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Degraus Para O Zohar

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, Artigo, ““Um Discurso para a Conclusão do Zohar“: Nós podemos ver que todas as interpretações do Livro do Zohar anteriores a nós não esclareceram nem dez por cento das partes difíceis no Zohar. E, no pouco que esclareceram, suas palavras são quase tão vagas quanto as palavras do Zohar em si.

Como o Baal HaSulam escreve na “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot“, no parágrafo 155, que os livros de Cabalá foram escritos para aqueles que já alcançaram a realização espiritual ou desejam adquiri-la. Para essas pessoas, esses livros são como um meio para o avanço; é possível atrair a Luz que Corrige com eles.

Então, por que as interpretações e explicações importam para nós? Por que o Baal HaSulam escreveu o Comentário Sulam para O Livro do Zohar?

O Comentário Sulam nos ajuda a subir até o texto do Livro do Zohar, a fim de usá-lo e obter a Luz que Reforma de lá. Primeiro é necessário abordar, se aproximar, subir até este livro, e assim você se beneficia, desfruta e recebe dele a Luz que Reforma. Depois disso eu subo novamente, me aproximo, e novamente recebo a Luz que Corrige dele. É assim que acontece em todos os 125 níveis.

Isto é, há 125 níveis no Livro do Zohar, e o Comentário Sulam também tem 125 níveis que me permitem subir ao nível do Livro do Zohar e usá-lo de acordo com a sua missão, para atrair a Luz que Corrige e me corrigir. É como se eu estivesse subindo uma escada numa biblioteca, indo de camada em camada, recebendo cada vez uma nova edição do mesmo livro.

Consequentemente, o Comentário Sulam não é apenas uma explicação do livro. Daí o nome, porque “Sulam” significa escada. Portanto, ao me envolver com o Livro do Zohar e este comentário juntos, eu posso usar a linguagem da Cabalá e a linguagem do Midrash, “a linguagem dos ramos”, que me permitem chegar perto do texto e ansiar ativar o que ele descreve lá e alcançar o que está latente lá.

Eu não imagino um Jardim do Éden com almas flutuando, mas sei que ele está falando do meu mundo interior, de como estou ligado a um grupo, como descrevo para mim mesmo a imagem do estado espiritual que surge dentro do meu desejo de receber através da rejeição e redução da Luz refletida.

Portanto, o livro deve nos preparar para a compreensão correta do que eles escreveram. E desde o início ficou claro que O Livro do Zohar não só deveria ser ocultado até o nosso dia, mas também tinha que receber um complemento que tornasse possível para a nossa geração usá-lo, a fim de extrair a Luz que Corrige dele.

Sem o Comentário Sulam não teríamos a possibilidade de extrair a Luz que Reforma deste livro. De fato, por mil anos após a descoberta do Livro do Zohar não podíamos realmente usá-lo até que o tempo chegasse para apresentá-lo ao povo. Assim, o Baal HaSulam veio e deu seu Comentário para ele, que é usado como uma “escada”, através da qual temos a possibilidade de subir a todos os níveis dos 125 níveis da realização espiritual.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 23/12/13, Escritos do Baal HaSulam

Um Fogão Elétrico: Marca “NRNHY”

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se tudo depende do nosso desejo e do trabalho, e não do Criador, por que pedimos que Ele nos ajude a conectar?

Resposta: Nós tentamos atingir desejos adicionais por conexão, fazemos um esforço, buscamos. E quando nos voltamos ao Criador, isso significa que ativamos mais uma deficiência, e, assim, a Luz age em nós com essa deficiência adicional. Isto ocorre mesmo que a própria Luz seja constante, como uma tensão constante numa tomada.

Se eu tenho uma tomada com uma tensão (voltagem) de 220 ​​volts, eu posso conectar dispositivos de várias resistências e intensidade lá; assim, consequentemente, uma corrente diferente fluirá nelas, mais ou menos: Nefesh, Ruach, Neshamah, Haya, Yechida, de acordo com o desejo que eu conecto a ela. É como se eu tivesse um fogão elétrico e girasse o botão, mudando a intensidade do calor: 1, 2, 3, e cada vez eu ativo uma nova espiral onde uma nova Luz é revelada: 1 – pequeno, 2 – maior, 3 – maior ainda. A “tensão” da Luz é constante, mas a “intensidade da corrente”, ou seja, o meu “NRNHY” depende da força da minha resistência.

