Pergunta: Por que é tão difícil sentir ou adquirir os desejos de outras pessoas?

Resposta: Porque somos o oposto delas! Somos egoístas! Eu não posso sentir você. Eu não vejo você de jeito nenhum.

Eu vejo a sua imagem do jeito que eu quero ver e imediatamente trato você assim porque eu percebo você, tudo ao meu redor e eu pessoalmente em um desejo, pois o desejo é um material natural, e não há nada além dele.

Isso significa que em meu desejo, vejo sua imagem assim, e pronto. Não posso percebê-lo de outra maneira dentro de mim! Eu o sinto da forma que meus desejos querem senti-lo, caso contrário, você não existe.

Pergunta: Mas por que é tão fácil para eu ficar como um desejo de publicidade ou outra coisa, querer um iPhone ou outra bugiganga?

Resposta: Porque a publicidade joga com você. Ela sabe com antecedência qual imagem criar para que você a aceite positivamente. É como se você conhecesse exatamente o desejo e o gosto do seu amigo, e criasse, digamos, uma garota que o admirasse totalmente e realizasse o seu desejo, como se você fosse algum “Pigmalião”.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Para Sentir os Desejos dos Outros”, 28/07/11

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Pergunta: A Cabalá oferece à humanidade a possibilidade de se livrar do sofrimento, elevando-se acima do egoísmo e deixando de ganhar dinheiro à custa dos outros. Isso significa que as pessoas se privarão do prazer de receber dinheiro, mas se livrarão do sofrimento?

Resposta: As pessoas precisam de dinheiro para se sentirem seguras em suas vidas, embora seja normal e suficiente que um organismo animal tenha o necessário para seu funcionamento.

O próprio dinheiro, especialmente na próxima onda da crise, demonstrará seu fracasso; não pode mais haver uma conexão entre nós com base nisso.

Em princípio, o dinheiro é algo que eu dou a você, algo que você me dá, algo que um de nós ganha e ganha às custas do outro. É uma cópia de nosso relacionamento interno — o que eu quero de você e o que você quer de mim. Isso é expresso no número de notas que trocamos entre nós.

Eu venho a um empregador, trabalho para ele e sou pago; este é o nosso relacionamento. É o mesmo na loja, na sociedade, em todos os lugares, até entre os cônjuges. Tudo é expresso em algum tipo de equivalente monetário porque queremos constantemente receber algo de outra pessoa. O dinheiro é o equivalente aos nossos esforços egoístas.

Hoje, porém, nossos esforços devem se transformar em altruístas, que a princípio também podem ser medidos em dinheiro. Eu quero doar a você. Quanto? Isso também pode ser medido em dinheiro. Mas funciona de uma maneira completamente diferente! Ou seja, não fazemos nenhuma revolução no mundo, não mudamos o próprio sistema atual. Nós apenas mudamos a atitude de uma pessoa para o que foi criado.

Mas essa mudança é drástica! Acrescenta uma alma a uma pessoa, isto é, a qualidade de doação. Nesta alma, nesta qualidade de doação, ela começa a sentir que está no próximo nível, no mundo espiritual.

Assim não vamos contra os sistemas sociais que foram criados até hoje. Estamos apenas falando sobre mudar a qualidade do relacionamento entre nós. Mas com isso ganhamos o próximo nível: eternidade e perfeição.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Dinheiro do Futuro”, 16/07/11

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Pergunta: Visto que os Cabalistas não podem influenciar uma pessoa contra sua vontade, como eles criam um campo espiritual?

Resposta: Quando eles criam um campo entre eles dentro deste grande organismo ainda doente que é afetado por todos os tipos de tumores e elementos cancerígenos, surge um entendimento de que existe um grande órgão saudável positivo. Outras células do corpo querem se conectar a este órgão. Estas são as minhas células. De certa forma, estou me curando.

Pergunta: Então, de fato, um Cabalista gera desejos para os outros?

