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Oração Coletiva

Pergunta: O que é uma oração coletiva?

Resposta: Uma oração coletiva é uma condição em que estou conectado com o grupo,e nós temos um desejo, uma intenção,um objetivo, que foi formado especificamente em todos, mas, em geral, é um todo. E através de toda este todo, no nosso desejo compartilhado, objetivo e intenção, queremos revelar o Criador.

Eu não posso “estar só” Em qualquer caso, a pessoa não deve imaginar que está sozinha. Se ele sente o seu “eu”, é a morte espiritual. Não há “eu” no mundo espiritual, apenas “nós”.

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Da convenção de Novosibirsk de 9/12/12, Lição 6.

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Responsabilidade Por Toda A Humanidade

Dr. Michael LaitmanPergunta: A qual estado interno, emocional, eu devo aspirar em cada situação, como um homem do futuro da civilização?

Resposta: Cada um de nós deve sentir a responsabilidade de certificar-se que esta civilização se realiza espiritualmente, de modo que a humanidade irá cumprir sua missão, tornando-se um lugar da revelação do Criador!

Da Convenção em Novosibirsk 09/12/12, Lição 6

A Intenção Determina O Ato

Dr. Michael LaitmanPergunta: Nós vivemos no mundo físico, onde existem muitas tentações. Nós só somos capazes de d0ar se recebermos. Como é possível direcionar os desejos dos prazeres corporais para a doação?

Resposta: Se houver uma intenção correta em sua mente, faça o que você quiser, desde que você não seja capaz de fazer nada de mal. Você vai fazer o que você precisa fazer a fim de elevar o corpo e a alma. Vamos supor que você precisa comer dois almoços porque seu corpo exige, então coma, mas junto com isso você precisa ter a intenção correta.

Pergunta: Será que meus desejos vão interferir no meu trabalho espiritual?

Resposta: Se você tem a intenção correta, como eles poderiam interferir? Não pode haver um ato sem a intenção correta, já que a intenção determina o significado do ato. Uma pessoa pode fazer qualquer coisa se tiver a intenção correta.

Em princípio, a sabedoria da Cabalá proíbe qualquer tipo de restrição. Se você se apega ao Criador, e O agarra como um buldogue, você faz todo o resto das coisas. Você as faz porque isso é necessário para o seu progresso.

Da Convenção em Novosibirsk 09/12/12, Lição 6

A Sabedoria Da Cabala A Serviço Do Mundo

Baal HaSulam, “A sabedoria da Cabalá e Filosofia“: A descrição acima é como uma fábula que nossos sábios dizem: Asmodeus (o diabo) dirigiu Rei Salomão a 400 parsas (uma medida de distância) de Jerusalém e deixou-O sem dinheiro e meios de subsistência. Em seguida, sentou-se no trono do Rei Salomão enquanto o rei estava implorando às portas. A qualquer lugar que ele ia, dizia: “Eu sou Eclesiastes!”, mas ninguém acreditava nele. Então ele foi de cidade em cidade, declarando: “Eu sou Salomão!” … Como Rei Salomão não poderia exibir sua sabedoria aos estudiosos no lugar de seu exílio, tendo de se deslocar para Jerusalém, o lugar do Sanhedrin, o qual estudou e conhecia o Rei Salomão, testemunhando a profundidade da sua sabedoria.

Assim, acontece o mesmo com a sabedoria da Cabalá: exige grandes sábios que examinam seus corações para estudá-la durante vinte ou trinta anos. Só então eles vão ser capazes de testemunhá-lo.

Hoje, tudo é totalmente diferente. Primeiro, temos agora livros de Baal HaSulam que são adequados para a nossa geração. Isto acelera grandemente o processo. Baal HaSulam preparou a parte científica para nós, a parte da sabedoria, e Rabash preparou a parte prática, e assim os nossos passos ao longo do caminho espiritual tornaram-se muito mais rápidos. Ainda levará anos, mas não décadas.

Além disso, o estado geral do homem de hoje também desempenha um papel importante. No passado, os cabalistas não dependiam do ritmo externo de desenvolvimento; eles fizeram o seu trabalho e colocaram um “tubo”, para que a sabedoria da Cabala fluísse num canal paralelo. Eles não tinham que revelá-la à sua geração. Por outro lado, estamos vivendo na era do cumprimento, o que significa que temos de cumprir a subida geral e, portanto, dependemos do mundo inteiro. Na medida em que se desenvolve, também nos foi dado uma coisa para agarrar e novas revelações e desenvolvimentos.

