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Uma Pergunta Que Leva Você Ao Criador

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “O Arvut (Garantia Mútua)”: “Quando todos em Israel forem responsáveis uns pelos outros. [Em outras palavras, cada indivíduo for completado pelos outros]. Porque a Torá não foi dada a eles antes que todos respondessem se concordavam em tomar para si o preceito de amar os outros na medida completa, expressa nas palavras: ‘Amai ao próximo como a ti mesmo’“.

Aqui vemos a descrição da situação, quando cada um sente que a principal pergunta surge nele. Todo mundo se pergunta: “Será que eu realmente concordo em amar ao próximo?”.

Esta é a questão principal e determina toda a minha vida. Afinal, eu não quero continuar vivendo neste “clube de interesse”; eu estou aqui para alcançar algo. Eu estou aqui o tempo todo, e coloco um monte de dinheiro e energia nisso, embora pudesse ter sucesso em muitas outras áreas. Na verdade, existem muitas pessoas muito talentosas aqui que podem ter tudo o que o mundo pode oferecer, mas desistiram das recompensas deste mundo, e sentam-se nas aulas imóveis. É isso mesmo? Este é o caminho no qual a pessoa deve viver a sua vida?

Portanto, nós temos que fazer persistentemente essa pergunta sobre o amor: “Quando ele finalmente surgirá?”. “Quando é que a necessidade de amar o outro como a mim mesmo vai me agarrar pela garganta?”. Por que eu preciso analisar a situação atual do quanto eu amo a mim mesmo agora e como me relaciono com os outros?

Afinal, eu me vejo como parte da nação de Israel, o que significa aqueles que querem alcançar Yashar-El (direto ao Criador), para ser semelhante a Ele por ações de doação. Esta é a única maneira que nós podemos alcançar a adesão com Ele, que é o propósito da criação. O que eu posso dar a Ele? A única chance que eu tenho de aprender o atributo de doação Dele é ser como Ele em minha atitude para com os outros. Eu tenho que descobrir que Ele ama a todos e doa-lhes. Então, agindo da mesma forma em relação aos outros, eu me torno como Ele, estou em adesão com Ele, e O evidencio em minha ação que realiza o amor ao próximo.

Isso significa que todos em Israel tomam para si a responsabilidade de cuidar e trabalhar por cada um dos membros da nação, e de satisfazer todas as suas necessidades; nada menos do que a quantidade impressa neles para cuidar de suas próprias necessidades.

Esta já é a medida da minha atitude para com o amigo: preocupar-me com ele tanto quanto eu me preocupo comigo. É semelhante à forma como a mãe constantemente se preocupa com o seu bebê. Até eu chegar a isso, eu não cumpro a meta de Israel, não tenho a mínima equivalência de forma com o Criador, e permaneço no nível “animal”. Mas se eu me preocupo com os outros mais do que comigo, eu sou chamado de “humano”.

Pergunta: O que é a “nação de Israel”?

Resposta: Trata-se de pessoas que têm que alcançar a adesão com o Criador. De forma prática, eu as identifico por sua capacidade de agir mutuamente, de fazer esforços mútuos. Com quem eu posso estar diante do Monte Sinai? Com todo o respeito, não é com os membros do parlamento e nem com os meus vizinhos, mas com pessoas que me entendem e que estão prontas para avançar comigo no caminho das concessões mútuas e da conexão mútua, a fim de descobrir a força superior nele e dar satisfação. No momento, elas são a minha “nação”.

Mais tarde, esse conceito vai se expandir e envolver todo o mundo.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 22/04/13, Escritos do Baal HaSulam “O Arvut (A Garantia Mútua)”

Conexão De Uma Pessoa Com As Sefirot

Dr. Michael LaitmanO corpo espiritual é a parte inferior de Bina, ZA, e Malchut, ou seja, o  AHP, os desejos de recepção. Nós estamos lá o tempo todo; só a profundidade do desejo (Aviut), os Reshimot, muda. Dependendo desta Aviut, as sensações também mudam e, portanto, parece-nos que cada vez estamos num lugar diferente, num mundo diferente, numa realidade diferente. Tudo muda: eu e meu ambiente. Eu era uma criança, agora já sou um adulto e, consequentemente, o ambiente muda: trabalho, amigos, esposa, filhos, um grande mundo em torno de mim, e todo o universo.

