Pergunta: Se falamos de intelecto, hoje não existe uma definição única desse conceito. Existem várias direções segundo as quais a ciência clássica define o intelecto.

Em primeiro lugar, o intelecto é uma qualidade que consiste na capacidade de uma pessoa reconhecer novas situações, na capacidade de aprender e lembrar com base na experiência, compreender e aplicar conceitos abstratos e usar o seu conhecimento para controlar a si mesma e ao ambiente.

Em segundo lugar, o intelecto é uma capacidade geral de reconhecer e resolver problemas, que combina todas as habilidades cognitivas de uma pessoa e sua capacidade de compreender diversas situações.

A terceira definição é muito curta e concentrada. O intelecto é, antes de tudo, a base do estabelecimento de metas, planejamento de recursos e uma estratégia para atingir a meta.

Como você definiria o intelecto?

Resposta: Estou mais próximo da terceira definição. O mais importante ainda é o estabelecimento de metas e o caminho para alcançá-lo.

Pergunta: Se você mergulhar nesta definição de intelecto, então os cientistas a expandem um pouco e consideram que ela opera em três níveis.

Para facilitar a compreensão, vamos chamar de intelecto um agente que faz algo.

O primeiro nível é o agente atinge o objetivo, mas tudo é controlado por uma pessoa. Por exemplo, uma calculadora ou um computador. Uma pessoa estabelece metas para isso e o programa e controla totalmente em todos os sentidos.

O segundo nível é o agente tem um objetivo definido por uma pessoa, mas o intelecto escolhe os caminhos para alcançá-lo. Por exemplo, uma inteligência artificial que aprende com alguns dados. Nele ocorre a formação de conexões neurais e, com base nelas, pode oferecer algo novo. Ou seja, isso não é programação, é a criação de algo novo.

E o terceiro nível é um animal ou uma pessoa que estabelece metas e desenvolve algoritmos para alcançá-las. Os animais estabelecem algumas metas e métodos simples para alcançá-las. Uma pessoa define outras mais complexas.

Mas é correto dizer que uma pessoa estabelece metas para si mesma?

Resposta: Como parte de nossas atividades, vida e comunicação, nós, em princípio, queiramos ou não, estabelecemos metas para nós mesmos ao longo da vida e tudo o que acontece conosco.

De KabTV, “Expresso de Cabalá”, 31/07/23

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Pergunta: Durante a vida, uma pessoa adquire experiência de vida e aprende com exemplos e conceitos abstratos. Isso é semelhante ao treinamento de um animal quando definimos algumas tarefas para ele, damos exemplos e algum tipo de recompensa por executá-las. Com base nos resultados dessas ações, avaliamos se o animal é inteligente ou estúpido. Uma pessoa é treinada da mesma forma durante sua vida?

Resposta: Claro, avaliamos a nós mesmos e a todos os outros apenas em relação às nossas tarefas.

Pergunta: Algumas informações estão entrando constantemente em uma pessoa. Existem alguns cálculos acontecendo dentro dela que estão escondidos dela, e ela age com base neles. Como ela pode captar o motivo dessas ações para justificá-las?

Por exemplo, com a inteligência artificial, fica claro que a pessoa estabelece metas para ela, dá uma base de dados para treinamento e até avalia o que é bom e o que é ruim em suas ações. Como isso pode ser determinado em relação a uma pessoa?

Resposta: Não há nada que possamos fazer em relação a uma pessoa porque a atividade nervosa superior também é levada em consideração aqui. Então isso é mais difícil com uma pessoa. E ficará mais difícil com as máquinas. Se estamos falando de algoritmos de autoaprendizagem, será difícil estabelecer a atitude correta em relação à máquina. E para uma pessoa também.

Portanto, tratamos uns aos outros de forma puramente externa, um não pode entrar no outro. Não está claro como e o que fazer com essa pessoa dentro de si, porque ela é uma coisa em si.

De KabTV, “Expresso de Cabalá”, 31/07/23

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Pergunta: Na Introdução à Sabedoria da Cabalá é dito que existem dois sistemas: o sistema de santidade e o sistema das Klipot (forças impuras). O que são eles?

