O que significa que todos devem preparar o coração para a conexão? Antigamente, as casas eram construídas não com tijolos lisos, mas com pedras de formas arbitrárias. Elas eram apenas um pouco aparadas para que pudessem ser montadas, e assim eram colocadas as paredes da casa.

É assim que esfregamos nossos corações para poli-los e torná-los adequados para alcançar um objetivo: conexão e avanço no caminho espiritual. Todos se ajustam ao amigo para construir uma casa comum, um vaso espiritual comum.

Portanto, precisamos aparar nossos corações. Cada um verifica o quanto consegue se conectar com os outros: o que atrapalha, o que é supérfluo e o que falta. Através deste trabalho pessoal sobre nós mesmos, podemos chegar a esfregar até mesmo entre os próprios corações de pedra. Todos aquecem seus corações.

Se entendermos que somos obrigados a fazer isso de acordo com o propósito da criação, cada um está lapidando sua própria pedra para adaptá-la aos outros. Ele não olha mais apenas para si mesmo, mas se avalia em termos da prontidão para se conectar. Onde e quanto preciso me aparar é verificado apenas com relação à conexão com os outros para fazer contato com eles.

Portanto, não há necessidade de tentar tornar todos completamente retangulares. Só precisamos combinar um com o outro. Deixe cada um ter uma forma curva, mas se o outro tiver a curvatura adequada, combinamos um com o outro.

É por isso que podemos começar a trabalhar juntos desde o primeiro segundo. O principal não é verificar o quão reto é um amigo (como um tijolo padrão), mas o quanto ele combina comigo e eu com ele. Se pudermos nos ajustar uns aos outros, teremos a oportunidade de construir juntos um sistema dentro de nós para a revelação do Criador, um Templo, uma casa de santidade, para a revelação da qualidade de doação entre nós.

Não sei de antemão quais deveriam ser minhas qualidades. Não sou capaz de escolher minhas qualidades e forma; ao contrário, é o ambiente que determina que forma devo assumir para me integrar com os amigos.

É como na antiga alvenaria onde é preciso encaixar uma pedra sob a outra para formar uma parede, é assim que precisamos trabalhar em nossos corações. Nem um único coração quer ser aparado em uma forma retangular plana, removendo tudo o que não combina com o outro.

Para fazer blocos padrão que são usados na construção hoje, é necessário triturar completamente o material natural para moldar a forma desejada a partir dessas migalhas. Mas na espiritualidade, é impossível. Gostaríamos de fazer isso com os outros de acordo com nosso egoísmo, mas não funciona.

No verdadeiro desenvolvimento espiritual, é necessário deixar que cada um se desenvolva à sua maneira, e ele se desenvolverá em sua forma ideal. O outro permanecerá da forma que lhe convém. Basta eliminar a força de resistência entre nós, e revelaremos a forma de conexão que o Criador desejou que houvesse entre nós. É a forma de conexão revelada entre nós que é chamada de Criador.

Caso contrário, não revelaremos nada, exceto fabricações de nossa mente com as quais é impossível construir qualquer edifício. É por isso que vemos que tudo o que as pessoas construíram está sendo destruído: tanto a estrutura da família quanto a sociedade espiritual.

Portanto, só precisamos saber como conectar os corações.

Da Lição Diária de Cabalá 21/02/23, “Preparação para Abrir o Coração no Congresso”

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Hoje muitas pessoas no mundo estão começando a dizer que estamos em um beco sem saída. É realmente um terrível beco sem saída quando o homem pode apertar o botão nuclear. Afinal, ele está sob tanta pressão que simplesmente não sabe o que fazer e como. Você aperta e pronto, nada melhor que essa sensação!

É como um homem que se joga da janela de um arranha-céu durante um incêndio. O principal para ele é escapar do incêndio, desse estado terrível, e o fato de ele cair do centésimo andar não é importante. Ele não pensa no próximo momento, o principal é que não existe o anterior.

Este é o perigo que está diante de nós.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Os Benefícios do Jejum”, 07/05/12

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Pergunta: Por que vemos nosso mundo como um mundo físico? Na verdade, você diz que tudo isso é um campo, centelhas de luz que se juntam.

Resposta: Nosso mundo são forças que nos afetam e nos dão uma noção da imagem dentro de nós. É assim que elas ficam impressas na retina dos nossos olhos e no nosso cérebro.

