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Revele Os Segredos Dos Sábios

Lecture in ManhathanNo dia 29 de março, às 19:30 no Symphony Space, um centro de artes performáticas de Manhathan (Nova Iorque), eu darei uma palestra pública intitulada “O Zohar, as Leis da Natureza e o Futuro do Homem”. O evento começa com um espectáculo musical Cabalístico do grupo The Ensemble. Para mais informações clique aqui.

Trechos do anúncio do evento:

“Uma noite de música e sabedoria com o Cabalista mais famoso do mundo, o Dr. Michael Laitman de Israel.

Abra a porta interna para a beleza e o significado da antiga sabedoria dos sábios Cabalistas. Desfrute de um concerto especial com profundas melodias, antes ocultadas, portadoras de sensações indescritíveis dos reinos mais elevados do amor. Depois, escute como o Cabalista mais famoso do mundo revela a mensagem da sabedoria, destinada a este momento difícil e decisivo na história humana”.

Parar É Cair

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que significa acelerar constantemente em relação à meta espiritual, e como podemos acelerar o máximo possível agora, antes da Convenção?

Resposta: No espaço espiritual, aceleração é movimento. Isso porque se agora você não fizer uma determinada ação, nenhum de seus méritos anteriores irá contar e você vai perder toda a velocidade que acumulou até agora por todas as ações anteriores. O espaço espiritual é como um universo vazio, onde não há nenhum outro sistema a partir do qual se inicia a contagem, e se você não acelera, você não se move.

Um estado constante é equivalente a zero. Mesmo que você esteja voando na velocidade de 10 quilômetros por segundo, isto não é considerado movimento, e o mesmo ocorre se você estivesse apenas suspenso no ar. No sentido espiritual a aceleração significa velocidade e, em essência, é a ação.

Portanto, não há “diferenças” entre as ações espirituais. Sempre que uma ação termina, é onde a próxima ação começa, imediatamente, assim como durante o nascimento do Partzufim espiritual. Isso indica que a atitude da pessoa em relação ao grupo e a atitude do grupo em relação a ela deve ser tal que irá constantemente despertá-la a agir e sempre renovar o seu desejo.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/03/11, Preparação para a Convenção NÓS!

Ajuste Fino Espiritual

Dr. Michael LaitmanDe “Os Princípios da Educação Global”: A essência do nosso desenvolvimento encontra-se no reconhecimento do mal.

Nós somos capazes de realizar um ato após o ato apenas de acordo com o nosso reconhecimento do mal, com o grau de sensibilidade para com o bem e o mal. Tudo depende do nível a que as nossas qualidades nos permitem medir a diferença entre eles.

O meu desejo é como um instrumento de medição. Seu ponteiro move uma medida se, por exemplo, eu altero a tensão interna ou peso algo em minha escala interna. Há escalas com divisões de 100 libras para carros e escalas precisas com medida em miligramas.

Minhas medidas dependem também da sensibilidade. Assim que eu sinto dentro de mim alguma diferença entre as duas forças, isso aciona a minha ação, minha resposta. Eu me sinto mal por causa dessa diferença; eu fico insatisfeito e preocupado. Então, surge um impulso dentro de mim e ele me empurra de volta para o ponto de equilíbrio de onde nos originamos.

É por isso que tudo depende do reconhecimento do mal. Eu tenho que intensificar continuamente esse sentimento, pressionando cada vez mais o “botão” que tem um ajuste fino. Assim como o ponto inicial da criação sentia que se diferenciava da Luz, até que essa diferença transformou-se na escuridão da sua oposição completa, da mesma maneira eu aumento a sensibilidade em relação à Luz dentro de mim, a fim de alcançar finalmente a correção.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 2t/03/11, Os Princípios da Educação Global

Como Eu Supero A Minha Natureza?

Dr. Michael LaitmanMuitas pessoas pensam que a espiritualidade é um método comum para realizar-se. A pessoa pensa que muito em breve o Criador será revelado a ela, e que ela será capaz de obter todo o mundo as seus pés. Mas essa é uma idéia falsa, pois, na verdade, a espiritualidade é a doação.

Em outras palavras, eu não sou preenchido por aquilo que está sendo revelado a mim. Porém, se eu me abro corretamente, eu fico cheio de doação. Afinal, a Luz nunca entra em um Kli (desejo) diretamente, mas somente quando está vestida com a Luz Refletida. Daí, eu devo me tornar um doador e desfrutar da doação. Mas como faço para conseguir isso?