Lá fora, nada muda; há uma fonte de energia cheia de energia infinita lá. Conecte nele qualquer coisa que queira! Do Mundo do Infinito ao nosso mundo, a tensão é classificada de acordo com os níveis, como em nosso mundo, onde pode haver diferentes voltagens: 380 volts, 220 volts, 110 volts, 24 volts, 12 volts.

A escala de tensões (voltagens) sai desta forma, mas em todos os níveis a tensão é constante, e tudo depende disso, como você se conecta a ela: Nefesh, Ruach, Neshamah, Haya, Yechida. Você termina este nível, já usou todas as divisões do interruptor em seu “fogão”, e agora pode se mover para um novo “fogão”. Porém, não há mudanças na tomada; ela lhe dá tudo o que você precisa.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 19/12/13, Talmud Eser Sefirot

O Mundo Quebrado

Dr. Michael LaitmanAgora nós estamos revelando o mundo quebrado. Em outras palavras, no nosso mundo nós descemos quase até o fundo da aplicação do nosso egoísmo. Se até mesmo uma camada mais profunda fosse revelada, não sairíamos dela. Afinal de contas, condições verdadeiramente horríveis nos aguardam em que perdemos a forma humana.

Diz-se em Profetas que isso é possível se seguirmos o caminho do tempo, que tudo ocorre em seu tempo. Em geral, o Tanach (Torá, Profetas e Escritos) descreve o caminho que nos espera se não “cooperar”, se não aderirmos às suas diretrizes. Em particular, em Profetas escreve-se sobre terríveis catástrofes indescritíveis.

Baal HaSulam também indica que, no pior caso, no tornaríamos uma aldeia global repleta de armas de destruição em massa.

Qual é a essência da queda que estamos vivendo hoje? Na verdade, ela nos aproxima desta escuridão que precisa da maior Luz para correção.

Mas como pode a Luz e a escuridão ser combinadas?

Para isso nós precisamos do grupo, do professor, e das fontes no centro, obviamente. No entanto, ainda há algo faltando.

Aqui, o Comentário Sulam (Escada) para O Livro de Zohar vem em nosso socorro. Ele fornece o grupo, todos que querem isso, com a conexão com a Luz. Ele descreve o estado interno, juntamente com o externo, o qual é descrito no Zohar. Como resultado, podemos conectar os dois mundos um com o outro: as partes internas de percepção com as imagens externas. Isto permite que nos aproximemos do texto, não esquecendo que ele nos une com a espiritualidade, e explica o que está dentro de nós. Aos poucos, esse entendimento se manifesta dentro da pessoa.

Isso significa que não podemos realizar sem O Livro do Zohar ou o Comentário Sulam, porque juntos eles nos conectam com a maior Luz que corrige todo o egoísmo humano.

Na realidade, O Zohar é capaz de muito mais. Em nosso mundo, na profundidade do nosso egoísmo, nós não mostramos o desejo espiritual, apenas o desejo “animal”. Ao subir os níveis espirituais, cada vez nós revelamos os desejos cada vez mais profundos. Este mundo está no ponto médio de todos os mundos, e para subir, nós devemos primeiro descer. Assim, O Zohar é destinado àqueles graus elevados que são precedidos por descidas. Este mundo é apenas um grão de areia em comparação com eles.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 23/12/13, Escritos do Baal HaSulam

Nota “Zero” Na Teoria Da Relatividade

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Um Discurso para a Conclusão do Zohar“: E uma vez que o grau dos autores do Zohar está no nível total dos 125 graus, eles não podem ser alcançados antes dos dias do Messias. Segue-se que não haverá realização comum com os autores do Zohar nas gerações anteriores aos dias do Messias. Assim, O Zohar não poderia ser revelado nas gerações antes da geração do Messias.

