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Um Homem Sábio Enxerga À Frente

Dr. Michael LaitmanNo caminho espiritual, nós passamos por fases de desenvolvimento e, ao mesmo tempo, por um desenvolvimento criativo. O mesmo ocorre no nosso mundo: o homem não vive só de pão.

Nós não alimentamos as crianças apenas para fortalecê-las, nem as apreciamos apenas pelo peso que ganham. Em vez disso, o fator mais crucial é o quanto ela se torna um ser humano: aquela que é inteligente, perceptiva, compreensiva, receptiva e orientada para resultados mais qualitativos do que quantitativos. Isto significa que a criança cresce. É uma pena se ela for privada disto.

É o mesmo na espiritualidade. Será realmente possível ser avaliado de acordo com o número de horas dedicadas ao estudo? Não, nós exigimos o crescimento qualitativo, para que nossos desejos e pensamentos se concentrem-se cada vez mais no princípio de “Israel, a Torá e o Criador são um” como a meta do nosso crescimento.

A natureza nos transmite um desenvolvimento dotado de um propósito e nos obriga a aprender a nos relacionar com tudo o que fazemos na vida de forma intencional. Isso significa que temos que definir para nós o que uma pessoa deve ser. Afinal, um homem sábio enxerga à frente. Se nós nos desenvolvemos intencionalmente, precisamos entender o que a natureza quer.

A natureza nos mostra a totalidade, a interligação, a integridade de todas as partes, um desenvolvimento constante. Do mesmo modo, nós também devemos distinguir os estágios correspondentes do nosso desenvolvimento, aceitando-os como desejável.

Hoje, a educação correta é necessária tanto para os pais quanto para os filhos. Nós temos que transmitir os princípios básicos a todos: o auto-aperfeiçoamento constante, visando atingir a unidade; a bondade qualitativa e quantitativa das conexões entre nós, surgindo naturalmente como resultado da associação, união, harmonia e homeostase com a natureza.

Se nós nos comportarmos desta maneira, e começarmos a ensinar isso à geração mais jovem, se nos aproximarmos continuamente da unidade e da compreensão mútua, até o que “amar ao próximo como a si mesmo” se torne uma norma, estaremos nos aproximando ainda mais da meta. Nossa educação terá um propósito.

A medida que nos desenvolvemos e passamos por estados que contrariam o nosso egoísmo, devemos entender que o fim da ação encontra-se em seu pensamento inicial.  A natureza fixou o objetivo final: devemos nos unir mutuamente. E como não há outra saída, nós temos que educar a nós e a crescente geração com o método da união.

Caso contrário, ao invés de desejarmos ansiosamente uma fruta doce, ficaremos apenas cada vez mais imersos na amargura das fases anteriores do amadurecimento.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 24/03/11, Os Princípios da Educação Global