mim. Então, eu só vou perceber o seu minúsculo brilho que descreve este mundo para mim.

 De Lição 2 Congresso Metzoke Dragot 25/02/11