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Muitos Métodos, Pouco Sucesso

Dr. Michael LaitmanA educação é a coisa mais importante. Nós vemos que tal situação está enraizada na natureza: até mesmo os animais educam seus jovens até eles crescerem. A educação é ainda mais crucial para os seres humanos, já que eles precisam de tempo para começar a vida e adquirir as habilidades necessárias para viver no mundo.

As pessoas não adquirem isso naturalmente, mas através de sistemas complexos, que cada geração constrói para si. O que separa o homem dos animais é sua necessidade de adquirir conhecimento. As pessoas precisam seriamente aprender e educar-se, e isso leva muito tempo.

Nós vemos que a principal diferença entre esta geração e as anteriores é o aumento do egoísmo. Do mesmo modo, nós precisamos atualizar nosso sistema educacional para esta parte que tem crescido no homem. Este é o nosso problema. Nós não compreendemos plenamente que precisamos fazer.

Nós aceitamos perfeitamente o componente natural. Na realidade, esse também não é mais o caso hoje, embora até recentemente, as mães cuidavam de crianças pequenas e as nutriam. No entanto, quando se trata de coisas artificiais que se destinam a preparar a pessoa para entrar no mundo e ajudá-la a encontrar o seu lugar na sociedade, lamentavelmente, há um número incontável de métodos. Todos escolhem o que querem, e no fim, nenhum deles leva ao sucesso.

Mas é exatamente a área da educação que a natureza deixou ao nosso critério. Essencialmente, nada é mais importante: a pessoa se tornará o que fizermos dela. É por isso que é tão importante explicar ao mundo a visão Cabalística deste problema.

Da Lição 3 da Convenção no Mar Morto 25/02/11

Perguntas Durante A Lição Do Zohar, Parte 2

Dr. Michael LaitmanPergunta: Será que temos que pensar nos outros, mesmo se entendermos que no fundo é uma mentira? Será que temos que mentir para nós mesmos durante a leitura do Livro do Zohar ?

Resposta: Nós mentimos sobre tudo, porque não temos a verdadeira conexão com o outro, mas apenas “brincamos” como se tivéssemos. Eu não desejo me conectar com os outros, mas eu brinco de ser um “bom menino”: eu li O Zohar desejando mudar sob a influência dessa leitura, para compreender a forma na qual não estou corrigido, e porque não consigo atingir o estado perfeito. Eu procuro! Em suma, durante a leitura do Zohar, eu espero mudanças para melhor. Isso é chamado de “aguardar o resgate”.

Pergunta: Eu me obrigo a voltar para a intenção mesmo que isso seja realmente uma guerra. Isso vai ajudar o nosso trabalho em grupo?

Resposta: Justamente a guerra interna nos dá um bom resultado! Sem esta guerra, a pessoa não avança, porque os seus desejos não são renovados. Somente sob a condição de que ela conduza uma guerra consigo mesma é que novas Reshimot despertam nela, e ela constantemente sente oposição. É assim que as coisas deveriam ser!

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabaá 13/01/11, O Zohar

Momentos De Cabalá – Uma Pergunta Do Japão

Momentos De Cabalá – O Meu Japão

Para Cada Um De Acordo Com Sua Capacidade

Dr. Michael LaitmanToda pessoa tem que estudar Cabalá de acordo com sua capacidade.

Nós temos que nos sentar à mesa de estudo de novo (após o colapso deste projeto na Rússia), a fim de reexaminar a idéia socialista (“cada um segundo sua capacidade, a cada um segundo sua necessidade”) à luz dos fatos e contradições que se manifestam em nossos tempos.

E nós não deveríamos ter medo de fazer um avanço conceitual, pois preservar a vida está acima de tudo. (Não deveríamos ter medo de revelar que a fonte da correção do homem e da sociedade é a Luz Superior. Diante da ameaça de destruição e de ter sofrido certo processo de desenvolvimento, as pessoas serão capazes de apreender isto)
– Baal HaSulam, Jornal “A Nação”

Mude Seus Pensamentos E Você Verá Um Mundo Diferente!

Dr. Michael LaitmanHoje, em função do terremoto que se abateu sobre o Japão, vemos como a natureza ameaça a nossa existência. Afinal, nós estamos realmente vivendo no topo de um vulcão gigante que está fervendo nas profundezas do subterrâneo, enquanto existimos sobre uma fina camada da crosta terrestre.

Das profundezas da terra, extraímos óleo, água e minerais, e usamos vegetais e animais que existem sobre sua superfície como alimento, e respiramos o ar atmosférico. Nós somos totalmente dependentes dos processos que acontecem na crosta da Terra.

