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O Caminho Para A Auto-Realização

Dr. Michael LaitmanO Zohar, Capítulo “Yitro (Jetro)”, Item 199: Sua testa é grande, mas não tanto, suas linhas são cinco: três que atravessam a testa de um lado para o outro, e duas não estão atravessadas. Tende ao confronto, principalmente em sua casa, todas as suas ações são apressadas, e ainda que pareçam ser benéficas, não o são. Elogia-se com aquilo que não tem. … É indulgente em seu discurso, mas nada mais. Coloca-se onde não lhe pertence, e quem colabora com ele deve ter o cuidado de sua cobiça, mas triunfará com ele.

O Zohar nos fala sobre o quão complicado somos por dentro. Toda vez que revelamos novas qualidades dentro de nós, que podem ser boas ou más, e que constantemente vem substituir uma outra, devemos usá-las para discernir todas as nossas oportunidades de realizar-nos no estado atual, para descobrir todas as nossas fraquezas e limitações. É assim que, continuamente, a pessoa realiza-se mais, e isso significa que ela atinge o Criador, como está escrito: “Eu O conhecerei de Suas ações”.

No final das contas, todo o nosso caminho é o caminho da realização pessoal, a realização de nós mesmos. Em essência, toda a ciência da Cabalá explica à pessoa quem ela é: o feito (ação) do Criador. Portanto, você não precisa de mais nada: na medida em que você entende como o Criador criou você, o que Ele criou em você, porque e de que forma, ou seja, o quanto você irá alcançá-Lo.

Portanto, ao ler as descrições dessas imagens do homem, temos que entender que nem uma delas é apagada. Todas complementam-se através de suas qualidades, que são semelhantes ou opostas às daLuz, e, no final, atingem a imagem do Criador.

Além disso, temos que entender que se está falando da pessoa que avança na espiritualidade e é assim que ela se vê agora, com suas qualidades positivas e negativas em relação à Luz, o Criador. Mas a própria pessoa está julgando a si mesma, e ela compreende essas qualidades. Outra pessoa poderia vê-las de forma diferente, porque “cada pessoa julga conforme seus próprios defeitos”.

Se uma determinada imagem aparece diante dela agora, isso só lhe parece, mas não existe por si mesma na realidade. A única imagem que existe por si só, é a imagem do Criador. Mas essas imagens são representadas dentro da pessoa por suas qualidades internas.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 16/03/11, O Zohar

A Criação Multidimensional

Dr. Michael LaitmanO Criador criou um único desejo que, inicialmente, estava em total união com a Luz que o concebeu, em uma adesão sustentada pelo poder da Luz. Esse é o primeiro e, da parte do Criador, totalmente perfeito estado; somente a criatura não o sente. Isso é porque esse estado foi criado pelo Criador, e lhe falta a consciência da criatura. Essencialmente, não há criação ainda, há somente algo que foi criado e existe por causa da força que o gerou.

Assim, o ser criado precisa passar por um longo processo para ganhar autoconhecimento, e existem vários estágios nesse caminho. Primeiro, ele parece não existir de forma alguma, como “existência a partir da ausência” (Yesh Mi Ain). Porém, no final, a criatura é preparada para se tornar “existência a partir da existência” (Yesh Mi Yesh), isto é, como o Criador.

A criatura supera essa discrepância, de “Yesh Mi Ain” a “Yesh Mi Yesh”, gradualmente, pelo seu desenvolvimento passo a passo, adquirindo finalmente uma segunda natureza: a natureza do Criador. Porém, para alcançar isso, ela tem que agir independentemente, para alcançar por si mesma: o que a criação, “Yesh Mi Ain”, e o Criador, “Yesh Mi Yesh”, são e como eles diferem.

Ela tem que acessar constantemente esses dois estados ao concordar ou discordar com eles, isto é, ao declarar seus desejos, tendo recebido livre arbítrio. Assim, a criatura se aproxima ainda mais da forma do Criador e a aceita não porque ela seja mais prazerosa e benéfica (isto é, não por causa da sua aspiração egoísta), mas porque, de fato, ela adquire as qualidades do Criador, os atributos da doação pura.

