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Há Coisas Que Não Passam Por Cabos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Resta pouco de tempo até a Convenção de Moscou para os egressos da Academia de Cabalá de Moscou (Centro de Educação de Cabalá da Rússia). Como podemos ajudar os amigos que estudam virtualmente a reconhecer a grande vantagem do contato físico durante a Convenção?

Resposta: Se a pessoa vive num lugar remoto e não se encontra fisicamente com os amigos no caminho, ela não tem chance de descobrir o mundo superior. Afinal, o mundo superior é revelado na conexão entre nós.

Só a conexão virtual não é suficiente. Este tipo de conexão não basta, mesmo para as pessoas neste mundo. Mesmo com os maravilhosos meios de comunicação hoje em dia, os cientistas vão a Convenções várias vezes por ano. Por que não basta se comunicar através de vídeoconferências? Por que é tão importante conhecer e conversar pessoalmente pelo menos uma vez a cada poucos meses?

O principal nestes simpósios é realmente as conversas pessoais, a comunicação ao vivo. Não são as palestras, que são dadas a partir de um palco, que importam, mas sim o contato interpessoal que transmite o espírito do evento. Não se trata de informação, mas do espírito, da atmosfera. Esta é a razão pela qual elas se reúnem em Convenções: uma palavra aqui, alguns comentários lá, face a face, e mesmo conversas fugazes são valiosas.

Ainda mais quando se trata de nossas Convenções. Se não nos conectarmos quando todo mundo chega fisicamente, então não há razão de perdermos o nosso tempo estudando na frente de telas; isso não vai levar a nada. Deve haver um contato pessoal, uma vez que é através deste tipo de contato que o impulso espiritual é transmitido.

Portanto, todos nós estamos indo ao encontro em Moscou, em 13 de dezembro. Todos os nossos amigos de todo o mundo irão se conectar com a Convenção e alguns realmente virão. Isso me agrada muito. Todos nós nos conectamos mais fortemente e nos aderimos uns aos outros dessa maneira. Vamos torcer para que o Criador seja revelado nessa conexão mútua.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 06/12/13, Escritos do Baal HaSulam, ” O Ensino da Cabalá e sua Essência”

Concedido Pela Misericórida Superior

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, Shamati # 219 “Devoção”: Mas, durante Katnut (pequenez),  a pessoa não sente qualquer benefício para si, uma vez que agora não sente qualquer prazer na servidão. …E quanto mais ela trabalha, o sofrimento aumenta proporcionalmente. Por fim, o sofrimento e o trabalho acumulam um determinado montante até que o Criador tem misericórdia para com ela e lhe dá o gosto na servidão do Criador, como está escrito: “Até que o espírito se derrame sobre nós do alto”.

Pergunta: O que significa que o Criador teve pena do homem?

Resposta: Na sua essência, o Criador não é obrigado a fazer qualquer coisa por nós. Nós exigimos e pensamos que Ele tem que nos ajudar. Mas em que bases? Ele não nos deve nada.

No passado, havia um costume que os condenados à morte se ajoelhavam diante do rei e lhe agradeciam por sua misericórdia. O Rei é uma posição tão alta que mesmo o seu julgamento é misericórdia. Malchut (reino) significa julgamento, justiça. Visto que o rei concedeu atenção à pessoa desde sua altura infinita, todas as suas ordens são transformadas em misericórdia e devem ser aceitas como as mais agradáveis. Isso é habitual de acordo com as leis do verdadeiro reino.

A pessoa trabalha e, no final, recebe força, permitindo-lhe subir para o próximo nível. Mas, ao mesmo tempo, ela revela que não subiu por seus esforços, mas só cumpriu a condição depois que recebeu ajuda de cima. O Criador dá a ela a tela, devido a qual a pessoa revela um grau mais elevado. É sempre misericórdia por parte do Criador, porque a pessoa ainda não tem trabalhou neste grau.

Nós nunca trabalhamos com o grau mais elevado e não sabemos o que fazer. Nossa tarefa é cumprir várias condições, após as quais o Criador terá misericórdia e nos ajudará. Nosso esforço é importante. É estabelecido de cima que por seus esforços a pessoa recebe o que é incapaz de alcançar por si mesma.