Isto significa que temos de nos preparar para servir o mundo. Sei isso por experiência própria: eu tenho que “mastigar” estas coisas, repeti-las para as aprofundar, embora eu não precise delas para o meu progresso. Imagine que uma pessoa que tem que se tornar um cientista também é ensinado a ser um professor de jardim de infância e um professor de escola primária.

Isto é atualmente o que a geração de hoje está exigindo e nenhuma pessoa é tida em consideração senão no seu próprio lugar no sistema geral. Não faz sentido educar ninguém separadamente, até mesmo os grandes Cabalistas foram criados apenas para fazer o trabalho que tinham de fazer num determinado ponto no processo geral, de modo que os resultados iriam servir os outros.

Hoje todos nós dependemos do progresso do mundo, e portanto podemos, por exemplo, permanecer num certo nível até passar ao próximo passo. Mudanças para o bem só virão de acordo com o ritmo das mudanças globais gerais. Mas isso não significa que podemos ficar sentados e esperar agora:

“Nós fizemos o suficiente, e agora podemos esperar por eles.” Não, o nosso trabalho é mútuo; nossas correções “são despejadas” em todas as outras nações e isso é o seu progresso que nos ajuda .

Esperamos que o ano de 2013 seja bom para nós. Temos que fazer esforços internos e externos, a fim de chegar aos lugares mais distantes, incluindo os países que estão em grave crise e cuja existência está em perigo, como a Grécia ou a Espanha. Temos de encontrar e usar todos os meios possíveis a fim de disseminar a sabedoria da Cabala em todos os lugares. Isto irá acelerar muito o desenvolvimento externo e isso irá permitir o nosso desenvolvimento interno.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabala 27/12/12,”A sabedoria da Cabala e Filosofia”

O Coração Entende

Pergunta: Quando lemos O Livro do Zohar, existem partes que eu entendo e existem partes que simplesmente não consigo encaixar; como podemos nós trabalhar com isso? Devemos tentar compreender isso ou devemos ignorar a mente totalmente?

Resposta: É verdade que existem partes no Livro do Zohar que podemos entender e existem partes que não conseguimos. Nós temos que procurar o sentimento; é um vaso de perceção. Se a mente consegue trazer-te tal impressão emocional, então resulta como deveria. Mas se apenas funciona como uma mente fria, então é a direcção errada. Não é porque não respeitemos a ciência ou a abordagem racional, mas porque a mente é revelada nos recipientes de sentimentos. Os vasos vêm primeiro; eles são a base. A mente pode apenas controlar o que há neles.

Então eu primeiro tenho que me assegurar do que sinto, e então da sensação eu devo entender o que sinto. Isto é chamado “o coração entende”. Primeiro vem o coração, o recipiente. No vaso nós sentimos e não entendemos. Depois, existe um desejo; isso descobre a Luz. Mas o que se descobre, o que é calculado? Calcula o que as correcções realizam de forma a descobrir o sentimento actual.

As correcções que realizei, as minhas acções de forma a revelar o sentimento actual, são chamadas minha mente, o que atingi é o meu sentimento. Acontece que o coração entende. As correcções que eu realizei no coração estão na mente dado que eu passei por elas, realizei-as, e comparo-as, compilo, conecto, e subtraio-as como matemática. Faço tudo isso no coração, nos meus vasos de sentimentos.

Mas agora eu embrenho-me nestas correcções na mente de forma a descobrir uma maior profundidade de sentimentos. Assim eu multiplico meus recipientes de sentimento por 620 vezes pela mente, por entender agora quais as correcções pelas quais tenho passado de forma a descobrir o estado actual.

Isto significa que o sentimento sem a mente permanece ao nível da sua natureza parada, e por incorporação da mente no sentimento, eu ergo o sentimento dos níveis Nefesh, até Ruach, a Neshama, a Haya, e a Yechida. Não existem mudanças na própria Luz; é apenas por me embrenhar nisto com novos vasos de percepção que eu descubro NRNHY nela. A Luz em si é Nefesh.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá, 26/12/12, O Zohar

O Nosso Tesouro É O Temor Do Criador

Baal HaSulam, Shamati, artigo 38, O Temor de Deus é o seu tesouro: “os nossos sábios disseram: “Tudo está nas mãos de Deus, senão o temor de Deus”, porque Ele pode dar tudo, exceto o medo”. Isto porque o que o Criador dá é mais amor, e não medo.