É um material sensível à luz que detecta o campo de luz, sua maior ou menor intensidade e, assim, reproduz uma imagem. Ou seja, são flutuações de luz e você extrapola ou decifra a imagem resultante à sua maneira.

Se você trouxer uma criança pequena ou um cachorro para uma sala, para eles será um mundo completamente diferente daquele que você vê. Você vê paredes, teto, pinturas e tudo mais, e eles não veem isso. Tudo se reúne para você em uma imagem de algum interior, mas não para eles.

Isso significa que você decifra a imagem de acordo com seus Reshimot. Mas, na verdade, é apenas o efeito da luz sobre você, suas partículas, influências e campos de várias intensidades. Não há mais nada!

Pergunta: Mas por que temos exatamente este tipo de percepção e não outro?

Resposta: Porque é o melhor para passar para a percepção espiritual, onde você perceberá quaisquer impressões apenas na medida de maior ou menor capacidade de doar. Agora você percebe isso em uma capacidade maior ou menor de desfrutar.

Digamos que estou olhando para uma pintura de vários peixes agora. Por que eu os sinto? Porque eles retratam em mim, no meu desejo de desfrutar, todos os tipos de impressões: agradáveis ou desagradáveis, desejáveis ou indesejáveis, medo ou alegria. A partir desses estados, a imagem é montada para mim.

Não vejo amarelo, roxo, azul, água, peixe e assim por diante. Vejo algumas impressões mais ou menos agradáveis para o meu ego, e só então as decifro.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. O Outro Mundo”, 27/04/12

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A Cabalá é a ciência de usar a força superior. Por meio da conexão e da garantia mútua, você pode atrair essa força para si. Se você quiser se tornar semelhante a ela, ela o influenciará na medida de sua aspiração.

Quando um grande número de pessoas se conecta, elas se anulam umas em relação às outras para se conectarem e criarem algo comum. Isso não é mais algo como uma reunião de dez pessoas porque a multidão cria algo comum em conexão umas com as outras como se fosse a décima primeira. Elas dão à luz um desejo comum – não a soma de seus desejos, mas algo comum.

Esse desejo comum está acima delas, no próximo nível, e é como um filho comum. Dentro dele, elas começam a sentir o Criador: a força superior, o mundo superior e o estado superior. Isso não se relaciona mais com o nosso mundo.

Alcançar tal conexão, apesar de seu egoísmo, de forma que você não sinta a si mesmo ou mesmo aos outros, mas algo comum entre vocês, já é o primeiro grau espiritual sério. E o resto dos graus também são construídos no mesmo princípio.

Pergunta: Como acontece o processo em si? Digamos que as pessoas se reúnam e brinquem de conexão. O que está acontecendo na espiritualidade neste momento?

Resposta: A espiritualidade está bem aqui, dentro de nós. Estamos na mesma dimensão dessas forças. Nós as conectamos, as usamos e existimos dentro delas. Afinal, existem apenas duas forças: a força do desejo e a força da luz. É muito simples.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. O Mundo dos Mentirosos”, 19/05/12

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Pergunta: Sabe-se que os buracos negros absorvem tudo dentro de seu campo gravitacional. Usando o mais poderoso telescópio Hubble, os astrônomos descobriram um buraco negro que se tornou mãe e deu origem a várias estrelas. Eles descrevem como os buracos negros dão origem às estrelas. Um buraco negro suga as nuvens de gás para dentro de si, as nuvens de gás aquecem até certas temperaturas, conectam-se com fluxos de plasma e tornam-se berçários para futuras estrelas.

Em que caso um buraco negro dá origem a uma estrela?

Resposta: Quando há uma clara transição da escuridão para a luz. Ou seja, quando ele não pode mais sugar, mas deve empurrar para fora. Deve haver alguma lei de pulsação em ação aqui.

Pergunta: Isso pode ser aplicado ao nosso mundo, que todos parecem comparar a um buraco negro? Dizem que nosso mundo é como um buraco negro. Vivemos consumindo, exclusivamente consumindo.

Resposta: Nós mesmos estamos dentro de um buraco negro.

Pergunta: Nós mesmos estamos dentro de um buraco negro. Em que caso podemos gerar algo como luz ou estrelas?

