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Você Não Pode Caluniar Uma Pessoa

294.1Pergunta: O que há de especial no Dia da Expiação (Yom Kippur) de hoje para você? O que você sente?

Resposta: Vemos que o mundo não está melhorando, isso é certo. As pessoas não estão melhorando; elas estão apenas cansadas. Estão cansadas deste mundo, desta vida, do que acontece com elas e do fato de que não há nada de bom no futuro para os filhos. Portanto, você não pode caluniar uma pessoa. Ela é assim, foi assim que foi criada: má e indiferente.

Comentário: E você não calunia uma pessoa.

Minha Resposta: Eu não calunio nem uma pessoa nem o Criador. É apenas um dado que devemos compreender claramente e depois disso começar a pedir: pedir a correção do homem e do mundo inteiro.

Precisamos reconhecer que esse mal é consequência de nossos relacionamentos uns com os outros. Não podemos nos elevar acima de nós mesmos para desejar o bem para todos. Nós simplesmente não podemos. Esta é a razão da nossa impaciência uns com os outros e com tudo o que acontece conosco.

Eu espero que estes últimos acontecimentos e o fato de estarmos agora numa discussão sobre o que está acontecendo com o mundo, com as pessoas e com cada um de nós, acabem por levar à compreensão de que precisamos corrigir este mundo. Depende apenas dos nossos desejos.

Acho que o Criador especificamente representa tudo isso diante de nós desta forma, para que percebamos a necessidade de mudanças.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 18/09/23

A Oração Que É Aceita No Dia Da Expiação

571.02A vida não é encontrar a si mesmo. A vida é criar a si mesmo (George Bernard Shaw).

Minha Resposta: Esta não é uma tarefa fácil.

Pergunta: Digamos que “encontrar-se” seja mais ou menos claro: encontrar-se numa profissão, por exemplo. O que você quer dizer com o termo “criar a si mesmo”?

Resposta: Criar a nós mesmos é o que estamos enfrentando. Na verdade, isso não é algo tão altíssimo. Este é o requisito que a nossa vida nos impõe: tornar-nos semelhantes ao Criador.

Comentário: Não sei o que é o Criador, não sei quem Ele é.

Minha Resposta: Isso será explicado em detalhes. Anota aí: a primeira condição é amar a todos.

Pergunta: Então, o primeiro ponto é: devo aprender a amar a todos? Isso significa ser semelhante ao Criador em geral?

Resposta: Sim.

Pergunta: É uma oração se eu escrevo e olho o tempo todo?

Resposta: Sim, é uma oração. Imagine que você é como um pai, talvez rígido, talvez gentil, não importa o que aconteça, mas amoroso. Assim como um pai trata seus filhos, você deve tratar as pessoas.

Pergunta: Mas no momento em que leio isto diariamente e percebo que não posso, isso é uma oração: “Não posso!”?

Resposta: Esta não é uma oração, mas um estado em que você se verifica e vê o quanto precisa ser corrigido. Então você já preparou algumas reclamações ou pedidos de correção. Portanto, espere por este dia de expiação e apresente-as.

Pergunta: Esta é realmente a oração do dia da expiação (Yom Kippur)?

Resposta: Sim. Você se julga, você vem e exige que o Criador o corrija porque você não consegue se corrigir. O único que pode é Ele. Mas apenas de acordo com suas demandas, pedidos e orações. Então, apresse-se!

Pergunta: Você começou amando a todos. Será esta, em princípio, a base do Yom Kippur?

Resposta: Sim, é chamado de “Ahavat Olam” – amor ao mundo.

Pergunta: Então é a isso que quero chegar, mas não posso, e peço?

Resposta: Absolutamente! Então, prepare-se.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 03/10/22

Os Reservistas Têm O Direito De Se Recusar A Servir?

963.5Pergunta: Hoje a sociedade israelita está dividida entre aqueles que são a favor da reforma judicial e aqueles que são contra a reforma judicial, os da direita e os da esquerda. Estão ocorrendo manifestações que exigem uma mudança de governo, e assim por diante.

Estou preocupado com a questão do exército. Temos reservistas que são essencialmente a espinha dorsal do exército. Existem unidades especiais e pilotos, aqueles que continuam a servir com consentimento e disposição após completarem o serviço regular.