Além disso, somos influenciados por muitos outros fatores: campos magnéticos, a força de atração, todos os tipos de radiação, a velocidade de rotação da Terra, e assim por diante. Mas não podemos sequer imaginar que a menor alteração em qualquer um desses parâmetros pode mudar radicalmente nossas vidas!

Todos os cataclismos naturais são causados ​​pelo desequilíbrio de forças, que está acontecendo como resultado das nossas ações incorretas. O universo inteiro é um sistema único que inclui os níveis inanimado, vegetal e animal da natureza, assim como o homem. A maior parte do universo pertence ao nível inanimado da natureza: este é o universo inteiro, incluindo a Terra. As plantas cobrem apenas a sua superfície, e o reino animal compreende uma parte ainda menor; e, comparado com tudo isso, apenas uma pequena fração pertence ao homem.

No entanto, na dimensão espiritual, leva-se em conta não a quantidade ou a massa, mas a qualidade de suas forças. Portanto, o homem, que está em um nível qualitativo mais elevado de desenvolvimento, pode mudar todo o universo com apenas um pensamento. O Baal HaSulam escreve que toda a natureza inanimada é igual a uma planta, todas as plantas a um animal, e todos os animais a uma pessoa.

Em outras palavras, se uma pessoa faz qualquer pequena mudança para o bem ou para o mal, isso muda todo o reino animal. O mundo vegetal sofre mudanças ainda maiores, como resultado, sem mencionar o que acontece com a natureza inanimada. Isso porque todo isso é um sistema único!

Portanto, nós temos que mudar a nós mesmos e alcançar o equilíbrio entre todos. Só então é que todas estas forças da natureza, que estão abaixo do nível humano – a totalidade do mundo animal e vegetal, e toda a natureza inanimada – também vai atingir o equilíbrio.

Pergunta: Como podemos convencer a todos que o mundo é controlado pelos nossos pensamentos?

Resposta: É impossível conseguir isso através dos mundos. Temos que trazer o mundo à sensação interna de que o pensamento é a força mais poderosa do universo inteiro. Mas temos que provar a mesma coisa para nós mesmos! Se eu percebi que meus pensamentos influenciam o mundo inteiro, será eu lhes permitiria “ir com o fluxo”, livres e descontrolados? Não, a cada momento eu iria verificar o que estou pensando, onde estou direcionando meus pensamentos, e o que estou influenciando. Eu me controlaria constantemente!

Nós simplesmente não conseguimos explicar isso para nós mesmos ou para o mundo. Não conseguimos medir o poder do pensamento, e especialmente, o grau de sua influência sobre eventos específicos. Nós nunca seremos capazes de dar ao mundo uma prova da presença desta conexão. Então, como vamos trazer o mundo ao equilíbrio?

Só existe uma solução: nós, aqueles que entendem isso e estudam a Cabalá, temos que atrair a Luz Superior através de nós mesmos, de modo que isso dará às pessoas a consciência “interior” do fato de que tudo na natureza está interconectado e que precisamente os nossos desejos (corações) e pensamentos (mentes) determinam o estado do mundo.

Precisamente a Luz Circundante, que influencia a todos de forma imperceptível, evocará a compreensão interior nas pessoas, de que seus pensamentos e intenções influenciam o estado do sistema da natureza, onde os níveis inanimado, vegetal, e  animal da natureza, assim como o homem com a sua intenção, estão unidos em um.

Da Lição sobre o Shamati em 11/03/11

Porque As Almas Estão Ligadas Como Engrenagens

Dr. Michael LaitmanDa Segunda Restrição (Tzimtzum Bet) em diante, os objetos espirituais (Partzufim) nascem não como no mundo de Adam Kadmon, um debaixo do outro. Uma vez que cada um deles agora contém uma parte inferior que não pode ser utilizada, o AHP (Awzen, Hotem, Peh), esta parte desce para o grau espiritual inferior.

Em outras palavras, o Partzuf trabalha com seu Galgalta ve Eynaim (a parte superior), enquanto o seu AHP cai no GE do Partzuf inferior. Consequentemente, o AHP deste último cai no GE de um Partzuf mais inferior, e assim por diante.

Why The Soul’s Cogwheels Are Linked

Consequentemente, a parte superior de cada Partzuf se veste na parte inferior do Partzuf superior, de cima, enquanto a sua parte inferior desce até a parte superior do Partzuf inferior. Então, onde está o próprio Partzuf, independente dos superiores ou inferiores? Ele não tem nada seu!