Isso vem como um presente da misericórdia superior. Nós alcançamos apenas uma linha fina de todo o enorme círculo do universo. Tudo o resto é conectado a nós mais tarde, extraído do vasto mar de forças impuras pela misericórdia superior. Mas não se pode dizer que temos tudo isso de graça, porque a recompensa vem como resultado de nossos esforços em corrigir as relações com os outros.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 08/12/13, Shamati # 219 “Devoção”

O Universo: O Espelho Do Homem

Dr. Michael LaitmanTudo o que nós percebemos neste mundo não pertence ao reino espiritual. De toda a realidade espiritual, nós “captamos” apenas uma pequena e distorcida parte que pode ser sentida em nossos vasos corrompidos. Esta pequena parte da espiritualidade fornece o sustento de nossos vasos, nos “abastece”, deixando-nos assim manter a nossa pseudoexistência chamada de “o suor da vida”.

Nosso mundo com todas as suas leis, natureza e ciência, é imaginário, uma vez que estas se manifestam apenas em vasos ficcionais do desejo egoísta em seu estágio mais baixo. Tudo o que podemos alcançar com a ajuda da ciência, mesmo que ela continuasse evoluindo por milhares de anos, permaneceria sempre dentro do ego.

Este mundo só existe em nossa imaginação. No final, acima dele, vamos revelar as leis da realidade superior, desejos altruístas, ou seja, vamos aprender as leis da Cabalá que pertencem ao mundo corrigido.

Nesse momento, este mundo material irá desaparecer. Afinal, esse mundo não existe só no desejo egoísta, mas sim no ser humano. A pessoa inclui este mundo com tudo o que ele já teve e tem: dinossauros e leões, estrelas e planetas… Nós não percebemos o universo em si, mas sentimos a profundidade dos nossos desejos materiais.

Conforme a correção dos nossos desejos materiais, tudo vai “fluir” do egoísmo para o altruísmo; então, a materialidade vai “evaporar”. Portanto, gastar energia e esforços pela materialidade é um completo desperdício, uma vez que é apenas uma base de preparação para as fases subsequentes.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 04/12/13, “A Liberdade”

Um Mandamento Sem Um Objetivo É Como Um Corpo Sem Alma

Certamente, há uma opinião comum que o objetivo principal da religião e da Torá é apenas a purificação das ações, que tudo o que é desejado diz respeito à observação das Mitzvot (mandamentos) físicas, sem quaisquer acréscimos ou algo que possa resultar disso. Tivesse sido assim, aqueles que dizem que estudar as ações reveladas e práticas é suficiente estariam certos.

Todavia, esse não é o caso. Nossos sábios já disseram, “Porque o Criador deveria se preocupar se a pessoa abate na garganta ou na nuca? Afinal, todas as Mitzvot foram dadas apenas para purificar as pessoas”.  Então, há um propósito além da observação das ações, e as ações são simplesmente preparações para este propósito. Portanto, evidentemente, se as ações não estão organizadas para o objetivo desejado, é como se nada existisse. Também está escrito no Zohar: “Uma Mitzvá (mandamento) sem uma direção é como um corpo sem uma alma”. Portanto, objetivo também deve acompanhar a ação”.

Baal HaSulam, “O Ensino da Cabala e sua essência. ”

Se a pessoa quiser corrigir seu desejo egoísta de receber e transformá-lo num desejo de doar, só há um remédio à sua disposição: a Luz, sob a condição de que ela esteja envolvida em estudar a Torá com a intenção de corrigir seu desejo.
Rabash, Shlavey HaSulam (Degraus da Escada) “O que é a Torá e o Trabalho no Caminho para o Criador”

…O Criador nos deu a Torá e Mitzvot, que nos foi ordenado cumprir apenas a fim de dar satisfação ao Criador. Se não fosse pelo engajamento em Torá e Mitzvot Lishma (em Seu Nome), para dar satisfação ao Criador com elas, e não para nos beneficiar, não teria havido nenhuma tática no mundo que pudesse nos ajudar a inverter a nossa natureza.

