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Aguardando O Casamento Com O Criador

Dr. Michael LaitmanVivemos numa época em que o mundo inteiro está entrando na fase do desenvolvimento espiritual. E o grupo que estamos construindo é como a Arca de Noé, nossa mãe comum, onde nós podemos participar e nos desenvolver. Ou seja, o grupo será o útero da mãe para toda a humanidade: é a Shechiná que construímos entre nós.

O mesmo local nos aceitará quando estivermos “exilados” no útero da mãe e nascermos. Ao levar-lhe sempre novas “vestimentas” da Luz de Hassadim (Misericórdia) e correções, vamos elevá-lo cada vez mais, até o fim da correção, até que ele se torne a noiva pronta para entrar no pálio matrimonial (Chupá) com o Criador.

Assim, o grupo em relação a cada pessoa, e também toda a humanidade, é esse mesmo lugar que está sempre um nível acima de nós. Este é o objeto espiritual superior, em relação ao qual estamos constantemente revelando os nossos próximos níveis superiores: conforme somos capazes de superar nosso ego.

O egoísmo continua sendo uma força que separa e, portanto, nos ajuda. Afinal, ao superar o ego em particular, somos capazes de estabelecer uma conexão mais estreita com o nosso ambiente: seja como um embrião com o útero, seja como um bebê nutrido, ou como um adulto que recebe a Luz em prol da doação.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 23/03/11, Preparação para a Convenção NÓS!

Jogando O Jogo Da Doação

Dr. Michael LaitmanO nosso humor define a conexão com a espiritualidade, com o Criador, com a Luz, a satisfação que tínhamos no mundo Infinito. Mas quando aspiramos a um estado bom, pensamos naturalmente na satisfação e esquecemos que ela pressupõe a correcção, a intenção “em prol da doação”.

Por outras palavras, primeiro precisamos de adquirir a intenção de doar; a satisfação seguir-se-á. Assim, é-nos dado um sentimento de vazio, falta de satisfação, para que não nos concentremos nele, mas na intenção, isto é, em satisfazer os outros e não a nós próprios.

Isto é necessário para construir dentro de nós uma atitude “neutra”, livre do prazer egoísta, quando podemos usar a satisfação em prol dos outros e não de nós próprios. Apenas imagine como seria se nos dessem a capacidade de nos satisfazermos com a Luz superior de forma egoísta! Sonharíamos com ela a toda a hora, em vez de pensarmos em como satisfazer os outros!

Assim, a Luz superior oculta-se. Portanto, ela dá-nos a oportunidade de pensar acerca da satisfação superior desinteressadamente, livre do nosso egoísmo, que não distingue o prazer espiritual oculto. Mesmo que eu não esteja propriamente feliz, e os amigos também não pareçam particularmente alegres, esta é a única oportunidade de acalmar o meu egoísmo e cobiçar o descanço, e usar este espaço vazio para construir a minha relação com os outros.

Esta é uma ajuda excepcionalmente valiosa, e temos de estar gratos por isso! Caso contrário, permaneceríamos provavelmente na escravidão do nosso egoísmo e não teríamos qualquer hipótese de nos afastarmos dele. E aqui, é-me dada a oportunidade de procurar por mim mesmo e artificialmente, isto é, não de acordo com o meu desejo, mas virtualmente do zero, começando por anunciar a alegria, a importância do objectivo espiritual, do ambiente, de tudo o que me falta!

Eu próprio desperto esta alegria e importância, construo-as artificialmente, e trago-as para o meu ambiente. Eu atuo como uma criança que brinca com um brinquedo e assim o introduz em sua vida. Ela empurra um carrinho de brinquedo e sussurra, e parece como se o carro estivesse a ser realmente conduzido e o motor estivesse a funcionar.

É assim como activamos o sistema superior com o nosso desejo. Este desejo – a única coisa que precisamos alcançar – é o nosso pedido (MAN). Expressamos o nosso desejo para percebê-lo sem qualquer preparação por parte do nosso ego, sem qualquer sensação preliminar, mas de forma puramente artificial. É assim como começamos a construir uma nova forma a partir do zero.

Não devemos estar envergonhados de parecer artificial. Certamente, não é uma forma autêntica na medida em que não provém do nosso desejo anterior. Pelo contrário, devemos estar orgulhosos de ela não ser o nosso desejo verdadeiro, natural (egoísta) e de jogarmos o jogo da doação!

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá, Preparação para a Convenção NÓS!