É assim que as almas se ligam como engrenagens; é o mesmo princípio. Você não está livre de qualquer conexão com alguém. Você foi criado inicialmente dentro de tal construção, a estrutura interna de Malchut da alma integral, onde não há qualquer parte que não esteja conectada com todas as outras.

Qualquer desejo em todos os níveis de Aviut (aspereza) é ligado ao resto; todo mundo está conectado com todo mundo, e ninguém tem qualquer parte livre, nem sequer um grau de liberdade. A parte superior sempre me diz o que fazer, enquanto a inferior determina como eu devo servi-la. Assim, cada um de nós está ligado, como se estivesse amarrado com uma corda por ambos os lados, e é impossível fazer um único movimento independente.

Então, como podemos libertar-nos e ter liberdade de escolha?! Se ao invés de todas estas algemas em cadeia, você começar a experimentar as cadeias do amor, as cordas da participação recíproca, você será curado desta “claustrofobia”, a sensação de que está bem amarrado e enterrado vivo em um sistema onde não tem nenhum pensamento ou desejo independente, nenhum “eu” individual.

Quanto à liberdade, ela só pode ser adquirida com o amor: em prol do amor, eu mesmo desejarei servir a todos, e saudarei esta conexão. Esta ligação será desejável para mim! É assim que eu obterei a liberdade, o ar puro, e todo o sistema será meu: eu serei o Criador em relação a ele.

Esta qualidade milagrosa entra em nós depois do Tzimtzum Bet, quando Malchut recebe a centelha de Biná, graças a qual recebe a oportunidade de se relacionar com os outros com doação.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 8/3/11, Talmud Eser Sefirot

Uma Notável Jornada Ao Desconhecido

Dr. Michael LaitmanNós existimos em um sistema de leis em ação. Há uma força superior que nos influencia e deseja doar o bem. Por isso, ela criou o desejo de desfrutar, que ela pode preencher com prazer.

A criatura recebe prazer especialmente ao tornar-se idêntica à força superior: perfeita e eterna. Para alcançar isso, ela deve atingir as mesmas sensações, o mesmo nível, profundidade, poder e status como se pertencesse a essa força superior.

A força primária é considerada como o Criador, enquanto que a secundária é a criatura. Esta força secundária deve sofrer transformações, enquanto acumula várias impressões, até ascender todos os 125 degraus espirituais. Ela deve experimentá-los por conta própria, através de uma busca independente, de uma compreensão, consciência, percepção e esforço para alcançar tudo isso enquanto aspira chegar a um estado preparado para ela pela força superior.

Assim, a evolução da criatura implica num elemento de participação pessoal, com seus próprios sentimentos e pensamentos, com a consciência da própria existência e realização. Mas a criatura não tem como fazer nada sozinha, exceto uma coisa: o desejo de mudar. De fato, a força das transformações, o seu programa e ordem, vem somente de quem dá a força original, o Criador.

O sucesso no trabalho é determinado pela aprendizagem de dividir todos o seu avanço em duas partes: o trabalho atribuído à criatura e o trabalho realizado pelo Criador. Eles são parceiros, mas todos o seu trabalho é distribuído de acordo com o que diz respeito ao homem e o que diz respeito ao Criador.

A chave é não tentar fazer o trabalho do Criador, tentando corrigir a si mesmo e o mundo. O trabalho da pessoa é o desejo de mudar. Essas mudanças devem ocorrer acima da minha natureza, o que é considerado como “acima da minha razão”. Isto significa que a direção da minha transformação, bem como as propriedades e sensações internas que estão sendo formadas em mim, são totalmente incompreensíveis para mim, já que eu recebo uma nova natureza.

Sem ter idéia de onde se está ou em que direção está se movendo é um sinal claro da nova natureza que está surgindo na pessoa. Afinal, se a pessoa entende e sente seu progresso, todas as mudanças ocorrem em concordância com o seu egoísmo, sua natureza.

Quando a pessoa cresce dentro de sua própria natureza, ela está de certa forma consciente do que é esperado e faz escolhas para beneficiar o seu egoísmo. Mas, na espiritualidade, quando nós desejamos obter uma natureza diferente e tornar-nos igual ao Criador, nós sempre nos movemos em direção a algo desconhecido e imprevisível. Nós só atraimos as forças de desenvolvimento até nós.

