Michael Laitman, no The Times of Israel: “Quão Rápido Podemos Encher O Mundo Com Amor?”

Todos nós queremos viver em um mundo cheio de amor, mas, ao mesmo tempo, pensamos que isso é impossível.

Mas e se pudéssemos viver em um mundo amoroso?

Atualmente vivemos em um mundo hostil. Nós nos encontramos brigando e competindo uns contra os outros cada vez mais, e nossas vidas pioram como resultado.

Nossa natureza egoísta, onde desejamos nos beneficiar à custa dos outros, começa a se voltar contra nós, pois nunca podemos satisfazer nossos desejos crescentes e, da mesma forma, excretamos mais e mais raiva e crueldade no mundo, o que negativamente nos afeta como um bumerangue.

Agora imagine que poderíamos mudar nossa visão de mundo e nossos relacionamentos para uma direção de amor e cuidado.

E se pudéssemos de repente mudar o mundo para que ninguém explorasse ou prejudicasse os outros?

Veríamos um mundo oposto, onde nossos medos, ansiedades e sensações negativas em geral mudariam para uma direção positiva – uma de apoio, encorajamento e amor um pelo outro.

O amor nos obrigaria a querer, pensar e agir de forma otimizada. Deixaríamos nossa constante luta para nos mantermos ocupados com uma série contínua de produção, publicidade, uso e descarte de excessos desnecessários.

Se o amor enchesse o mundo, mesmo que ninguém trabalhasse, teríamos nossas necessidades atendidas porque não teríamos desejos de excessos. Em vez disso, uma atmosfera de amor e consideração mútua nos preencheria completamente.

O exagerado ego humano de hoje nos leva a um contraste cada vez maior com a natureza, já que cerca de 90% do que produzimos é desnecessário, enquanto a própria natureza produz apenas o necessário. Na natureza, tudo é usado repetidamente em 100% de sua capacidade.

A natureza funciona como um sistema integral fechado, e nossa influência na natureza é a exceção. Ou seja, nossos produtos não retornam à natureza em sua forma natural, mas sim em uma forma distorcida que adiciona toxinas e venenos de volta à natureza.

Se, entretanto, nos relacionássemos amorosamente uns com os outros, limparíamos o mundo. Uma atitude amorosa e cuidadosa entre nós substituiria nossas exigências de excesso e superávit, e alcançaríamos um novo equilíbrio entre nós e com a natureza.

Além disso, até que provoquemos uma grande transformação em nossas atitudes uns para com os outros – onde o amor substituiria o ódio, e onde o cuidado e o apoio substituiriam a indiferença e a apatia – então, quanto mais investirmos em meios tecnológicos para limpar o mundo sem consertar nossas atitudes mútuas, mais veremos nosso mundo cada vez mais poluído. Isso ocorre porque a natureza, em última análise, exige que entremos em equilíbrio uns com os outros, em nossas atitudes uns para com os outros, para que possamos criar uma atmosfera de amor e consideração mútua em todo o mundo. Até que façamos isso, a natureza continuará nos lembrando que nossos esforços para resolver nosso acúmulo de problemas sem fixar nossas atitudes uns com os outros só nos levará a mais e mais problemas e sofrimento.

Para desenvolver relações de amor em nosso mundo, precisamos exercitar nossa atenção, consideração e responsabilidade uns para com os outros. Ao fazer isso, participaremos mutuamente do sistema integral da natureza e só então daremos testemunho de um novo mundo amoroso que resolverá a série de problemas e crises que estão caindo sobre nós hoje.

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Comentário: Em seu blog, você escreveu que um sacrifício é a capacidade de uma pessoa de literalmente cortar pedaços de seus desejos dos níveis inanimado, vegetativo e animado.

A coisa mais simples é trabalhar com desejos inanimados. Por exemplo, na Torá isso é descrito como fabricar vários objetos de metais preciosos. Além disso, você menciona diferentes categorias de todos os tipos de desejos vegetativos e animados, que, de acordo com a Torá, são sacrificados.

O último nível de desejo é o humano: Cohens, levitas, Israel. Isso não está claro.

Minha Resposta: Tudo é medido se eu faço isso claramente para o benefício das pessoas ou não.

Pergunta: Mas por que tudo está codificado assim? A Torá tem mais de 3.000 anos, e a maioria das pessoas não sente que é necessário se aproximar do Criador “cortando pedaços de seu egoísmo”. Por que tudo é tão oculto e não dito diretamente?

Resposta: Basicamente é dito diretamente. Mas as pessoas não querem admitir isso.

Pergunta: Mas não está claro na Torá que é necessário trabalhar com o egoísmo dentro de uma pessoa.

Resposta: Por quê? “Ame o seu próximo como a si mesmo” e assim por diante. O que não está claro aqui? As leis mais básicas são dadas de forma concisa e muito clara. Você não pode alterá-las de forma alguma.

Comentário: Sim. Mas quando você lê todas essas histórias de amor…

Minha Resposta: Na verdade, as pessoas começam a interpretá-las à sua maneira: para algumas sim, para outras não, sim para uma coisa, não para outra. É tudo por causa do nosso egoísmo. É assim que colocamos tudo supostamente a nosso favor.

