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A Permissão É Dada Porque Há Uma Necessidade

Dr. Michael LaitmanAnteriormente, nós evoluímos na forma de “bestas”, geração após geração, conforme o grau das Reshimot “rolavam” de um desejo para outro, e esses desejos recebiam as sensações dos órgãos em que se encontravam e criavam uma imagem do mundo.

No entanto, agora nós recebemos permissão para subir através da sabedoria da Cabalá para o nível do mundo eterno. Portanto, já não seremos limitados pela encarnação física. Essa sequência de vida física e morte desaparecerá, pois veremos nisso apenas um determinado nível do sistema geral.

Quando perguntei ao Rabash no início do meu estudo sobre o que significa a vida e a morte em nosso mundo, ele respondeu: “É como quando você tira uma camisa de noite e coloca uma nova pela manhã”. De forma idêntica, você tira essa vida e se veste de uma nova vida, de um sistema de dez Sefirot para outro sistema de dez Sefirot, e quando você se encontra num nível superior, você não sente nada de especial nisso. Da mesma forma, um corpo que se encontra no nível bestial não sente dor ao cortar o cabelo ou as unhas, porque eles se encontram no nível vegetal. O nível inferior não sente uma deficiência. Pelo contrário, a sua renovação é sentida como uma boa adição.

Então, segue-se que para os seres humanos em nossos dias, há chances de subir ao mundo eterno antes de sua conclusão desta vida, e, assim, eles vão ver a realidade atual como um “apêndice” do mundo eterno.

No entanto, é muito difícil explicar isso. A permissão é dada e nós temos que agir, mas um trabalho difícil é exigido antes de podermos implementar corretamente esta tarefa. Nós precisamos tornar o acesso ao método mais fácil para o mundo; nós devemos estar num nível superior e fazer a conexão correta entre os níveis. Isso é chamado de ser um professor e começar a elevar a humanidade. Nós precisamos ver isso como a nossa tarefa, a nossa obrigação. A essência da permissão não é apenas que estamos autorizados a realizá-lo, mas é o nosso papel e responsabilidade fazê-lo.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 27/11/13, Escritos do Baal HaSulam

Essas Belas Contradições

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “O Ensino da Cabalá e sua Essência”: A maior maravilha sobre essa sabedoria é a integração nela: todos os elementos da vasta realidade estão incorporados nela, até que correspondam a uma única coisa – o Todo-Poderoso, e todos eles juntos.

Toda a beleza, riqueza de compreensão, realização e sentimento decorre da combinação de detalhes. Por nossa conta, ninguém vai nos dar uma verdadeira inspiração. É só quando eu conecto coisas opostas, distantes, e de repente elas se completam. Esta compensação mútua dos fenômenos polares me inspira.

Tudo começa a partir da separação, do ódio, da alienação, de uma completa incapacidade de conviver, e, de repente, eu vejo que a compensação surge devido a isso, que ninguém é completo sem os outros. Todo mundo vem junto, e de acordo com o poder da separação, eu sinto o poder da unidade.

A quebra nos trouxe separação, dispersão, ódio e antagonismo em diferentes níveis. Nós nos rejeitamos, estamos prontos para nos destruir e matar, ainda mais no mundo espiritual. Lá, as forças das linhas direita e esquerda atuam numa escala infinitamente maior, e cada vez a pessoa deve construir a linha do meio, a fim de reunir e unir todas as partes juntas. Isso leva uma Luz 620 vezes maior a todos os mundos, e isso dá prazer ao Criador.

Portanto, por um lado, os seres criados revelam a escuridão, e por outro lado, saem da escuridão para a Luz. No entanto, esta é uma Luz especial, porque eles próprios a geram, descobrindo uma diferença e uma rejeição, e, em seguida, revelando unidade e conclusão.

Isso não existia anteriormente. Uma coisa é a Luz que corrige o ser criado e outra é o objetivo da criação. Ele é despertado apenas naquele que sente todo esse processo. Portanto, é impossível atingir a revelação sem desejo, necessidade. Nós temos que passar por todos os detalhes de percepção para abrir todas as portas.