Nosso objetivo é alcançar a adesão com o Criador. Adesão é obtida por equivalência de forma. Equivalência de forma é atingida alcançando o amor de Deus, na mesma medida que o Criador faz.

Isso significa que temos de alcançar o amor. O Criador constantemente acrescenta a este amor de Sua parte e, como resultado, sentimos que estamos avançando pelo caminho do sofrimento, porque não acrescentamos nada de nossa parte.

Para chegar a amar, uma pessoa tem de construir o seu vaso espiritual chamado de “temor“, o temor de que ele possa não sentir amor para com o Criador.

A fim de atingir esse medo, uma pessoa precisa da Torá, da Luz que Reforma, das Mitzvot (mandamentos) e da intenção certa para cumpri-las. Caso contrário, ele irá permanecer no plano da natureza inerte. Ele precisa do ambiente para lembrá-lo da intenção certa durante o estudo da Torá e Mitzvot, de modo que os outros o segurem na intenção correta e não o deixem esquecer a bondade do Criador. Portanto, a Torá e Mitzvot não foram dadas a um indivíduo, mas a muitos, e em toda parte ele diz “vocês”, no plural e não no singular .

É impossível avançar sem a intenção de atingir o Criador, o amor por Ele. Esta deve ser a razão com que tudo começa e que obriga todas as ações.

Da preparação para a Lição Diária da Cabala 27/12/12

Renascer A Cada Dia

Estamos na parte inferior da escada espiritual, onde cada nível tem a sua Luz especial, que cresce à medida que subimos em quantidade e qualidade. A sua influência sobre nós muda os nossos atributos com os quais começamos a conhecer a realidade em que nós vivemos A única realidade é o Criador.

Acontece que os níveis de ocultação tornam-se níveis de revelação. Cada nível é feito de duas unidades. A primeira é o anseio da pessoa por alcançar a deficiência correta ao subjugar-se ao ambiente, disposta a aceitar a sua influência, a impressionar-se com a Luz superior e a se elevar acima da razão. Esta constantemente se prepara para a influência da Luz, e isto é chamado trabalhar à noite, no escuro, em elevar MAN, em oração.

A pessoa funciona de acordo com os seus poderes e desconhece o que anseia. Isto significa que Malchut eleva-se a Binah, a Hafetz Hesed, à fé, e o principal para a pessoa é que sua ação traga contentamento ao Criador. Como resultado desta correta e satisfatória ação, a Luz a influencia e muda-a.

Todo o nosso avanço é feito pelo nosso renascer uma e outra vez. Diz-se: ” Cada dia deve ser novo para você”, o que significa que é impossível comparar hoje com ontem. Isto porque todos os dias nasce um novo vaso que tem uma nova base, novas Reshimot (genes espirituais), novos valores, e por isso é completamente diferente do estado anterior. Uma pessoa já entende que as suas ações de ontem foram erros, ações maliciosas ou Mitzvot (mandamentos), e atribui tudo ao Criador que, eventualmente, leva-o à adesão.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabala 26/12/12,”Introdução ao Estudo das Dez Sefirot”

Um Novo Rei No Egito É Uma Coisa Boa

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como nós construímos a prontidão do estudante para perceber a sabedoria da Cabalá no grupo?

Resposta: Através da conexão. Uma pessoa não pode estar pronta para perceber se não está conectada aos amigos. Eles têm que se unir ao elevar a grandeza do professor aos seus olhos, construindo assim a conexão correta. Alguém pequeno só pode receber de alguém grande, do grupo, do professor, do Criador, se ele abaixa a cabeça diante deles. Este é o caminho até a escada espiritual.

Quando os alunos se conectam, eles criam a condição necessária, e se tornam um todo. É um sinal de que cada um se anulou diante dos outros, e considera-se o menor do grupo, pronto para doar aos outros. Estar conectado significa manter todas as condições da sociedade.

Nós começamos a nos conectar, e depois de muitos anos passamos pelo endurecimento do coração, que também é chamado de “as dez pragas do Egito”. Primeiro nós podemos pensar, “por que as pragas não começam imediatamente quando chegamos ao Egito”? Mas não é assim; primeiro é bom e agradável se conectar, como era bom e agradável para os filhos de Israel quando se estabeleceram no Egito e recebiam todo o alimento através de seu José, que conectava todos a Yesod.

José é Yesod, que conecta as cinco fases ou os cinco sentidos: Hessed, Gevurah, Tiferet, Netzach e Hod. Rabash costumava dar o exemplo de uma salada que é feita de cinco ingredientes: tomate, pepino, pimentão, cebola e salsa. Se você cortar todos eles e misturá-los, eles vão criar algo novo, que é o resultado da conexão entre eles. É o mesmo com Yesod, que nada tem de seu próprio, mas é o resultado da conexão, de seus atributos. Através dela, os filhos de Israel no Egito adquirem espessura (Aviut) e um desejo cada vez maior. Durante os “sete anos de saciedade”, esta espessura age em favor da conexão entre eles.

Foi no início do exílio no Egito que os filhos de Jacó, juntamente com José, cantaram “Como é bom e agradável que os irmãos se sentam juntos”. Eles sentiram que vale a pena se conectar, pois juntos eles conseguem, juntos eles são fortes. Assim, o Egito nos escraviza através de uma conexão egoísta.

Este é o processo até que uma espessura tão grande é revelada que é impossível fazer algo com ela. Então, Moisés foge do Egito para o deserto. Ele simplesmente não conseguia estar junto com seu ego. Durante os “sete anos de fome”, nós descobrimos que esta escravidão, a adesão aos valores corporais, não está a nosso favor, mas o oposto, nos separa da meta. De repente eu começo a entender onde estou e o que está acontecendo comigo. Eu olho para o meu desejo “animal” que cresceu num corpo gigante pesado, e vejo que este “animal” não é mais meu, que eu estou sob seu controle, sob ele.

Isso é chamado de “um novo rei subiu no Egito que não conhecia José”. É uma coisa boa, uma vez que ele nos mostra a verdade, o nosso verdadeiro estado em comparação com o Criador, e assim nos aproxima de nosso Pai Celestial .

No final, há as dez pragas: nós nos agarramos a nossa unidade e estas pragas nos atingem, a fim de nos separar, pois elas estão todas voltadas contra a conexão.

Se eu estou pronto para subir acima do ego, para vencer o rei do Egito, eu subo acima dessas pragas, a fim de permanecer conectado e unido. Isso é mais importante para mim do que as aflições do Faraó. Por trás das pragas, eu peço ao Criador para nos manter conectados, pois sem esta conexão não seremos capazes de deixar o Egito. Este é o nosso trabalho.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 26/12/12, “A Sabedoria da Cabalá e a Filosofia”

Os Golpes Valiosos do Ego

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot“, Item 107: Assim, depois que a pessoa alcança a iluminação da face, de tal forma que cada pecado que cometeu, mesmo os propositais, é transformado e se torna uma Mitzva para ela, esta se alegra com todo o tormento e aflição que já tenha sofrido desde a época em que foi colocada nos dois discernimentos da ocultação da face.

…agora se tornou a causa e a preparação para manter a Mitzva e a recepção da recompensa eterna e maravilhosa por ela.

Disso nós aprendemos que quanto mais eu tenha sofrido, mais sou recompensado agora. Portanto, isso significa que vale a pena sofrer para receber uma recompensa maior mais tarde? Isso é o que parece na nossa linguagem, na nossa percepção egoísta. O passado não é apagado; a correção está em transformá-lo de tristeza em alegria. Em vez de um vaso que sofreu com a escuridão, com a falta e o vazio, com guerras, doenças, dores, ou seja, com a falta de satisfação, nós agora sentimos uma satisfação e nisso sentimos uma recompensa e amor.

Baal HaSulam, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot“, Item 108: Isso é semelhante a um conto bem conhecido sobre um judeu que era um administrador da casa de certo proprietário. O proprietário o amava muito. Uma vez, o proprietário foi embora, e deixou seu negócio nas mãos de seu substituto, que era um antissemita.

O que ele fez? Pegou o judeu e o golpeou cinco vezes na frente de todos, para humilhá-lo completamente.

Trata-se do ego e do ponto no coração de uma pessoa, sobre como o ego domina a pessoa agora e bate o “ponto no coração” chamado “judeu” (Yehudi), que decorre da raiz hebraica de “unidade” (Yehud). Este ponto pretende se unir com o Criador e sofre porque não consegue fazê-lo. Isto significa que recebe golpes de seu ego.