A imagem inteira aparece dentro dos Reshimot que são despertados dentro do meu desejo de prazer, e minha tarefa é interpretar esta imagem corretamente. Mas como eu posso sentir, entender, separar e avaliar essas propriedades? Onde posso obter tal mente e coração?

Em nome disso, eu tento me separar e ficar distante do meu sentimento e intelecto, para ser capaz de me relacionar com eles apenas como os instrumentos auxiliares e não a minha própria essência. Eu me sinto como um ponto que observa desde dentro esse sentimento e intelecto, por trás dos pensamentos e do coração. Ele olha para o mundo através deles.

Se a pessoa tenta tirar essa imagem do seu mundo, ela ganha a capacidade de influenciá-lo, alterá-lo. É impossível mudar o Reshimo em que me encontro. Só é possível acelerar o desenvolvimento e percebê-lo, de modo que o próximo Reshimo virá mais rápido.

Mas não se trata apenas de velocidade. Eu tenho que perceber o atual Reshimo, de tal modo que ele irá aproximar ao máximo o mundo que é revelado em mim na forma externa. Tudo o que agora é revelado em minha mente e coração, ou seja, nos meus vasos internos, e tudo o que é revelado fora de mim na forma externa (nos níveis inanimado, vegetal, animal e falante deste mundo), tudo isso é regido e avançado somente por meio da Luz que influencia os Reshimot, isto é, vem do Criador, de uma única fonte.

E mesmo que eu sinta que as formas internas e externas estão em oposição, em confronto, anulando-se mutuamente, eu tenho que organizá-las para que sejam preservadas as duas condições. Por um lado, “um juiz tem apenas o que os seus olhos podem ver”, e o mundo na minha frente é o mundo verdadeiro. Mas, por outro lado, eu sei que “não há outro além Dele”, e só Ele governa o mundo.

Eu sinto a diferença entre estas duas formas como uma verdadeira batalha, o conflito interno mais forte. Baal HaSulam descreve essa luta num de seus escritos, na metáfora do fiel servo do rei que luta com ladrões e assaltantes imaginários aparentemente atacando o rei.

Nós temos que entender que todos os problemas são revelados contra o princípio do “não há outro além Dele”, para que eu possa esclarecer minhas características, desejos e pensamentos, que negam a unidade da força superior e que me fazem pensar que existem outras razões para a imperfeição da minha imagem do mundo. Esta forma vem dos Reshimot para que eu possa atribuir tudo ao Criador, à Luz.

Mas nós não podemos fazer isso. Quanto mais nós avançamos, as imagens tornam-se mais contraditórias, quebrando o coração e a mente da pessoa. A mente humana não está preparada para conciliar esses opostos. No início, essa contradição não parece terrível, mas depois ela atinja tal grau que a pessoa simplesmente não está preparada para concordar com isso. Ela não consegue unir o comportamento do Criador, que é o Bom que faz o bem, com o mal e a completa injustiça que ela vê à sua frente.

Apenas um terceiro parceiro pode resolver essas duas contradições, como está escrito: “Aquele que faz a paz nas Suas alturas, vai fazer a paz entre nós”. Conclui-se que a pessoa precisa totalmente a Luz que Reforma. Ela realmente precisa disso, de modo que o Criador vai dominá-la e vai mudar sua mente e coração.

Então, ela “se conecta com as Sefirot“, descobre dentro de si, dentro de seus desejos de recepção (na parte inferior de Bina, ZA, e Malchut), a Luz vinda de GE. Assim, ela se identifica com a força superior e sente em que estado, em que mundo, a Luz de  NefeshRuach – Neshamah, ela se encontra.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 19/04/13, Shamati # 68

Convenções: Quebrando A Casca Do Velho Mundo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Nós estamos agora no limiar de três grandes Convenções. Que estado o grupo mundial deve alcançar como resultado das próximas Convenções?

Resposta: Nessas Convenções, nós temos que alcançar a entrada para o mundo superior, começar a senti-lo, pelo menos temporariamente!

Antes que a pessoa entra no mundo superior, ela se move como um verme que tenta sair de um rabanete. Ele mete sua cabeça um pouco para fora e puxa para trás, vem para fora e volta outra vez. Ele se move como um pistão, para trás e para frente.

Da mesma forma, nós fazemos o mesmo: metemos nossas cabeças para fora e para dentro, projetamos e voltamos, até que a pressão desejada se acumula e a usamos para finalmente sair do rabanete, do nosso mundo. Assim, há momentos quando roemos a casca do rabanete e começamos a quebrá-lo.