Este é o milagre que é inerente à sabedoria da Cabalá. Nós revelamos as contradições e sua compensação mútua. Este é o maior presente, preparado para nós pelo Criador, e do nosso lado, nós revelamos esse presente, o reconhecemos, agradecemos ao Criador por ele, e, assim, damos a Ele contentamento.

Sim, Ele aparentemente nos coloca num porão escuro, mas, ao mesmo tempo, este é o lugar onde nós revelamos toda a beleza do universo.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 26/11/13, Escritos do Baal HaSulam

Com O Que O Homem Começa?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como eu posso ver os atributos, Sefirot, em torno de mim, e não as pessoas?

Resposta: Por que você vê as pessoas no sentido material da palavra? Por que você precisa de rostos? Será que o corpo diz alguma coisa para você? Ele não diz nada sobre a pessoa.

Na verdade, em breve, nós também vamos parar de nos relacionar com traços de caráter. Uma pessoa os recebe quando nasce ou adquire-os do ambiente. Isso não é ela.

Seus pais a trouxeram para o mundo, ela foi educada nessas instituições ou em outras que não escolheu, e toda a sua vida ela se encontra em algum ambiente. Como resultado disto, vemos nela uma forma particular que é moldada de acordo com determinados parâmetros. É assim que eles a “fizeram”, e é assim que ela vive sua vida do começo ao fim.

Isso não é realmente ela. Não atribua nada a isso. Ela não tem sequer um grão de algo original seu, nem as características do seu corpo, nem seus traços de caráter. Tudo é resultado do que ela, aparentemente, recebe dos outros.

O homem (Adão) em mim começa a partir do que eu recebo de cima. Se eu entro num grupo e me esforço nele, eles também são o resultado de uma educação particular. Se eu começo a receber uma iluminação de cima, graças à qual novas características nascem em mim que se opõem às características anteriores, este é o início de uma nova criatura que não está ligada ao meu corpo ou personagem. Portanto, a alma é chamada, de “uma parte divina de Deus de cima”.

Portanto, segue-se que a aparência externa da pessoa e seu comportamento não têm significado. O que importa é o seu investimento num grupo e seus esforços. Para isso, ela pode receber uma resposta de cima e adquirir o que é chamado de homem.

Até então, ela não é um homem. Ela não tem nada realmente seu. Se durante a sua vida ela não corrigir até mesmo um de seus desejos com a ajuda da Luz que Reforma, é como se ela não estivesse viva. Você vê, a sua conta espiritual está vazia e ela participa do processo de evolução histórica como todos. Não há nada aqui para medir, avaliar e pesar nas “escalas” espirituais.

Há uma advertência adicional: mesmo que a pessoa não se corrija, ela não vive sua vida em vão se ajuda na correção dos outros, se ela lhes aproxima da verdade. De qualquer forma, é vantajoso trabalhar nisso tanto quanto possível. Como o Baal HaSulam escreve na “Última Geração”, o objetivo da vida é merecer a adesão com o Criador, para manter estritamente a regra geral de atuar apenas no que é bom ou ajudar muitas pessoas a alcançar a adesão com Ele.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 26/11/13, Escritos do Baal HaSulam

Um Novo Tipo De Tédio

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (do The Independent): “Há muito mais para se ficar entediado do que você imagina, se dermos crédito a uma nova pesquisa.

“A ciência conhece cerca de quatro tipos de tédio até agora, mas uma equipe de cientistas internacionais já baseou sua pesquisa e descobriu um quinto tipo de tédio “especialmente desagradável”.

“Apelidado de ‘tédio apático’, ele provoca um sentimento de desamparo semelhante à depressão.

“De acordo com os cientistas, liderados pelo Dr. Thomas Goetz, da Universidade de Konstanz, na Alemanha, o tédio pode ser categorizado por níveis de excitação (que variam de ‘calmo’ a ‘agitado’), e como o tédio positivo ou negativo é vivenciado: a sua “valência”.

“Anteriormente, pensava-se que as pessoas poderiam sofrer de ‘tédio indiferente’, onde elas se sentiam reservadas, mas relaxadas, ‘tédio que calibra’, um sentimento de incerteza onde as pessoas são receptivas mas não procuram mudança, ‘tédio de busca’, que é inquieto e busca distração, e ‘tédio reagente’, onde as pessoas são motivadas a deixar a sua situação para uma mudança específica.