Sair Da Mentira Ilusória

Dr. Michael LaitmanPor detrás de cada palavra ou frase d’O Zohar, temos de tentar reconhecer formas de conexão entre o homem e o seu ambiente. Não há nada mais na realidade além das formas de conexão entre uma pessoa e aqueles que estão à sua volta.

Mesmo agora, quando vejo pessoas e as paredes desta sala à minha frente, ou ouço o barulho vindo do exterior, todas estas são formas de conexão entre nós. Não há nada além destas forças que nos conectam, que são forças do desejo que assim me parecem na minha percepção material da realidade.

Da mesma forma, se tentarmos, então começaremos a imaginar outros tipos de conexão entre nós, outras forças que não operam dentro da recepção, mas dentro da doação entre nós. Então veremos que, na realidade, nunca existiram conexões egoístas entre nós. Nós sentimo-las como num sonho, de forma que baseado nesta conexão ilusória, que é oposta à verdadeira, reconheceráiamos a verdadeira conexão, a única que existe em contraste com a vida ilusória: o desejo de desfrutar com toda a sua força.

Afinal de contas, este desejo existiu apenas para que nós o transformássemos no desejo de doar. O Criador suporta-o desta forma artificial, mas não tem por si próprio qualquer essência real. Apenas a força de doar existe no mundo.

É por isso que O Zohar nos descreve todas as variedades da força de doação, que revelamos em todas as diversas formas, assim como as forças de recepção opostas a elas, sendo a base sobre a qual as forças de doação são reveladas no processo da guerra interior do homem.

É esta a única coisa em que temos de pensar enquanto lemos O Livro do Zohar, fazendo esforços de forma que a revelação destes níveis espirituais nos ajude e possa revelar-se em nós para que a possamos incluir dentro de nós.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 23/3/11, O Zohar

Momentos Da Sua Vida

Dr. Michael LaitmanAcabamos de ler O Zohar por mais de meia hora. Pergunto-lhes: durante todo este tempo, quantas vezes cada um de vocês desejou a chegada da Luz que corrige, esperando que algo acontecesse? Está escrito que os anjos perguntam à pessoa depois que ela morre: “você estudou a Torá e esperou a salvação?”.

Quantos momentos você passou esforçando-se, tentando não deperdiçar e “agarrar” algo muito importante, como um goleiro que guarda a meta, ou um caçador perseguindo uma presa? Você estava apaixonadamente antecipando isso, do mesmo modo que você se sente antes de um encontro muito aguardado com sua amada? Quanto tempo você permanece nesse estado? Quantas vezes você retorna novamente a essa aspiração?

Apenas estes momentos contam na vida. Eles são resumidos e determinam a velocidade da vida. Os outros momentos realmente não existem….

Da  2ª parte da Lição Diária de Cabalá 23/03/11, O Zohar

Amigos Do Meu Ponto No Coração

Dr. Michael LaitmanPergunta: Uma parte de mim realmente quer ir à Convenção, mas outra parte se opõe tão fortemente a isso que eu não quero ver ninguém. O que devo fazer?

Resposta: Você tem que fazer sua livre escolha. Você deve entender que ambas as partes de você, como todos os pensamentos e desejos que despertam em nós a todo o momento, chegam até nós do Criador. Estas são as condições que são definidas para nós; não é o “eu” real.

Quem decide não é o meu corpo, que fica doente e não quer ir à Convenção, nem o meu humor. Nós agimos como um mecanismo, onde todos os sinais elétricos internos são controlados pela força superior de acordo com o programa que nos conduz a certo estado.

A vida, a morte e todos os estados intermediários são determinados de Cima e não há nada de acidental em nenhum deles. Portanto, em cada estado eu tenho que separar-me e olhar para este “mecanismo”, isto é, o meu corpo, seu humor, e tudo nele, de fora. O objetivo disto é ver que isso é o trabalho do Criador e compreender o que Ele quer me dar agora, e para qual estado Ele quer conduzir o meu “burro” (Hamor, burro em hebraico, significa Homer, matéria). Assim, eu entenderei como trabalhar com ele e não me identificarei com este “burro”.

Quanto mais vezes por dia a pessoa for capaz de separar-se de si mesma dessa forma e olhar para si de fora, como para um corpo onde certos tipos de forças são despertados, sem se identificar com isso, mas sim usá-lo como meio para atingir o objetivo, mais rápido ela alcançar o sucesso. Essa é também a forma como devemos tratar os amigos em todos os aspectos. Não olhe para os seus rostos ou personalidades, mas sim para seus desejos internos na forma pura, que não dependem de nada externo. Este é o amigo do meu ponto no coração.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 22/03/11, Prepração para a Convenção NÓS!

