Pergunta: Um movimento “Antitrabalho” está ganhando popularidade. Isso é nos EUA, onde o trabalho era a principal coisa na vida. Os princípios são que o trabalho é apenas uma parte da vida e não o objetivo principal da existência. Como você se relaciona com esse princípio?

Resposta: Isso está correto. Nasci, cresci, fui criado e educado apenas para trabalhar em algum escritório ou fábrica?

Pergunta: Mas ainda assim, eu tenho que ganhar dinheiro de alguma forma para viver?

Resposta: Eu quero viver normalmente. Interessa-me sentir que vivo e existo, quero ouvir os pássaros e cheirar as flores.

Pergunta: Em princípio, quando dizem que o trabalho é apenas uma parte da vida e não o objetivo principal da existência, está implícito que uma pessoa deve encontrar o propósito de sua existência?

Resposta: Sim. Mas é necessário garantir que o mesmo propósito de existência esteja ao mesmo tempo conectado de alguma forma com seu trabalho para que ela encontre descanso em seu trabalho.

Pergunta: Então você está procurando por tal harmonia? Deve haver harmonia? Pássaros, flores, também trabalho e família?

Resposta: Claro que sim.

Comentário: Outro princípio antitrabalho é não fazer nada redundante para fazer apenas o necessário.

Minha Resposta: Exatamente.

Pergunta: Se aprofundarmos um pouco mais esses princípios, o que é necessário para uma pessoa? E quem determina o que é necessário?

Resposta: Isso é determinado pela educação das pessoas. Não consumimos mais do que o necessário para viver normalmente e em paz e para apoiar a natureza. Para isso, deve haver consciência.

Pergunta: Então, em princípio, se existe tal educação, Bill Gates obterá tudo o que for necessário para ele, e o trabalhador comum obterá o que for necessário para ele, e todos ficarão satisfeitos com o que receberam?

Resposta: Em geral, eles receberão igualmente e ficarão satisfeitos.

Pergunta: O que significa igualmente?

Resposta: Igualmente. E o que Bill Gates precisa? Se o princípio da educação estiver correto, ele não aceitará mais do que precisa.

Pergunta: Outro princípio antitrabalho é a rejeição de um cronograma. Um funcionário não rouba o tempo da empresa se terminar suas tarefas mais rápido e for para casa mais cedo.

Resposta: Não. Não acho isso certo. O funcionário deve entender que ele trabalha para a empresa, e a empresa trabalha para ele, e tudo está interligado. Portanto, deve haver uma atitude interna realmente séria, disciplina.

Não acho que ele deva sair mais cedo, ou mais tarde, ou o que quer que seja. Só que todos devem pensar em como podemos fazer nosso trabalho comum. Isso é tudo. E não conte a hora que você sai, chega e até quanto você ganha.

Pergunta: Então você não deveria ter pensado que eu fiz o trabalho e fui imediatamente para casa?

Resposta: Não.

Pergunta: Ou seja, penso no que mais posso fazer que seja necessário para a empresa?

Resposta: Se for necessário! Mas, novamente, tudo se resume à educação.

Comentário: Rejeitar trabalho extra para todos é outro princípio.

Minha Resposta: Trabalho extra é um horror; é o que mata nosso mundo, natureza, ecologia, o que você quiser. Se uma pessoa fizesse apenas o necessário, o mundo floresceria, tudo seria verde, os pássaros cantariam. Caso contrário, queimamos tudo, matamos e não vemos nós mesmos a luz do dia.

Pergunta: Em que momento todos esses princípios vão ganhar vida e não ficar no papel?

Resposta: Depende das pessoas. Depende de quando as pessoas percebem que devem ter outros princípios fundamentais em suas vidas.

Pergunta: Quais?

Resposta: Eu quero que eu, meus filhos e todos ao meu redor (porque senão é impossível) sejamos felizes.

O que precisamos para a felicidade? Precisamos de comida normal, um ambiente amigável, um apartamento e algum tipo de trabalho, que no final das contas é necessário para a sociedade, mas nada mais.

Quando nos envolvermos em tal reestruturação no mundo, sentiremos como somos falhos e que precisamos nos reconstruir antes de tudo.

Os países avançados devem adotar esse programa para implementação. O mundo aprenderá com eles.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 06/01/22

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