“Goetz, seu colega Anne Frenzel, e uma equipe de colegas pesquisadores realizaram dois estudos entre 63 estudantes universitários alemães e 80 alunos do ensino médio alemão. …

“Tédio apático foi relatado em pouco mais de um terço dos estudantes do ensino médio – um fato que os pesquisadores acharam ‘alarmante’.

Meu Comentário: Este é um período de transição do estilo de vida egoísta, com a sua natural energia, busca e competição que visa à conquista à custa dos outros, para o estilo de vida altruísta da sociedade, com sua energia, exploração e competição destinadas à doação para a sociedade e a recepção de satisfação de toda a sociedade.

Diante De Uma Mesa Posta

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, Shamati #3, “A Questão da Realização Espiritual”:  Isso é considerado Ein Sof, e é a conexão existente entre Atzmuto e as almas. Nós percebemos essa conexão na forma de “desejo de deleitar as criaturas”.

Ein Sof é o começo.

Essa conexão é chamada de Ein Sof. Quando oramos ao Criador e Lhe pedimos para nos ajudar e nos dar o que queremos, nos relacionamos com o discernimento de Ein Sof. Há a raiz das criaturas, que quer dar-lhes alegria e prazer, chamado de “Seu desejo de fazer o bem às Suas criações”.

Tudo desce até nós do Infinito. Há uma “despensa” como todos os deleites que o Criador quer dar às almas, o “tesouro” de Sua atitude para com a criação, o “repositório” de todas as forças, Luzes e vasos. Nossas orações, pedidos e demandas também sobem ao infinito. Todas as nossas aspirações se dirigem para lá.

“Infinito” significa Sua atitude infinitamente gentil ao bom e o mau. Como o dono da casa, Ele doa tudo a seus convidados, exceto a anulação do sentimento de vergonha dos convidados.

A criaturas respondem a Ele; elas pedem e exigem Dele o que quiserem. No entanto, o sistema está configurado de um modo que, a fim de obter uma satisfação, primeiro a pessoa deve estar corrigida.

Após a quebra do vasos, qualquer satisfação que preceda a correção se transforma em veneno e nos fere. Por que o Criador não nos dá nada de graça? O fato é que, se nós ainda estamos imersos em desejos egoístas, a Luz se torna “veneno” para nós. Isso explica por que o Criador é “incapaz” de nos dar a Luz, pois Ele não quer simplesmente nos torturar, embora Ele sofra por causa dessa situação muito mais do que nós. Como resultado, todos nós recebemos apenas um pequeno brilho; qualquer coisa além disso seria prejudicial para nós.

Pergunta: Como posso saber algo sobre o Infinito se ele é a “Luz sem um vaso”?

Resposta: Na verdade, não existe tal coisa como a Luz sem um vaso. Nós estamos falando de um conceito que indica que o vaso não restringe a Luz. No mundo do Infinito, a Luz não é limitada por um vaso. É por isso que é chamado de “Infinito – sem fim (Ein Sof)”, Lá, o vaso é infinito, bem como a Luz nele.

Além disso, na Cabalá nós estamos explorando um novo tipo de vaso. A especificidade desta ciência é que devemos sempre “estar presos ao chão”, porque caso contrário não podemos entender as “coordenadas dos mundos”.

Até ocorrer a primeira restrição (Tzimtzum Aleph), os vasos eram “redondos” e não tinham limites, pois só continham pontos de percepção que foram distribuídos em quatro níveis. Mais tarde, foram criados novos tipos de vasos. Eles variavam dos anteriores pela quantidade de restrição que continham, pela medida da tela (Masach) que subiu acima da restrição e pela quantidade de Luz refletida que subiu acima da tela, a fim de trabalhar da mesma forma que o Criador.

O Criador quer doar à Sua criação, mas até que ponto a criação está pronta a aceitar para agradá-Lo?