E agora, pela primeira vez, começaram a acontecer certos incidentes em que eles se recusam a servir. Dizem que não querem servir sob uma ditadura. Está tudo relacionado com a reforma judicial da qual discordam.
Na sua opinião, eles têm o direito de fazer isso ou não?

Resposta: Acho que este é um problema em todos os exércitos do mundo.

Comentário: Mesmo assim, estou considerando o fato de termos um exército único. Afinal, é um exército defensivo. Somos um pequeno pedaço de terra onde cada pessoa é importante e tem o seu lugar, e de repente eles se expõe ao front.

Minha Resposta: Sim, acredito que o exército deve estar acima de tudo porque a vida está acima de tudo e então podemos lidar com o resto.

Pergunta: Então você quer dizer que a vida de uma pessoa vem em primeiro lugar?

Resposta: Sim, e a vida do Estado também.

Comentário: Estamos aqui especificamente para proteger a vida das pessoas e do Estado. E se elas se revoltarem por dentro e disserem: “Isto é uma ditadura. Não quero servir sob este regime. Eu quero uma mudança”.

Minha Resposta: Elas são obrigadas a proteger a vida das pessoas!

Pergunta: Outra questão é se ocorresse um incidente, e considerando que ainda estamos em guerras constantes, do ponto de vista do governo ou do exército, você acha que eles deveriam chamar esses oficiais de volta ou não?

Resposta: Eles deveriam chamar de volta. Não deveria haver clemência, nem adiamento, nada! Cada um tem o seu lugar e cada um deve estar no seu lugar.

Pergunta: O que você acha que uma pessoa sente quando expõe o front? Por que ela pode fazer isso hoje? No passado eu nunca teria pensado em tal coisa. No passado, todas serviam de boa vontade; era um dever. Mas hoje elas podem dizer essas coisas de repente e expor subitamente o front. O que elas sentem ao fazer isso?

Resposta: Nem sei dizer. Eu tenho uma opinião muito clara sobre isso.

Pergunta: Você se lembra de como era na sua época? Sei que você serviu nas unidades de suporte técnico da aviação. Essa é a parte mais séria do nosso exército.

Qual era o sentimento então? Chama-se miluim, aqueles que servem depois do exército até os quarenta anos ou mais. Eles tinham um forte senso de dever?

Resposta: Claro. Não havia dúvida sobre isso.

Pergunta: O que você acha que mudou ao longo dos anos?

Resposta: Declínio! Simplesmente um declínio porque os interesses pessoais tornaram-se mais importantes que os interesses nacionais.

Pergunta: É isso que você diz constantemente, que o egoísmo está crescendo?

Resposta: Sim, e é ainda pior. Significa que a pessoa passa a priorizar a própria opinião em detrimento da existência do Estado.

Pergunta: O que você acha que nos espera se isso continuar?

Resposta: Acredito que desta forma a sociedade encontrará um novo sistema de visão de mundo.

Pergunta: Então você vê um aspecto positivo nisso também?

Resposta: Para onde mais isso pode ir? Se isto não estivesse acontecendo com os judeus, poderíamos falar de uma guerra civil. Mas aqui acho que não chegará mais a esse ponto.

Pergunta: Na sua opinião, que tipo de exército protegerá e verá isso como um grande privilégio? O que deveria haver?

Resposta: Deveria haver uma reestruturação interna da sociedade – o exército, os partidos políticos e todo o Estado.

Aquelas pessoas que consideram o Estado como seu devem compreender que aqui estão mutuamente obrigadas. Não há como escapar disso.

Comentário: É interessante que nossos inimigos, que em princípio nos cercam e não desejam que o Estado exista, não nos obriguem a uma posição rígida onde você não pode deixar o exército – é o seu posto, você é obrigado! Aconteceu alguma coisa.

Minha Resposta: O conceito deles é diferente, novo. Eles acreditam que gradualmente, com o tempo, nos desintegraremos por conta própria.

Comentário: Sim. O Hezbollah, nosso vizinho do norte, diz que pode lidar conosco com calma, agora que temos discórdia e instabilidade internas.