Isso explica por que os Cabalistas ocultaram O Livro do Zohar. Afinal, não havia necessidade dele em todas as gerações anteriores à nossa. Dar-lhes este livro seria como dar às crianças da escola ou até mesmo aos alunos materiais ao nível dos ganhadores do Prêmio Nobel. Isso só confundiria as pessoas. Por exemplo, se nós tentássemos ensinar às crianças a teoria da relatividade ou outros conceitos complexos, elas não seriam capazes de digeri-los e, talvez, eles poderiam até mesmo danificar suas mentes.

Uma pessoa adquire gradualmente os meios essenciais para abordar materiais difíceis. Não é fácil. Algumas fronteiras da ciência estão disponíveis apenas para algumas pessoas no mundo compreender, e nem todas elas também são capazes de trabalhar com o material, ou seja, desenvolvê-lo ainda mais. Nem todas as mentes conseguem suportá-lo.

Portanto, as pessoas não devem ser receber uma fruta verde, ou melhor, uma fruta para a qual elas ainda não estão maduras. Tudo precisa ser aprendido de forma gradual. Diz-se: “Não coloque uma pedra diante de uma pessoa cega”, porque ela vai cair. Dê a ela a chance de se desenvolver em etapas.

Os autores do Zohar sabiam o que estavam fazendo. Eles estavam no nível espiritual herdado do Templo, no grau do “ama ao próximo como a si mesmo”, e devido ao amor, eles alcançaram o Criador oculto nele. Eles descrevem a sua realização no Livro do Zohar, explicam como estão organizados entre si, e revelam o Criador de acordo com ele.

No entanto, outros ainda não podiam trabalhar desta forma, porque estavam entrando num período de dois mil anos de exílio. É por isso que os Cabalistas ocultaram O Zohar até os dias atuais. Porém, hoje, este livro é revelado a todos.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 23/12/13, Escritos do Baal HaSulam

“O Ocidente Está Perdendo A Fé Em Seu Próprio Futuro”

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (do Business Spectator): “A pesquisa de opinião do Pew Research Center, realizada em 39 países nesta primavera, perguntou: “Será que as crianças de seu país estarão melhores do que seus pais?”. Apenas 33 por cento dos norte-americanos acreditavam que seus filhos viveriam melhor, enquanto 62 por cento disseram que iriam viver pior. Os europeus eram ainda mais sombrios. Apenas 28 por cento dos alemães, 17 por cento dos britânicos, 14 por cento dos italianos e nove por cento dos franceses pensavam que seus filhos estariam melhor do que as gerações anteriores. Esse pessimismo ocidental contrasta fortemente com o otimismo no mundo em desenvolvimento: 82 por cento dos chineses, 59 por cento dos indianos e 65 por cento dos nigerianos acreditam em um futuro mais próspero”.

Meu Comentário: Será que realmente precisamos esperar até que o beco sem saída esteja bem diante dos nossos olhos e não haja como fugir do confronto mortal? O egoísmo humano não permite que ele realmente veja o futuro.

Diz-se que o anjo da morte oferece a uma pessoa uma faca com uma gota de veneno em sua ponta, e a pessoa, inevitavelmente, abre a boca e engole o veneno porque não pode recusar o prazer egoísta nele contido. Não há outra maneira de escapar da morte, senão obedecer a sabedoria daqueles que preveem o futuro.

Lições Do Passado Para O Bem Do Futuro

Dr. Michael LaitmanEm geral, uma pessoa se devora com relação ao seu passado e presente, não percebendo que tudo já estava pré-determinado desde o início e tudo tinha que acontecer. Os dois princípios, “Se eu não fizer por mim mesmo, quem fará por mim?” e “Não há outro além Dele”, devem estar integrados e não apenas ser alternados, um após o outro, como um dia de trabalho e uma noite de descanso.

Toda vez você precisa integrar estes dois princípios antes de cada esforço e também depois dele. Após o momento fugaz, ele é absorvido no mundo do Infinito e é proibido de levar qualquer coisa em consideração a seu respeito. Toda a contabilidade é agora apenas com o Criador.

Baal HaSulam escreve no artigo, “Tu Me Cercastes Por Trás e Pela Frente”, que, se um ministro não faz as ações corretas com uma letra, então o Criador o traz para baixo e coloca outra letra em seu lugar. Nós ainda não entendemos exatamente como isso funciona, mas é preciso entender de forma inequívoca que não devemos lamentar o passado e o presente! Nós só precisamos temer o futuro: Será que vou ser capaz de me preparar para a descoberta da próxima Reshimo, a fim de satisfazer o Criador?