Isso significa que devemos receber prazer, dando assim a oportunidade para que o Criador seja satisfeito. Nós devemos estar prontos para receber qualquer coisa Dele. Nós devemos estar ansiosos para “engolir” e “absorver” todos os seus presentes no vaso “redondo”; no entanto, nós temos que receber apenas de acordo com uma linha, em vez de um círculo.

Na verdade, é uma limitação extremamente difícil para nós: é como se o Criador colocasse diante de nós uma mesa sem fim com todos os tipos de pratos imagináveis. E o nosso apetite é suficiente para comer todos eles; não há problema em engolir todos. Mas, em vez disso, eu corto uma fatia de pão, coloco uma pitada de sal e bebo meio copo de água.

É disso que se trata a “linha fina”: eu sou incapaz de qualquer outra coisa. Afinal de contas, eu quero agradá-Lo e, portanto, não posso saborear deliciosos pratos para meu próprio prazer. Se eu transcender o “limite”, vou começar a desfrutar.

Será que o Criador realmente desfruta nossa abstinência? Será que isso significa que não agradamos nem a Ele nem a nós mesmos? Talvez seja melhor não tocar em nada? Seria bom se pudéssemos tomar uma porção decente, mas se tomamos somente uma pequena quantidade…

É impossível “moldar” as nossas mentes na medida em que chegamos a uma “condição correta”… O que podemos fazer? Como podemos estar satisfeitos com pão e água de tal mesa exuberante? Não vamos apenas decepcionar mais a nós mesmos e ao Criador? Como podemos nos restringir ao declarar nossa própria fraqueza?

Na verdade, é exatamente assim que devemos trabalhar com as telas. Este é o trabalho que deveríamos estar fazendo. Como podemos justificar isso?

Comentário: Na verdade, ao fazer isso, nós estamos fazendo algo por nossa conta…

Resposta: Portanto, do nosso lado, nós devemos manter a promessa básica: “O fim de um ato está no pensamento preliminar”. Nós devemos permanecer confiantes de que vamos alcançar a correção completa depois de muitas pequenas ações.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/11/13, Shamati # 3

A Arte De Escrever Com Tinta Invisível

Dr. Michael LaitmanNós temos que lembrar que a espiritualidade é diferente da corporalidade. Na corporalidade, nós sempre queremos ver os resultados imediatamente. Às vezes, é o produto que fizemos: suponha que eu fiz sapatos, vendi-os e recebi dinheiro por eles. Eu vejo os sapatos que fiz, vejo os resultados dos meus esforços, os frutos do meu trabalho. Eu posso avaliar, melhorar, ajustar, corrigir e torná-los melhor se realmente os vejo.

Diz-se: “Não há ninguém mais sábio do que o experiente”, e o experiente ganha com as próprias mãos. Nós aplicamos o esforço em algum lugar, e lá vemos os resultados do nosso trabalho. Assim, ao longo do tempo, através de tentativa e erro, eu me corrijo e me torno um hábil artesão profissional.

Mas a dificuldade é que no trabalho espiritual não podemos ver os resultados. Imagine um músico que tocasse as teclas do piano e não pudesse ouvir nenhum som. Como ele poderia tocar? Quando uma criança aprende a escrever, ela recebe um caderno para inserir letras estritamente entre as linhas. Mas, na espiritualidade, eu não tenho “linhas”, e até mesmo as letras que escrevo são invisíveis!

Como eu posso me ajustar, se não consigo ver nenhuma resposta? Eu me esforço, mas elas desaparecem como água escorrendo na areia. Bem, digamos, eu estou disposto a sacrificar qualquer resultado em benefício próprio. Mas eu ainda tenho que me ajustar de alguma forma, verificar, melhorar meu trabalho e ganhar experiência. Como é possível?

Não funciona dessa maneira na espiritualidade. Nós não obtemos nenhuma resposta, e isso nos enfraquece. Eu não posso fazer um esforço que não cause qualquer reação visível. É como falar com uma parede. Toda a minha energia desaparece.

Mas a reação existe, só que não ocorre dentro do mesmo desejo, ou seja, ocorre num lugar diferente. Se pelo menos uma pequena parte dos nossos esforços estivesse correta, isto é, se tivéssemos a intenção de sair de nós mesmos e nos conectar com os outros, para nos aproximar do Criador e dar-Lhe a oportunidade de Se revelar a nós, para dar-Lhe alegria sem exigir ou antecipar a fim de obter algo em troca, a reação se acumula. Acontece que o lugar do nosso trabalho e os resultados que obtemos estão completamente separados um do outro.