Para alcançar isso, a pessoa precisa de um ambiente que possa lhe influenciar de forma que ela pense que a doação é uma qualidade muito profunda e elevada, que é a satisfação. Todos devem elevar o valor da doação aos olhos do amigo, passando-lhe sua parte da garantia mútua.  Então, graças a sua consciência da importância dessa meta, a pessoa recebe a iluminação que lhe ajuda no progresso espiritual.

Mas, acima disso, a pessoa deve entender que isso é um jogo, já que da sua condição atual ela não consegue ver a meta. Portanto, todo este trabalho é considerado como ascender ao estado que, agora, não é claro e perceptível a ela, em oposição ao que ela é capaz de compreender hoje. Em outras palavras, a pessoa deve pensar constantemente na importância de uma falsa meta. Mas ela é falsa só para ela, pois se opõe ao seu desejo egoísta.

Portanto, o ambiente deve educar a pessoa, fornecer-lhe a correta escala de valores, e ser forte o suficiente para substituir sua natureza egoísta. Quanto à pessoa, ela deve apoiar seu ambiente, rebaixar-se diante dele, submeter-se, e, literalmente, dissolver-se nele. Então, ela será capaz de receber dele a importância da meta, apesar do seu ego que se revela nela cada vez mais.

Caso contrário, ela não será capaz de avançar, uma vez que existem duas forças que agem nela: a força que rejeita e a força que atrai. A força da rejeição, da resistência, emerge naturalmente: é o seu ego. E a questão reside apenas em saber se ela conseguirá se opor a ele com uma força maior em qualidade, a força do ambiente, que irá atraí-la à espiritualidade.

Portanto, todos devem estar preocupados com a forma de organizar o ambiente certo para si. Isto é o que está implícito no que o Rabash descreve como: “Reunimo-nos aqui para ascender ao grau do homem”.

Da Lição Diária de Cabalá 4/03/11, Escritos do Rabash

Como Um Egoísta Pode Orar Pela Doação?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como um coração egoísta pode pedir a doação?

Resposta: É óbvio que um coração egoísta é incapaz de pedir a doação. Ele ora por algo que considera melhor para si. Ele não sabe como orar de outra forma.

Contudo, a natureza na qual a pessoa existe é uma coisa, mas como ela usa esse mecanismo é outra coisa. Mesmo que ela seja egoísta, e sua oração e atitude para com os outros sejam egoístas, ela organiza todo este mecanismo de forma que lhe permita atrair a Luz que corrige.

Como é que a Torá, a Luz que corrige, atua? Eu sou um egoísta e pretendo usá-la egoisticamente, mas através disso eu ativo um mecanismo que atrai a Luz para mim, que me torna o oposto do que sou hoje. Isto significa que esta Luz devolve-me à sua fonte.

Se eu já estivesse pedindo a doação por conta própria, eu não precisaria ser trazido de volta à fonte. Tudo já estaria claro. No entanto, tudo é organizado de modo que mesmo quando eu rogo pela doação, isto ainda é recepção disfarçada.

A mesma coisa acontece em todos os níveis. Quando eu subo para determinado nível e analiso: Pelo que eu orei? O que eu fiz? De qual amor ao próximo eu falei? O que eu descubro é que tudo era egoísta. O que parecia santidade no nível mais inferior parece como “lixo” quando você olha-o de cima.

Mas existe um mecanismo especial de subida: a conexão entre AHP do superior e Galgalta Eynaim  do inferior. Se eu enfrento a escuridão e a confusão e me rebaixo perante a sociedade, que me ajuda a fazer isso, eu atraio a Luz que corrige. Eu misturo Malchut com Bina: a misericórdia que reina no superior, com a força do julgamento que está em mim. É assim que eu alcanço a minha correção.

Portanto, não somos obrigados a ser santos desde o início, mas apenas a organizar tudo, na medida em que somos capazes, a fim de atrair a santidade para nós. Antes disso, eu sou contrário a ela! Caso contrário, como seria possível corrigir-se após a quebra?

Toda vez que nós recebemos qualquer estado novo, todos os estados anteriores são apagados de nossa memória para não nos confundir. O estado atual também não é muito claro para nós; e, a partir desta escuridão, temos que começar a organizar tudo de modo a atrair a influência da força superior sobre nós: a influência do nível superior, a qualidade da doação que não temos. Nós recebemos continuamente uma nova força e tornamo-nos uma nova criação.

É disto tudo que trata a oração comum. É a oração para adquirir a força para ser incluído na sociedade e preocupar-se com o próximo.

Da 1a da LiçãoDiária de Cabalá 27/03/11, Preparação para a Convenção NÓS!

A Intenção Não Pode Ser Expressa Em Palavras

Dr. Michael LaitmanPergunta: Você poderia nos contar sobre sua intenção ao ler o Livro do Zohar?