Você Não Pode Viver Sem Mulher

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que a sociedade tem uma atitude de desprezo em relação as mulheres? Por que os homens consideram as mulheres abaixo deles?

Resposta: Esta atitude resulta do fato de que a mulher não pode atingir a espiritualidade por si própria. Ela depende de um homem para isso.

A nossa alma comum consiste das partes masculina e feminina , onde a parte feminina (Nukva) é o desejo de satisfação. Em nosso mundo, isso é expresso pelo fato de que a mulher precisa de um lar, que ela tem que dar à luz filhos e cuidar deles. Seus filhos são toda a sua vida. É por isso que ela depende da sociedade mais que o homem. Ela precisa de estabilidade e confiança no amanhã.

Em outras palavras, a mulher sente-se mais insatisfeita e essa é uma premissa para o seu desenvolvimento espiritual, embora isso seja percebido como fraqueza em nosso mundo egoísta. No movimento espiritual tudo é oposto, pois quanto maior o desejo, mais a pessoa avança. Nós, criaturas, dependemos apenas do desejo. Se esse desejo é orientado para o caminho certo, então esta é a chave para o sucesso.

Portanto, a menos que os homens absorvam o desejo das mulheres, eles não serão capazes de avançar em direção a espiritualidade.

Da Lição de 05/03/11, Escritos do Rabash

Alegria É Um Sinal De Doação

Dr. Michael LaitmanOntem enquanto assistia ao nosso canal de TV, vi uma transmissão do programa cultural que foi realizada na grande convenção em Israel no outono passado. Ela incluiu actuações de diversos grupos e danças especiais de diferentes nações de todas as partes do mundo onde as pessoas vieram para assistir da Convenção. Houve uma audiência enorme e um ambiente muito especial, tornando impossível tirar os olhos da tela da TV. Eu tive que assisti-la até o fim.

Eu não vi ninguém decepcionado ou desanimado porque cada um foi influenciado pela inspiração comum e todo o salão se encheu de alegria, esperança, entusiasmo e inspiração. E não era nem mesmo porque alguma revelação espiritual especial estava acontecendo ali, mas simplesmente porque o humor da sociedade influenciou todas as pessoas desta maneira. Cada um que fazia parte do encontro sentiu-se alegre e feliz naquele momento.

Esse é o poder da influência social e é a única coisa que nos falta para avançarmos a cada momento no tempo. No caminho, não podemos exigir qualquer outra revelação além da revelação da doação, ou seja, a correção que me permite apenas doar, para me conectar aos outros e não exigir mais nada, como Biná, que não deseja nada para si mesma (Hafetz Hesed).

O Criador exige que nos tornemos como Ele: doar em prol da doação e, depois, receber com em prol da doação. É por isso que o nosso avanço sempre acontece “acima do conhecimento” (da razão), o que significa que não podemos pedir outra qualidade ou satisfação que se manifeste em nossas sensações além da qualidade de doação. Além disso, eu não me importo se vou ter a oportunidade de doar. Eu não espero nada em forma de resposta do Criador, além da própria aspiração pela doação, que sempre vai  desenvolver-se em mim, cada vez mais.

O mundo ainda não entende esta atitude e nós, também, só estamos gradualmente nos aproximando de sermos capazes de ouvir e entender qual é a essência aqui. Mas não há outro caminho a percorrer. Toda a humanidade já entrou nesse processo de correção e temos que entender que não há caminho de volta. Nós não podemos parar a história. O mundo inteiro está passando por um desenvolvimento muito rápido na direção desta nova qualidade: a qualidade de doação que vai começar a dominar o mundo.

É por isso que os Cabalistas dizem que não temos qualquer outro meio além de organizar um ambiente que irá apoiar-nos no caminho para o objetivo e nos dará força, inspiração e alegria.Não podemos receber tudo isso do Criador e, especialmente, não de nós mesmos, mas somente da sociedade.

É por isso que a nossa disseminação deve enfatizar eventos inspiradores, como, por exemplo, os programas culturais nas Convenções. Isso significa “juntar-se ao bem”, que é o nosso lema escolhido. Quanto mais programas como este tivermos, que nos transmitem alegria, união, e a força que foi adquirida, maior será a força vital que isso vai dar a cada pessoa.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 21/03/11, Preparação para a Convenção NÓS!