Será que nós devemos pedir para ver os resultados do nosso trabalho? Se víssemos que fizemos algo corretamente, isso iria nos satisfazer, nos trazer satisfação. Isso pode me impedir e dificultar o avanço, porque eu começo a trabalhar por essa gratificação. Portanto, como eu posso analisar o trabalho que faço e verificar que não sou impulsionado por nossos próprios interesses?

Como posso ver a reação, sem apreciá-la egoisticamente? Como posso gerir e aceitar apenas a informação, sem a sensação, sem o desejo de receber prazer? Isso é chamado exigir um desejo de doar. Em outras palavras, eu não quero nem saber se estou doando ao Criador, porque no meu estado atual, eu iria, inevitavelmente, desfrutar e ser consolado. Eu só quero fazer ações, desprendido do prazer e da satisfação, acalmar meus desejos, sentimentos e pensamentos. Isso dá trabalho.

O resultado do nosso trabalho espiritual é chamado de “um achado”. Os resultados surgem exatamente no momento errado e num lugar que não esperávamos. E o próprio resultado é separado do desejo; portanto, é totalmente inesperado.

Isso acontece em todos os níveis espirituais, porque cada vez é um novo mundo. Nossas sensações se abrem para um novo nível, uma nova profundidade e qualidade, numa gama completamente nova que nunca existiu antes. Nossas sensações e critérios de avaliação passam por mudanças revolucionárias; eles são “atualizados”. É por isso que é chamado de “uma descoberta”, “um achado”.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 07/11/13

Canal De Luz

Dr. Michael LatimanNossos amigos são partes de nossas almas. O fato de participarmos do grupo não é acidental: nós fomos trazidos ao grupo de cima. Nós devemos perceber que é o Criador que nos deu este conjunto particular de amigos. Ele é aquele que “colocou nossas mãos” no bom destino, e disse: “Tome isso!” De agora em diante, tudo o que temos a fazer é fortalecer a nossa conexão e união com os outros.

Nós criamos regras básicas de unidade, que incluem workshops, refeições conjuntas e atividades. Nós nos reunimos pelo menos várias vezes por semana. Ao fazer isso, podemos estabelecer e ampliar os fios que nos conectam. No entanto, não importa o quanto nos esforçamos em melhorar a nossa conexão, não vamos ser capazes de criar uma força que seja forte o suficiente para revelar a Luz Superior. Nós simplesmente não alcançar “tensão” suficiente para “ativá-la”.

Por que é assim?

Gerações anteriores de Cabalistas foram integradas em grupos menores, às vezes menos de dez pessoas. É assim que eles revelaram o Criador entre si. No entanto, a nossa situação é bem diferente. Hoje, toda a humanidade está num estado corrupto; todo o vaso da alma comum foi estilhaçado.

Isso explica por que nós temos que receber o maior número possível de desejos e necessidades de cada fragmento quebrado. Então nós temos que “digeri-los”, subir junto com eles ao Criador, e exigir que Ele seja revelado a nós. Devemos fazê-lo não por nossa causa (1%), mas para o público externo (99%).

Assim, devemos ser o canal que guia a Luz, para que a Luz do Criador seja revelada em nós, e nós a passemos outros.

Para isso, primeiro nós devemos nos fortalecer (1), depois nos voltarmos às necessidades do público em geral (2) e após isso, apelarmos ao Criador (3). Então, a Luz e a abundância descerão do Criador até nós (4) e nós as transmitimos para baixo (5).

Nós estudamos Cabalá, e para o público externo nós apresentamos a Educação Integral (EI) Assim, temos que aprender a lidar com o público em geral, de que forma e estilo nós devemos apresentar materiais de EI, e que conjunto de termos usar quando falamos com eles.