Resposta: O fato é que o desejo originalmente criado pelo Criador como um desejo de receber pode ser corrigido para um desejo de doar. Se o desejo de receber é oposto à qualidade da luz, quer receber tudo em si e ser preenchido com luz, então o desejo de doar, pelo contrário, é semelhante à luz.

E na medida em que se assemelha à luz, aproxima-se dela.

Assim, do desejo de receber criado pelo Criador, o desejo de doar também é formado, e trabalhamos com esses dois desejos.

Portanto, o sistema de santidade e o sistema das Klipot trabalham um oposto ao outro. O desejo de receber e o desejo de doar são opostos e representam entre si uma relação direta ou inversa com a criação.

Pergunta: A pessoa ainda não existe aqui?

Resposta: O sistema chamado Homem aparece depois que tudo é criado e distribuído. Uma pessoa é alguém que começa a trabalhar conscientemente com os sistemas de santidade e Klipot de baixo para cima.

De KabTV, “Prefácio à Sabedoria da Cabalá”, 30/07/23

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Comentário: De uma carta:
Caro Michael Laitman, estou pedindo seu conselho. Criamos nossos filhos, demos tudo para eles, e eles sumiram e nem ligam. Eles não estão em nossa vida. Meu marido começou a desenvolver demência. Eu cuido dele sozinha, caio literalmente de exaustão. Eu não tenho mais forças. Nossos filhos se foram, nossos filhos nos abandonaram.

Por que eles são tão ingratos? O que fizemos de errado? Por que não conseguimos incutir neles nenhum respeito básico por nós?

Minha Resposta: Não estamos falando de respeito básico. Talvez as crianças estejam em algum lugar distante, ocupadas com alguma coisa, tenham família, tenham tudo. Mas os idosos exigem cuidado e atenção. Quer dizer, eu entendo tanto os pais quanto os filhos.

O mundo moderno não é feito de forma que vivamos juntos como várias gerações sob o mesmo teto. Mesmo as crianças não recebem atenção, muito menos os idosos. Não espero mais nada do mundo. De maneira alguma.

Talvez aconteça que as pessoas trabalhem meio dia, e tenham muito tempo e realmente dediquem parte aos pais, parte aos filhos e parte a si mesmas.

Pergunta: Você está dizendo que precisamos entender nossos filhos que estão se distanciando de nós com suas famílias?

Resposta: Nós mesmos preparamos essa vida para eles.

Comentário: Mas não foi exatamente assim que vivíamos; eu me lembro disso.

Minha Resposta: Não vivíamos assim porque estávamos em um mundo diferente.

Comentário: A propósito, você mesmo sempre disse que é bom quando três gerações vivem juntas.

Minha Resposta: Era assim, mas agora é impossível. Então, vamos parar de falar sobre fantasias.

Pergunta: Então a pergunta sobre o futuro é: a que chegaremos dessa maneira?

Resposta: Chegaremos ao ponto em que teremos que realmente reconstruir este mundo para torná-lo mais humano.

Comentário: Você ainda é a favor dessas boas relações humanas de uma forma ou de outra.

Minha Resposta: Todos devem entender o que precisam criar, que tipo de mundo desejam ver. Mas, claro, isso ainda não vai acontecer hoje ou amanhã.

Pergunta: O que deve entrar em uma pessoa? Que tipo de mundo ela deveria querer criar?

Resposta: Uma pessoa deve estar imbuída de desejo, compaixão, amor e preocupação com os outros. Sobre os outros em geral e não apenas sobre seus parentes.

Quando ela entender todo esse sistema do qual todos temos que participar, então junto com outros, com estranhos, ela será capaz de criar tais sistemas de interação, suporte para bebês, crianças, jovens e assim por diante, até os idosos e todos outros onde todos se sentem bem.

Pergunta: Você acabou de dizer uma frase-chave. Você disse que uma pessoa deve entender de forma geral esse sistema em que existimos. Então tudo começará a se encaixar para ela?

Resposta: Sim, claro.

Comentário: Este é o momento mais importante! Não entendemos isso estrategicamente.

Minha Resposta: Não, não podemos retratar esta imagem por nós mesmos.