Agora você pode entender o rigor de se engajar em Torá e Mitzvot Lishma. Se a intenção da pessoa na Torá e Mitzvot não é para beneficiar o Criador, mas a si mesmo, não só a natureza do desejo de receber nela não será invertida, como o desejo de receber nele vai ser muito mais do que aquilo que ele recebeu pela natureza da sua criação.
Baal HaSulam, “Um Discurso para a Conclusão do Zohar

O Coletivo É Sempre Mais Inteligente

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (do Paranormal News): “Numerosos exemplos da vida cotidiana aparentemente nos convencem da incapacidade da inteligência coletiva em tomar a decisão certa.

“Enquanto isso, sob certas condições, um grupo, mesmo consistindo de pessoas que não possam se gabar de grande intelecto, é muitas vezes mais próximo da verdade do que seus membros mais inteligentes. A média elimina erros cometidos por todos, e os erros do indivíduos são mutuamente anulados; o que resta é a verdade ou algo próximo a isso. As quatro seguintes condições devem ser atendidas para que o grupo chegue à solução certa:

A opinião dos membros deve variar (todos deveriam ter um pouco de sua própria informação, mesmo que seja uma interpretação errada de fatos verdadeiros).

  • Eles devem ser independentes (a opinião de todos não deve depender da opinião dos outros).
  • O grupo deve ser descentralizado (ele não tem líder, cuja opinião poderia ser seguida pelo resto).
  • Um mecanismo que detecta a solução coletiva.

Meu Comentário: Se o grupo está conectado por um único objetivo, mas em diferentes formas de alcançá-lo, e procura a maneira correta de chegar a esse objetivo, independente do acerto individual de qualquer um, eles vão encontrar a verdadeira solução com apoio mútuo e esclarecimento geral.

Aprendam A Ouvir Uns Aos Outros

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como nós vamos preparar as pessoas para ouvir e cuidar corretamente dos workshops de Educação Integral?

Resposta: Em primeiro lugar, nós precisamos trabalhar em todas as condições de conexão entre elas. Todos devem entender que cada um tem sua própria opinião e ela pode ser correta. Abram-se e sintam as opiniões dos outros, não se retirem para si mesmos e deixe-os passar a sua frente; eu tenho que me dobrar e submeter aos outros.

Deve haver uma técnica particular, uma abordagem psicológica, aqui. Alguém fala e ao mesmo tempo eu tento remover o meu ego. Jogamos com isso. Em primeiro lugar, eu escuto o que alguém diz e depois eu devo passar por cima de tudo o que ele disse. Uma pessoa pode falar realmente uma bobagem, mais ou menos em algum tópico, e eu pratico como ouvi-la.

Afinal de contas, nós não ouvimos um ao outro. Como posso me anular especificamente a fim de ouvi-lo, sem corrigi-lo e sem inserir suas palavras em mim com as minhas correções e adições, e em vez disso ser vestidos em você? Para isso eu tenho que me submeter, aceitá-lo como um padrão particular, e, assim, me orientar.

Numa forma como esta, nós aprendemos a ouvir e a nos anular em relação ao outro. Esta é a primeira coisa.

Em seguida, nós passamos para a próxima fase, onde praticamos falar de uma ideia e não apenas jogar palavras fora.

Agora eu devo transmitir algum tipo de pensamento que se diz ser muito concreto, claro e lógico. Ao mesmo tempo, eu o expresso em relação a outros, ao ser incorporado dentro deles, como os pais se comportam em relação aos seus filhos, ou seja, a partir de um nível mais elevado em algum grau.

No primeiro encontro eu olhei para você de baixo para cima, como um exemplo a seguir, e agora o contrário, eu digo algumas frases sérias, tento me expressar logicamente, tento “entrar” em você. É assim que você vai me entender, vai aceitar minhas palavras, para que elas se assentem gradualmente em você.