Minha Resposta: Sim. Hoje, graças aos nossos vizinhos, o exército deveria ser forte e todos entendem isso mais ou menos. E até certo ponto podemos nos permitir discutir e debater. Mas devemos compreender que existe uma fronteira e a nossa vida está dentro dela. Então, obrigado aos nossos vizinhos que nos mantêm alerta!

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 30/03/23

Jardim De Infância Para Adultos

543.02Nas Notícias  (Voice of Europe): “Um retiro único em Edimburgo, na Escócia, conhecido como ‘Big Kid Kindergarten’, abriu as suas portas para adultos que procuram reviver os seus dias de infância. Este estabelecimento permite que os adultos mergulhem num mundo de blocos de construção, artes e ofícios, jogos em caixa de areia e sessões de histórias, oferecendo-lhes uma fuga temporária das responsabilidades adultas.

“Embora o ‘Big Kid Kindergarten’ compartilhe semelhanças com os jardins de infância tradicionais, não é exatamente uma creche convencional. Em vez disso, funciona mais como um parque interativo para adultos cansados da sua vida adulta quotidiana. …

“Muitos visitantes consideraram este empreendimento terapêutico. O envolvimento em tarefas manuais simples permite que a mente saia da sua rotina habitual, evocando uma sensação de tranquilidade e atenção plena. Assim como as crianças muitas vezes se relacionam facilmente com os seus pares, os adultos que frequentam o ‘Jardim de Infância Big Kid’ são encorajados a reconectar-se com estas habilidades sociais muitas vezes adormecida”.

Pergunta: Honestamente, eu li e realmente comecei a querer entrar na caixa de areia! Simples assim, deixe tudo de lado e simplesmente sente-se, construa uma cidade, brinque com carros, deixe de lado essa carga e se perca no jogo!

Posso fazer isso? Ou será que nós, sobrecarregados com toda a nossa vida, não seremos capazes de fazer isso; não seremos libertados assim?

Resposta: Eu não conseguiria sentar em uma caixa de areia.

Comentário: Provavelmente eu também não, mas realmente gostaria.

Minha Resposta: Não. Estou satisfeito com minha vida e com o que o Criador me trouxe. Eu quero apenas uma coisa: alcançar o que devo de acordo com o Seu plano e pronto. Eu ficaria completamente satisfeito com isso.

Pergunta: Você é um homem de sorte! Você descobriu tudo perfeitamente e atingiu este ponto com precisão.

Mas para as pessoas que estão cansadas, exaustas de procurar e de estar sob o peso de responsabilidades e preocupações, poder ir a este jardim de infância, sentar e brincar umas com as outras, vocês acham que isso é bom?

Resposta: Não consigo imaginar como viver em Edimburgo. Conheço bem esta cidade.

Pergunta: Esta cidade chegou aos jardins de infância. Então eles podem fazer isso? Você acha que existe um tipo de pessoa que consegue deixar tudo para trás e ir brincar por um dia?

Resposta: Sim, isso é para elas. Isso é bom.

Pergunta: Para uma pessoa que precisa de algum tipo de prática terapêutica para aliviar o estresse, é bom poder fazer isso?

Resposta: Por que não? Se isso satisfaz uma pessoa e a acalma, devemos orientá-la para as terríveis questões da existência para que ela não saiba para onde se dirigir, e só depois de cair desta altura é que se encontrará com a resposta certa à pergunta: “Para que eu vivo?”.

Pergunta: Então você a colocaria no jardim de infância? Se ela se sente bem lá, deixe-a ir ao jardim de infância?

Resposta: Sim.

Pergunta: As crianças geralmente estabelecem contato com outras pessoas facilmente. As crianças brincam, sentam-se na caixa de areia e as novas crianças participam. Será que isto pode levar ao estabelecimento de mais contatos entre nós se colocarmos adultos, indivíduos em conflito, no jardim de infância?

Resposta: Não será mais chamado de “jardim de infância”, mas sim algum tipo de instituição psicológica.

Pergunta: Jogamos jogos para adultos agora – guerras e assim por diante. Se de alguma forma conseguirmos mudar para as brincadeiras infantis, fazer acontecer com a mesma paixão, é possível ou não? Talvez haja uma solução para isso?