Comentário: Podemos dizer que o mundo está interligado, mas não imaginamos esse quadro. Mas o mundo é assim.

Minha Resposta: O mundo é assim.

Comentário: E essas conexões são boas.

Minha Resposta: Essas conexões são boas e não terminam neste mundo! Elas continuam no próximo mundo! Portanto, além disso, devemos entender onde estamos e como estamos incluídos um no outro, onde ocorre uma combinatória entre nós que não podemos escapar para lugar nenhum, precisamos ter uma boa atitude um com o outro o tempo todo.

Pergunta: Estou saindo e voltando, estou saindo novamente e estou voltando. Tudo isso ocorre neste sistema?

Resposta: Sim, tudo está neste sistema. Isso é chamado de que não há morte, por assim dizer, e tudo é infinito.

Comentário: Isso é lindo! Eu gostaria que as pessoas entendessem isso!

Minha Resposta: Não há necessidade, isso é muito difícil.

Pergunta: Mas chegaremos a esse entendimento?

Resposta: Sim. Mas temos que estar prontos para isso e, por outro lado, temos que estar prontos para fazer e entender que será melhor para nós. Não devemos encarar isso como uma enorme responsabilidade.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 31/07/23

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Comentário: Eu só posso acalmar minha inclinação ao mal quando há luz de conexão no grupo. E quando ela para de brilhar, a inclinação ao mal imediatamente toma posse de mim.

Minha Resposta: Muito bom. Isso significa que você deve pedir constantemente para ser influenciado pela luz do Criador, o poder do Criador, que o manterá no estado certo. Nada mais é necessário.

Não pode ser de outra forma. Como temos força para resistir ao egoísmo? Somente se o Criador brilhar sobre nós.

Da Lição Diária de Cabalá 06/08/23, “Meu coração está morto dentro de mim – trechos selecionados das fontes”

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Pergunta: A possibilidade de unidade e garantia mútua já foi realizada?

Resposta: Sim, a possibilidade de realizar a unidade mundial surgiu pela primeira vez na antiga Babilônia, 3.700 anos atrás.

Abraão tentou fazer isso, mas foi capaz de levar apenas alguns milhares de pessoas com ele para fora da Babilônia que, sob sua liderança, foram capazes de formar uma garantia mútua entre si. O resto se espalhou pelo mundo.

Hoje, o mundo inteiro se assemelha a uma Babilônia global e devemos retornar à garantia mútua global em escala mundial. Essa tarefa deve ser concluída em no máximo 217 anos, mas pode terminar muito antes, possivelmente até em nosso tempo.

Atualmente, o ano é 5783 de acordo com o calendário judaico. Não precisamos de esperar até ao ano 6000, pois podemos atrair as forças adequadas e acelerar este desenvolvimento.

Caso o mundo siga o caminho do sofrimento e seja impulsionado pela evolução, então continuará até exatamente 6.000 anos. Mas se seguir o caminho da luz, atraindo ações espirituais, correções e mudanças em nós, o tempo se reduzirá a apenas alguns anos, e isso é tudo.

Afinal, 6.000 anos são 6.000 mudanças. Não são mais anos, pois os transformamos em nossas mudanças internas. No entanto, se não fizermos isso, fisicamente na linha do tempo eles ainda terão que ser realizados dentro de 6.000 anos sob a pressão da natureza. E se adicionarmos a pressão do ambiente certo à natureza, aceleraremos tanto o caminho como o tempo.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Calendário Cabalístico”, 03/09/11

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Nova Vida 252 — A Influência Do Ambiente Residencial Em Uma Pessoa, Parte 2
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Nitzah Mazoz

Como o contato com a comunidade afeta nossa segurança pessoal? Como uma pessoa pode fazer boas conexões com seus vizinhos? Por que restabelecer o contato com o ambiente é especialmente importante hoje em dia?

O homem se adapta ao ambiente em que cresce. O ambiente próximo em que crescemos e nos tornamos adultos nos molda. Uma pessoa sempre se esforça para se sentir tão segura quanto no útero. O bairro tem um impacto em nossa sensação de segurança. Quanto mais você estiver adaptado ao ambiente, mais seguro você estará.

