Pergunta (de uma carta): Por que você formula a regra de ouro na interpretação do “ame seu próximo como a si mesmo” de Rabi Akiva? Rabi Akiva disse que todos os mandamentos da Torá convergem para este único mandamento. Mas o sábio Hillel disse que o principal mandamento é “Não faça ao outro o que não quer que façam a você”. Essa segunda formulação, mais passiva, não é a chave para o sucesso? Além disso, é mais realista.

Resposta: Isso mesmo, eu concordo totalmente com isso. Mas o fato é que “Não faça ao outro o que não quer que façam a você” não é um cumprimento completo e passivo do mandamento. A segunda parte é ativa: amor.

Então, o primeiro não resolve o problema. Parece apenas distanciar as pessoas umas das outras. Mas elas tendem a não prejudicar.

Pergunta: Portanto, não causar danos é a primeira condição? Deve haver algum tipo de ataque a seguir?

Resposta: Ativo.

Pergunta: “Amar o próximo como a si mesmo” é como um ataque a si mesmo? Posso fazê-lo apenas depois de ter cumprido esta primeira regra?

Resposta: Claro.

Pergunta: Não posso passar por cima disso, de imediato, “amar o próximo como a si mesmo”? Em vez de seguir a regra “Não faça ao outro o que não quer que façam a você”.

Resposta: Experimente. Mas no caminho você ainda estará fazendo isso.

Pergunta: Então, acontece que “Não faça ao outro o que não quer que façam a você” está incluído em “amar o próximo”?

Resposta: Sim.

Pergunta: É possível para uma pessoa comum e simples chegar a isso e não fazer a outra o que você não gostaria que fizessem a si mesmo? Ou você ainda vai fazer algo de errado com alguém?

Resposta: Uma pessoa não pode se conter. Ela enfrenta sua própria espécie o tempo todo e constantemente vê onde ganha e onde perde.

Pergunta: E eles a incomodam o tempo todo. Então, por que eles oferecem coisas que não são realistas para uma pessoa fazer?

Resposta: É realista, você só precisa trabalhar em si mesmo.

Pergunta: O resultado deve ser o fato de eu precisar trabalhar nisso?

Resposta: Sim.

Comentário: E até que isso surja em uma pessoa, ela não é capaz. Porque muitas pessoas nos escrevem: “Já vivo de acordo com essa regra”, “há muito tempo que vivo de acordo com essa regra”.

Minha Resposta: Acredito que é impossível sem o Criador. Mas, por outro lado, acredito que chegaremos a isso.

Estou otimista porque não depende de nós. A natureza nos move e inevitavelmente chegaremos a essa regra.

Comentário: Todas essas regras de Rabi Akiva e Hillel parecem dizer a uma pessoa: “Faça isso!” E você diz que não se pode fazer isso sem o Criador.

Minha Resposta: Não se pode. O homem não pode mudar as leis da natureza.

Pergunta: Quais são apenas para si mesmos, apenas egoísmo?

Resposta: Sim, uma pessoa não é capaz de fazer isso.

Pergunta: Então, a questão é se uma pessoa deseja seguir essas regras, quais devem ser seus passos? Qual é o primeiro passo?

Resposta: O passo é muito simples. Você tem que vir para uma sociedade que se ocupará apenas em corrigir a conexão entre eles. Lá você poderá ver como eles trabalham para amar um ao outro e, ao mesmo tempo, estudar a si mesmo, tanto quanto você for capaz disso.

Então, de uma forma ou de outra, você tem que se conectar a esta máquina de respiração.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 05/06/23

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Pergunta: Qual é o ponto de venda ou vantagem da espiritualidade, de elevar uma pessoa ao próximo grau?

Resposta: Depende de qual sociedade você procura porque existem várias civilizações em nosso mundo. A proposta de venda pode ser igualdade, segurança, amizade ou conexão. Pode ser livrar-se da depressão, dos problemas ambientais ou de quaisquer problemas familiares ou sociais, ou seja, tudo o que você protege as pessoas de dentro do nosso mundo.

Além disso, as pessoas não apenas se livram de algo, mas também obtêm a eternidade e a perfeição. Afinal, em qualquer caso, mesmo que eu torne minha vida nesta terra o mais confortável possível para ser preenchido e feliz sem limites, ainda assim terminará dentro de algum limite, em 70, 80, 90, até 100 anos, mas vai acabar.

E aqui sou convidado a ser preenchido neste mundo com o modo de vida mais gentil, agradável, seguro e correto e partir dele, agora mesmo, para sentir minha próxima vida e nascer nesta próxima vida, neste novo sentimento. É fácil, simples, e não só para mim, mas para todos juntos. Sou convidado a sentir uma leve embriaguez quando você se levanta e começa a realmente atingir o próximo nível, o próximo estado.