Cada um deve preparar algum tipo de discurso que seja bastante lógico, claro, que fale do trabalho ou qualquer outra coisa, não faz diferença. A principal coisa é que eles escutem um discurso. Afinal, nós sempre pensamos que alguém está falando bobagem. Mas não importa que tipo de bobagem ele esteja dizendo, digamos, sobre o peixe que ele comeu ontem num restaurante; o principal é que eu absorvo suas palavras e as sigo. Agora eu transmito minhas tolices de uma maneira lógica e clara para que os outros absorvam tudo isso.

É assim que ensinamos os participantes do workshop como se submeter imediatamente e ouvir uns aos outros, e como se elevar imediatamente e doar a ele. Tudo isso é para um objetivo mais importante, uma audição perfeita e uma plena compreensão, e não para se lembrar de quaisquer insultos e criar intrigas mesquinhas. Você vê, por fim nós criamos a nossa imagem coletiva.

Por exemplo, coloque um prato no centro do círculo e dirija todos de tal forma que sintamos como se acrescentássemos um ao outro. Suponha que um amigo esteja na logística, um segundo amigo na tecnologia, um terceiro amigo na montagem, e assim por diante. A principal coisa é que, juntos, nós sentimos como se estivéssemos no mesmo prato.

Depois disso, nós aprendemos a dizer um ao outro apenas palavras amáveis ​​e de forma mais sincera. Nós brincamos de ser pessoas corretas, boas e simpáticas, que aprendem a ser livres. “Veja, você já está sorrindo. Agora cante para nós uma música de sua infância”.

Faça-as se tornarem crianças, livres, relaxadas, desprendidas de toda a negatividade que as engloba; diga algo da infância para todos, ou sobre o primeiro amor. Nós queremos tirá-las do “terno e gravata”, e fazê-las se acostumar ao fato de que podem simplesmente ser os seres humanos umas com as outras.

Só depois de ensinar-lhes todas as condições para a comunicação entre elas é que vamos passar para os workshops, onde elas podem começar a esclarecer por que devemos ser integrais. Quando geramos a integralidade comum, por que essa soma é um nível superior a nós, como se fosse um elevador nos elevando ao próximo nível de entendimento e sentimentos? Por que nós absorvemos tudo através de nossos sentimentos, apesar de não reconhecermos isso e não entendermos isso? Por que o ser humano é um ser emocional e não um ser lógico? Nossa lógica só é vestida na emoção e este é o nosso erro.

Assim, aos poucos nós começamos a falar sobre como temos que subir a um novo nível de sensações e sermos mutuamente incorporados um no outro.

De KabTV “Através do Tempo” 23/09/13

Entusiasmo De Um Workshop

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se o público externo não tem grande desejo de saber sobre receitas para a felicidade, como a pessoa pode ensinar de forma harmoniosa, sem coerção, trabalhar a partir de um pedido sem pressão? Como é possível sentir este pedido? Caso contrário, vamos ao público externo com fanatismo integral.

Resposta: Vocês estão fazendo tudo errado. É como se estivessem alimentando demais o bebê e ele cospe tudo imediatamente, porque isso não lhe dá nenhum prazer, não o deixa com um bom gosto. Primeiro é sempre necessário que haja um desejo, e só depois é que vem a satisfação que corresponde a ele. Se você estiver trabalhando em exaustão, empurrando à força uma colher na boca, isso só vai gerar desgosto pelo seu método.

Nunca façam isso! A estratégia deve ser finamente pensada. Como vocês geram um apetite cada vez maior, como os transformam de modo que eles sempre estejam preocupados: de onde, por que, etc.?

Vocês gradualmente geram todas estas perguntas, sem dar as respostas, e depois vocês os sentam num círculo onde eles vão procurar as próprias respostas. Este é um jogo, um namoro, um flerte. Vocês estão produzindo um novo Kli, o desejo em si.

Para que serve o flerte? Para revelar desejos mútuos por esse tipo de satisfação que vocês querem dar a eles. Este é um trabalho muito sutil no ajuste fino da pessoa; a identificação dentro dela dos anseios necessários, os quais ela pode não ter tido antes.

Isso deve ser abordado gradualmente com algum tipo de segredo escondido que deve ser desvendado, como se vocês estivessem à procura de um tesouro numa ilha deserta. Vocês precisam pensar em tudo isso desde o início, não podem jogá-lo diretamente em suas “faces”.