Este é um passo difícil, mas eu espero que o façamos em nossas Convenções e, pelo menos, comecemos a sair, a respirar numa realidade diferente.

Da Lição Virtual 21/04/13

Preocupações e Prospectiva

Dr. Michael LaitmanPergunta: Podemos dizer que um método linear e individual de resolução de problemas (por exemplo, encontrar uma solução para a dependência de drogas) leva ao crescimento deste fenômeno?

Resposta: Sim, nós podemos. Estes problemas vão continuar expandindo-se, visto que nosso o egoísmo continua se desenvolvendo. Se nós não envolvermos as pessoas numa interação altruísta, elas nem saberão o que fazer com elas mesmas e vão se sentir como sendo totalmente destroçadas.

É por isso que vários problemas como a dependência de drogas, terrorismo, suicídios e assim por diante, se tornarão fenômenos regulares. As pessoas têm que fazer alguma coisa com elas mesmas, mas elas não sabem o que exatamente deveriam estar fazendo. Assim, estes problemas só vão crescer. A única coisa que podemos fazer é ensinar a todos como entrar numa nova esfera integral da natureza.

Em primeiro lugar, as pessoas têm que aprender a se organizar num pequeno ambiente integral. Em seguida, elas vão sentir que ele as torna muito mais confortáveis quando estão passando por várias situações infelizes, tais como problemas familiares, problemas sociais e assim por diante.

As pessoas vão se sentir mais seguras e confiantes. Elas vão inclusive sentir que o mundo em que estão conectadas se torna muito mais amigável para elas, não para os outros, mas para elas particularmente.

A autorregulação individual começa a ocorrer, uma homeostase que nos preenche de potenciais, sensações e sentimentos completamente diferentes.

Da Palestra sobre Educação Integral, 02/04/13

Terminologia E Vida

Dr. Michael LaitmanPergunta: As ciências sociais contemporâneas não oferecem condições adequadas para a definição do nosso próximo estado, quando todos nós nos tornaremos conectados. Como devemos transmitir este fenômeno através da linguagem científica?

Resposta: Você não deve usar termos antigos, já que eles vão ser entendidos convencionalmente. Aqui, nós temos a oportunidade de “brilhar” e desenvolver uma nova linguagem.

Pergunta: O que pode ser “novo” exceto a integralidade? Os cientistas têm dificuldade em compreender os termos “integralidade” e “compartilhamento”, já que soam especialmente abstratos para eles.

Resposta: Na epoca da União Soviética, eu costumava ouvir constantemente a palavra “compartilhamento”. É uma palavra muito adequada! Nós subimos gradualmente para uma conexão boa e benevolente entre nós, uma inclusão recíproca e mútua, mesclando e estabelecendo contatos que nos permitem fazer um grande retrato (mosaico) composto por cada um de nós. Cada um neste mosaico é uma parte separada preocupada em como combinar com as “saliências e concavidades” dos outros, como completar os outros corretamente.

Talvez a “integralidade” seja demasiado abstrata de uma noção. Por outro lado, “inter” e “entre” são prefixos que são usados numa base constante; nós apenas temos que nos acostumar a eles. “Integralidade” pode ser substituída por algumas outras palavras. Eu a estou usando porque me parece que ela define muito bem o próximo estado que o mundo estará em breve.

Pergunta: O principal menosprezo criado por cientistas é o seguinte: “Como pode um estado psicológico da mente levar ao bem-estar financeiro ou ao desaparecimento de doenças?”

Resposta: Vamos consultar as estatísticas. De onde vem a instabilidade financeira? Ela não é originada pelo nosso egoísmo? Não são todos os bancos usurpados por um pequeno grupo da elite que “devora” tudo e ainda não aproveita bem o que eles têm? Todas as “verdinhas” que eles juntam apenas se deterioram.

Por que a nossa saúde está do jeito que está? É porque é muito mais rentável vender medicamentos e criar dispositivos de diagnóstico do que curar doenças. Isso permite vender mais medicamentos, gerando mais lucros. Em outras palavras, até mesmo o sistema de saúde diz respeito em como aumentar os lucros de alguém.

Nós já mencionamos o sistema de ensino? É um completo fracasso. O mesmo se aplica aos valores da família, a educação das crianças, artes, cultura, etc.

Quando os cientistas estudam todas as esferas da nossa vida e exploram muitos fenômenos sociais, eles veem que a causa da negatividade é o egoísmo humano. Ele estraga tudo. Dê uma olhada em nossa cultura ou ciência! Não tem mais nada a ver com a ciência; é uma fonte de dinheiro. Hoje em dia, tudo é para compra e venda.