Resposta: Se falamos da compreensão conceitual correta, não são os outros, mas eu mesmo; está dentro de mim.

Ao nos conectarmos, criamos um campo positivo ao nosso redor, que externamente afeta positivamente toda a humanidade, supostamente assim mesmo.

Mas, na verdade, o trabalho interior naturalmente ocorre em outra realidade – a verdadeira. Em primeiro lugar, você começa a entender o que é o nosso mundo e a perceber a realidade corretamente. Como no filme “The Lawnmower Man” (O Passageiro do Futuro) onde o personagem principal está lutando dentro de um cubo branco, como se estivesse dentro de si mesmo, refletindo seus pensamentos.

Fica bem claro que tudo está dentro de você. Só que não é limitado por algum cubo externo; está em você ou você está nele, não importa como você o diga. A separação desaparece, esteja ela em mim ou eu nela.

Nossa tarefa é corrigir todos os nossos desejos, que percebemos como externos e humanos em relação a cada um de nós. A correção dos desejos inanimados, vegetativos e animais não depende desses desejos; eles não são independentes. Mas em todo desejo do quarto tipo, “o humano em mim”, existe seu próprio livre-arbítrio.

Portanto, só posso corrigir esse desejo se me integrar a ele e passar uma certa quantidade de informações a ele. O desejo avaliará esta informação, a aceitará e se conectará de volta a mim. Isto é, esta célula doente, este corpo ou órgão doente, pode tomar sua própria decisão de se conectar de volta a mim ou não.

Pergunta: Por que é quando você explica que somos tão atraídos pela visualização?

Resposta: Não temos mais nada! Temos que imaginar tudo na forma de alguma imagem.

Mas isso é temporário. Quando você começa a trabalhar seriamente com os desejos, o significado do tempo entre eles desaparece, a sensação de espaço desaparece, apenas a relação causal dos desejos permanece. Portanto, não posso mais dizer se existe em mim ou fora de mim. É desejo!

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Realidade Irreal”, 27/06/11

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Pergunta: Por que eu aceito facilmente os desejos da publicidade, mas não consigo sentir os desejos internos das pessoas?

Resposta: Porque as empresas estudam o que você gostaria de ter e começam a criar anúncios que se encaixem exatamente no seu desejo usando um pouco de mentira e deixando um pouco de coisa não dita.

Digamos que você tenha um desejo inicial por um iPhone e os anunciantes praticamente mostrem a você: “Isso é exatamente o que você precisa. Isso é o que você realmente quer. Pense e dê uma olhada.

Eles começam a girar anúncios na sua frente, mostrando homens de sucesso e mulheres bonitas com iPhones nas mãos. Você começa a sentir que também quer um. Ou seja, você não ganha apenas um iPhone, mas se vê com sorte, bem-vestido e na companhia de pessoas assim. É tudo manipulação psicológica.

Na Cabalá não enganamos, mas nos voltamos para as necessidades mais internas e profundas de uma pessoa. Comida, sexo, família, poder, fama, dinheiro e conhecimento, não vendemos. Essas são realizações egoístas. Em princípio, todos as têm em sua forma natural.

Portanto, os anunciantes simplesmente os moldam para um determinado círculo da sociedade. Eles estudam a sociedade e assim vendem coisas desnecessárias.

Se a coisa fosse necessária, não precisaria ser anunciada. Durante a fome, você não precisa anunciar pão. Está tudo claro. Lembro-me de como não havia publicidade na União Soviética porque não havia nada nas prateleiras das lojas, era difícil comprar qualquer coisa lá. Mas na América, onde havia uma superprodução de mercadorias, havia a publicidade cujo objetivo era fazer as pessoas comprarem.

Mas agora a demanda do povo está se movendo gradualmente para outras coisas. Portanto, precisamos mostrar a eles que podemos vender tal produto, ou seja, dar a assessoria que eles precisam.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Para Sentir os Desejos dos Outros”, 28/07/11

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