De KabTV, “Estados Espirituais”, 08/01/23

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Muitas vezes as pessoas me perguntam como vejo o mundo do futuro, em que ele será baseado e como interagiremos uns com os outros nele.

Infelizmente, devo admitir que não vejo isso chegando em um futuro próximo. Haverá muitos outros problemas que acompanharão o nascimento de um novo mundo. Mas quando for revelado, será um mundo diferente, aquele que existe na cabeça das pessoas que vão entender que é preciso viver de forma que façamos de tudo para evitar guerras e ódios entre nós.

Devemos lutar entre nós para que ninguém tenha ódio do outro, mas, pelo contrário, amor mútuo, respeito e desejo de contato.

Espero que cheguemos a isso. Pelo menos agora todos os acontecimentos do mundo visam revelar o que é bom e o que é ruim entre nós.

Da 2^a parte da Lição Diária de Cabalá 26/01/23, Escritos do Baal HaSulam, “Introdução ao Livro do Zohar”

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Pergunta: De onde vieram as letras Yod-Hey-Vav-Hey? Por que são chamadas de nome de quatro letras do Criador?

Resposta: Porque a luz branca desenha sua imagem em um fundo preto. O desejo é negro, a luz é branca. Assim, uma imagem das qualidades da luz é desenhada na qualidade do desejo.

Pergunta: Por que a primeira letra é Yod?

Resposta: Em geral, tudo isso é explicado de maneira muito simples. A qualidade da luz e a qualidade da escuridão são colocadas opostas uma à outra para que a luz se represente exatamente dessa forma.

A letra Yod parece uma vírgula e indica o início da expansão da luz. A letra Vav é representada como uma varinha, que simboliza a propagação da luz de cima para baixo. Todas as letras hebraicas são criadas dessa maneira.

De KabTV, “O Estudo das Dez Sefirot (TES)“, 15/01/23

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Pergunta: Existe um fenômeno quando uma pessoa, por exemplo, um ator, sobe no palco e trabalha com o público que não consegue viver sem isso, ele anseia por isso. E quando ele conhece seus fãs individualmente, ele os trata com desdém. Por quê?

Resposta: Isso acontece porque, em geral, ele não gosta de gente. Ele ama a massa, seu próximo nível, quando eles estão conectados um ao outro. Portanto, sua atitude se manifesta de forma egoísta ou altruísta.

O artista adora uma massa de gente porque o elogiam e ele se energiza. Conhecemos atores que são como um “ratinho” no dia a dia. Mas de repente ele sobe ao palco e aqui é Hamlet ou o Mouro. E na vida cotidiana ninguém e nada.

Mas ele vive no palco porque ali ele se transforma em outro personagem.

Você já foi um príncipe em sua vida? Não. Mas ele foi! Ele trabalha como príncipe por duas ou três horas todas as noites. Significa muito. Claro, por isso adora a massa sentada à sua frente. Ele não gosta das pessoas individualmente porque elas não lhe dão a oportunidade de permanecer na imagem de um príncipe. Essa é uma abordagem puramente egoísta.

Existe uma abordagem altruísta quando na frente do artista há uma massa de pessoas que querem se unir de alguma forma, então esse é, claro, um campo de atividade para ele. Autogratificação ou prazer geral. Ou você mesmo se eleva egoisticamente, ou você eleva a massa unindo-a, elevando-a.

O público se eleva a um patamar superior graças ao poder que ele lhe dá; se eleva significa mais perto da luz, do sol, como dizem. Neste momento, uma luz benéfica doa-lhes.

Então eles descem, mas esse efeito permanece neles. Assim, vez após vez, eles começam a sentir algum tipo de oportunidade de se elevarem.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Como se Tornar uma Estrela?”, 14/05/11

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A depressão que envolve o mundo não é extinta por iates, vilas, viagens ou banquetes. Claro que isso depende do nível de desenvolvimento dos países e das sociedades porque nas sociedades mais desenvolvidas é ainda mais forte.

O fato de que a era do consumo está chegando ao fim é evidenciado pelo aumento do número de psicólogos, psiquiatras, sedativos, legalização das drogas e assim por diante. Quando se trata de uma indústria onde há pessoas que querem lucrar, e as massas não lhes permitem lucrar porque não compram os bens que produzem, é aí que surge o problema!

O que farão aqueles que precisam adicionar mais um zero à sua riqueza? Eles têm muitas coisas: armas e poder, mas ninguém compra nada deles. Como a conta bancária deles será reabastecida?

Eles criaram uma economia que depende apenas do poder de compra das pessoas. Se você compra e joga fora, ganha dinheiro de novo e compra e joga fora, eles lucram com isso e é disso que eles precisam. Isso é o que eles gostam. O fato de tudo isso ser jogado fora polui a Terra e a esgota de minerais, não importa. O principal é ver um zero adicional no banco.

Mas com o que você se importa? Por mais que tentem convencê-lo de que você precisa comprar, você não quer mais. Aqui está a crise, e eles não sabem o que fazer com ela.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Como Fazer uma Revolução”, 10/02/12

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Um herói é alguém que, confiando em sua natureza egoísta, constrói outra pessoa a partir de si mesmo, que é semelhante ao Criador.

