“Quais São As Regras Do Amor?” (Times Of Israel)

Michael Laitman no Times of Israel: “Quais São As Regras Do Amor?

“Ame o seu próximo como a si mesmo”, Rabi Akiva disse que esta é uma grande regra da Torá.
Devemos compreender que uma “grande regra da Torá” é a lei fundamental da natureza que abrange todo o universo. Se nos prepararmos suficientemente, veremos que a própria vida existe unicamente devido a esta lei do amor pelos outros como por nós mesmos.

Qualquer tipo de conexão só é possível por meio de um poder especial, que permite e até exige a unificação de várias partes, mesmo opostas, sejam elas partículas, campos ou elementos de células vivas ou de pessoas. Esta força externa, a lei básica da natureza que é uma lei de amor e conexão, influencia todas as partes da natureza, obrigando-as a se conectarem e, consequentemente, as partes gradualmente se aproximam, desenvolvendo sistemas cada vez mais complexos no ambiente inanimado, vegetativo, animado e humano e depois na natureza espiritual.

A força do amor e da conexão que traz vida nesses níveis é a regra da Torá: “Ame o seu próximo como a si mesmo”. “Torá” refere-se ao sistema que existe entre a própria natureza e suas criações, nós, pessoas, e sua lei é a do amor pelos outros como por nós mesmos.

“Outros” são aqueles que são diametralmente opostos, assim como somos opostos à forma de amor e doação da natureza. A sua lei do amor opera em todo o sistema que criou, obrigando-nos a estabelecer conexões entre si, porque a vida só pode existir através da conexão mútua em qualquer um dos níveis da natureza.

Esta lei do amor que alimenta a interconexão e a interdependência em todos os níveis inanimado, vegetativo e animal da natureza surge sem a participação humana, ou seja, por processos evolutivos nesses níveis. Aqui, a lei da natureza determina e dita tudo na vida, e nós, pessoas, nos encontramos sob o chamado “rolo compressor evolutivo”, ou seja, a própria evolução nos leva a nos conectar cada vez mais sem pedir nossa opinião sobre o assunto.

Portanto, além dos níveis inanimado, vegetativo e animal da natureza, no nível humano, se começarmos a adotar e aceitar sobre nós mesmos a realização da lei da natureza, descobriremos que esta regra de “amar o próximo como a si mesmo” é a lei da vida. Nada existiria sem a conexão entre nós e a natureza.

Através de tal descoberta, começamos a ganhar consciência desta lei suprema por nossa própria vontade, embora no início descubramos que uma atitude de amar os outros como a nós mesmos nos escapa completamente, pois os outros parecem ser estranhos para nós, até mesmo completamente opostos.

No entanto, precisamos compreender a lei natural do amor e da conexão em nossas conexões humanas. É necessário primeiro estudá-la e ver como ela atua em toda a natureza. Desde o Big Bang até ao nosso tempo atual, pode parecer que nos desenvolvemos através de um processo de desconexão e desacordo, mas, na verdade, há um processo constante de desenvolvimento para estados de conexão cada vez mais elevados, e essa evolução continua, obrigando a matéria a realizar a lei fundamental da natureza por si só.
Nesta última conjuntura, nós, humanos, nos identificaremos com a força e a lei da natureza nas nossas conexões uns com os outros, chegando a perceber a lei de “amar o próximo como a si mesmo” entre si e com a natureza.