Vocês, como guias, apenas direcionam a pessoa, a movem e caminham ao seu lado. Mas se ela não fizer o seu próprio caminho, não sofrer de desejo e não aproveitar a satisfação, você não vai ter feito nada.

Por exemplo, o mais forte prazer fisiológico é o contato sexual. Imagine que vocês devam levar a multidão ao êxtase, em que vocês os aquecem na direção certa. A primeira metade do trabalho é despertá-los, vocês vão ao redor deles como uma noiva dançando ao redor do noivo. E a segunda parte é a sua reação, por que vocês levaram o noivo ao êxtase e agora ele trabalha para a noiva.

O que é este flertar? A primeira parte é iniciada por um lado, na medida em que ela aquece o parceiro, e na segunda parte, ela completa o prazer mútuo por ambos.

O workshop deve terminar com o êxtase, com a elevação.

Da Discussão sobre Grupo e Disseminação 24/11/13

Trabalhe Não De Acordo Com Um Padrão Idêntico

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como você vê o próximo nível deste mundo e o nosso lugar nele? Será que cada fábrica e cada jardim de infância têm o seu especialista no método integral?

Resposta: Estas são questões complexas que são difíceis de responder de forma inequívoca. Tudo depende de circunstâncias particulares e até mesmo de suas regiões. Há países em que o desenvolvimento só pode vir de baixo, porque as classes mais baixas estão sofrendo e querem uma vida melhor, enquanto as classes mais altas são surdas aos seus desejos e anseios; para elas isso é, na melhor das hipóteses, um capricho temporário. Portanto, é impossível dizer, em termos gerais, onde e como a internalização do método integral vai acontecer.

Eu acho que em todas as partes do mundo isso vai ser organizado à sua maneira para a mentalidade das pessoas; as condições sociais e econômicas em vários países são diferentes. Não pode ser um modelo para todos.

É difícil dizer como isso vai acontecer na Rússia. Eu nem sei como vai ser em Israel.

Nosso ensino é sempre como água, água vivente, que dá a vida. Nós simplesmente precisamos avançar de forma consistente, como a água que enche os espaços mais baixos e depois sobe; onde ela consegue penetrar, lá ela avança. Eu acho que essa metáfora se aplica à nossa disseminação.

Em outras palavras, é preciso ir a esses lugares onde não encontramos resistência, onde eles nos aceitam com uma bênção e não porque querem conseguir alguma coisa disso, para distorcer o nosso método, para mudá-lo e tirar suas próprias conclusões: pessoais, partidária, e assim por diante. Porque no final estes vão começar a nos parar e se promover desde dentro.

Nós temos que ir a esses lugares onde as pessoas realmente querem nos ouvir, onde estão perto de ser convencidas do fim do mundo atual, do colapso do sistema privado, competitivo, capitalista, que está rapidamente se tornando falido no Ocidente, especialmente na Espanha e Itália.

Em princípio, todos nós somos testemunhas da morte deste sistema. Portanto, precisamos entender que nossos associados são aquelas pessoas que sofrem com a concorrência, com o capitalismo, com toda a negatividade que existe nele. Elas têm um desejo de igualdade, por uma existência normal e confortável, etc. Estas são geralmente populações de baixa renda, e não necessariamente elementos de uma classe privada, entre eles muitos intelectuais que sentem em si mesmos a crise geral em um grau completo.

Como podemos avançar? Eu não sei. Mas parece-me que vamos passar pelas bibliotecas e afins, onde podemos ser incluídos no trabalho dessas instituições.

Eu não acredito que possamos trabalhar desde cima. É possível que isso seja bem-sucedido, mas apenas se as autoridades estiverem muito interessadas ​​em nós. Tudo depende do desejo: o desejo determina tudo. As massas têm o desejo de melhorar o seu estado de alguma forma, e as autoridades de acalmar as massas. Se ambos se convencerem de que o nosso método lhes dá esse resultado, então vamos ter sucesso.

Da Discussão sobre Grupo e Disseminação 24/11/13