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O Que Significa A Proibição De “Outros Deuses”?

Dr. Michael LaitmanO mandamento de que “você não deve ter outros deuses no trabalho”, significa que é proibido pensar que há outras forças que operam em você. Só há uma força que o homem se opõe, o Criador. A diferença entre uma pessoa, que é um nível especial do desejo de receber, e todos os outros níveis anteriores de desenvolvimento é que uma pessoa calcula as coisas e pode se ver de fora: quem sou eu, o que sou eu, por que eu atuo de uma determinada maneira e por que os outros agem de outra forma, quem está me influenciando, como eu sou operado? A pessoa tem um ponto de observação a partir do qual pode apreciar as coisas, como se de fora.

É como se ela fosse dividida em duas partes e pudesse olhar para si mesma de dentro do seu ego, quando opera de acordo com a sua natureza, ou de fora. Então ela vê que todo o seu trabalho é atribuir tudo a uma força. Esta força atua sobre ela, interna e externamente, e determina tudo o que ela faz e pensa no momento. Há apenas um ponto de esclarecimento, e se ela vê as coisas através dele, ela pode avaliar a si mesma corretamente se entende tanto a realidade interna quanto a externa: ela, sua perspectiva e sentimentos são todos organizados pelo Criador.

Este ponto de esclarecimento é centrado somente em uma coisa, sobre se ela realmente atribui tudo a uma causa. Neste ponto não há nada, exceto esse discernimento, esta condição, atribuir tudo a uma força que criou o desejo que o controla e preenche. Isto significa que o que o desejo de receber sente e compreende também vêm da mesma força. O ponto que examina tudo e concentra a pessoa ao atribuir tudo à providência superior também é governado pela força única.

Tudo o que está acontecendo com a pessoa e seus sentimentos, que ela não pode atribuir a uma causa, é chamado de “outros deuses”.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 19/12/13, Shamati # 15 “O Que Significa Outros Deuses na Obra”

Os Obstáculos São O Caminho Para A Satisfação

Dr. Michael LaitmanPergunta: Quando eu fui informado de que havia uma Convenção, eu não tinha a menor sombra de dúvida de que viria. Mas conforme se aproximava o tempo para a Convenção, mais e mais obstáculos externos e internos apareceram. Um momento eu estava entusiasmado que estava viajando para uma Convenção, e no momento seguinte, o oposto, não tinha vontade de viajar, o que ocorreu inúmeras vezes. Por que nós recebemos obstáculos como estes?

Resposta: Os obstáculos dependem do quanto você os sente. Mas se você sentisse que para cada obstáculo, para cada pequena perturbação, seja algum pensamento ou confusão, você pudesse receber uma grande recompensa em todos os tipos de formas, isso pareceria um obstáculo para você? Este seria um meio para atingir um estado bom, eterno e perfeito. Por isso, depende de como olhamos para ele.

Você não tem a sensação de que “Não há outro além Dele”. Ele criou obstáculos para você; Ele simplesmente queria dar-lhe mais possibilidades de realização. Dificuldades, desespero, superação, estes são todos os seus esforços, que você investe para que depois, quando na Convenção, você possa sentir e receber mais. Portanto, você precisa agradecer ao Criador pelos chamados “sofrimentos”, pois agora, especificamente graças a eles, você sente uma maior satisfação.

Da Convenção Virtual em Moscou “Unidade Sem Limites” 14/12/13, Lição 4

Implementar A Teoria Na Vida Cotidiana

Dr. Michael LaitmanSe nós não implementamos no grupo a sabedoria da Cabalá na prática, em nossas relações com outras pessoas, então eu flutuo no ar interpretando-a mal e sequer sinto que estou errado. Juntamente com os amigos, nós devemos decidir que é hora de corrigir as relações mútuas entre nós.

Nós estamos diante de todo o ódio mútuo, incapazes de lidar com e, ou simplesmente desrespeitamos um ao outro e não podemos corrigi-lo. Eu não me importo com os amigos, não quero pensar neles, e mesmo que queira pensar neles, isso geralmente leva à repulsa e nojo e não a sentimentos positivos. Em suma, nós temos uma base para trabalhar, e só no círculo geral podemos alcançar a unidade.

Esta é a única razão pela qual nos voltamos ao Criador, e essa é a única coisa que exigimos Dele, mesmo que isso seja ousado e difícil: “Você nos prometeu, Você tem que manter o que prometeu” Sem problemas, Ele terá prazer em fazê-lo, desde que você exija que Ele corrija as relações mútuas entre os amigos.

Portanto, a questão é para que eu preciso de tudo isso? Teoricamente, a fim de agradá-Lo, mas quem é Ele? Eu não O conheço. Eu não entendo do se trata. O que significa agradá-Lo?