O passado e o presente estão completamente sob o controle de “Não há outro além Dele”, e assim eu não tenho nada a esclarecer, exceto a minha relação com o que foi feito. Esta é a única coisa que nós precisamos fazer. Nós não alteramos a realidade em si. A realidade é alterada em relação a minha relação com ela. Tudo depende do meu ângulo de visualização de um objeto em particular; no entanto, o objeto em si não é alterado. Só a minha compreensão é alterada. A minha compreensão é egoísta ou altruísta? A partir disso, cada coisa na realidade é alterada.

Eu mudo os meus sentidos. Essas dez Sefirot são reveladas, mas tudo depende disso: o meu desejo está equipado e protegido com uma “tela” contra o prazer egoísta? Isso muda completamente toda a imagem.

Se eu acho que o que aconteceu de alguma forma dependia de mim e que eu escolhi como me comportar, segue-se que há outra autoridade além do Criador: o meu próprio eu. Então, segue-se que eu determino a mim mesmo como tudo deve acontecer?

Se eu sento e me devoro com relação ao que eu poderia ter feito ontem e não fiz, ou lamento que não vim hoje para a aula, segue-se que eu determinei minhas próprias ações e decidi não vir. Isto é, que além do Criador há outra força que está atuando na realidade: o meu próprio eu. Sobre isso, o Criador diz: “Eu e ele não podemos habitar na mesma morada”. Se eu quero morar com o Criador numa morada, eu devo me anular totalmente. Então, eu vou estar junto com Ele.

Portanto, com relação ao passado que aconteceu há pouco, eu devo dizer que tudo veio do Criador e por isso tinha que ser. Pois é assim que o Criador pensou e organizou tudo, desde o começo, e eu devo ser grato por isso, como por um grande prêmio, com relação a todas as falhas e as coisas que fiz que não estavam bem. Para isso, o Criador agora me obriga a sentar e me arrepender de tudo o que foi feito, de modo que eu diga que tudo foi feito de acordo com o desejo do Criador, com o objetivo de me ensinar a me comportar de outra forma no futuro.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 18/12/13

A Porta Não Está Mais Fechada

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Um Discurso para a Conclusão do Zohar”: Ao longo das gerações, os que subiram e foram recompensados ​​com Dvekut foram poucos, como nossos sábios escreveram sobre o verso, “Eu encontrei uma pessoa em cada mil, mil entram na sala e uma chega à Luz”, ou seja, à Dvekut e realização.

Assim, em nossos dias, na geração do Messias, cada mil pessoas que entram podem sair para a Luz, para a realização. Claro, isso pode exigir grande esforço, pois, caso contrário, não teremos vasos espirituais. No entanto, não há mais limitações de cima e todos podem receber o apoio de muitas pessoas ao longo do caminho, que anseiam pela mesma coisa.

Além disso, o mundo está se deteriorando e está indo em direção ao abismo e aniquilação, que também fornecem motivos que justificam o processo espiritual aos nossos olhos. Mesmo o ego em concorda e apoia isso, na esperança de ter um grande lucro.

Portanto, a porta para a dimensão espiritual está realmente aberta para todos na geração do Messias. É porque as Reshimot (reminiscências) que são reveladas em nós são tão corruptas que são totalmente opostas ao mundo espiritual e estão no ponto mais distante dele. Portanto, não há mais limitações aqui, todo mundo que sai por este caminho recebe a promessa de cima que “se você fizer um esforço, você irá receber”.

Antes, mesmo grandes esforços não eram uma garantia de sucesso. A pessoa podia ter feito grandes esforços e mesmo assim não ter atingido nada, mas alguém podia ter entrado graças a sua ajuda. No entanto, sua contribuição foi preservada. Assim, o sistema não chegou à fase final de correção.

Por outro lado, o tempo do estado final chegou. Nós estamos corrigindo uma camada tão profunda do sistema que as contas anteriores são anuladas. Todo mundo que faz um esforço receberá a recompensa em suas mãos, no vaso espiritual.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 22/12/13, Escritos do Baal HaSulam