No entanto, essencialmente, só há uma força que é dividida em vários componentes de acordo com seu uso: o nosso desejo individual e inicial, “o ponto no coração”, o poder do grupo, a força do estudo e, finalmente, a força que realmente age sobre nós e nos corrige, chamada de “Luz Circundante”.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 8/3/11, A Importância do Estudo

A Dependência Global Em Mim

Dr. Michael LaitmanPergunta: Até que ponto nossos pensamentos, intenções e a habilidade de se concentrar durante a aula dependem de todos que estudam conosco ao redor do mundo? Existe uma tal interconexão global?

Resposta: O que é que a interdependência implica? Se eu enxergar toda a realidade como partes de minha alma, eu sou totalmente independente. Estas partes despertam somente conforme a minha atitude para com elas, o meu desejo de despertá-las.

Eu não me concentro em seu comportamento externo, mas sim desperto-as de dentro, e, com isso, no mesmo nível da conexão interior, elas despertam e me respondem. Tudo é determinado pela minha visão do mundo: ou eu o vejo como uma realidade material com muitos corpos físicos, ou como os desejos mundanos dos homens, ou como o corpo da minha alma, o seu Partzuf (estrutura).

Neste último caso, eu não vejo as imagens externas que, aparentemente, existem no mundo físico, mas sim as partes da minha alma, que eu devo transformar. “Eu” é o ponto focal do meu pensamento, da minha intenção. “Eu” é a intenção que devo acrescentar a estes desejos e propriedades para apontá-los corretamente.

O que significa que eu dependo e sou despertado pelos outros? Assim como eu os desperto, eu desperto a mim mesmo como resposta. Este despertar aparentemente passa por esse sistema externo, embora o sistema seja meu.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 8/3/11, “Introdução do Livro do Zohar”

Elevar-se À Raíz Da Criação

Dr. Michael LaitmanDizem que “todos os portões estão trancados” para a oração do homem, “exceto o portão das lágrimas”. Mas, pelo o que nós devemos orar e pedir, que decisão, se recebemos duas forças e discernirmos a sua oposição? A parte superior proporciona a força da Luz Circundante, o egoísmo desperta contra ela, e nós ficamos entre as duas forças: a da direita e a da esquerda.

Mas a propriedade que precisamos atingir pertence ao Pensamento da Criação de agradar a criatura. Ela está acima de todos os resultados, ações e forças. Esta mente, a cabeça da parte superior, é precisamente o que a parte inferior (a criatura) se esforça para alcançar!

Ela não tem a menor chance de conseguir isso sozinha, através do próprio esforço, já que existe uma diferença entre o pensamento superior (as decisões) e os seus resultados e ações. E nós, sozinhos, somos os atos do Criador.

Assim, quando o homem esgota todos os seus recursos, tendo feito tudo o que podia, descobre uma propriedade especial com a qual não tem nenhuma conexão. É uma decisão, um plano, criar a criatura, todo um programa concebido muito antes de sua criação. O homem consegue  saber quem é o próprio Criador, que idealizou tudo isso, e porque Ele o concebeu assim: a raiz próprio ponto do qual nasceu a criatura.

Este desejo está oculto na menor ação, e ele nos dirige desde o início! Mas nós chegamos a ele só depois de uma busca muito longa, após muitas ações. E quando nós chegamos lá,  descobrimos o que foi dito: “Todos os portões estão trancados, exceto o portão das lágrimas”.

Ele é considerado como o “portão das lágrimas”, porque todas as tranças dos “cabelos” da Luz (Partzufim Searot, os “cabelos”), que se estendem até nós de Cima para baixo, da parte  superior que está “lutando” (Soer) e sofrendo enquanto antecipa a nossa chegada, são reveladas agora apenas como “gotas da sorte” (“Mazal“, do hebraico “Nosel” – pingar), as gotas de Luz que gotejam sobre nós. E a pessoa pode alcançar a sua causa, o motivo e a razão desses efeitos descerem a nós apenas para conhecermos Rosh de Atzilut (a cabeça do mundo de Atzilut).

Isso só pode ser alcançado através do portão das lágrimas, ou o estado onde a  pessoa consegue saber a diferença entre o “corpo” (Guf) do Partzuf e sua “cabeça” (Rosh). Ela não consegue alcançar e compreender a cabeça da parte superior, sua mente, mas graças a esta oração, ela a alcança.

De fato, ao estudar todas as ações do Criador, nós recebemos alguma idéia sobre Sua mente. Do mesmo modo que quando olhamos para uma mesa, conseguimos adivinhar o que o criador tinha em mente, nós também, ao estudarmos a nós mesmos e revelarmos interiormente as ações do Criador, constantemente acumulamos este ardente desejo de entendê-Lo e, gradualmente, chegarmos ao portão das lágrimas.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 10/03/11, sobre a Oração