Em geral, a realização só é possível através da equivalência de forma. De outra forma, nada pode ser alcançado. Nem o Criador nem Suas qualidades podem ser compreendidos se a pessoa não os possui. Assim, para que o ser criado alcance o Criador completamente e se torne semelhante a Ele, o Criador divide o estado que Ele partilha com o ser criado em múltiplas partes, estados consecutivos, e vários desejos e pensamentos.

Isso pode ser visualizado como a construção de blocos ou como um quebra-cabeça, mas não como um uni ou tridimensional, mas como a construção de blocos em um sem número de dimensões. Qualquer parte desse quebra-cabeça tem um número infinito de lados com os quais se liga a todos os outros, para que assim ninguém tenha nada de si mesmo, mas sempre sua parte superior se conecte com a superior, e sua parte inferior se conecte com a outra parte abaixo dela.

Todos estão todas conectados de tal maneira que ninguém tem nada que pertença a si mesmo, exceto uma coisa: o ponto central no Tabur (umbigo). É o lugar onde cada um decide o quanto quer participar de forma independente, com sua própria realização e consciência, e alcançar essa interconexão onde, contra sua vontade, encontra a si mesmo para dar toda sua força e desejo para sustentar a ligação.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 15/03/11, Escritos do Rabash

A Conversa Entre O Criador E Sua Amada Criação

Dr. Michael LaitmanQuando eu começo a corrigir meus relacionamentos com o mundo inteiro, com todas as outras almas, e com os amigos no grupo que estudam comigo, de repente descubro que só existe o Criador e eu, e ninguém mais. Em outras palavras, existem meus amigos, o mundo, a natureza inanimada, vegetal, e animal, pessoas e almas, e tudo isso é, essencialmente, as manifestações do Criador que pertencem a mim.

Afinal, o Criador não pode Se mostrar a mim como a Luz sem o vaso (Kli), uma vez que eu não terei nada com que percebê-Lo. Desta forma, o Criador divide a criação em duas partes: a própria criação, sua alma, e os outros desejos além dessa criação que são qualidades do Criador.

“O Criador” (Boreh) vem das palavras hebraicas “venha” e “veja” (Bo e Reh). Em outras palavras, se o ser criado se conecta com o Kli que está aparentemente fora dele, ele expressa sua atitude para com o Criador, e nesse vaso surge a Luz. Tudo isso dá à criatura a oportunidade de perceber a força superior (relativo a si mesma).

Então, a criatura começa a entender a “linguagem” do Criador, a conversa que o Criador está tendo com ela. Algumas vezes, parece à criatura que esse Kli “externo” está acima dela, e outras vezes que está abaixo dela. De vez em quando ela vê o mundo como um vácuo onde não há nada. Porém, se a criatura entende que é o Criador quem cria esse espaço vazio, para a criatura preencher com seu desejo de doar por si mesma, ela recebe um lugar para trabalhar.

Nesse vazio, existe a falta da Luz da fé, a Lua da doação, Hassadim (Misericórdia). Se a criatura é capaz de preencher essa dimensão vazia com a Luz de Hassadim, consequentemente, ela se une ao Criador e também pode encontrar ali a Luz de Hochma (Sabedoria).

Existem estados opostos quando o Criador permite que a criatura se sinta satisfeita. Primeiro, você sente que está de pé diante de uma enorme Luz que por enquanto está fora de você. Essa sensação nos é dada nas primeiras nove Sefirot (Tet Reshinot). Você tem que fazer uma restrição nisso, elevar seu limite interno, para que assim você possa receber a Luz (no Nikvey Eynaim), e trabalhar nas três linhas para avaliar com sua tela a satisfação que está diante de você, ou discernir em qual medida você pode recebê-la para doar.

Assim, nós avançamos passando por vários estados, mas nem sempre conscientes deles. Porém, eles só se revelam quando nós não esquecemos que só há uma única Luz e um único vaso que está dividido em muitas partes para o nosso bem, e que temos que incorporar gradualmente em nós mesmos com a intenção de doar.

Nesse caminho, há dois estágios para nós. O primeiro é o patamar de Biná (Hafetz Hesed) onde a pessoa não pode realmente se conectar com os outros por agora e somente aprende a resistir a seu egoísmo, eleva-se acima de seus desejos, acima de sua “inclinação ao mal” que está sendo revelada e obtém os Kelim de GE (Galgalta Eynaim).