Em outras palavras, o egoísmo consome tudo que existe em todos os países, em todo o mundo… Tudo está sujeito a “cortar” e “serrar”. Não está claro que temos que nos corrigir, em vez de corrigir o mundo externo?

Nós nunca seremos capazes de corrigir o que já foi danificado, a menos que as pessoas comecem a se observar de forma diferente e ver o mundo de um ângulo diferente: ao menos através de alguns elementos de cumplicidade, reciprocidade, harmonia, consideração e integralidade. Isso explica por que o mundo continua a rolar ladeira abaixo. É por isso que a educaçao integral é a nossa tarefa mais importante e urgente.

Da Palestra sobre Educação Integral 02/04/13

Era Uma Vez Um Marido E Uma Esposa…

Dr. Michael LaitmanPergunta: Hoje as pessoas sentem a distância entre a vida real e seu bem-estar psicológico. Eu me lembro que os nossos avós não experimentavam esta discrepância. Entretanto, para uma pessoa contemporânea (mesmo que ela tenha uma família) a boa atmosfera psicológica está separada do bem-estar material. Existe uma maneira de demonstrar que estas coisas estão, no entanto, conectadas?

Resposta: Não importa se eles são estranhos ou uma família. Eles ainda têm que frequentar os mesmos workshops, ouvir as mesmas explicações, elevando-se acima do seu egoísmo.

Antes, o nosso egoísmo não era tão grande como agora! Era uma vez “um marido e uma esposa”; eles tinham uma “galinha” (ou seja, um lar, uma casa, uma horta, etc.). O marido trabalhava, sua esposa cuidava da casa. Era um arranjo doméstico à moda antiga. A vida da família girava em torno da casa, da comunidade, dos filhos, etc.

Hoje, não é nada parecido. Neste momento, todos nós trabalhamos para alguém, para alguma sociedade, algo ininteligível. Na parte da manhã, levamos nossos filhos para jardins de infância, nos apressamos para o nosso trabalho, e depois que terminamos o dia de trabalho, vamos para os supermercados… De lá, nós corremos de volta para casa, esquentamos rapidamente a comida, alimentamos todos e, tão logo quanto possível, damos banho nas crianças, e vamos para a cama. No dia seguinte, repetimos o mesmo padrão.

Isso é semelhante de alguma maneira com o jeito anterior foi estabelecida a vida familiar? Antes, as pessoas costumavam ter uma casa, um lar. Hoje, apenas chamamos de lar. Todo mundo tem posses individuais; mesmo os cônjuges têm contas bancárias distintas.

Portanto, nós temos que ensinar as pessoas em nossos workshops a subir acima do seu egoísmo e unir-se para além dele. Caso contrário, a família deixará de existir, uma vez que o nosso egoísmo nos separa dos outros, nos empurra, enquanto não realizamos nenhuma ação em resposta. E os funcionários do Estado não podem fazer nada aqui. Dois egoístas não podem ser forçados a permanecer num território.

Por que eu preciso de uma família? Eu vou trabalhar e ganho meu próprio dinheiro; não preciso de ninguém! Se eu precisar, à noite eu posso trazer para casa quem eu quiser. Eu posso ir a um supermercado, comprar alimentos já prontos, os aqueço no micro-ondas e os como no jantar. Todo o arranjo serve o propósito de permitir que todos possam viver separadamente. Fabricantes de bens de consumo obtêm o máximo de benefícios se houver apenas uma pessoa na casa, já que duas pessoas sozinhas vão comprar mais de tudo: televisores, geladeiras e máquinas de lavar roupa…

Da “Discussão sobre Educação Integral” 02/04/13

O Propósito Da Vida É A Revelação Do Criador

Dr. Michael LaitmanNós sempre esclarecemos a questão do “não há outro além Dele” em nossas Convenções. É uma questão muito importante, porque ela realmente abre a essência da sabedoria da Cabalá, ou seja, o método para a revelação do Criador, a única força que atua em toda a criação.

Além dessa força, não há nada na verdade. Todo o resto é o que ela gera, desenvolve, estimula e gerencia. Tudo depende dessa força única. Não faz diferença se nós a chamamos “Natureza” ou “Criador”; ela cria e gerencia tudo, mas é realmente uma.