Resposta: Só é possível com qualidades diferentes, não com as que temos agora.

Pergunta: Ou seja, existem propriedades de um buraco negro em nós? Nós nos parecemos com ele, certo?

Resposta: Sim, nós nos parecemos com um buraco negro. Nós absorvemos tudo em nós mesmos.

Pergunta: Em que caso não podemos absorver, mas dar?

Resposta: Para fazer isso, devemos mudar nossa natureza de receber para dar.

Pergunta: Ou seja, como uma estrela nascida de um buraco negro, podemos dar à luz algo como a luz se nos transformarmos? Como nos transformamos e damos à luz?

Resposta: Primeiro, precisamos perceber que os buracos negros são a base de toda a natureza. Esta é uma enorme força do ego, que puxa tudo para si, suga tudo. Então? Precisamos entender como podemos sair desse buraco negro.

Pergunta: Seria doloroso perceber que somos um buraco negro? Será ruim para nós? Por que iríamos querer sair disso?

Resposta: Sim, porque o buraco negro apenas o consome, portanto não pode se desenvolver. Ele apenas puxa tudo para si; não tem futuro.

Pergunta: Então acontece que os buracos negros estão dentro de nós?

Resposta: Os buracos negros estão dentro de nós. São enormes vazios egoístas que gostaríamos de preencher, mas não podemos e não seremos capazes.

Pergunta: E é a isso que devemos chegar?

Resposta: Quando descobrimos esses buracos negros, que nosso egoísmo é um buraco negro puro, a fonte e origem de todos os outros buracos negros em todos os níveis do mundo, da natureza, podemos fazer a pergunta: “Como podemos corrigi-lo, complementá-lo e transformá-lo de alguma forma?”

Pergunta: Isso significa que estamos nos preparando para gerar?

Resposta: Sim, esse é o ato do nascimento.

Pergunta: Então a humanidade conceberá gerar?

Resposta: Já está acontecendo gradualmente.

Pergunta: O que geraremos? Em termos de relacionamentos ou estados, o que geraremos? O que você chama de nascimento?

Resposta: Eu chamo de nascimento uma mudança inversa de querer receber para querer dar. Eu percebo que esse caminho é falho, então tento mudar a mim mesmo.

Pergunta: Essa mesma tentativa é o que traz resultados?

Resposta: Claro. Nada na natureza está acima da razão humana, acima do desejo humano.

Pergunta: Então, temos que querer, esse é o ponto?

Resposta: Sim, isso é suficiente.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 13/06/22

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Pergunta: Um movimento “Antitrabalho” está ganhando popularidade. Isso é nos EUA, onde o trabalho era a principal coisa na vida. Os princípios são que o trabalho é apenas uma parte da vida e não o objetivo principal da existência. Como você se relaciona com esse princípio?

Resposta: Isso está correto. Nasci, cresci, fui criado e educado apenas para trabalhar em algum escritório ou fábrica?

Pergunta: Mas ainda assim, eu tenho que ganhar dinheiro de alguma forma para viver?

Resposta: Eu quero viver normalmente. Interessa-me sentir que vivo e existo, quero ouvir os pássaros e cheirar as flores.

Pergunta: Em princípio, quando dizem que o trabalho é apenas uma parte da vida e não o objetivo principal da existência, está implícito que uma pessoa deve encontrar o propósito de sua existência?

Resposta: Sim. Mas é necessário garantir que o mesmo propósito de existência esteja ao mesmo tempo conectado de alguma forma com seu trabalho para que ela encontre descanso em seu trabalho.

Pergunta: Então você está procurando por tal harmonia? Deve haver harmonia? Pássaros, flores, também trabalho e família?

Resposta: Claro que sim.

Comentário: Outro princípio antitrabalho é não fazer nada redundante para fazer apenas o necessário.

Minha Resposta: Exatamente.

Pergunta: Se aprofundarmos um pouco mais esses princípios, o que é necessário para uma pessoa? E quem determina o que é necessário?

Resposta: Isso é determinado pela educação das pessoas. Não consumimos mais do que o necessário para viver normalmente e em paz e para apoiar a natureza. Para isso, deve haver consciência.