Depois, a pessoa começa a trabalhar com a “unificação da qualidade da misericórdia e o vaso” quando até mesmo os seus desejos de receber, que estão incluídos nele, são usados somente para doar.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 15/03/11, Escritos do Rabash

No Limiar De Descobertas Sem Precedentes

Dr. Michael LaitmanPergunta: Durante a aula do O Livro do Zohar, milhões de expectadores olham para estranhas letras, ouvem estranhas palavras, e esperam algo que não podem definir. É isso que o senhor chama de método científico?

Resposta: Em primeiro lugar, uma pessoa normal vive de acordo com seus instintos e entende tudo de forma natural. É assim que ela foi ensinada na casa dos pais.

Segundo, a pessoa que estudou as ciências desse mundo sabe como se relacionar com a natureza baseada no conhecimento científico que obteve. Essa é uma abordagem planejada. Por exemplo: um mecânico, um eletricista, ou um especialista em qualquer outra área que recebe uma educação apropriada, pode fazer trabalho manual ou intelectual, tem um conjunto de ferramentas para o trabalho, e com isso forma sua atitude para com a natureza.

Não lhe é permitido trabalhar com algo que não seja familiar; somente depois que seu conhecimento e experiência foram checados é que ele é aceito num trabalho em um campo específico. Suponha que a pessoa estudou mecânica e agora pode consertar máquinas ou dispositivos mais complexos. Ela usa o conhecimento adquirido em seu trabalho, mas é mais ou menos ciente daquilo que está lidando.

Terceiro, um cientista é uma pessoa que descobre algo que era previamente desconhecido, um fenômeno que não poderia ser adivinhado previamente. Algumas vezes, ele pode sentir, supor, e ser estimulado por algo, mas não tem claras definições internas sobre isso. Isso é o que chamamos descobrimento de um novo fenômeno na natureza.

Nesse ponto, surge uma pergunta: como eu posso descobrir novos fenômenos? Eu preciso me sintonizar com eles, mas o que significa “com eles” se eles são novos? Eu devo antecipar certos resultados, descobertas, e eventos que talvez aconteçam, ou não devo?

Portanto, a ciência tem duas partes. Há a teoria, onde as hipóteses são feitas e depois exploradas através da pesquisa. Assim, novos fenômenos são revelados. Essa é a maior parte da ciência, que é construída no exame de ideias que os cientistas têm a respeito de descobrimentos esperados. Sem isso, é impossível avançar.

Porém, também existem cientistas que pesquisam em completa escuridão. Eles não têm teorias preliminares, hipóteses, e ideias sobre possíveis descobertas. A Cabalá é uma ciência, e nós a utilizamos em todas as formas acima mencionadas: como pessoas comuns, os especialistas que a estudam, e como cientistas que, de algum modo, podem visualizar fenômenos que podem existir.

Aqui está o problema: em todos os nossos estudos, começando com pessoas comuns como em nosso mundo e indo até grandes cientistas que não sabem aonde estão indo e o que encontrarão na natureza, e em todos esses níveis na ciência da Cabalá, existe uma parte imprevisível sobre a qual você não sabe nada.

O que é desconhecido? Você não sabe que qualidade, que fenômeno você realmente irá encontrar dentro, porque você não tem essa qualidade. Você não pode nem mesmo imaginá-la.

Afinal, você irá descobrir nela o Kli (vaso) da percepção que você constrói, enquanto que o fenômeno é o próprio vaso. Você não pode experimentar previamente o que exatamente você irá revelar dentro de você, uma vez que você nunca sentiu isso antes, não possui qualquer intuição, e não pode nem mesmo adivinhar. É um novo Kli. A impressão, a sensação, é totalmente nova.

Assim é como nós avançamos na sabedoria da Cabalá. Mesmo em algo pequeno e simples, não há nada que nós possamos conhecer previamente. Desta forma, nossa abordagem quando lemos O Livro do Zohar é correta. Eu espero que a Luz que Corrige venha e corrija meus Kelim, meus desejos. Por exemplo: eu não posso ver nada sem meus óculos. Existe algo diante de mim, mas eu preciso de um dispositivo para ver isso. Eu coloco meus óculos e vejo algo novo.