Ao contrário de outras partes da natureza (inanimada, vegetal e animal), o homem tem um objetivo, um papel, um propósito, e tem que alcança-lo: descobrir esta força e senti-la. A percepção dessa força e sua revelação acontecem de acordo com a lei básica da física, a lei básica da natureza, a lei da equivalência de forma: à medida que os nossos atributos são semelhantes aos do Criador, nós O sentimos, nos tornamos parte Dele e nos unimos com Ele.

O Criador constantemente nos empurra para esse estado para que O alcancemos. Este movimento ocorre desde o início da criação até seu final, até que O descubramos inteiramente. Nós começamos o caminho de revelar e alcançar o Criador enquanto estamos em nosso mundo.

O nosso mundo oculta o Criador de nós.

The Purpose of Life is the Revelation of the Creator

O Criador influencia este mundo. Ele nos influencia; e se nós percerbemos Sua influência corretamente, como essencial para alcançá-Lo desde dentro e a partir deste mundo, então vamos avançar ao Criador. Nós recebemos a sabedoria da Cabalá para nos sintonizar com a revelação do Criador através da casca exterior do nosso mundo.

Ao revelar o Criador, nós alcançamos nossa origem, nossa raiz, o estado de eternidade e perfeição. Nós podemos nos desconectar de nosso corpo a tal ponto que o nosso corpo (desenhado como um ponto do qual O alcançamos, o ponto no coração) e o nosso mundo, de repente, desaparecem.

Nós começamos a sentir que há um Criador em tudo isso, uma Luz superior. Tudo o que foi descrito anteriormente para nós, nosso corpo, os cinco sentidos, com os quais sentimos a nós mesmos e o mundo, tudo parece evaporar, desaparecer, e, com isso, vemos uma Luz superior.

Este é o estado que temos que alcançar. Ele é muito real, muito mais real do que o nosso mundo “ilusório”. O artigo “Não Há Outro Além Dele”, nos diz como fazer isso.

Da Convenção Europeia 23/03/13, Lição 3

Hollywood Não Pode Sequer Sonhar Com Isso

Dr. Michael LaitmanTorá, Êxodo, “BeShalach“, 17:14-16: Disse o Senhor a Moisés, inscreva isto [como] um memorial no livro e recita-o nas orelhas de Josué, que eu certamente vou obliterar a lembrança de Amaleque de debaixo dos céus. Então, Moisés construiu um altar, e nomeou-o O Senhor é o meu milagre. E ele disse, pois há uma mão sobre o trono do Eterno, (que deve haver) uma guerra do Senhor contra Amaleque de geração em geração.

Em geral, um ser humano não pode conquistar a qualidade de Amaleque. Mas ele tem que criar uma situação, quando ele se coloca entre o Criador e Amaleque, e realmente quer que o Criador elimine a propriedade de Amaleque dentro dele.

Uma pessoa precisa de Amaleque. Caso contrário, ela não terá uma conexão com o Criador. Em outras palavras, o egoísmo (Faraó e assim por diante) deliberadamente nos empurra para o Criador. Sem esta pressão, nós não sentiríamos a necessidade Dele.

No final, as correções são feitas graças a Amaleque. Mas como ele se manifesta de várias formas, eles recebem nomes diferentes.

Comentário: Curiosamente, quando nós lemos a Torá, nós entendemos que todos os cenários dos filmes são extremamente triviais e insignificantes em comparação a ela. Eles não chegam nem perto da altura inacreditável da Torá.

Resposta: Não há nenhuma dúvida disso, já que a Torá descreve o mundo interior. Ela retrata imagens completamente diferentes de conexões internas entre tudo que existe. Nós reconhecemos o sistema que nos une, vemos as propriedades e energias do Universo, e nos tornamos conscientes de tudo o que existe e acontece entre nós. Sem dúvida, é uma grande ação! A pessoa sobe para o nível onde seu corpo já não existe e existe só ela dentro destas grandes forças.

De KabTv “Os Mistérios do Livro Eterno” 11/02/13

O Amor Que Não Nos Deixa Sozinhos

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, Talmud Eser Sefirot (O Estudo das Dez Sefirot), parte 1, “Reflexão Interna”, Item 12: Diz-se: “Ele é Um e Seu Nome é Um”. “Seu nome” representa Malchut do Mundo do Infinito, ou seja, do desejo de receber, uma parte orgânica inseparável da realidade que foi originalmente incluída no pensamento da criação.