Pergunta: Então, em princípio, se existe tal educação, Bill Gates obterá tudo o que for necessário para ele, e o trabalhador comum obterá o que for necessário para ele, e todos ficarão satisfeitos com o que receberam?

Resposta: Em geral, eles receberão igualmente e ficarão satisfeitos.

Pergunta: O que significa igualmente?

Resposta: Igualmente. E o que Bill Gates precisa? Se o princípio da educação estiver correto, ele não aceitará mais do que precisa.

Pergunta: Outro princípio antitrabalho é a rejeição de um cronograma. Um funcionário não rouba o tempo da empresa se terminar suas tarefas mais rápido e for para casa mais cedo.

Resposta: Não. Não acho isso certo. O funcionário deve entender que ele trabalha para a empresa, e a empresa trabalha para ele, e tudo está interligado. Portanto, deve haver uma atitude interna realmente séria, disciplina.

Não acho que ele deva sair mais cedo, ou mais tarde, ou o que quer que seja. Só que todos devem pensar em como podemos fazer nosso trabalho comum. Isso é tudo. E não conte a hora que você sai, chega e até quanto você ganha.

Pergunta: Então você não deveria ter pensado que eu fiz o trabalho e fui imediatamente para casa?

Resposta: Não.

Pergunta: Ou seja, penso no que mais posso fazer que seja necessário para a empresa?

Resposta: Se for necessário! Mas, novamente, tudo se resume à educação.

Comentário: Rejeitar trabalho extra para todos é outro princípio.

Minha Resposta: Trabalho extra é um horror; é o que mata nosso mundo, natureza, ecologia, o que você quiser. Se uma pessoa fizesse apenas o necessário, o mundo floresceria, tudo seria verde, os pássaros cantariam. Caso contrário, queimamos tudo, matamos e não vemos nós mesmos a luz do dia.

Pergunta: Em que momento todos esses princípios vão ganhar vida e não ficar no papel?

Resposta: Depende das pessoas. Depende de quando as pessoas percebem que devem ter outros princípios fundamentais em suas vidas.

Pergunta: Quais?

Resposta: Eu quero que eu, meus filhos e todos ao meu redor (porque senão é impossível) sejamos felizes.

O que precisamos para a felicidade? Precisamos de comida normal, um ambiente amigável, um apartamento e algum tipo de trabalho, que no final das contas é necessário para a sociedade, mas nada mais.

Quando nos envolvermos em tal reestruturação no mundo, sentiremos como somos falhos e que precisamos nos reconstruir antes de tudo.

Os países avançados devem adotar esse programa para implementação. O mundo aprenderá com eles.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 06/01/22

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Michael Laitman, no Quora: “A Natureza Canta? Se Sim, Como Podemos Ouvi-la Cantar?“

Um dos meus alunos leu recentemente sobre um fenômeno em que as pessoas que vivem na natureza a ouvem cantar e me perguntou sobre isso. Ele estava atordoado. Ele perguntou como animais, plantas, o vento e assim por diante podem cantar, e sobre o que eles cantam?

Uma vez que fomos criados em uma natureza oposta à própria natureza – somos um desejo de receber enquanto a natureza é uma força de amor, doação e conexão – não podemos ouvir a natureza cantar, mas se a ouvíssemos, ouviríamos uma ótima música sobre amor, conexão e uma vida perfeita.

Se sentíssemos a natureza em sua forma pura, ouviríamos como as árvores, arbustos, grama, pássaros, animais e até o vento cantam sobre o bem do mundo. No entanto, devido à nossa oposição à natureza, nós a corrompemos e não a ouvimos.

Para ouvir a maravilhosa beleza da natureza, precisamos entender o mecanismo geral da natureza e transformá-lo em uma direção positiva, mudando a nós mesmos.

Não há problema em fazer isso. Podemos experimentar tal mudança muito rapidamente em nosso nível humano. Se mudarmos para nos adaptarmos à natureza, veremos como a natureza se acalma e nos sentiremos vivendo em um mundo harmonioso, pacífico e perfeito.

Seremos capazes de ouvir a força interior da natureza, uma força que deseja que nos conectemos positivamente através da consideração mútua, como está escrito, “e o lobo habitará com o cordeiro”.

Baseado no vídeo “Como Ouvir a Natureza Cantar” com o Cabalista Dr. Michael Laitman e Oren Levi. Escrito/editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman.

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