Isso significa que quando trabalhamos em grupo e realmente esperamos a conexão, nós descobrimos que o que falta é a ajuda de alguma força, uma força que nos cola e nos conecta. Nós somos impotentes por nós mesmos. Então, onde está a força que pode nos conectar?

Então, nós podemos exigir e elevar a “oração coletiva”, uma vez que o Criador é quem criou este problema para nós. Por quê? De modo que estabeleçamos e consolidemos a nossa atitude em relação a Ele, de modo que vamos agradá-Lo em tudo o que fazemos.

Por quê? Porque, vamos alcançar a equivalência de forma com Ele, vamos alcançar a conexão e adesão.

Nós temos que realizar isso não apenas durante a aula, mas quando nos conectamos e nos concentramos corretamente na meta durante a aula. Então, o nosso desejo coletivo funciona.

Estudar sozinho não leva a nada.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 18/12/13, Escritos do Baal HaSulam

Agradar O Professor

Dr. Michael LaitmanPergunta: Nós podemos dizer que ao agradar o professor eu estou agradando o Criador?

Resposta: Depende de como você calcular as coisas. Assim como o grupo reflete a sua estrutura interna e serve como instrumento de imagem para que você possa praticar e cumprir a correção, o mesmo é o professor para você neste mundo, para que na relação recíproca com ele você seja capaz de esclarecer a sua correção interna. Em vez do Criador, há os amigos no grupo, o professor e os livros diante de você.

Como você pode agradar o professor?

Deixe-me colocar de forma simples: para agradar alguém, você tem que saber o que ele deseja, qual é a sua deficiência, e depois você pode satisfazer o seu desejo. Eu agrado alguém se dou o que ele quer.

Portanto, o que o professor que receber de você? Ele quer ver como você se conecta com os amigos. Então, você pode praticar trabalhando na conexão com os amigos e mostrando ao professor, como quando você mostra a uma educadora de infância que é um “bom menino” no grupo e, assim, a agrada.

O professor não precisa de presentes, recompensas ou favores de você, isso é o suficiente.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 18/12/13, Escritos do Baal HaSulam

Elevar-se E Puxar Os Outros Com Você

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como nós corrigimos os malvados quando eles são descobertos? O que há para fazer se eles persistem como problemas permanentes sem solução?

Resposta: Não existem estados estáticos, porque a cada momento novas Reshimot são descobertas, mas a pessoa não as vê, não percebe as mudanças que estão ocorrendo. Essas mudanças de Reshimo ocorrem numa velocidade infinita, mas nós, com nossas sensações limitadas, apenas descobrimos um décimo de Reshimo, um milésimo ou décimo de milésimo.

Nós não estamos preparados para compreender as mudanças de um estado com uma frequência tão elevada ou para distinguir as pequenas mudanças que ocorrem nelas. Isto é como uma criança que quase não percebe nada de tudo o que está acontecendo ao seu redor, mas quanto mais ela cresce, ela começa a discernir e descobrir mais, a ser estimulada e desfrutar mais.

Escritos do Baal HaSulam, Carta 5: Alegro-me com essas corrupções reveladas e com as que estão sendo reveladas… É por isso que fico feliz quando elas saem de seus buracos, porque quando você lança o seu olhar sobre elas, elas se tornam uma pilha de ossos… Mas eu não me conforme com isso nem por um momento… que quando os malvados que estão sepultados aparecem, embora não tenham sido totalmente conquistados, a sua própria aparência é considerada como uma grande salvação.

Este é, essencialmente, o nosso trabalho. Não existe mais nada. Concentrar-se nele pode reduzir significativamente o tempo. E o principal é não perder o nosso entusiasmo e bom humor. Mas se nós não nos preparamos para a revelação, então começamos uma descida. Mas isso não é necessário. É possível nunca descer, mas seguir de vento em popa, se nos preparamos corretamente. Então, não vamos sentir o golpe. Em Kelim (desejos) preparados isso não vai ser percebido como um golpe, mas como uma conquista honrosa, realização e boa descoberta. Tudo depende apenas da preparação.

Isto é o que o mundo está em falta, porque o mundo não estava preparado para essa descoberta; e agora nós estamos começando a ensinar isso, mas isso ainda deve passar por muitas subidas e descidas. E nós temos que entender que, enquanto não avançamos eles, nós mesmos não avançamos. Baal HaSulam escreve que ele pediu que seu grau espiritual fosse rebaixado para que ele fosse capaz de educar as pessoas.

Cada Cabalista, que é um canal para os outros, depende delas. Isso porque ele não pode avançar mais do que pode cuidar dos outros. Certamente há uma enorme diferença entre os seus níveis, mas, apesar disso, se ele toma para si a missão de se preocupar com os outros e de cuidar deles, ele não pode subir tão alto quanto seria apropriado em relação ao seu esforço, mas sim fica abaixo, a fim de cuidar dos mais inferiores.