A Luz descende através de cinco fases: da fase zero à fase quatro (Malchut do Mundo do Infinito). Este processo pode ser apresentado como uma progressão sequencial ou na forma de círculos concêntricos. Em ambos os casos, a principal coisa é o progresso. A cada passo, a revelação da Luz se torna mais intensa, o desejo se manifesta e fica mias esclarecido, ele sente e alcança mais.

Love That Doesn’t Leave Us Alone

Como resultado, a quarta fase recebe a Luz do Infinito sem limitações. Em outras palavras, a criatura deseja receber toda a Luz que não se restringe por nada, nem por falta nem por excesso. É um estado ideal que pode ser descrito como dar um copo de água para um homem sedento. Um copo é exatamente o que ele precisa para satisfazer sua sede, nem mais e nem menos. A quantidade de água é suficiente para saciar sua sede. Não sobra nada, nem há necessidade de mais água.

Isso é o que o Criador preparou para nós: um estado permanente de “Malchut do Mundo do Infinito“, que nós temos que atingir neste momento de nossa evolução. Para isso, nosso desejo deve coincidir exatamente com a Luz e ser acompanhado pela intenção correspondente, em união, em perfeita harmonia.

Em geral, trata-se do processo de estabelecer relações corretas entre o Criador e a criatura. É porque a quarta fase percebe tudo o que está acontecendo com ela; ela sente que recebe a Luz, ela percebe a atitude do Criador. Tudo isso é dado para a criatura, com exceção de sua própria reação ao que está acontecendo. O Criador dá ao desejo de receber tudo o que Ele originalmente concebeu, preenche-o completamente com sentimento, atitude e bondade. Tendo recebido tudo isso, a quarta fase torna-se fechada em si mesma e começa a se desenvolver nesta base, pois agora tem todos os três parâmetros necessários:

• O desejo de receber;

• O desejo de agradar, ou seja, o amor e a boa atitude do Criador;

• O prazer que o preenche.

Em outras palavras, existe eu que se esforça para receber, existe o prazer que eu recebo, e existe a sensação do Doador amoroso. Estes fatores começam a trabalhar dentro de mim. Se eu não sentisse o amor do Criador, eu poderia simplesmente continuar me divertindo sem limites. Porém, o amor “estraga tudo”: aparentemente, além de prazer há algo que requer a minha resposta. Ele não “me deixa sozinho”, e eu começo a jornada.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 12/04/13, TES

O Ninho Familiar Do Criador E Da Criatura

Dr. Michael LaitmanA Klipa (casca) de Noga é meio boa e meio ruim. Ela pertence a mim e não pertence a mim; é algo que fica no meio, conectando-me com toda a realidade. Por um lado, é uma força (casca) impura, mas por outro lado, é um escudo que eu posso usar na transição de uma realidade para a outra.

Há sempre uma ponte que conecta o bem e o mal. Não há nenhum mal que esteja totalmente desconectado do bem, exceto o coração de pedra (Lev HaEven). O coração de pedra não tem contato com o bem. O Criador é o atributo da “existência a partir da existência” (Yesh mi Yesh), e Ele criou o atributo da criatura “a partir da ausência” (Yesh Mi Ein) que não existia antes, e, portanto, não há nenhuma conexão entre eles.

Não há nenhuma Klipa de Noga entre os atributos da “existência a partir da existência” (o Criador) e “a existência a partir da ausência” (o desejo da criatura). Não há nenhuma conexão entre o coração de pedra e o Criador, e por isso é impossível corrigi-lo diretamente. Mas entre todas as outras propriedades há tal transição, e nós devemos sempre tentar procurar por ela. Portanto, diz-se: “uma pessoa deve sempre virar a inclinação boa contra a inclinação ao mal”, o que significa que devemos criar um conflito entre elas.

Mas eu devo saber desde o início que no final desse conflito, desse forte atrito, da explosão real, algo novo será revelado, algo no meio, que conecta os dois lados hostis, assim como o macaco é o elo entre o nível animal e o homem, a transição entre os níveis, entre os estados.

Esta transição é a coisa mais importante. É porque os dois lados opostos, o bem e o mal, permanecem no nível atual, enquanto a transição de repente se torna o lugar de um novo nascimento que me eleva. Portanto, o terço médio de Tifferet, onde Bina e Malchut (GE e AHP) se conectam, é o ponto mais central da criação, onde o Criador e a criatura começam a construir seu “ninho familiar”, a sua casa comum.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 19/04/13, Shamati #68