Resposta: Os Cabalistas nos ensinam qual deve ser a intenção. Toda pessoa deve realizar o que leu na medida em que entende.

É impossível falar sobre a intenção. Isso é algo que não pode ser explicado a outra pessoa, pois a intenção vem do estado interno da pessoa, que ela revela.

Eu estou em um estado que é desconhecido para mim. Eu o revelo a medida que ele se desenrola dentro de mim. A partir deste estado que se revela a mim, eu crio a intenção.

Em essência, é impossível vestir essa intenção em palavras. Não há palavras para ela. Isso porque ela inclui o desejo interno da pessoa (Hissaron) e o grau de sua conexão com a realidade superior, através de suas tentativas de encontrar os meios que lhe trarão a maior proximidade possível com o Anfitrião, o Criador – com a adesão (Zivug de Hakaa) a Ele.

Quais são esses meios? Eles são os livros, o professor e o grupo. A pessoa inclui tudo o que entende e sente de tudo isso, e através deles atinge a unidade com o Criador.

Todos esses meios devem estar presentes. Se você perde sequer um deles, não tem o contato certo. Além disso, cada um deles deve estar devidamente equilibrado com os outros.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/03/11, O Zohar

Na Esfera Radiante Da Alma

Dr. Michael LaitmanO Zohar, Capítulo “Yitro (Jethro)“, Item 465: No sábado, a Torá é coroada com ele, coroada com todas as Mitzvot, todas as sentenças e punições em setenta ramos de luz que brilham em todas as direções…. Quem viu aqueles portões que se abrem cada qual nas direções deles, onde cada um é composto por dez, e eles são cinquenta portões? Todos brilham e iluminam nesta luz que é emitida e que nunca pára.

Onde posso revelar todos esses detalhes? Posso encontrá-los apenas na conexão interna entre os amigos. O Zohar descreve todos os tipos de conexões que iremos revelar, até que estas se tornem um laço infinito entre nós, quando as corrigimos completamente.

Todos os estados e relações que O Zohar descreve, bem como as várias imagens da natureza inanimada, vegetal, e animal, incluindo as pessoas e todos os tipos de situações, ou, na linguagem da Cabalá, Partzufim (almas), Olamot (mundos), Reshimot (genes espirituais), e Sefirot (propriedades), juntamente com suas subidas e descidas, todos são expressões da conexão interna entre nós, as pessoas que estão dispostas a se unificar a fim de revelar o mundo superior dentro de suas relações.

Todos avançam na capacidade de ver como os 613 desejos de sua alma se expandem externamente em doação às outras almas, e como de cada alma, os seus 613 desejos, também se expandem para todas as outras. Imagine isto: há bilhões de almas que correspondem ao número de pessoas no mundo corpóreo. De cada alma, expandem-se 613 desejos para todas as outras almas, cada uma conectada à outra, e com uma nova conexão  mútua, elas doam a cada uma novamente, e se interconectando uma vez mais, elas continuam a doar.

Assim, finalmente, veremos uma esfera que não tem “espaço” vazio, dado que todo ele é preenchido com a união das almas. Se revelarmos essa união na sua mínima medida, em 1/125 da parte dela, começaremos a revelar a Luz que flui nos canais entre nós. Isso é chamado de revelação do Criador, porque esta Luz é, na verdade, o Criador, e é isso que O Zohar descreve.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 25/03/11, O Livro do Zohar.

A Torre No Céu

Dr. Michael LaitmanPergunta: O estudo do Zohar ajuda a pessoa a perceber que ela se desviou do caminho e corrigir essa transgressão?

Resposta: Na realidade, o meio mais eficaz que orienta a pessoa a esse respeito é a opinião do grupo, a sensação comum que reina nele. Se o grupo segue os conselhos do professor e dos autores dos livros, ele cria uma sensação dentro dele que permite que cada pessoa verifique até que ponto ela perde a direção à meta da criação.

Isto é como uma torre flutuando no céu, mas eu tenho que estar dentro dessa torre.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/03/11, O Zohar

Oração Pela Sociedade

Dr. Michael LaitmanVocê e eu não fomos criados por acaso. O Criador quis que a criação se tornasse igual a Ele, e tudo que está acontecendo conosco está nos levando em direção a esse objetivo. Portanto, temos de seguir este caminho compreendendo que estamos divididos, separados, e odiamos uns aos outros. No entanto, recebemos a força para nos unir acima desse ódio, que aumenta gradualmente cada vez mais. Isso porque não podemos vencer e superar todo o ódio que reina em nós ao mesmo tempo. Mas, se pudermos vencê-lo gradualmente, passo a passo, vamos adquirir a qualidade da doação, da atenção mútua, do cuidado, a qualidade de Bina, que não nos permite fazer ao outro aquilo que odiamos. Depois disso alcançaremos o amor ao próximo “como a nós mesmos.”