Nós nos relacionamos com o mundo exatamente como o professor se relaciona com seus alunos. E se quisermos avançar, não temos escolha a não ser avançar o mundo. E mesmo que não haja uma grande diferença entre os níveis, em todo caso, nós temos que subir juntos, paralelamente. Se não subirmos, não levarmos e puxarmos o mundo conosco, não poderemos dar satisfação ao Criador.

Nós vemos ainda a partir do exemplo do nosso mundo, que as pessoas que geram filhos começam a se preocupar mais e se envolvem mais com os filhos e estão menos imersas em seu próprio avanço. Elas se viram na direção dos filhos, “pequenos estados”, e não anseiam em se desenvolver e ser gente grande. Nós devemos aprender com a natureza, que especificamente dessa forma podemos avançar. Depois que eu passei a fase de embrião e o pequeno estado (Ibur e Yenika) e atingi a maturidade (Mochin), eu só posso alcançar maior abundância ao cuidar do pequeno.

É assim que a escada espiritual dos níveis é construída. Se eu não elevo uma oração (MAN) desde os inferiores, eu não posso receber a Luz de cima, isto é, vestir-me na Luz de Hassadim, que eu passo aos inferiores. A obtenção e descoberta só são possíveis quando você não busca a grandeza para si mesmo, mas quer desenvolver aqueles que vêm depois de você. É assim que é organizado em nosso mundo como uma cópia do mundo espiritual, e é assim que o avanço nos níveis espirituais é feito. Portanto, o tempo chegou para fazermos atos de ampla disseminação, quer queiramos ou não, porque sem isso nós não avançamos.

Nós devemos entender essas coisas, concordar com elas, e realizá-las. E depois nós vamos ver que é especificamente este trabalho com as pessoas que nos ajuda a compreender, a sentir mais, e avançar.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 18/12/13

Normas Gerais De Uma Unificação De Sucesso

Dr. Michael LaitmanOs Cabalistas, que nos deixaram escritos, livros e compêndios, estão nos ensinando neles algumas regras gerais sobre o caminho certo para as pessoas se conectarem num Grupo Cabalístico.

A primeira condição é a anulação do eu. Nós temos que nos anular e mostrar isso para todos os outros, como se estivéssemos proclamando: “Eu estou pronto para tudo, a fim de fazer um zero em mim mesmo. Façam o que quiserem comigo. De forma alguma eu quero comandar qualquer um, ser o líder, pressionar ninguém. Eu quero ser um zero completo num grupo e estou pronto para fazer tudo o for necessário para o seu benefício”.

A segunda condição é a grandeza da meta. Nosso avanço depende da grandeza da meta aos nossos olhos, da importância da característica de doação, amor e unidade entre nós. Esta deve ser a coisa mais importante para mim e eu devo mostrar isso a todo mundo. Eu tenho que falar sobre isso, mesmo que não seja tão importante para mim pessoalmente, porque os amigos vão devolver esse estímulo para mim e nós vamos impressionar os outros. Nossa obrigação é elevar o grupo, pois ele tem uma meta elevada. Eu tenho que falar sobre isso com os amigos, todo o tempo elevando a importância de que o grupo é tudo. Isso vai me ajudar a me anular.

A terceira condição é a doação aos amigos. Eu devo tentar dar-lhes alguns presentes. Pela palavra “presentes” eu quero dizer doação aos amigos. Eu vou para a cozinha e lavo a louça, limpo, faço algo por eles. Eu tento servi-los, como um adulto serve os filhos, ajudando-os no que for possível, para dar, para adicionar a cada situação no grupo. Por outro lado, eu devo me sentir pequeno, querendo receber influência, educação e doar a mim mesmo.

Ou seja, por um lado, eu sou grande, eu doo aos amigos o tempo todo, exalto a meta aos seus olhos, e me preocupa com eles. Por outro lado, eu sou pequeno, pronto para receber tudo deles que possa satisfazer apenas a mim.

Uma dupla relação como essa em relação ao grupo é muito importante. Quanto maior a distância entre esses dois relacionamentos polares (eu estou abaixo/o grupo acima, e eu estou acima/o grupo abaixo), mais perto eu vou estar da meta.

Nós também precisamos incluir alguns dos nossos problemas particulares que precisamos despertar para resolvê-los.

Tudo isso é realizado de modo que eu estou sempre preocupado com os meus amigos que isso vai ser bom, feliz e agradável, de modo que eles tenham total confiança em alcançar a meta e eles continuam com grande energia por meio da conexão entre nós. E esta energia deve ser bombeada através do grupo a fim de que todos nós sejamos “cozidos” nele, no bom sentido da palavra. Isso vai nos aquecer e nos lançar para que sacudamos todo o ego e acumulemos uma força completamente diferente, o poder de amor e doação. Isso é o que nós precisamos.

Da Convenção Virtual em Moscou “Unidade Sem Limites” 14/12/13, Lição 4