Assim, ao lermos O Livro do Zohar e olharmos para as letras “mortas” e para o texto que não faz nenhum sentido para nós, nós precisamos abordá-lo como cientistas do mais alto grau, que estão prestes a descobrir algo sem precedentes para si mesmos.

Da 2a parte da Lição Diária de Cabalá 15/03/11, O Livro do Zohar

Um Estado Que Se Estende Sobre O Mundo Todo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Um adulto não pode passar seus pensamentos a uma criança; ele só dá um exemplo pela demonstração. Como nós mostramos um exemplo ao mundo externo?

Resposta: Nos Escritos da Última Geração, o Baal HaSulam escreve que nós precisamos nos tornar tal qual um exemplo vívido da sociedade corrigida, para que todo o mundo possa ser atraído para nós. Nós iremos criar um sistema de educação e o mecanismo correto de relacionamentos para que o mundo possa ver claramente o que ele é. As convenções de Cabalá e os sucessos das crianças também são modelos maravilhosos do que é possível. Iremos demonstrar ao mundo inteiro que isso é bom, e o mundo desejará se juntar a nós.

Nosso exemplo não está num lugar específico. Ele está em todo lugar; ele é virtual. Estamos criando um estado espiritual virtual sem fronteiras e atributos materiais. Nele, tudo é construído e fundado na conexão interna entre as pessoas, e todo o resto é somado com base nos mesmos princípios.

Isso é o que pode atrair as pessoas para nós: uma conexão única onde encontramos um fenômeno espiritual, a Luz, uma vida eterna e perfeita. Isso dá à pessoa segurança e entendimento de onde ela está.

Nosso estado não é como os estados do mundo com suas fronteiras, exércitos, governos, ministros e agências. Não, o nosso é totalmente virtual e espiritual.

Pergunta cont.: No entanto, o que nós demonstramos exteriormente?

Resposta: Não se preocupe. Nós oferecemos uma informação aberta e simples ao mundo, e ela será recebida da forma correta.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 15/03/11 sobre Um Mundo Integral

Uma Fórmula Muito Simples

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se lermos O Zohar com a intenção certa e exigirmos o dobro do tempo – uma hora e meia por dia em vez de 45 minutos – vamos alcançar a correção completa duas vezes mais rápido? Ou existe uma fórmula diferente de trabalhar aqui?

Resposta: A fórmula é muito simples. O hábito do meu professor, o Rabash, era que lêssemos O Zohar meia hora por dia. O Rabash não explicava nada e não adicionava uma única palavra. Nós simplesmente líamos o texto, sem parar, sem perguntar-lhe nada, por meia hora antes de dormir. É por isso que eu sigo a mesma ordem.

Você quer estudar o dobro do tempo? É por isso que eu acrescentei mais um quarto de hora à aula.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 17/03/11, O Zohar

Os Contornos Da Beleza Interior

Dr. Michael LaitmanPergunta: Michelangelo dizia que não esculpia, mas expunha o que ocultava a verdadeira imagem na pedra. Que imagem eu tenho que revelar na rocha do “ambiente” para que eu possa esculpir o vínculo espiritual dela?

Resposta: A doação pura. Peça que a força superior venha e lhe desenhe os contornos da doação pura, uma vez que somente a força superior traça os limites para você. Como Michelangelo, que podia sentir os contornos da beleza dentro da pedra, eu preciso saber onde estão meus contornos, meus limites: em que medida eu posso usar a matéria do desejo para doar e qual é o limite além do qual eu sou incapaz de fazê-lo.

Tudo que é apropriado para doar se torna uma obra prima da criação, e o que não é, eu descarto por ora. Assim, eu produzo a imagem do mundo autêntico.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 15/03/11 sobre Um Mundo Integral

Egoísmo Em Escala Global

Dr. Michael LaitmanPergunta: No mundo, existem muitas organizações de caridade não governamentais que desejam honestamente ajudar as pessoas. O que há de errado com elas? Afinal, esses filantropos parecem sentir que seu bem-estar depende do bem-estar do mundo.