Uma criança da vizinhança se sente dependente de todos os outros; eles são o seu mundo inteiro. Uma criança que vê outras crianças ao seu redor deve se adaptar a elas. Ela sente que quer estar com os grandes e fortes. As crianças que crescem sem vida comunitária carecem de calor e vínculos com os outros e, portanto, provavelmente sofrerão de depressão mais tarde. Por meio das interações entre as crianças do bairro, construímos amizades, conexões e laços de ajuda mútua. Há uma grande diferença entre uma criança brincando com amigos e uma criança brincando sozinha ou com os pais. As crianças que experimentam a vida por meio de telas eletrônicas não se desenvolvem como seres humanos porque não têm interações vivas com os outros.

A depressão é resultado da falta de contato adequado com o ambiente. Uma criança crescendo dentro de seu smartphone terá dificuldade em se desenvolver como pessoa. É melhor ter aulas escolares que incluam trabalho em grupo. As amizades devem ser construídas entre as crianças. Assentamentos e kibutzim têm uma rica vida social para as crianças. Grupos semelhantes devem ser estabelecidos nos bairros da cidade. Toda a natureza está ligada em todas as suas partes; só nós, humanos, não somos. É aqui que o sofrimento e a miséria crescem de geração em geração.

Um bom ambiente residencial é um lugar onde as pessoas estão conectadas, não necessariamente sentadas em casa o tempo todo, mas juntas. Os residentes podem discutir como melhorar a vida, por exemplo, assistência mútua, atividades infantis e um salão de beleza para mulheres. Uma vez por mês, um grande banquete pode ser realizado para toda a vizinhança. Crianças e adolescentes podem se apresentar na frente de todos, com música, canções e outras ofertas.

A conexão com os outros dá à pessoa o calor que ela sentiu no útero. Desta forma, ela estende seu vaso.

De KabTV “Nova Vida 252 – A Influência do Ambiente Residencial em uma Pessoa, Parte 2”, 14/11/2013
Este resumo foi escrito e editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman

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Michael Laitman, no Quora: “Como Os Teóricos Da Conspiração Criam Novas Teorias Da Conspiração?”

Criamos todos os tipos de teorias da conspiração principalmente porque não sabemos onde moramos, por que estamos vivos, para onde estamos indo e o que é bom e ruim para nós.

Estamos confusos. Podemos pensar em nós mesmos como crianças que foram colocadas em uma loja aberta e que então brincam com todos os tipos de objetos naquela loja, correndo e esbarrando em todo tipo de coisas, mas que não têm ideia de porque foram colocadas lá para começar, e quais são as regras da loja para que todos possam se divertir da melhor maneira.

É assim que somos em nosso mundo. Portanto, se algo significativo e extraordinário nos acontece aqui, começamos a examinar o fenômeno de vários ângulos diferentes: Quem o causou? Quem se beneficia com isso? Começamos a procurar a quem culpar.

Em última análise, causamos todos os nossos infortúnios, mas não é como enfatizam todos os tipos de teóricos da conspiração, que existem certas pessoas agindo de maneira orientada para um objetivo. Podemos pensar nisso de forma semelhante a uma erupção vulcânica, um tsunami ou um furacão: podemos ter causado tais fenômenos indiretamente, mas não de propósito.

Não importa quão ricas ou poderosas sejam certas pessoas, elas não podem mudar o destino da humanidade. É porque a natureza é a força colectiva geral e inclui e sustenta cada força particular e individual dentro de si. Ela governa tudo e todos e não permite que nenhuma pessoa ou grupo de pessoas mova nada nem um milímetro em qualquer direção.

Se existem forças individuais que desejam romper e assumir o controle, a natureza simplesmente não permite. Cada pessoa é uma pequena parte, um aspecto individual, de um sistema geral que é regido apenas pela força da natureza. Portanto, o conspirador final é a própria natureza, que governa tudo e todos de acordo com seu plano superior — “superior” porque está além de nossa compreensão.

Baseado no vídeo “Por que invocamos todos os tipos de teorias da conspiração?” com o Cabalista Dr. Michael Laitman. Escrito/editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman.

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