É por isso que toda a ciência da Cabalá, que é chamada de ciência da verdade, só fala sobre a unidade. É porque dentro da unidade, nós, as pessoas, alcançamos as qualidades do Criador.

Se as pessoas se reúnem e se unem em um só desejo, a fim de multiplicar as forças de cada pessoa e dar a cada um a garantia de que através de seus esforços comuns eles irão atingir o objetivo desejado e irão ganhar mais confiança, isso é chamado de “uma sociedade de palhaços e mentirosos”. Isso é porque eles pensam que através de sua união serão capazes de obter maiores benefícios egoístas. Portanto, a sua oração comum vai agir de modo destrutivo, separando-os da meta.

A pessoa tem que entender que ela se une com os outros apenas para discernir como ascender acima da sua natureza. Não é para receber maior força da sociedade ou para satisfazer as exigências de seu egoísmo, mas para entrar dentro desta sociedade e começar a doar a ela. Esta é a única força que devemos procurar.

A força da doação para a sociedade vem da Luz, do Criador, do que está oculto dentro do relacionamento da pessoa com a sociedade, o grupo. Ou seja, o grupo deve ser composto por pessoas que se unem precisamente para atingir o Criador, a qualidade comum da doação.

O Criador não existe separadamente da criação. A qualidade da doação comum não existe a menos que haja uma pessoa que a revele. Portanto, se a pessoa se inclui no grupo que aspira à qualidade da doação e lá deseja encontrar essa força, para atingir essa qualidade, ela começa a compreender, a partir de sua unidade com outros, que esta preocupação com a sociedade, dentro da qual existe a qualidade da doação, ou a preocupação com o Criador, que é a mesma coisa, é a oração da sociedade.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/03/11, Preparação para a Convenção NÓS!

O Pior Pesadelo Da Criação

Dr. Michael LaitmanNós precisamos unificar Israel, a Torá e o Criador como um (a pessoa  esforcando-se diretamente à Luz e o Criador). Cada parte deve se esforçar para se unir com os outros, para que no final ela possa doar à Luz. É como no início, a Luz era a única a doar, tendo dotado Malchut com a sensação de Seu amor, levando-a a todas as ações que começaram com a Primeira Restrição (Tzimtzum Aleph) e revelaram-se mais abaixo.

Mas quando, depois de todas esses correções, Malchut retorna ao mesmo estado de perfeição, plenitude e unidade, no seu amor e doação em relação a Luz do Infinito, nós começamos a ver que tudo isso é apenas uma criatura, que passou por todos os tipos de “sofrimentos”.

Estas “situações difíceis” são consideradas como os “mundos”, da palavra “ocultações” em hebraico. São ocultações do estado perfeito do Infinito, de maneira a retirar-se desta sensação de realização e se submeter a todos os tipos de experiências interiores,  impressões, escolhas e guerras, para construir dentro uma relação idêntica com a Luz, ao atravessar os estados de separação dela e, depois, aproximando-se do mundo do Infinito,  para finalmente chegar à adesão total.

Em todo este processo, existem infinitos detalhes, cada um dos quais está relacionado com o início e o fim do processo. Afinal, nós também participamos deste emaranhado de sentimentos que Malchut experimenta, causado pela colisão da Luz e do vaso, o prazer e o desejo, a força do Criador e a da criatura. Nós atravessamos os mesmos estados individualmente, como partes de Malchut, de modo que no final nós nos sentimos como uma única alma.

Afinal, há apenas uma criatura: Malchut do mundo do Infinito. E cada um de nós deve se unificar com todos os outros, tendo superado este terrível pesadelo e nossa separação ilusória, essa ocultação de um estado perfeito e eterno. Então, todos vão ver que estão incluídos em todos os outros com seus sentimentos, pensamentos, amor e doação.

Portanto, precisamos fazer tudo o que pudermos para acelerar o nosso despertar deste sonho. Está escrito que o Criador nos trará de volta “fora de Sião”, isto é, que há uma saída (Yetzia) desta realidade, deste sono. Então, vamos ver que estávamos em um estado de sonho e iremos nos unificar em uma só alma.

Espero que a próxima convenção nos ajude a dar um enorme salto adiante, para que acordemos e nos sintamos como uma só alma.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 24/03/11, Preparação para a Convenção NÓS!