Perverso Ou Justo?

228Como disseram nossos sábios (Nidah , 16b), e estas são as palavras deles: “Rabi Hanina Ben Papa disse: ‘Aquele anjo designado para a gravidez é chamado Laila [noite]. Ele pega uma gota, coloca-a diante do Criador e diz-Lhe: ‘Senhor do mundo, o que será desta gota? Um poderoso ou um fraco, um sábio ou um tolo, rico ou pobre?’ Mas ele não disse mau ou justo’” (Rabash, Artigo 10, “Qual é o grau que a pessoa deve alcançar para não ter que reencarnar?”).

Aquela gota de sêmen da qual sai a pessoa é praticamente neutra e contém tudo. Na sabedoria da Cabalá, entendemos quais germes de ações boas ou más temos e como podemos acelerar ou desacelerar nosso desenvolvimento bom ou mau. Em princípio, é com isso que a Cabalá prática trata.

Pergunta: Isso significa que o tipo de pessoa que a pessoa será, forte ou fraca, inteligente ou tola, rica ou pobre, não depende dela?

Resposta: Tudo depende da gota de sêmen da qual ela se desenvolve. Mas uma pessoa determina se pode influenciar seu destino por meio de boas ações. Ela deve escolher se será justa ou iníqua. Essa é a sua única escolha, e o resto já está dado na gota de sêmen.

Pergunta: Em relação ao que determinamos se a pessoa é má ou justa?

Resposta: Quanto ao cumprimento dos mandamentos. Ela amará outras pessoas, já que “amar o seu próximo como a si mesmo” é a lei básica da Torá, e ela tratará o mundo desta forma?

Ou seja, ser perverso não significa necessariamente praticar algum tipo de má ação. Basta que ela simplesmente pense em si mesma, e isso já é pecado.

De KabTV, “Cabalá Prática”, 02/01/24