Mas o nível seguinte, o estado, é construído sobre a sociedade, sobre o fato de que todos se sentem como um todo – nós. Este não é o sentimento onde cada um sente apenas o seu pequeno mundo e a sua pequena vida individual. É uma sensação quando todos somamos um organismo comum e sentimos a vida desse organismo.

É eterno e perfeito porque se torna como a força superior da natureza, o Criador, porque tudo é doação. E não nos tornamos um organismo disperso, mas reunidos em suas partes em um grande todo. E este organismo existe para sempre porque é construído na doação, e nós sentimos isso. Chama-se “a alma” e há uma alma para todos.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Imagem Publicitária do Espiritual”, 16/07/11

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Pergunta: A hipnose é a imposição dos desejos de uma pessoa sobre outra. Se tudo é programado, então por que existem tais fatores na natureza quando alguém controla o outro por meio da hipnose?

Resposta: Estamos todos conectados em um sistema comum. Mas há pessoas que veem mais, pessoas que ouvem mais e pessoas que se comunicam melhor com esse sistema.

Veja o que Wolf Messing poderia fazer fazendo os outros pensarem de uma certa maneira ou captando seus pensamentos! Como ele fazia isso? Ele não se conhecia.

O fato é que ele estava conectado a algum outro sistema no qual o passado, presente e futuro já existiam conectados em um. Era como se ele estivesse viajando ao longo desse eixo ou subindo a um nível onde seus pensamentos e os pensamentos de outra pessoa estivessem juntos. E por ser mais forte, impunha ao outro esses pensamentos, bons ou maus, quaisquer pensamentos.

Não está claro? O que fazem os vários serviços secretos? Quantos desenvolvedores e especialistas eles têm? Um grande número! Eu mesmo já vi: alguém pode apontar o dedo para você de tal maneira que você sentirá um golpe.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. O Poder da Hipnose” 24/07/11

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Pergunta: É possível passar por toda a metodologia Cabalística de acordo com O Livro do Zohar e O Estudo das Dez Sefirot?

Resposta: Claro que não! Mesmo que o Shamati, as cartas do Baal HaSulam e os artigos do Rabash sejam incluídos, ainda é impossível; um professor é necessário para isso. E aqueles que não têm estão envolvidos em correntes que giram em torno da Cabalá, como o hassidismo, a Nova Era e outras, e parece-lhes que já estão nela.

A realização dos próprios textos, claros, internos, Cabalísticos, não pode ser realizada sem um professor. Afinal, ele trabalha mais em você do que você em si mesmo. Assim como uma mãe e um pai trabalham em um filho para criá-lo e parece que ele está crescendo sozinho. Só mais tarde, quando já tem seus próprios filhos, é que ele começa a entender isso.

Ninguém pode atingir o grau espiritual por si mesmo! Só se houver alguém que o ensine o tempo todo, o “enfie” todo tipo de ações, conhecimentos, perguntas e o oriente. Por que sempre dou exemplo com as crianças? Esta é uma cópia exata do crescimento espiritual!

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Você não pode avançar sem um professor”, 23/07/11

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Pergunta: De acordo com a Cabalá, o pensamento coletivo é muito eficaz. Por exemplo, se tivermos alguma reunião importante relacionada à disseminação, pedimos a todos que pensem a respeito. O que está acontecendo neste momento?

Resposta: Não existem algumas forças secretas ou místicas que começam a agir, mas desejos que estão conectados porque nossos pensamentos e sentimentos se conectam uns com os outros.

Imagine se todas as pessoas na terra pensassem em uma coisa ao mesmo tempo, que poder seria! Especialmente aqui, quando precisamos pensar em doar, é claro que precisamos da ajuda uns dos outros.

Está escrito sobre isso em todos os artigos Cabalísticos sobre o grupo. Qual é o objetivo do grupo senão fortalecer meu desejo pelo fato de que os desejos dos outros são adjacentes aos meus porque por eles estamos conectados uns aos outros?

Existem muitos estudos científicos sobre esse assunto hoje que provam que todas as pessoas estão conectadas em desejos e pensamentos.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Um Pensamento”, 23/07/11

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Pergunta: Quando uma pessoa vai contra sua vontade pela força, isso significa que ela está fazendo algum trabalho espiritual? E se ela faz o que gosta de acordo com seu desejo, ela não avança nada?

Resposta: Por que ela deveria fazer algo contra sua vontade? Não.

Talvez existam tais momentos, mas, em princípio, nada deve ser forçado. Tudo depende da importância do objetivo. Se o objetivo é importante e eu o sinto importante, então para mim é apenas uma música, um conto de fadas, sigo em frente com alegria.

Pergunta: Muitas vezes ouço a frase “vá contra a sua vontade”. Ou seja, é recomendável organizar esses jogos para que uma pessoa supostamente vá contra sua vontade?

Resposta: Esses jogos são necessários apenas para que possamos acelerar nossa jornada, para que eu possa ver o quanto estou sob a força desses desejos, o quão fraco estou e que devo entrar no grupo mais rápido, contar com meus amigos, obter força, elevação e grandeza do objetivo espiritual deles.