Resposta: Este é o jogo, o que estamos fazendo com as guerras e coisas assim. Este é o próprio jogo.

Pergunta: Pode ser transferido para jogos infantis para que não haja vítimas, nem sangue, nem ódio?

Resposta: Não seria emocionante.

Comentário: Esse é todo o problema.

Minha Resposta: O que você pode fazer?

Pergunta: Não há como colocá-los no jardim de infância e deixá-los brigar lá fora?

Resposta: Não! Você não pode transformar os adultos em filhos completamente.

Pergunta: Você acabou de chamá-los de filhos adultos. Não é um lapso de língua? Os filhos adultos crescem assim?

Resposta: Sim. Eles têm que crescer, mas só poderão crescer se cobrirem a si mesmos e uns aos outros com hematomas graves.

Pergunta: Como esses adultos podem ser acalmados?

Resposta: Não há necessidade de acalmá-los. Precisamos esgotá-los para que não saibam para onde correr ou encontrar qualquer tipo de segurança. Precisamos cansá-los até que suas cabeças girem, balancem enquanto andam, sintam constantemente que estão prestes a cair e não saibam o que fazer.

Pergunta: O que isso alcançaria? Estamos falando de adultos jogando.

Resposta: Este é o medo do próximo momento da sua vida. Este é um ponto importante.

Pergunta: Você quer dizer que o medo deve ser instilado em um adulto?

Resposta: Devemos até impô-lo para que todos tenham medo pelas suas vidas.

Pergunta: O que resultará disso?

Resposta: Raciocinaremos com mais sensatez e planejaremos o próximo passo. Isso é melhor do que ficar calmo.

Pergunta: Isso pode ser feito em nível nacional?

Resposta: No nível global. Ou seja, de uma pessoa, para muitas pessoas, para o mundo inteiro.

Pergunta: Isso pode acabar com toda a loucura que existe?

Resposta: Certamente. Acho que chegaremos a isso.

Pergunta: Mas como podemos fazer isso? Como podemos desgastar alguém?

Resposta: Com histórias de terror, mas apenas boas, isto é, com histórias inteligentes que explicam onde a pessoa está, em que se encontra e como isso a leva a um estado onde não encontrará paz nem hoje nem amanhã, antes da morte ou após a morte. Isso é a questão principal. Porque ela pensa: “Bem, no máximo eu morrerei”. Não, não termina aí. Ela vai querer se elevar acima da morte.

Afinal, vamos explicar a ela que não acaba aí. Portanto, você precisa encontrar uma saída, como lidar com essa situação. Essa é a questão principal.

Pergunta: Então pensaremos em como dar o próximo passo?

Resposta: Então, sim. Acredito que sem medo da morte uma pessoa comum não conseguirá viver corretamente. Mas há quem não se importe, que antes mesmo de morrer, antes de tudo isso, quer saber, aprender e revelar. Para essas pessoas, tudo está aberto. Eu sou totalmente a favor disso.

Pergunta: É assim que uma pessoa deveria se sentir?

Resposta: Depende, claro, da raiz da alma. Não creio que isto seja para todos, mas deveria ser aberto a todos.

Pergunta: Nesse caso, que jogo devemos jogar?

Resposta: Devemos compreender que revelar o sentido da vida é a coisa mais importante que precisamos nesta vida. Isso é tudo.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 24/08/23

Cabalistas E Guerras

545Pergunta: Como os Cabalistas podiam lutar durante a época do Rei David e também promover o amor?

Resposta: Naquela época todos eram Cabalistas. E por que os Cabalistas não podem lutar? Digamos que sei que uma pessoa vem me matar, que é contra a correção comum do mundo e agora está no meu caminho; portanto, se eu não a matar, significa que matarei a alma comum.

Existem leis. Existem duas forças trabalhando constantemente no mundo, e você não pode fazer nada: ou você está de um lado ou do outro, ou em algum lugar intermediário.

Ao matar fisicamente, você ainda mata o egoísmo em seu nível mais baixo. E ao matar espiritualmente, você corrige quase completamente essa raiz.

De KabTV,Eu Recebi uma Chamada. Estrela de David”, 01/10/11

Mashiach Ben David

294.4Pergunta: O Rei David era um Cabalista?