Diz-se: “Eduque a criança de acordo com a sua maneira”. Em outras palavras, nós educamos as pessoas de uma forma que elas possam compreender, de modo que serão atraídas a nós e não repelidas. Então, conforme a quantidade de pessoas atraídas a nós, nós poderemos envolver algumas delas nos grupos. Nós devemos ser muito gentis com elas de modo a não assustar aquelas que não estão prontas para se juntar a nós.

Cabalistas sempre falaram sobre o trabalho em pequenos grupos, em vez da disseminação em massa concebida para aqueles que estão longe de estudar a ciência da Cabalá. Porque até agora, o mundo nunca tinha experimentado uma crise global e os Cabalistas não tiveram que dar este passo; isso não foi revelado neles. No entanto, Baal HaSulam escreveu sobre “a última geração” e os problemas contemporâneos; ele publicou o jornal “A Nação”, mas tudo isso era apenas o começo, um “rascunho”.

Por outro lado, estamos vendo a crise, e somos obrigados a lidar com o mundo inteiro. Caso contrário, não vamos chegar à espiritualidade; não vamos sentir a necessidade de apelar ao Criador. Afinal de contas, somos apenas Galgalta ve Eynaim (GE), Hafetz Hesed , uma parte muito pequena com muito pouco “profundidade” do desejo, que é limitado aos níveis zero e um. Toda a humanidade representa o AHP com os níveis dois, três e quatro.

Portanto, se não recebermos esta grande “espessura” (Aviut) dos desejos do resto do mundo, não teremos nada para nos dirigir ao Criador. Não há outra escolha. Em contraste com as gerações anteriores, nós somos simplesmente obrigados a ‘ir ao público em geral’, aceitar as suas necessidades, e elevá-los.

Pipeline of the Light

Em seus artigos O Arvut (Garantia Mútua)”e “Matan Torah (A Entrega da Torá)”, Baal HaSulam escreve que temos que servir o mundo inteiro como um canal de transmissão entre o Criador e as nações. Não há lugar para aprender como fazê-lo; nós estamos constantemente desenvolvendo a parte da metodologia denominada Educação Integral. O desenvolvimento está em andamento, e dia a dia nós avançamos constantemente

Da “Convenção Virtual” Uma América 17/11/13, Lição 3

Quem É O Preferido: O Rico Ou O Pobre?

Dr. Michael LaitmanComentário: Enquanto me preparava para um projeto de disseminação, eu senti uma atração muito forte e simpatia para com os pobres, mas meu ego me diz para trabalhar com pessoas ricas e mais influentes. Eu estou confuso e não sei qual é a verdade.

Resposta: Você não deve trabalhar nem com os ricos nem com os pobres, mas com aqueles que querem saber mais sobre o que estamos dizendo. Como regra geral, os pobres querem mais isso. Portanto, eu recomendo começar a trabalhar com pessoas comuns.

Nesse meio tempo, eu não vejo qualquer possibilidade de trabalhar com aqueles que estão bem de vida e são prósperos. Apenas alguns deles estão prontos a nos ouvir porque a riqueza cega e embota uma pessoa. O ego não lhes permite se separar da boa vida. Isto preenche e anestesia as pessoas.

Eu creio que as camadas mais baixas da população, que agora estão começando a sentir a crise com grande intensidade, estão se tornando a base sobre a qual podemos desenvolver a educação integral e a sabedoria da Cabalá entre as pessoas. Devemos nos voltar especificamente para elas, porque temos uma solução para a crise.

O que há para resolver com relação ao rico? Será que ele vai ter um lucro de dez milhões ou de cinco milhões de dólares? Certamente ele está triste e preocupado se tem menos lucro, mas estas não são as preocupações às quais é possível dar uma resposta, pois o nosso método, inconscientemente, diz que a pessoa deve estar satisfeita com a necessidade razoável e não mais do que isso.

Para as pessoas ricas, há uma grande necessidade de grandes lucros acima das necessidades. Nosso método fala sobre isso desde o início: que uma pessoa não requer nada além da conexão onde vai sentir a fonte superior de prazer, a descoberta do Criador. A pessoa rica imediatamente vai perguntar: “E os meus milhões”, e alguém que não tem nada a desistir e perder vai ansiar apenas pela fonte superior sem olhar para trás.

Da Discussão sobre Grupo e Disseminação 23/10/13