Imagine que uma pessoa, como um verme, está dentro de uma maçã podre e começa a emergir lentamente dela. Ela põe a cabeça para fora, vê um mundo maravilhoso de doação e amor, e sai de si mesma para um espaço completamente diferente, o céu azul e o sol, não a escuridão em que vivia. Embora ela tivesse o suficiente de tudo para seu corpo, esse mundo não estava lá.

Agora, quando ela sai dessa podridão, deve processá-la, o que significa processar todo o seu egoísmo para doar aos outros. Como?! Fora de si mesma, fora de seu egoísmo, ela constrói semelhança com o Criador.

Ela estuda o Criador, pede a Ele que se revele, que lhe mostre um exemplo como um adulto para uma criança, e supera seu ego tanto quanto pode. Ela o usa não para si mesma, mas para semelhança com o Criador. E a semelhança com o Criador significa amor por todos os outros.

E assim por partes: ela estuda o Criador um pouco mais, torna-se semelhante a Ele um pouco mais; estuda o Criador um pouco mais, torna-se semelhante a Ele um pouco mais. Como resultado, ela vê que todo o seu egoísmo destina-se apenas a transformar essa massa enorme e terrível em semelhança com o Criador, para obter a qualidade total de doação e amor por todos os outros.

Então ela se torna igual ao Criador. Isso é tudo. O problema está resolvido. Mas é completamente o oposto de como usamos o egoísmo em nosso mundo. Agora temos que começar a processá-lo.

Pergunta: Em algum momento da história, um homem chamado Adão percebeu que havia um sólido egoísmo ao seu redor. A partir desse momento, o sistema espiritual começou a se desenvolver como base para a ascensão.

Acontece que não poderíamos prescindir do que aconteceu antes para perceber todo esse egoísmo, toda essa massa?

Resposta: Não poderíamos. O que aconteceu antes do nosso tempo, deveria ter sido assim. Mas a partir do nosso tempo, já podemos agir de forma diferente.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Quem é o Verdadeiro Herói?”, 28/01/12

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Michael Laitman, no Quora: “A Música Pode Ser Usada Na Educação?”

Existem inúmeros exemplos de como a música e as canções são usadas na educação para permitir que os alunos absorvam o material com mais facilidade. Além disso, ao aprender vários assuntos por meio da música, os próprios alunos aprendem como ensinar os outros, sua próxima geração e assim por diante. Se os alunos cantam juntos em seu aprendizado, eles também adicionam um componente de vínculo comum e adaptação ao aprendizado.

Mais importante, no entanto, do que usar a música para aprender melhor dentro das estruturas educacionais atuais, precisamos de um tipo de educação totalmente diferente, em que os alunos entendam a necessidade de se conectar positivamente.

Em outras palavras, à medida que nosso mundo se torna cada vez mais conectado, precisamos de uma ênfase renovada em nossos métodos educacionais sobre a necessidade de uma conexão positiva. A primeira lição que os alunos devem extrair de seu aprendizado é que, sem uma conexão positiva em sua sociedade, grupos e várias interações, nada os ajudará na vida.

Tal abordagem desconsidera a abordagem educacional atual em sua essência, que se baseia principalmente na aprendizagem, desenvolvimento e conquistas individuais. Desenvolver-nos na competição individual uns contra os outros é uma abordagem educacional ultrapassada que não se adequa mais ao nosso mundo globalmente interconectado e interdependente. Todo aprendizado, desenvolvimento e conquistas devem vir depois de estabelecer a nova ênfase na educação – na necessidade de se conectar positivamente.

O mundo precisa, portanto, de novos tipos de educadores que saibam entrar no coração dos alunos e gerar uma atmosfera de bons relacionamentos. Fazer isso também requer que os próprios educadores desenvolvam uma conexão positiva entre si. De fato, tal visão está distante de nossos quadros educacionais atuais, e parece impossível educar professores dessa forma hoje. Talvez seja possível chegar a algum tipo de acordo em que os professores primeiro estabeleçam uma conexão positiva entre si nas salas dos professores e, a partir de um estado de uma boa conexão que atingiram, transmitam essa atmosfera para suas salas de aula. Certamente, começaríamos a ver melhores resultados em todos os aspectos: primeiro no clima social mais harmonioso de gentileza e cuidado, depois na ajuda mútua e no desejo de aprender melhor.

Há um longo caminho pela frente para desenvolver novos educadores – e, portanto, um novo sistema educacional – com base na necessidade de conectar positivamente toda a sociedade. Ao longo do caminho, os professores precisariam ter seus interesses materiais e ideológicos em tais ideias despertados. Ou seja, eles precisariam receber um contracheque satisfatório por seu trabalho educacional e também aprender os muitos prós e contras da conexão humana positiva ao exercê-la entre seus colegas educadores.

Baseado em KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, com o Cabalista Dr. Michael Laitman e Semion Vinokur em 10 de novembro de 2022. Escrito/editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman.

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