Resposta: Essa é a raiz do problema: eles estão ajudando assim porque talvez possam se sentir em paz. Uma pequena parte da população mundial sente que tem que ajudar os outros. A pessoa se sente mais relaxada, e é isso que dá a ela sua satisfação pessoal.

Nas organizações de caridade existem muitas pessoas que têm uma necessidade natural de cuidar dos outros. Elas são programadas com um instinto. Elas têm que dar assistência para acalmar a si próprias. O Baal HaSulam escreve que no mundo há 10% de tais indivíduos, e de acordo com as estatísticas, são 7% ou 8%.

Porém, tudo isso se origina no egoísmo e é uma das suas manifestações. Eu amo o mundo como a meu próprio filho, e eu me sinto mal se o mundo se sente mal. Eu devo ajudar a África para me livrar dos sentimentos ruins. Isso é tudo.

Tal assistência não ajudará ninguém. Pelo contrário, isso só traz prejuízo, uma vez que quanto mais os altruístas dão, mais seus beneficiários se acostumam a não fazer nada e não evoluem.

Um problema semelhante veio à tona na Rússia hoje. Acontece que os altos preços do petróleo são indesejáveis À primeira vista, isso preenche o tesouro diariamente, mas isso não vale a pena. Afinal, não queremos nos desenvolver assim. Nós iremos nos sentar sobre nosso canal de petróleo, faremos um banquete, construiremos palácios de ouro, mas ao mesmo tempo, como país, como nação, iremos continuar a nos degradar. É impossível evoluir sem uma necessidade. Assim, a despeito da lógica básica, eles não desejam mais juntar “dinheiro do petróleo” e estão se tornando conscientes de tais coisas.

Todo desenvolvimento atual do mundo, junto com a caridade e o mercado comum, não é nada mais do que o domínio do egoísmo. Nada de bom vai sair disso, não importa onde esteja. Pelo contrário, todas as partes estão somente se pressionando mutuamente. Nós encontramos a lei da interconexão integral, mas todos querem usá-la egoisticamente. “Ah, isso é o que é! Interdependência global? Então, vamos dominar o mundo. Nós colocaremos todos em seu lugar, e se ninguém se rebelar, nós ameaçaremos cortar seu oxigênio”. É assim que eles desejam utilizar a rede integral que a natureza revela a nós.

Nós estamos agora em uma situação muito perigosa. Visto que o nosso egoísmo está atado à interconexão global, isso permite que ele controle o mundo globalmente, todos ao mesmo tempo. Isso é o que está nos ameaçando se as pessoas carecem de sabedoria e da percepção e entendimento do que o futuro nos reserva.

Elas decidem em silêncio o destino do mundo ao condicionarem seus objetivos mesquinhos, não tendo nem um indício para onde isso irá nos levar no futuro próximo e mesmo amanhã. Afeganistão, Paquistão, Iraque, e Irã são exemplos nítidos disso. No final, isso produzirá um resultado oposto.

O jogo acabou. Não podemos mais dar poder ao nosso egoísmo. Quando os mundos se fecham em um sistema global, você não pode agir como antes, governando pelo ouro ou pela força. Isso não vai dar certo. O Iraque é uma nítida demonstração disso. A vergonha da América está frente a todo mundo, e eles ainda estão assim. Tudo isso é falta de entendimento das leis integrais. Nenhuma força ou inteligência irá solucionar esse problema. A Rússia caiu, a despeito de todas suas riquezas, e os Estados Unidos também cairão ainda mais.

Hoje, a abordagem precisa ser adequada a uma tendência mundial para a integração global. De outra forma, nós iremos perder.

Pouco tempo irá passar, e nós iremos testemunhar como até mesmo as organizações terroristas começarão a entender isso. Será impossível controlar o mundo pela força, nem mais um minuto. O surgimento dos problemas irá fazer com que todos pensem sobre o que fazer a seguir.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 14/03/11 sobre Um Mundo Integral

Educação Para O Mundo Novo

Dr. Michael LaitmanA humanidade precisa entender que a união é o próximo estágio do seu desenvolvimento. Uma vez que nós já nos tornamos uma família, uma nação, um sistema, onde cada um é interdependente, não há outra escolha a não ser aceitar esse fato e tratá-lo muito seriamente. O sistema geral deve ser estudado através dos principais sistemas de engenharia, a fim de se trabalhar e introduzir leis que regulem as interrelações entre as pessoas, as nações, e toda a humanidade.