Resposta: Claro! Caso contrário, como ele poderia ser rei, juiz e líder militar na época em que Israel era uma sociedade espiritual?

Ele é considerado a base da estrutura espiritual de Israel. Portanto, a força que virá para a correção da humanidade é chamada de seu descendente – Mashiach Ben David. Moisés (de “limshoch” – puxar, tirar) significa tirar-nos do egoísmo. Ben David – filho de David.

Ele é considerado a personificação de Malchut, da palavra “reino”. É por isso que ele é chamado de Melech Israel, Rei de Israel. Porém, não é um reino de força e poder, mas sim uma propriedade que satisfaz desejos.

De KabTV,Eu Recebi uma Chamada. Estrela de David”, 01/10/11

“O Que É A História Humana?” (Quora)

Dr. Michael LaitmanMichael Laitman, no Quora: O Que É A História Humana?

Podemos ver a história humana de duas maneiras: como um caminho terreno de desenvolvimento ou como uma evolução impulsionada pelos nossos desejos em expansão. Nós a testemunhamos diante de nós, exibida em uma espécie de tela esférica tridimensional conhecida como “este mundo”. Dentro e ao nosso redor, ela se desenrola como um filme ao vivo do qual participamos ativamente.

No entanto, ela reside dentro de nós.

Todo o nosso mundo é projetado através das lentes dos nossos desejos. Nós apenas o observamos de um ponto de vista externo, não dentro de nós mesmos. A distinção entre fora e dentro se torna inconsequente; é tudo uma extensão de si mesmo.

Contudo, devemos deixar de lado a falácia da nossa percepção, pois instintivamente dividimos o universo entre o que está dentro e fora de nós. Este é o resultado do nosso egoísmo, do nosso desejo inerente de autogratificação às custas dos outros e da natureza. Tal percepção moldou nossa visão de mundo até agora. Quando nos elevarmos acima do nosso ego, perceberemos que compartilhamos um “eu” comum com todos e experimentaremos tudo dentro, não fora de nós.

Nossos desejos egoístas evoluíram desde o Big Bang através dos níveis inanimado, vegetativo e animal da natureza.

O nível humano da natureza surgiu por volta de 50.000 a.C. e, desde então, até 5.000 a.C., emergiu uma sociedade comunal primitiva, caracterizada pela igualdade e pela partilha de posses.

Inicialmente, os desejos operavam num nível inanimado, mas a busca pela riqueza desenvolveu-se no século V d.C. A era seguinte testemunhou um rápido desenvolvimento humano, marcado pelo advento de tecnologias pioneiras.

Do século V a.C. até o final da Idade Média, no século XV d.C., houve uma busca incansável pelo poder. Ao mesmo tempo, o Renascimento, descobertas notáveis, a invenção da imprensa e outros marcos inauguraram uma era de progresso científico e de esclarecimento, que persistiu até o final do século XX.

No século XXI, encontramo-nos numa era inteiramente nova, onde surge dentro de nós um novo desejo que deseja ultrapassar os limites da natureza e almejar um nível de existência mais elevado, onde nos harmonizemos com as leis da natureza. É claro que não podemos identificar o objectivo deste novo desejo tão claramente como acabamos de afirmar quando ele apareceu pela primeira vez, e durante esta transição para um nível de desenvolvimento mais elevado, encontramo-nos completamente ignorantes quanto às exigências do nosso atual processo evolutivo.

Existem diversas teorias e opiniões sobre como e por que devemos viver as nossas vidas, mas nenhuma delas oferece satisfação completa para todos. No entanto, ao observar como a natureza nos obriga a aumentar constantemente a nossa interligação superficial, tecnológica e econômica em todo o mundo, podemos supor que a natureza exige que alcancemos um novo nível de unidade, interdependência e interligação nas nossas ligações uns com os outros. Este conceito está alinhado com o princípio bíblico de “amar o próximo como a si mesmo”.

Baseado em KabTV, “Eu Recebi uma Chamada: A Verdadeira História do Mundo”, apresentando o Cabalista Dr. Michael Laitman em 21 de janeiro de 2012. Editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman