Quando você vem para a Convenção, você precisa pular nesse mar de amor. Mesmo na vida cotidiana acontece que quando você ama alguém, é impossível guardar seus sentimentos dentro de si; eles derramam. Este é o relacionamento que queremos com o Criador.

Aqui não estamos falando do amor entre um homem e uma mulher ou entre pais e filhos, mas do tipo de amor que está acima dos corpos e acima de todos os cálculos – um oceano sem limites onde você pode entrar e desaparecer em suas profundezas. É assim que precisamos nos afogar em nossos sentimentos, como no oceano.

Nós entramos neste mar; ele nos pega e nos carrega. Puxa-nos em todas as direções e faz-nos sentir que estamos no oceano de amor dos nossos amigos, no mar de nossa unidade. Não tenho medo de me afogar neste mar; pelo contrário, sinto-me rodeado de amigos, estou junto com eles e não há limites para os nossos sentimentos mútuos.

O mar é Malchut e, portanto, existe o costume de entrar no mar e mergulhar de cabeça três vezes. Isto é uma coisa maravilhosa.

Da 1^a parte da Lição Diária de Cabalá 27/09/23, “Preparação para Abrir o Coração na Convenção”

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Pergunta: Como o Criador abre nossos corações? É através do amor por cada amigo ou através da percepção do mundo bom e ilimitado do Criador e das criações que Ele criou?

Resposta: O Criador nos afeta de maneiras diferentes. É impossível dizer exatamente como. Ele desperta em nós desejos e aspirações e, ao mesmo tempo, todos os tipos de circunstâncias que nos rodeiam. É assim que nos movemos.

O principal é fazer o nosso trabalho, ou seja, despertar-nos para a unificação começando com a dezena e depois para todo o Kli mundial.

Da Lição Diária de Cabalá 29/09/23, “Preparação para Abrir o Coração na Convenção”

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Pergunta: Se eu olhar para o grupo, para o ambiente espiritual, e ao mesmo tempo tentar focar no Criador, no ponto de unidade, como a estrutura das dez Sefirot se manifesta?

Resposta: Aos poucos começamos a sentir que existe uma rede viva de conexões entre nós que está sempre em movimento, em transformação. Com isso, vivenciaremos diversas atitudes dos nossos amigos, do mundo, do nosso entorno, e começaremos a definir esses movimentos.

Precisamos chegar a um estado em que nos encontremos completamente dependentes, conectados e colados, na medida em que as mudanças internas de cada um de nós afetarão a todos.

Na Cabalá, isso é chamado de adesão (Dvekut). Então veremos como ao conseguir esta conexão entre nós o Criador começa a se manifestar. Essa cola em si é Aquele que determina nossos estados espirituais. É assim que trabalharemos e revelaremos a espiritualidade.

Da Lição Diária de Cabalá 29/09/23, “Preparação para Abrir o Coração na Convenção”

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Pergunta: Você disse que na Convenção sentiremos conexões vivas entre nós. Como podemos reviver essas conexões?

Resposta: Abram o seu coração e tentem se aproximar de coração, porque vocês têm um objetivo e uma tarefa comuns: que o Criador brilhe em seu coração comum.

Da Lição Diária de Cabalá 29/09/23, “Preparação para Abrir o Coração na Convenção”

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Como podemos nos unir como um só homem se todos são inicialmente tão diferentes? Não existe uma única pessoa que seja totalmente semelhante a outra. Toda a natureza está disposta de tal forma que cada ser possui qualidades únicas que o distinguem dos demais e até se opõem a eles.

Portanto, todo o nosso trabalho é feito acima das nossas qualidades. Não podemos corrigi-las; só podemos atrair a força superior, a luz que reforma, para que ela nos conecte.

Então poderemos estar juntos, e na medida da nossa conexão, nos tornaremos novamente um corpo, um desejo, uma intenção, chamado Adam HaRishon, e assim alcançaremos o objetivo da criação.

Não precisamos olhar para como somos diferentes, mas apesar de todas as diferenças, precisamos procurar como nos unir em um único vaso em prol de um objetivo, um Criador. Então todas as diferenças que originalmente existiam em nós, que não pudemos corrigir, mas apenas pudemos nos elevar e nos unir acima, nos beneficiarão e fortalecerão a força da nossa unidade.

Portanto, na próxima Convenção, precisamos tentar nos unir e inspirar uns aos outros para avançarmos. A Convenção dá a todos uma oportunidade única de se inspirarem em milhares de pessoas e depois levar essas impressões às dezenas, ganhando assim um poder muitas vezes maior do que aquele que tinham antes da Convenção.

Este é um presente especial, um poder especial que pode ser obtido durante a Convenção, e é por isso que estamos reunidos nela. Cada um de nós tem uma força muito pequena. Mas quando nos unimos, as nossas forças são incorporadas umas nas outras e formam uma enorme força.

Portanto, não percam esta oportunidade. Tudo o que precisamos hoje em dia é ficar impressionados uns com os outros, com o quanto todo um enxame de forças opostas e estranhas vive em todos, mas eu quero aceitar essa força e me envolver nessa conexão.

Da 1^a parte da Lição Diária de Cabalá de 27/09/23, Escritos do Rabash, “A Ordem do Trabalho, do Baal HaSulam”

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Para nos permitir alcançar a essência da criação, a sua força interior, que é o Criador, a criação primeiro nos revela a sua destruição. Então seus elementos começam a se conectar: primeiro átomos, moléculas, organismos simples, depois as partes masculina e feminina da criação.

No final, a conexão atinge não apenas os níveis inanimado, vegetativo e animal, mas também o nível humano, ou seja, conexão baseada em personagens, pontos de vista, conexão mútua e nascimento de descendentes comuns.

Dessa forma, nos desenvolvemos cada vez mais até percebermos a necessidade de uma conexão cada vez mais interna entre nós, e então descobrimos nossa oposição, ódio mútuo e rejeição. Quanto mais essas forças crescem dentro de nós, mais nos desenvolvemos no contraste desses opostos.

Esta contradição está dentro de cada um de nós, desejos e problemas opostos, por isso queremos nos unir mas não podemos. É assim que seguimos o caminho do nosso desenvolvimento, nos conectamos a diferentes grupos, nações, países, partidos e todo tipo de associações, e desta forma chegamos ao nosso tempo divididos em nacionalidades, estados e famílias.

Mas agora chegou o momento de passar por uma fase muito especial de desenvolvimento e descobrir que devemos superar todas as nossas diferenças. Ou seja, a unidade não deveria mais estar no nível corporal, mas no espiritual. Este é o apelo dos tempos em que nos encontramos; exige que nos elevemos acima de todas as contradições.

Esperemos que possamos compreender este requisito e implementá-lo para que possamos finalmente alcançar um ponto comum como um só homem.

Da 1^a parte da Lição Diária de Cabalá 26/09/23, Escritos do Rabash, “A Ordem do Trabalho, do Baal HaSulam”

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Michael Laitman, no Quora: “Qual É O Nosso Propósito Na Criação?”

O ser humano é o centro da criação e o seu propósito. A força superior de amor e doação na realidade, que os Cabalistas chamam de “o Criador” e “Natureza”, criou-nos para nos elevar ao mais alto grau possível: para nos identificarmos com a força superior.

O processo de obtenção de equivalência com a força superior é chamado de processo de correção. Neste processo, adquirimos as qualidades de amor e doação. Este processo também é chamado de “conquista do Criador” e é o propósito final da nossa criação neste mundo. Por quê? Porque fomos criados com a natureza de desejar apenas desfrutar, e alcançar o Criador é a maior e mais satisfatória forma de prazer que poderíamos alcançar. Ao contrário dos nossos prazeres corporais neste mundo – comida, sexo, família, dinheiro, honra, controlo e conhecimento, que desaparecem – o prazer de alcançar o Criador é eterno e perfeito.

De acordo com a sabedoria da Cabalá, fomos inicialmente criados como uma única alma chamada “Adam HaRishon” (“O Primeiro Homem”, em hebraico), após o que nos partimos em 600.000 partes. Cada parte passa por um processo independente de correção. A correção de cada parte dá-lhe a possibilidade de ser preenchida com a força superior, ou em outras palavras, com um sentimento do Criador. A sensação do Criador nos preenchendo nos dá acesso ao que chamamos de “mundos espirituais”.

O propósito da criação é, portanto, que o Criador nos preencha completamente. Por enquanto, porém, as nossas almas estão num estado chamado “este mundo”, onde não temos nenhum sentimento do Criador. Nesse estado, considera-se que o Criador está oculto de nós. (A palavra para “mundo” [“Olam”] em hebraico se conecta à mesma raiz linguística que a palavra para “ocultação” [“He’elem”].)

Quando a alma percebe o contato com o Criador pela primeira vez, ela se eleva ao seu primeiro grau espiritual. Ela então começa a se assemelhar cada vez mais ao Criador e, ao fazer isso, sente a força superior com intensidade e sensibilidade crescentes. Quando todas as partes da alma são totalmente corrigidas, elas se elevam para um estado chamado “o fim da correção” (“Gmar Tikkun”).

Baseado em “A Experiência Cabalística” do Cabalista Dr. Michael Laitman. Escrito/editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman.

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