Pergunta: Qual é a solução? Para ir, mas efetivamente com o desejo? Ou ir contra a vontade e fazer um trabalho incomum?

Resposta: É assim e assim. É impossível ir apenas contra os desejos pela força.

Se você consegue se superar, significa que encontrou em si mesmo um objetivo mais importante do que aquele que existe no momento. Esse é o ponto. Se sou preguiçoso, não quero fazer nada, então tenho que entrar em um ambiente que me dê a importância da meta espiritual e do desenvolvimento espiritual. Então não será difícil para eu fazer tudo.

E se eu fizer isso apenas involuntariamente, fisicamente, então este é um estágio preliminar, uma inclusão muito fraca no desenvolvimento.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Contra a Minha Vontade”, 16/07/11

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Michael Laitman, no Quora: “Por Que É Tão Bom Comprar Coisas?”

É bom comprar coisas porque preenche nosso ego.

Somos feitos de desejos egoístas de desfrutar através da aquisição, compra e recebimento, e quando trazemos as coisas desejáveis para mais perto de nós dessa maneira, nossos egos desfrutam por curtos períodos de tempo.

A realização é de curta duração porque nosso ego é intercambiável. Ele se comporta como um taxímetro. A roda continua girando e nossa satisfação diminui a cada segundo.

E o que acontece depois que o prazer desaparece? Precisamos trabalhar novamente para comprar novamente. Nossas vidas inteiras parecem um ciclo interminável de trabalho e compra, trabalho e compra, sem cessar, e nunca ficamos satisfeitos.

Não podemos interromper esse processo porque nosso ego cresce constantemente. Sempre nos afastamos de um estado anterior em que sentimos alguma satisfação, entramos em um sentimento de vazio e falta, e essa falta nos obriga a buscar a satisfação mais uma vez.

Além disso, como nosso ego cresce constantemente, o ritmo desse processo se acelera constantemente. O tempo diminui entre uma compra, ou seja, um momento de prazer, e o próximo momento. Cada momento prazeroso sucessivo é metade do momento anterior.

Por exemplo, se precisávamos viajar de férias por uma semana uma vez por ano, agora precisamos viajar por um mês no verão e depois um mês no inverno, e precisamos continuamente encontrar novas e diferentes maneiras de nos satisfazer devido ao nosso ego em constante crescimento que nunca nos deixa estar completamente satisfeitos.

Por que nossas vidas funcionam dessa maneira? Por que nosso ego cresce constantemente, fazendo com que nos sintamos vazios após cada realização?

É porque nosso ego cresce para nos fazer desejar a maior realização e força que poderíamos sentir.

Se não alcançamos a forma final e completa de realização, deixamos nosso ego vazio, e sua visão permanece fixada na forma completa e contínua de realização além dos prazeres menores que entram nele repetidamente. Portanto, é como o Cabalista Yehuda Ashlag (Baal HaSulam) escreve:

Uma vez que todas as suas posses são apenas para si mesmos, e ‘aquele que tem uma única porção quer uma porção dobrada’, a pessoa finalmente morre com apenas ‘metade de seu desejo na mão’. No final, eles sofrem de ambos os lados; do aumento da dor pela multiplicidade de movimentos e do pesar por não ter os bens necessários para preencher a metade vazia. (Cabalista Yehuda Ashlag, O Estudo das Dez Sefirot, Parte 1, “Reflexão Interior)”.

Portanto, nossa história de vida é que perseguimos prazeres cada vez mais, comprando cada vez mais, e o prazer que recebemos dessa busca torna-se cada vez menor. Além disso, os intervalos entre cada prazer tornam-se mais curtos.

Podemos ver um exemplo desse ciclo na ascensão da legitimação das drogas: os prazeres usuais com os quais as pessoas antes podiam se satisfazer não mais as satisfazem, e o ego exige cada vez mais prazer em intervalos mais curtos.

Vemos, assim, que estamos em um processo de diminuição constante dos prazeres e de uma sensação de vazio cada vez maior, e é para que cheguemos a um estado final de desespero – um estado em que desejaremos enterrar nosso ego e mudar para uma forma inteiramente nova e diferente de realização: não de receber, mas de dar prazer.

Essa transformação de desfrutar por receber para desfrutar por dar pode ser pensada de forma semelhante a como nos tornamos pais. Como pais, mudamos para um modo de desfrutar por dar aos nossos filhos.

É uma inversão puramente psicológica, um novo modo de sentir prazer. Em vez de receber prazer em nós mesmos e sentir que o prazer desaparece, deixando-nos vazios, preferimos sentir prazer em uma nova atitude, onde quanto mais damos ao mundo, mais prazer sentimos. Além disso, podemos sentir esta última forma de prazer continuamente, sem que ela desapareça.

Baseado no vídeo “Por que é tão bom comprar coisas?” com o Cabalista Dr. Michael Laitman. Escrito/editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman.

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