Pergunte aos cientistas o que significa um sistema integral, e eles lhe dirão que todos nós somos interdependentes e que ninguém pode  fazer um movimento sem todo o resto. Assim, é necessário considerar o interesse de cada um sem quaisquer exceções. O primeiro passo é não fazer aos outros o que você não quer que façam a você, e o segundo passo é implementar correta e efetivamente um sistema que seja baseado no princípio do “amar o próximo como a si mesmo”.

Até que estabeleçamos tal interconexão em nosso sistema, nós não veremos uma boa vida. A cada dia, o mecanismo danificado de nossa interconexão se torna mais e mais aparente. No nível inanimado da natureza, o desequilíbrio entre nós será evidente através de vários desastres, tais como erupções, tsunamis, terremotos, incêndios, inundações, furações, aquecimento global, explosões no Sol, e etc.. A Lua pode também ser a fonte de vários problemas. É assim que o desequilíbrio causado por nós se torna aparente no nível inanimado.

Os problemas no nível vegetal podem afetar as colheitas. As pragas egípcias descritas na Bíblia nos falam em linguagem alegórica sobre possíveis desastres nos níveis vegetal e animal. Então, isso chegará ao nível humano.

Por isso, por um lado, nós precisamos aceitar essa lei integral como uma lei, e por outro lado, precisamos implementar o sistema educacional o mais cedo possível e explicar às pessoas porque a lei é assim, e porque e como nós precisamos segui-la.

Milhões de pessoas estão desempregadas no atual mundo moderno. Também existe um desemprego oculto. Muitas pessoas irão parar o que estão fazendo porque isso é destrutivo para a natureza. Os trabalhadores da indústria militar também ficarão desempregados, e etc.. Todas essas pessoas irão trabalhar numa esfera de agitação e educação. Como resultado, cada pessoa irá prover o necessário para os outros.

É exatamente isso que precisamos: produzir o que for necessário para cada um e dividir isso entre todos. Ademais, nós precisamos proporcionar educação. Cada pessoa tem que receber sua “porção educacional” e sua parte das necessidades vitais. Esse será o dever dos governos por todo o mundo e de todo sistema universal da humanidade.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 14/03/11 sobre Um Mundo Integral

A Influência Do Ambiente Com Uma Iluminação Espiritual

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como é possível explicar às pessoas que o verdadeiro mal está na nossa oposição à natureza do universo?

Resposta: Podemos dar à pessoa este conhecimento e sensação ao apresentar-lhe este facto através da correcta educação a partir dos fins da sociedade. Teremos de organizar esta educação de forma onde contenha uma ligação com a Luz que corrige.

Um problema adicional emerge aqui. As pessoas sem um ponto no coração têm de receber esta iluminação através de nós. Se tratarmos delas, se lhes dermos o método da correcção, se mantivermos vários eventos, transmissões de programas de TV e rádio, trabalho na internet, e se formularmos todos os princípios necessários para as pessoas, então elas ficarão ligadas a nós e serão educadas pela força que opera o nosso sistema, que está mais fundo que o sistema delas.

É suficiente anexá-las desta forma para que percebam que o seu futuro depende da unidade. Mas como podemos trazê-las a esta sensação? Isso pode acontecer com a ajuda da educação, opinião social, e da influência daqueles à sua volta. O ambiente é capaz de depositar a noção mais remota e artificial numa pessoa. Como assim?

A sociedade começa simplesmente demonstrando condenação ou respeito por certas qualidades que a pessoa tenha, e isso é tudo o que precisa. As pessoas à volta de uma pessoa podem tratá-la dualmente: positiva ou negativamente, e isto é inteiramente suficiente.

Temos de perceber que não há outra forma de ir, que temos de alcançar equilíbrio com a natureza, e envolver os meios de comunicação de massa e outros meios, prestando especial atenção às gerações jovens, de forma a já começar a ensinar as crianças sobre a vida no novo mundo. Sem isto, não há outro caminho para atingir o que seja.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 16/3/11