Após o retorno do proprietário, o judeu foi ter com ele e disse-lhe tudo o que tinha acontecido consigo. Sua ira se acendeu, e ele chamou o substituto e ordenou-lhe que desse prontamente mil moedas ao judeu por cada vez que ele o havia atingido.

O judeu pegou-as e foi para casa. Sua esposa o encontrou chorando. Ela perguntou-lhe ansiosamente, “O que aconteceu entre você e o proprietário?”. Ele disse a ela. Ela perguntou: “Então, por que você está chorando?”. Ele respondeu: “Eu estou chorando porque ele só me bateu cinco vezes. Eu gostaria que ele tivesse me batido pelo menos dez vezes, já que agora eu teria 10 mil moedas”.

Na representação terrena desta história isso parece grosseiro e egoísta, mas nós entendemos que a Torá nos fala sobre o mundo interno de uma pessoa. Quem entende isso interpreta a história corretamente.

“Uma pessoa é um mundo pequeno”, onde existem dois lados opostos: um ponto no coração e o próprio centro. O coração odeia o ponto no coração que anseia pela união com o Criador.

Quanto maior o desejo de receber que é revelado em nós, chamado de coração egoísta cruel, mais forte ele agarra o ponto no coração e não o deixa avançar. O ponto no coração faz várias tentativas para fugir dele e avançar, e por isso sofre com sua dominação e sua própria escravidão, com o exílio torturante. A tensão e a luta entre eles crescem constantemente e o ponto no coração sente cada vez mais dor, já que não consegue se unir com o Criador.

Isso cria um vaso e o preenchimento chega, chamado de “após o retorno do proprietário”. A recompensa é sentida nos mesmos sofrimentos, nos mesmos lugares vazios que foram criados durante o exílio. Isso significa que não é o desejo de receber em si que se torna “para doar”, mas a luta contra ele.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 25/12/12, “Introdução ao Estudo do os Dez Sefirot

Não Há Multiplicidade De Luzes

Dr. Michael LaitmanPergunta: Diz-se que a Luz do Zohar é a Luz mais forte. Mas nós continuamos dizendo que temos que atrair a Luz que Reforma. Portanto, o que vamos fazer durante a lição do Zohar, acrescentar a Luz que Reforma à Luz do Zohar?

Resposta: Elas são a mesma coisa. A Luz é única. Não há multiplicidade de Luzes; existe uma Luz simples, o que significa que ela inclui tudo nela. Ela é simples porque tem um atributo, uma inclinação, uma meta, apenas fazer o bem.

Como a criatura existe em muitas formas diferentes, parece que há muitas ações diferentes por parte da Luz e que a mesma tem muitas fontes, milhares de Luzes.

Eu passo por muitos estados, e por isso parece-me que há muitas Luzes que me influenciam e que cada Luz vem de sua própria fonte: essa é boa e essa não é tão boa; uma é mais misericordiosa e a outra é mais severa, e assim em milhares de tons. Portanto, o mundo parece tão variado para mim, como se eu fosse influenciado por incontáveis fatores externos. Eu simplesmente não descubro que há uma fonte por trás delas, como se houvesse uma multiplicidade de deuses, ou pelo menos dois, um bom e um mau. Só quando chegamos ao nível mais alto, vemos que tudo é uma força só.

Esta é a diferença entre a sabedoria da Cabalá e todas as outras crenças, religiões e doutrinas diferentes que se curvam a diferentes fontes falsas. Elas também veem uma fonte que é dividida em várias fontes, como Baal HaSulam explica nos artigos “A Sabedoria da Cabalá e a Filosofia” e “A Paz”. Mas tudo isso decorre do fato de que as pessoas não descobrir a causa real, superior, suprema, mas sim descobrem diferentes formas intermediárias no caminho que são intencionalmente destinadas a nos estabilizar. É por isso que diferentes Luzes vêm até nós em diferentes estados e nós ficamos confusos, como se houvesse muitas razões, mas por trás delas podemos identificar uma fonte. Se você avançar corretamente na sabedoria da Cabalá, quando você inicia, você começa a identificar que não há outro além Dele, e só O descobre mais e mais.

É por isso que os Cabalistas dizem desde o início que “o Senhor é nosso Deus, o Senhor é um”, e este deve ser o nosso caminho.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 26/12/12, O Zohar